Diagnóstico periodontal, autorrelato da condição periodontal, qualidade de vida e coping em pacientes com doenças crônicas sistêmicas
Lopez LZ, Taques-Neto L, Pochapski MT, Dalmolin AC, Huller D, Santos FA
Pos Graduação - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
As doenças crônicas sistêmicas e a doença periodontal podem catalogar-se como fatores estressores, afetar a saúde geral e impactar na qualidade de vida. Estratégias de enfrentamento adequadas (Coping) perante fatores estressores e a autopercepção do paciente são essenciais na adesão ao tratamento odontológico. O objetivo deste trabalho foi analisar se a condição periodontal interfere na qualidade de vida geral e se coincide com o diagnóstico periodontal de pacientes com doenças crônicas sistêmicas. Foram triados 252 indivíduos em acompanhamento médico para doenças crônicas sistêmicas de um Hospital Universitário. Foram aplicados três instrumentos (Self-reported Periodontal Measure, SF-36 e Cope Breve) e exame clínico periodontal para a obtenção dos dados. Os resultados mostraram que a condição periodontal não interfere na qualidade de vida. O autorrelato da condição periodontal coincide com o diagnóstico clínico, porém indivíduos com pior condição periodontal, tiveram pior autopercepção da sua saúde bucal. Indivíduos com duas ou mais doenças crônicas sistêmicas têm melhor autopercepção da saúde bucal, porém pior autorrelato da condição periodontal. Indivíduos com melhor Coping tiveram pior autopercepção da saúde bucal. Concluímos que a condição periodontal não interfere na qualidade de vida geral em indivíduos com doenças crônicas sistêmicas. O autorrelato da condição periodontal coincide com o diagnóstico clínico. Indivíduos com duas o mais doenças crônicas sistêmicas têm boa autopercepção da saúde bucal. (Apoio: CAPES N° 1)PN1222 - Painel Aspirante
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8 - Periodontia
Influência da obesidade nos tecidos periodontais de pacientes com diabetes mellitus tipo 2: estudo clínico randomizado
Nadal L, Nassar PO, Zampiva MMM, Nassar CA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A doença periodontal (DP) é frequentemente associada com Diabetes Mellitus (DM) e pode ser considerada uma das complicações crônicas da doença. A obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do DM do Tipo 2 (DM2), sendo que o tecido adiposo atua secretando hormônios, citocinas e medidores inflamatórios. O objetivo do estudo foi avaliar a influência da obesidade na reposta dos tecidos periodontais após o tratamento periodontal em pacientes com DM2 portadores de DP. Foram avaliados 36 pacientes, com faixa etária de 25 a 65 anos, sendo 20 pacientes portadores de DM2 e periodontite crônica que não apresentavam obesidade, de acordo com o índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (Grupo Não Obeso - GNO), e 16 pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, que apresentavam quadro de obesidade e DP (Grupo Obeso - GO). Esses pacientes foram submetidos ao tratamento periodontal e foram avaliados através de índice de placa, profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, sangramento a sondagem e análise do fluido crevicular gengival, além de exames laboratoriais. Sendo os parâmetros periodontais e laboratoriais avaliados nos tempos 0 e 6 meses. Os resultados demonstraram melhoras nos parâmetros clínicos periodontais e laboratoriais nos períodos avaliados, entretanto o GNO apresentou resultados melhores quando comparado ao GO. A presença da obesidade dificulta a melhora dos parâmetros clínicos periodontais após o tratamento periodontal convencional em pacientes portadores de DM e DP. (Apoio: CAPES)PN1223 - Painel Aspirante
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8 - Periodontia
Influência do ranelato de estrôncio na progressão e tratamento da periodontite experimental
Piovezan BR, Ervolino E, Gusman DJR, Araujo NJ, Alves BES, Furquim EMA, Matheus HR, Almeida JM
