Distribuição de tensões em implantes extracurtos com diâmetro aumentado como ancoragem para coroas unitárias
Vargas-Moreno VF, Gomes RS, Ribeiro MCO, Freitas MIM, Cury AAB, Machado RMM
Prótese Dentária e Periodontia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Implantes dentários extracurtos (IDEC) de diâmetro aumentado (DA) podem aprimorar a biomecânica de reabilitações com maior proporção coroa-implante (C/I). Este estudo avaliou, por meio da análise de elementos finitos, a influência do DA na distribuição de tensões de IDEC instalados em rebordo mandibular posterior atrófico retendo coroas unitárias, sob carga axial (CA) e oblíqua (CO) de 30°. Para isso, quatro modelos de mandíbula atrófica reabilitados com coroa unitária implanto retida (C/I 3:1) foram criados, variando o diâmetro do implante e a angulação da carga. O diâmetro foi de Ø4 ou Ø6mm, sendo ambos com 5mm de comprimento; a carga foi de 200N, sendo a angulação CA ou CO. O abutment e o implante foram avaliados pela tensão de von Mises (σvM), e o osso cortical e medular pela tensão mínima principal (σmin) e de cisalhamento (τmax). Em ambas cargas, houve aumento mínimo de 3,6% na σvM do abutment, entretanto no implante de DA diminuiu cerca de 38%. No osso medular o DA reduziu a σmin em pelo menos 45% e a τmax em 56%, mas no osso cortical, o σmin foi pelo menos 66% maior e o τmax maior que 100%. O uso de IDEC com DA reduz o estresse no implante e no osso medular, sob CA e CO, mas aumenta no osso cortical. Portanto, IDEC com DA promovem uma melhor biomecânica, mas devem ser utilizados com cautela em oclusões desfavoráveis. (Apoio: CAPES N° 001)PN0658 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Expressão de metaloproteinases de matriz em dentes permanentes reimplantados portadores de reabsorção radicular externa
Lima TCS, Amaro RG, Santos LCM, Silva EF, Barbato-Ferreira DA, Colosimo EA, Silva TA, Bastos JV
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Os mecanismos imunopatológicos das reabsorções radiculares externas inflamatórias (RREI) e por substituição (RRES) ainda são pouco conhecidos embora representem uma importante sequela em dentes permanentes reimplantados. O presente estudo transversal avaliou a expressão das metaloproteinases de matriz 2 e 9 (MMP2 e MMP9) em dentes reimplantados portadores de RREI e RRES indicados para exodontia e em um grupo controle de 12 pré-molares extraídos por indicação ortodôntica. Os fragmentos radiculares foram processados para obtenção de tecido perirradicular e posterior avaliação da expressão das MMP com a técnica de ELISA. As concentrações médias das MMP foram comparadas realizando uma regressão linear após transformação logarítmica. Os grupos RREI e RRES apresentaram níveis significativamente mais altos de MMP9 quando comparados ao grupo controle, mas não apresentaram diferenças significativas quando comparados entre si. MMP2 foi significativamente maior em dentes com RRES, seja quando comparado ao grupo controle, seja quando comparado ao grupo com RREI (p=0,004). Os resultados sugerem que as MMP participam dos mecanismos imunopatológicos de ambos os tipos de RRE. Os níveis aumentados de MMP2 na RRES são coerentes com sua etiopatogenia e sugerem que os mecanismos moduladores da RRES podem ser semelhantes aos da remodelação óssea fisiológica. (Apoio: FAPs - FAPEMIG N° PROBIC 05/2017 | CAPES | CNPq N° PIBIC 04/2019)PN0659 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Atividade antimicrobiana do cinamaldeído frente a biofilmes de Candida albicans
Lacerda MC, Borges-Grisi MHS, Martorano-Fernandes L, Almeida LFD
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliou-se o efeito inibitório de diferentes concentrações do fitoconstituinte cinamaldeído frente biofilmes de Candida albicans cultivados durante 24, 72 e 96 h. Biofilmes foram semeados em placas de 96 poços no qual dispensou-se 100 µL do inóculo contendo 1,0 x 106 UFC/mL de C. albicans (ATCC 90028) em meio BHI com 1% de sacarose. Os biofilmes foram mantidos por 24, 72 e 96 h, e posteriormente, ocorreu a exposição ao cinamaldeído em concentrações que variaram entre 80 e 2,5 mg/mL. Clorexidina 1% e solução salina foram utilizados como controles positivo e negativo, respectivamente. Amostras foram coletadas para análise 24 h após a exposição. Trocas de meio foram realizadas a cada 48 h. A atividade metabólica foi determinada pelo ensaio de MTT (n = 8 / grupo). A análise estatística, foi realizada testes Anova e Kruskal Wallis (p<0,05). Biofilmes proliferados durante 24 h e tratados com concentrações decrescentes de cinamaldeído não obtiveram diferenças significantes em relação à clorexidina e ao controle negativo (p>0,05). Já biofilmes proliferados durante 72h, houve diferença significante (p<0,05) entre o controle negativo e as maiores concentrações. Similarmente ao que ocorreu no tempo de 24 h, não houve diferença no metabolismo celular dos biofilmes proliferados por 96 h tratados com as substâncias. Conclui-se que concentrações de cinamaldeído entre 80 e 2,5 mg/mL apresentaram efeito inibitório frente biofilmes de C. albicans proliferados por 72h, o que não ocorreu nos demais tempos de avaliação. (Apoio: CAPES N° 88882.440073/2019-01)PN0660 - Painel Aspirante
