03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2836 Resumo encontrados. Mostrando de 21 a 30


FC021 - Fórum Científico
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Influência da aminoguanidina nos parâmetros vasculares e na imunoexpressão de iNOS na polpa dentária de ratas após clareamento dental
Letícia Menezes Maia, Marcilio Rodrigues Pinto, Kirlya Isabel da Silva Medeiros, Iury Raphael Sousa Cunha, Clarice Lioba de Araujo, Paulo Goberlânio de Barros Silva
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Devido a alta penetração de agentes clareadores como o H₂O₂ nos tecidos dentários, a ativação da Óxido Nítrico sintase Induzida (iNOS) pode levar a produção de espécies reativas de oxigênio, alterações vasculoinflamatórias e inflamação pulpar. Avaliar o papel do bloqueio da iNOS nas alterações vasculares da polpa dentária de ratas tratadas com clareamento com H2O2. 72 ratas Wistar foram divididas em três grupos: Sham (simulação do clareamento), GSa (clareamento com H₂O₂ a 38% + solução salina) e GAm (clareamento com H₂O₂ + aminoguanidina 50 mg/kg diário). Após 24h, 48h e 7 dias, as ratas foram eutanasiadas para análise histomorfométrica da polpa dentária (área da polpa preenchida por vasos) e dos gânglios trigeminais (área dos corpos neuronais), bem como imunoexpressão de iNOS em odontoblastos/não odontoblastos e Proteína Ácida Fibrilar Glial (GFAP) em corpos neuronais. Teste ANOVA/Bonferroni foi utilizado (p<0,05, GraphPadPrism 5.0). O clareamento dental aumentou o percentual de área vascular da polpa (p=0.036), o tamanho médio dos vasos sanguíneos (p=0.020) e reduziu a área média dos corpos neuronais (p=0.006) após 24h e 48h, alterações essas revertidas com o tratamento com aminoguanidina. A imunoexpressão de iNOS em odontoblastos (p=0.028) e células não odontoblásticas (p=0.026) aumentou após o clareamento e foi normalizada com o bloqueio da iNOS. Apesar do aumento da GFAP nos grupos clareados (p=0.004), a aminoguanidina não reverteu esse parâmetro.

O clareamento dentário causa alterações transitórias na polpa dentária por aumento da expressão de iNOS e o bloqueio dessa enzima consegue reverter a inflamação pulpar, mas sem interferir na neuroinflamação.

FC022 - Fórum Científico
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

EFEITOS DA PERIODONTITE NA MODULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Juliane Gonçalves da Fonseca, Letícia São Julião Silva, Júlio César Crescencio, Allan Robson Kluser Sales, Rubens Fazan Junior, Helio Cesar Salgado, Michel Reis Messora
CTBMF e Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo investigou a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e a Atividade Nervosa Simpática Muscular (ANSM), indicadores da função do sistema nervoso autônomo, em indivíduos portadores ou não de periodontite. 28 indivíduos sistemicamente saudáveis foram divididos em dois grupos: Grupo PE (periodontite Estágio III, grau B ou C; n=14) e Grupo C (controle - sem periodontite; n=14). Foram avaliados parâmetros clínicos periodontais (profundidade de sondagem - PS; nível de inserção clínica - NIC; sangramento à sondagem - SS e índice de placa - IP), VFC (domínio da frequência - HF abs, LF nu e LF/HF; entropia amostral e dinâmica simbólica - 0V e 2UV) e a ANSM. Os dados obtidos (médias e desvios-padrão) foram estatisticamente analisados (p<0,05). O grupo PE apresentou valores significativamente maiores que aqueles do grupo C para PS (3,66±0,72 vs 2,09±0,34), SS (77,14±11,73 vs 46,16±29,44), IP (72,35±14,41 vs 31,42±22,67) e NIC = (4,27±1,13 vs 1,97±0,46). Na análise da VFC, não houve diferença significativa entre os grupos PE e C para LF nu (54,89±17,80 vs 51,31±21,67), LF/HF (2,01±1,93 vs 1,51±1,04), entropia (1,85±0,39 vs 1,79±0,17), 0V (24,19±20,00 vs 23,96±18,80) e 2UV (18,38±10,09 vs 19,17±10,13). Uma tendência de desbalanço autonômico no grupo PE quando comparado ao grupo C foi observada na análise de HF abs (48,41±40,90 vs 100,45±130,20). O grupo PE apresentou aumento na ANSM quando comparado ao grupo C (p<0,001).