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo avaliou efeitos do ranelato de estrôncio (RE) na progressão e como coadjuvante sistêmico à raspagem e alisamento radicular (RAR) para o tratamento da periodontite experimental (PE). 80 ratos machos foram divididos em 4 grupos (n=20): PE-SS, indução da PE e administração sistêmica de solução salina fisiológica (SS); EP-RE, indução da PE e administração sistêmica de RE; PE-RAR/SS, indução da PE, RAR e administração sistêmica de SS; PE-RAR/RE, indução da PE, RAR e administração sistêmica de RE. A PE foi induzida por ligadura de fio de algodão ao redor do primeiro molar inferior esquerdo de cada animal. 7 dias após indução da PE, foi realizada RAR nos animais dos grupos PE-RAR/SS e PE/RAR/RE, e iniciou-se o protocolo de administração de SS ou RE via gavagem gástrica em todos os grupos. Animais foram eutanasiados aos 7 e 30 dais após início dos tratamentos sistêmicos. Análises histológica, histométrica de porcentagem de osso na furca (POF) e imunoistoquímica para detecção TRAP, OCN e CD45 foram realizadas. Análise estatística de dados (p≤0,05). PE-RAR/SS apresentou melhor estruturação do tecido conjuntivo e ósseo na furca que PE-RAR/RE. PE-RE apresentou maior POF que PE-SS, no entanto, nenhuma diferença foi encontrada entre PE-RAR/SS e PE-RAR/RE aos 30 dias. PE-RAR/SS e PE-RAR/RE apresentaram maior padrão de imunomarcação para OCN e CD45 que PE-SS e PE-RE aos 30 dias. PE-RAR/SS apresentou maior número de células TRAP-positivas que PE-RAR/RE aos 30 dias. Conclui-se que o RE reduz a perda óssea alveolar durante a progressão da PE, contudo não apresenta benefícios à RAR.PN1224 - Painel Aspirante
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8 - Periodontia
Efeito da terapia probiótica (Lactobacillus reuteri) coadjuvante no tratamento da periodontite crônica associada ao Diabetes Mellitus
Pedroso JF, Longo M, Ramos TCS, Lima VCS, Ferreira CL, Jardini MAN
Biopatologia Bucal - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A associação de probióticos ao debridamento mecânico pode ser uma proposta de tratamento das doenças periodontais, em especial para pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Avaliou-se os efeitos da administração do probiótico Lactobacillus reuteri como terapia coadjuvante no tratamento da Periodontite (P) associada ao DM2. Um total de 40 participantes diabéticos e diagnosticados com P foram randomizados em Grupo Teste (n=20): receberam debridamento mecânico associado ao probiótico e Grupo Controle (n=20): tratados com debridamento mecânico associado a um placebo. Foram realizadas avaliações de profundidade de sondagem (PS), recessão gengival (RG), nível clínico de inserção (NCI), índice de placa (IP) e índice de sangramento gengival (IG) no baseline, 30 dias, 3 meses e 6 meses. Os dados foram obtidos em média e desvio padrão. Os resultados mostraram que em ambos os grupos houve uma melhora progressiva nos parâmetros clínicos periodontais ao longo do tempo. A maior redução de PS para o grupo probiótico foi em t=6 meses (2.51±0.16) em comparação à t=0 (3.72±0.44). O mesmo se observa no grupo controle, sendo 3.31±0.31 no baseline e 2.69±0.41 após 6 meses. Observou-se um discreto aumento nas medidas de RG no grupo probiótico aos 3 meses (0.85±0.02) em relação ao baseline (0.64±0.03). No grupo placebo, aos 6 meses foram encontradas as menores taxas de IP e IG, 20% e 24%, respectivamente. Para terapia periodontal em diabéticos, o debridamento mecânico isoladamente (placebo) apresenta resultados clínicos semelhantes ao uso do L.reuteri como coadjuvante. (Apoio: Fapesp N° 2016/24531-3 | CNPq N° 465259/2014-6 | CAPES)PN1225 - Painel Aspirante
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8 - Periodontia
Progressão da Doença Periodontal experimental em ratos submetidos a exercício físico aeróbico ou resistido
Dallarmi LB, Steffens JP, Mendonça DF, Araújo MGB, Mendonca CCG, Brandão DA, Oliveira RCG, Souza JAC
Faculdade de Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto do exercício físico aeróbico (EA) e resistido (ER) sobre a progressão da doença periodontal (DP) experimental induzida por ligadura. Trinta e dois ratos Wistar foram divididos em 4 grupos (n=8/grupo): Controle (C) (sem intervenção); DP-S (animais sedentários); DP-EA e DP-ER. Os grupos DP-EA e DP-ER nadaram durante 30 minutos/dia, 5 vezes na semana, sem ou com uma carga acoplada à cauda, respectivamente. Na sexta semana de natação, a DP foi induzida nos primeiros molares superiores nos grupos DP-S, DP-EA e DP-ER. Ao final da oitava semana, os animais foram eutanasiados e as hemimandíbulas coradas com azul de metileno e fotografadas para mensuração da perda óssea através de software (ImageJ). Foram analisadas a área da face vestibular e medidas lineares (média das 3 raízes) do primeiro molar superior. Radiograficamente, a distância entre a crista óssea alveolar e a junção cemento-esmalte foi mensurada na região entre o primeiro e segundo molar. Em todas as análises, a perda óssea foi significativamente maior nos grupos DP-S e DP-ER em comparação ao grupo controle (ANOVA; p<0,05). O grupo DP-EA teve perda óssea significativamente menor do que os grupos DP-S e DP-ER apenas na análise fotográfica linear (ANOVA; p<0,05). Conclui-se que o exercício aeróbico, mas não o exercício resistido, é capaz de atenuar a perda óssea induzida por ligadura. (Apoio: Capes/Fapeg N° 001)PN1226 - Painel Aspirante