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3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Avaliação in vitro do teor de Ca e P em dentina humana submetida a radioterapia
Moreira-Júnior C, Zamataro CB, Carvalho VG, Silva MR, Zezell DM, Scapin MA, Gonçalves SEP
Odontologia Restauradora - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi realizar a validação de uma metodologia de análise quantitativa in vitro de Fósforo (P) e Cálcio (Ca) na dentina humana submetida a radiação ionizante. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer 3.842.547) foram utilizados 12 dentes extraídos oriundos de pacientes submetidos a radioterapia (~0,07 kGy) por câncer de cabeça e pescoço. As amostras de dentina foram preparadas e analisadas por meio de Microscopia Eletrônica de Varredura com Energia Dispersiva de Raios X (SEM/EDS). A metodologia proposta teve seus resultados comparados aos resultados obtidos pela espectroscopia de Fluorescência de Raios X (XRF) e validada em termos de precisão e exatidão por meio de testes estatísticos sugeridos pelo documento DOQ-CGCRE-008 do INMETRO e teste Z-score. A precisão, em termos do desvio padrão relativo (RSD%) acessado de P e Ca, foi de 2,6 e 3,2%, respectivamente. A aceitabilidade calculada pelo teste de HORRAT (𝐻𝑂𝑅) mostrou que ambos valores são ≤ 2 (1,3 e 1,6 para P e CA, respectivamente), indicando que a precisão é satisfatória. A exatidão acessada de P e Ca, em termos de erro relativo (ER%), foi de 2,6 e 1,8%, respectivamente. A aceitabilidade, calculada pelo teste Z-score (score-score), apresentou valores entre 1,0 e 0,5 para P e CA, respectivamente. Assim, a exatidão também foi considerada satisfatória. É possível quantificar in vitro o Fósforo e o Cálcio na dentina humana pela Microscopia Eletrônica de Varredura com Energia Dispersiva de Raios X, com parâmetros de precisão e exatidão satisfatórias para a técnica.PN0661 - Painel Aspirante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Efeito dose-resposta de dentifrícios com diferentes concentrações de Fluoreto na remineralização da dentina radicular in situ
Carvalho GAO, Leal JP, Santana GB, Macena NS, Vale GC
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito dose resposta de dentifrícios com diferentes concentrações de fluoreto (F) na remineralização da dentina radicular. Dez voluntários participaram deste estudo experimental in situ, randomizado, cego e cross-over. Durante quatro fases de sete dias, eles usaram um aparelho palatino contendo 2 blocos de dentina previamente desmineralizados in vitro. Os tratamentos foram realizados com dentifrício à base de sílica contendo 0, 700, 1.300 e 5.000 µg F/g (F como NaF). Para simular o desafio cariogênico, solução de sacarose 20% foi gotejada três vezes ao dia nos blocos. Após as fases experimentais, os blocos foram coletados para o cálculo da porcentagem de recuperação de dureza de superfície (%RDS) e a concentração de F no biofilme foi determinada. A relação entre as variáveis foi analisada por regressão linear, utilizando o Programa GraphPrism com p fixado em 5%. Os valores de %RDS e F no biofilme (µg F/g) para os dentifrícios contendo 0, 700, 1.300 e 5.000 µg F/g foram respectivamente: -15,27±6,65; -0,66±3,38; 5,02±2,21; 18,00± 5,32 e 11.09±3.59; 15,29±8,67; 41,84±31,42; 179,74±115,73. Foi observado um ajuste linear significativo (p < 0.001) entre o aumento da %RDS e da concentração de F nos biofilmes em função do aumento da concentração de F nos dentifrícios. Assim, os resultados sugerem que a remineralização da dentina radicular e a concentração de F nos biofilmes aumentam proporcionalmente ao aumento da concentração de F nos dentifrícios, comprovando o efeito dose-resposta do fluoreto.PN0662 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Efeitos do envelhecimento na imunoexpressão de citocinas pró- inflamatórias em lesões perirradiculares
Teixeira QE, Rocha-Junior RS, Pires FR, Ferreira DC, Armada L