Dentro dos limites desse estudo, conclui-se que a periodontite pode contribuir para um desbalanço autonômico do organismo. Novos estudos com maior poder amostral e novas ferramentas de análise são necessários para melhor investigar as tendências e resultados obtidos.

(Apoio: FAPESP  N° 2022/05983-1)
FC023 - Fórum Científico
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Análise da categorização da Aplicação da Classificação Periodontal para Estudos Epidemiológicos (ACES) para avaliação de fatores de risco
Stefany Duarte Dos Anjos, Tayse Caroline Cunha de Medeiros, Alessandra Areas E. Souza, Alex Nogueira Haas, Joao Paulo Steffens
Setor de Ciências da Saúde UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo analisar diferentes categorizações da Aplicação da Classificação Periodontal 2018 para Estudos Epidemiológicos (ACES) para avaliação de fatores de risco em comparação com os critérios estabelecidos pelo CDC/AAP. Dados de 536 indivíduos da cidade de Curitiba/PR selecionados por amostragem probabilística em múltiplos estágios, submetidos a exame periodontal completo com sonda UNC-15, foram utilizados. Após exclusão de dados faltantes, 449 participantes foram considerados. A variável dependente incluiu diferentes categorizações para periodontite (5, 3 ou 2 categorias). A variável independente padrão-ouro foi a carga tabágica, em maços-ano (nunca fumantes; <15 maços-ano; 15 maços-ano). Modelos multivariados de regressão logística binária (sem periodontite x com periodontite; e periodontite severa ou estágios III/IV x outras categorias) e multinomial para ACES, 5 categorias - sem periodontite x cada um dos 4 estágios - e para ACES e CDC/AAP, 3 categorias x sem periodontite; leve/moderada ou estágios I e II; e severa ou estágios III e IV foram utilizados. Na regressão logística binária, a força de associação foi mais forte quando, na análise de 15 maços-ano, foram considerados os estágios III/IV x demais (OR, IC95%: 3,67, 2.03-6.61; p<0.001). Na multinomial, a força de associação foi maior no estágio IV, apesar da interpretação multiestágio ser prejudicada.

A aplicação de 3 categorias demonstrou associações estatisticamente significantes para doença severa e maior facilidade de interpretação. Assim, sugere-se que sejam utilizadas 3 categorias para análise de fatores de risco quando o ACES for utilizado.

(Apoio: CAPES  N° 88887003487202400)
FC024 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Tendências de gastos com cuidados odontológicos por provedores, serviços e quintis do índice sociodemográfico em 195 países, de 2000 a 2017
Handreza Régia Santos Siqueira Campos, Matthew Thomas Schneider, Joseph L. Dieleman, Amanda Ramos da Cunha, Maria Laura Braccini Fagundes, Orlando Luiz do Amaral Júnior, Cláudia Maria Coêlho Alves, Fernando Neves Hugo
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os poucos estudos robustos com análises de tendências de gastos para a Odontologia, e a recomendação da inclusão dos serviços de saúde bucal nos sistemas de saúde universais, feita pela Organização Mundial da Saúde, levaram à necessidade de descrever a tendência desses gastos em 195 países, considerando o período de 2000 a 2017. Tais gastos foram reportados como per capita, como uma proporção dos gastos em saúde, e gastos em totais em milhões. Os dados foram caracterizados por provedores e serviços de saúde e agrupados pelo Socio-Demographic Index (SDI). Os gastos foram extraídos do System of Health Accounts, e categorizados conforme à sua metodologia. Dados ausentes foram estimados por modelo multivariado Bayesiano. Tendências foram medidas com regressão linear e método Prais-Winsten. Foram usadas covariáveis do Global Health Disease. Os resultados mostraram que todos os quintis tiveram aumento de gastos per capita e totais. Os maiores gastos foram os dos quintis intermediários e alto. Foi revelado importante gradiente nos gastos per capita, com países de SDI alto com valores 278 e 93 vezes maiores do que os de países de SDI baixo e médio-baixo, nessa ordem. Gastos odontológicos foram pequena parcela dos gastos totais com saúde, independentemente do quintil.

Observou-se ampla desigualdade na distribuição dos gastos com saúde bucal por níveis de desenvolvimento, e essas diferenças permaneceram em todo o período estudado. Os resultados inéditos deste trabalho, importantes para a discussão do financiamento em saúde bucal, podem auxiliar gestores a identificarem a priorização que tem sido dada para as políticas públicas de saúde bucal, considerando o contexto da Agenda da Cobertura Universal de Saúde e da Estratégia Global sobre Saúde Bucal.