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8 - Periodontia
Avaliação da viabilidade bacteriana e rugosidade sobre duas membranas de PTFE-d: estudo in vitro
Maia AO, Joly JC, Peruzzo DC, Napimoga MH, Lemos AB, Martinez EF
Microbiologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse trabalho foi comparar in vitro duas membranas de PTFE-d (CytoplastTM e Lumina PTFETM), quanto à rugosidade de superfície e viabilidade bacteriana. Segmentos de 5 X 5 mm foram utilizados para os ensaios propostos (15/cada). Para avaliação da rugosidade, utilizou-se rugosímetro de contato sendo mensurado o valor da média dos picos e vales (Ra). Para análise da viabilidade bacteriana, cepas padrões de Streptococcus mutans (25175) e Staphylococcus aureus (25923) na densidade de 1X108 UFC/ml foram plaqueadas sobre as membranas e mantidas em estufa bacteriológica (37o C, 2h). Para análise e quantificação de bactérias aderentes vivas e mortas foi utilizada a técnica de fluorescência com kit de viabilidade Live/Dead Baclight. Foram realizadas fotomicrografias em 5 áreas randomizadas e os testes foram realizados em triplicatas. As áreas contendo bactérias vivas (fluorescência verde), mortas (fluorescência vermelha) e total foram mensuradas por meio do programa ImageJ e os resultados submetidos à análise estatística, tendo sido usado nível de significância de 5%. Os resultados dos valores de Ra não evidenciaram diferenças estatísticas no valor entre as membranas (p==0,0696). Adicionalmente, a quantidade total, e de bactérias vivas e mortas, para ambas as cepas, foi semelhante para ambas as membranas (p>0,05). Conclui-se que ambas as membranas testadas apresentaram rugosidade de superfície, e viabilidade bacterianas semelhantes, tendo indicação para exposição na cavidade oral.PN1227 - Painel Aspirante
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8 - Periodontia
Uso terapêutico do extrato de própolis no tratamento das doenças periodontais: uma revisão integrativa
Cardoso MB, Spiger V, Magini RS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou verificar o emprego e os efeitos terapêuticos da própolis no tratamento de doenças periodontais. Conduziu-se uma revisão integrativa, com busca sistematizada nas bases PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e SciELO, com os termos: "periodontal disease", "periodontitis", "periodontal treatment", o operador booleano "AND", e o termo "propolis", em combinações individualizadas, até abril de 2020. Elencaram-se critérios de inclusão (publicações após 2010, em inglês, português ou espanhol) e exclusão (ausência de relação com o tema ou estudos de revisão narrativa). A busca inicial identificou 298 estudos e, pela exclusão de duplicidades, 104 destes foram avaliados pelos referidos critérios, resultando na amostra final de 28 estudos, dos quais foram 12 ensaios clínicos (100% randomizados; 25% blindados), 9 in vitro, 5 estudos com espécime animal, e 2 revisões sistemáticas sobre produtos naturais. A própolis apresenta biocompatibilidade, ação antibacteriana contra os principais patógenos periodontais, e impacto clínico positivo, com melhoria de índices de placa, sangramento, nível de inserção clínica, profundidade de sondagem, quando adjuvante à raspagem e ao alisamento radicular. Suas apresentações incluem enxaguante, comprimido, creme dentário, gel, solução irrigadora; todavia, não há padronização de formas de uso. Conclui-se que o emprego da própolis em doenças periodontais é promissor, mas é necessário maior aprofundamento sobre os mecanismos de ação, bem como a definição de protocolos terapêuticos.PN1228 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Associação entre periodontite, diabetes mellitus gestacional e diabetes mellitus tipo 1 e 2 em mulheres grávidas
Brant RA, Pereira GHM, Belém FV, Cyrino RM, Cota LOM, Costa FO, Lima RPE