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar através de imunohistoquímica a expressão de citocinas pró- inflamatórias em lesões perirradiculares de indivíduos idosos, bem como comparar com grupo controle (adultos). Materiais e métodos: Foram selecionados 30 lesões perirradiculares (15 cistos e 15 granulomas) de pacientes idosos com idade igual ou maior a 60 anos, e 30 lesões perirradiculares (15 cistos e 15 granuloma) de adultos com idade entre 20-56 anos. As reações de imunohistoquímica foram realizadas utilizando lâminas sinalizadas com anticorpos primários contra IL1β ,IL6 e TNFα. Para analisar as imagens, as lâminas foram subdividida em 5 campos de grande aumento e observadas em microscópio óptico, onde foram atribuídos valores ao número de marcações positivas para os anticorpos, sendo estes de 0 a 2 para cada campo. Resultados: Não houve diferença significativa entre citocinas quando comparamos LP em idosos. Em adultos, houve diferença apenas em relação a IL1β que apresentou níveis significativamente maiores em granuloma. Porém quando comparamos os níveis de citocinas pró-inflamatórias de LP de idosos com adultos, os valores foram significativamente maiores em idosos. Conclui-se que as citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNFα apresentaram maior expressão em LP de idosos quando comparados com adultos. Estes resultados sugerem que o envelhecimento pode ser considerado um modificador da doença perirradicular, pois mesmo não sendo a principal causa para o desenvolvimento de LP poderia influenciar na evolução das mesmas.PN0665 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Efeito do laser infravermelho em monócitos humanos estimulados com Porphyromonas gingivalis
Bruzinga FFB, Mendoza PFA, Santos LI, Antonelli LRV, Guimarães NR, Horta MCR, Souto GR, Souza PEA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi avaliar o efeito do laser infravermelho (LIV) na viabilidade celular e na produção de citocinas por monócitos humanos estimulados in vitro com Porphyromonas gingivalis (Pg). Células mononucleares de sangue periférico (CMSP) de 10 indivíduos saudáveis foram expostas ao laser de diodo (PInGaAl; 808 nm; 20 mW; 0.71 W/cm2; 0,028 cm2), em diferentes densidades de energia e avaliadas quanto à viabilidade celular. Em seguida, CMSP foram expostas a densidades de energia de 5 ou 60 J/cm2 do laser e estimuladas com Pg. Foram quantificadas células produtoras de IL-1 alfa, IL-6, IL-8, IL-10 e TNF em subpopulações de monócitos, por meio de citometria de fluxo. Análise fenotípica mostrou que LIV a 60 J/cm2 aumentou a frequência de monócitos não-clássicos. Análise de citocinas mostrou que LIV a 5 J/cm2 reduziu as frequências de monócitos totais e monócitos intermediários expressando IL-6 e as frequências de monócitos intermediários expressando TNF, mas apenas nas células não estimuladas com Pg. Por outro lado, densidade de energia de 60 J/cm2 aumentou as frequências de monócitos não clássicos expressando IL-6, quando estimulados com Pg. Conclui-se que o LIV possui maior efeito sobre monócitos não estimulados por produtos bacterianos e que seus efeitos na modulação da expressão de citocinas dependem de baixa densidade de energia. (Apoio: CAPES N° code #001 | FAPEMIG N° APQ 03601-16)PN0667 - Painel Aspirante
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3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Eficácia de vernizes contendo S-PRG na prevenção da desmineralização do esmalte
Rossi NR, Moecke SE, Spinola MS, Borges AB, Torres CRG
Materiais e Protese Dent - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia dos vernizes contendo S-PRG na prevenção da desmineralização do esmalte. Amostras de esmalte / dentina foram obtidas de incisivos bovinos. A superfície foi polida e a microdureza inicial Knoop (KM) foi avaliada. Em seguida, as amostras foram divididas em seis grupos (n=15): S10 - verniz experimental contendo 10% de carga de S-PRG, S20 - 20% de carga de S-PRG, S30 - 30% de carga de S-PRG; S40- 40% de carga de S-PRG; CP (controle positivo) - 5% de NaF; CN (controle negativo) - nenhum tratamento realizado. Metade das superfícies do esmalte foi protegida para funcionar como controle e os vernizes foram aplicados sobre a área desprotegida. Foi realizada uma ciclagem de pH com o intuito de simular a desmineralização, e, assim, a microdureza superficial e transversal foram avaliadas. A porcentagem de microdureza da área tratada foi calculada comparando com a área não tratada. A análise estatística foi realizada por ANOVA