(Apoio: CAPES)
FC025 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

MonitoraSB em municípios de Minas Gerais: abordagem participativa para criação de estratégias de implementação
Elisa Lopes Pinheiro, Renata Maria Mendes de Oliveira, Rosana Leal do Prado, Maria Inês Barreiros Senna, Viviane Elisângela Gomes, João Henrique Lara Amaral, Raquel Conceição Ferreira
DOSP UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O MonitoraSB é uma proposta de monitoramento para os serviços de saúde bucal usando indicadores calculados com dados do e-SUS APS e ferramentas digitais. Estratégias de implementação representam o "como fazer" uma mudança na prática em saúde. Objetivou-se apresentar o desenvolvimento participativo das estratégias de implementação do MonitoraSB no contexto da pesquisa de implementação em 13 municípios de Minas Gerais. As estratégias foram elaboradas para enfrentar barreiras à adoção do MonitoraSB, identificadas pela avaliação dos determinantes da implementação por 182 profissionais da equipe e 26 gestores de saúde, a partir do Consolidated Framework for Implementation Research. As Recomendações de Especialistas para Implementação de Mudanças foram utilizadas para tipificação das estratégias, e foram definidos mecanismos esperados pelos quais promoveriam a adoção da inovação e mudanças no processo de trabalho. O caderno de estratégias, apresentando atores, ações e justificativas foi socializado e avaliado por todos os participantes, por questionários estruturados e grupos de discussão, com adequações até a versal final consensuada. As estratégias consensualmente pactuadas foram organizadas em categorias: desenvolver inter-relações entre atores; treinar e educar; promover o engajamento das equipes; utilizar estratégias avaliativas, adaptar e ajustar intervenções ao contexto local. Cada categoria agrupa ações específicas visando superar barreiras identificadas.

O processo de elaboração das estratégias combinou evidências empíricas, participação ativa dos profissionais e contextualização às realidades locais favorecendo a implementação do MonitoraSB.

(Apoio: CAPES  N° 88887804054/2023-00  |  FAPEMIG  N° 00763-20   |  CNPq - FAPEMIG  N° 445286/2023-7)
FC026 - Fórum Científico
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Avaliação das terapias prévias alveolares no reparo ósseo peri-implantar de ratos tratados com ácido zoledrônico
Laís Kawamata de Jesus, Henrique Hadad, Maísa Pereira da Silva, Maria Eduarda de Freitas Santana Oliveira, Letícia Gabriella de Souza Rodrigues, Juliano Milanezi de Almeida, Roberta Okamoto, Francisley Ávila Souza
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar terapias prévias alveolares no reparo ósseo peri-implantar de ratos tratados com ácido zoledrônico (ZA). Assim, 144 ratos receberam 8 aplicações (0.035 mg/kg de ZA) via caudal com intervalos de 15 dias. Após a 4ª aplicação foi realizada a exodontia do primeiro molar inferior esquerdo e foram divididos conforme a terapia alveolar. GS: coágulo sanguíneo - sem aplicação de ZA; GZ: coágulo sanguíneo; GB: β-tricálcio-fosfato (β-TCP); GBD: β-TCP + doxiciclina 10% (DOX10%); GBDP: β-TCP + DOX10% + terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) e GDP: DOX10% + aPDT. Após 28 dias um implante foi instalado no alvéolo em reparado. Passados mais 28 dias foram realizadas análises dos aspectos clínicos, biomecânica, microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de raios X por energia dispersiva, microtomográfica (µ-CT), microscopia confocal a laser, histométrica, histológica qualitativa e imunoistoquímica. Os valores foram submetidos à análise estatística (P < 0.05). O ZA induziu a osteonecrose dos maxilares induzida por medicamentos (MRONJ) peri-implantar e prejudicou a dinâmica óssea. GDP apresentou maior valor de contra-torque (P > 0.05), picos de fósforo (P > 0.05) e cálcio (P > 0.05), taxa de aposição mineral diária (P < 0.05) e extensão linear de contato osso e implante (P < 0.05) em relação as demais terapias. Na µ-CT, GDP exibiu maiores valores de porcentagem (%) de volume ósseo (P < 0.05) e número trabecular (P < 0.05) versus GB, GBD e GBDP. Além disso, GDP demonstrou maior % de área óssea (P < 0.05) em relação a GBDP, com presença de tecido ósseo vital e ausência de imunomarcação para atividades osteoclásticas.