Colegiado de Pós-graduação - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O diabetes é considerado um fator de risco para periodontite. No entanto, é possível que a periodontite induza um processo inflamatório sistêmico que possa iniciar e propagar uma resistência à insulina. Este estudo analisou a associação entre periodontite, diabetes mellitus gestacional (DMG), diabetes mellitus tipo 1 (DM 1) e diabetes mellitus tipo 2 (DM 2) em gestantes. A amostra consistiu em estudar 20 gestantes com DM 1 ou DM 2, 20 gestantes com DMG e 40 gestantes sem endocrinopatia. O exame periodontal incluiu análise de sangramento na sondagem (SS), profundidade de sondagem (PS) e nível de inserção clínica (NIC). A periodontite foi definida como a presença de quatro ou mais dentes com pelo menos um local com PS ≥ 4 mm e CAL ≥ 3 mm com SS associada no mesmo sítio. Os resultados demonstraram associação entre DMG e idade materna elevada, índice de massa corporal (IMC) e hipertensão. A prevalência de periodontite observada foi de 55%, 40% e 42,5% para mulheres com DM 1 ou DM 2 (p = 0,360), com DMG (p = 0,853) e no grupo controle, respectivamente. A amostra mostrou alta prevalência de periodontite; entretanto, não houve diferença significativa entre mulheres grávidas com DM 1 ou DM 2, as mulheres com diabetes gestacional ou mulheres grávidas no grupo controle.PN1229 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Impacto das doenças crônicas sistêmicas controladas na condição periodontal e qualidade de vida geral
Ferreira MD, Santos FA, Taques-Neto L, Lopez LZ, Pochapski MT, Huller D, Dalmolin AC
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Estudos atuais apontam uma associação entre as doenças crônicas sistêmicas e a doença periodontal. Os fatores agressores destas doenças podem impactar na saúde geral de um indivíduo e consequentemente atuar sobre a qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi determinar se as doenças crônicas sistêmicas controladas se tornam fatores de risco para o desenvolvimento da doença periodontal e se estas doenças podem interferir na qualidade de vida geral. Foram incluídos no estudo 252 pacientes que se encontravam em acompanhamento médico para doenças crônicas sistêmicas em um Hospital Universitário. Para obtenção dos dados foram utilizados: ficha clínica específica, prontuário médico digital do sistema de gestão ambulatorial, o instrumento SF-36 e exame clínico periodontal. Os resultados evidenciaram que as doenças crônicas sistêmicas interferem na qualidade de vida geral, porém não se encontram associadas, nem se caracterizam como fatores de risco para periodontite em pacientes que se encontram com a doença controlada e sob acompanhamento médico permanente. Concluímos então que a condição periodontal não está relacionada com as doenças crônicas controladas, porém estas doenças interferem na qualidade de vida geral. (Apoio: CAPES)PN1230 - Painel Aspirante
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8 - Periodontia
Efeito modulador do fumo e componentes do cigarro sobre a regulação de beta-defesinas: estudo clínico e in vitro
Gutierrez LS, Soldati KR, Anovazzi G, Scarel-Caminaga RM, Zandim-Barcelos DL
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Componentes da resposta imune inata, como as beta-defensinas (hBDs), exercem um papel-chave na susceptibilidade ou resistência a doenças da cavidade oral. Fatores de risco, como o cigarro, podem alterar a síntese de hBDs. O objetivo deste estudo foi comparar os níveis de hBD1 e 2 em pacientes com periodontite (PP), fumantes (F) e não fumantes (NF) e avaliar o efeito da nicotina e cotinina sobre a expressão de hBDs por células epiteliais. Foi realizada uma coleta de fluido crevicular gengival em 70 pacientes, sendo 20 totalmente saudáveis (PS) e 50 com periodontite (25 F e 25 NF), seguida pela quantificação das hBDs pela técnica ELISA. No estudo in vitro, células HaCats foram cultivadas em placas de 12 poços, em meio DMEM, a uma densidade de 1x105 células por poço. As células foram tratadas com 10 µg/ml de nicotina ou cotinina e em combinação com Porphyromonas gingivalis (Pg) ou Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa). O RNA total foi extraído e analisado por RT-qPCR. Clinicamente, os resultados demonstraram que o fumo reduziu os níveis de hBD1, mas aumentou hBD2 em sítios doentes. Sítios sadios em PS apresentaram maiores níveis de hBD1 do que em PP e maiores níveis de hBD2 comparados à sítios sadios de NF (p<0,05). No estudo in vitro, o tratamento com nicotina resultou na redução da expressão de hBD1, que foi acentuada quando associada à Aa (p<0,05). O tratamento simultâneo com nicotina e Aa ou cotinina e Pg resultou na redução da expressão de hBD2 pelas células HaCat (p<0,05). Concluiu-se que o fumo pode modular os níveis de hBDs, bem como alterar a sua expressão por queratinócitos. (Apoio: CNPq N° 479052/2013-1 | CAPES)