um-fator e teste de Tukey com nível de significância de 5%. Todos os vernizes experimentais de S-PRG protegeram contra a desmineralização em relação ao CN, mas o S40 foi o mais eficaz na superfície do esmalte (p-valor=0,000). Para todas as profundidades, S30 e S40 foram superiores na prevenção de desmineralização do esmalte em relação às demais concentrações de cargas de S-PRG e 5% de NaF. Assim, foi possível concluir que o verniz contendo S-PRG é eficaz para evitar a desmineralização do esmalte. Os produtos com maior concentração foram mais eficazes que o fluoreto de sódio a 5% na prevenção de desmineralização da superfície.PN0669 - Painel Aspirante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Atividade antioxidante da borra e do extrato comercial de própolis vermelha de alagoas através do método DPPH
De Carvalho Silva LT, Queiroga DEU, Sarmento PBR, Araújo JCM, Araújo MV, Moreira MSA, Nascimento TG, Panjwani CMBRG
Doutoranda Em Estomatopatologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O experimento teve por finalidade, comparar a atividade antioxidante da Borra da Própolis Vermelha de Alagoas (BPVAL) e do Extrato Comercial de Própolis Vermelha de Alagoas (EPVAL) oriunda da região dos manguezais, ambos provenientes da indústria "Fernão Velho ®" obtidos no ano de 2019. Foi utilizado o método de sequestro do radical DPPH (1,1-difenil-2-picrilhidrazil), avaliando propriamente a doação do átomo de hidrogênio e/ou transferência de elétrons do antioxidante estudado ao radical livre presente no sistema. O DPPH é um radical alcançado diretamente, não sendo necessário uma prévia preparação, sendo necessário apenas dissolver em meio alcoólico para atingir a concentração 0,04 mg/mL. Foi pesado 10 mg do extrato rotaevaporado obtido a partir da BPVAL e solubilizado em balão de 10 ml com etanol ab. para obter uma solução de trabalho com concentração de 1 mg/ml. A partir do EPVAL (11%), foi retirado uma alíquota de 91 µL e solubilizado em um balão de 10 ml com etanol ab. para se atingir a concentração de 1 mg/ml. Os extratos estudados obtiveram um grande percentual de atividade antioxidante obtendo porcentagens superiores a 80 %, para ambos os extratos, na maior concentração avaliada (50 µg/mL), obtendo valores de IC50 de 16,73 e 9,25 µg/mL para o EPVAL e BPVAL respectivamente. Diante do exposto é possível identificar que a propriedade antioxidante da BPVAL é semelhante à do seu extrato comercial, com ambos obtendo compostos com grande atividade antioxidante. São necessários mais estudos sobre a BPVAL para conhecer suas demais propriedades. (Apoio: FAPEAL N° 60030 001356/2018)PN0670 - Painel Aspirante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Desenvolvimento de um sistema de liberação controlada da sinvastatina visando seu emprego para regeneração tecidual
Bronze-Uhle ES, Gallinari MO, Bordini EAF, Rinaldo D, Lisboa Filho PN, de-Souza-Costa CA, Soares DG
Dentística - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Nesse estudo, foi realizada a encapsulação da sinvastatina (SV) em microesferas de quitosana (ME), visando a sua liberação de forma controlada para otimizar seu efeito na modulação da regeneração tecidual. As ME foram preparadas a partir de uma emulsão composta pela solução de quitosana em parafina líquida contendo surfactante sob intensa homogeneização (2000 rpm) seguido de cross-linking. O encapsulamento da SV foi realizado adicionando-se 2, 5 e 10% de SV na solução de quitosana, seguindo o procedimento de emulsão e cross-linking. As ME e ME-SV foram coletadas por centrifugação-liofilização. Os materiais obtidos foram avaliados por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia na região do infravermelho (FTIR), e a liberação da SV foi monitorada por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). A análise em MEV confirmou a arquitetura esférica das ME, independente da concentração de SV encapsulada. Análises de FTIR confirmam a incorporação de SV através de alterações nas bandas de absorção em 3500 cm-1(estiramentos -OH) e alterações de deslocamento e intensidade nas regiões de 1704 cm-1 (estiramento-C=O da SV), 1647-1566 cm-1, 1445-1375 cm-1(estiramentos -NH2 e NC=O da quitosana). A incorporação de 2% de SV proporcionou liberação lenta e gradual de baixas dosagens (0,1 a 6,0 µM) nos primeiros 12 dias, mantendo-se então constante por 40 dias. Concluiu-se que a encapsulação da SV a 2% em microesferas de quitosana proporciona o desenvolvimento de um sistema de liberação controlada em padrão desejável para regeneração de tecidos mineralizados. (Apoio: CAPES)