Conclui-se que o ZA induziu a MRONJ peri-implantar e GDP proporcionou melhor reparo ósseo peri-implantar de ratos tratados com ZA.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2021/03851-8  |  CAPES  N° 001)
FC027 - Fórum Científico
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Revestimento fotorresponsivo para implantes dentários: integração funcional de propriedades mecânicas, antimicrobianas e bioativas
Samuel Santana Malheiros, Maria Helena Rossy Borges, Elidiane Cipriano Rangel, Nilson C Cruz, Eduardo Buozi Moffa, João Gabriel Silva Souza, Valentim Adelino Ricardo Barão, Bruna Egumi Nagay
Prótese e Periodontia FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A formação de biofilmes na superfície de implantes de titânio favorece falhas na osseointegração podendo levar à perda do implante. Visando mitigar esse risco, este estudo desenvolveu um revestimento antimicrobiano bicamada fotorresponsivo para implantes, com uma camada interna cerâmica porosa dopada com cálcio, fósforo e zinco, e uma camada externa polimérica de quitosana (CS) para entrega da demeclociclina (DMC), um antibiótico e fotossensibilizador para terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDa). Discos de titânio foram utilizados como substrato. A camada cerâmica foi obtida por plasma eletrolítico de oxidação (PEO), seguida da deposição do filme polimérico de CS com/sem DMC. Realizaram-se caracterizações físico-químicas, tribológicas, ópticas, de bioatividade, citocompatibilidade e atividade antimicrobiana. A eficácia antimicrobiana foi avaliada em biofilmes polimicrobianos microcosmos (96h, saliva humana), analisando viabilidade, morfologia, metabolismo, peso seco, conteúdo proteico e composição microbiana. O tratamento PEO gerou camadas porosas (Ra ~1 µm) parcialmente recobertas por CS (Ra ~0,6 µm), com perfil hidrofílico (<40º) e alta resistência mecânica. As superfícies com DMC e TFDa (λ ~450 nm) promoveram redução de >3-log da viabilidade (p < 0,05), além de supressão superior a 50% no metabolismo, peso seco e proteínas do biofilme. A formação de hidroxiapatita, perfil proteômico e a citocompatibilidade confirmaram o potencial bioativo do revestimento.

O revestimento fotorresponsivo e multifuncional demonstrou eficácia na redução microbiana e estimulação da bioatividade, sendo promissor no controle de infecções peri-implantares e no suporte à osseointegração.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPs - FAPESP  N° 2022/15677-5  |  FAPs - FAPESP  N° 2022/16267-5)
FC028 - Fórum Científico
Área: 10 - Implantodontia - clínica cirúrgica

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Avaliação de implantes de zircônia e titânio com três meses de acompanhamento: ensaio clínico randomizado com modelo de boca dividida
Nayara Diniz de Queiroz, Andrei Corrêa Guandalini, Caio Fossalussa da Silva, Ivete Aparecida de Mattias Sartori, Nicolas Nicchio Nicolini Calazans, Guilherme José Pimentel Lopes de Oliveira, Elcio Marcantonio Junior
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste ensaio clínico, controlado, randomizado, com modelo de boca dividida, foi comparar o comportamento clínico e estético de implantes de zircônia (ZrO₂) e titânio (Ti) de duas peças, instalados em regiões anteriores de maxila e mandíbula. Dezesseis participantes receberam dois implantes - um de cada material - em rebordos cicatrizados, acompanhados de próteses provisórias, quando o torque de inserção foi ≥35Ncm. Radiografias periapicais foram realizadas no momento da instalação e após três meses, para avaliação da variação do nível ósseo marginal (NOP). A avaliação clínica incluiu profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NCI), sangramento à sondagem (ISS), índice de placa visível (IPV), índice de sangramento marginal (ISM), altura da mucosa queratinizada (AMQ), e estética do tecido mole por meio do Pink Esthetic Score (PES e PES Modificado). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em nenhum dos parâmetros clínicos avaliados, exceto para o torque de inserção, que foi superior nos implantes de titânio (Ti: 48,42 ± 13,23Ncm vs. ZrO₂: 39,47 ± 11,89Ncm; p<0,05). Todos os demais parâmetros, incluindo perda óssea marginal, PS, NCI, PES, AMQ, IPV, ISM e ISS, apresentaram resultados comparáveis entre os grupos. Os dados foram analisados pelo teste t pareado ou teste de Wilcoxon, conforme a distribuição, e adotou-se nível de significância de 5%.

Conclui-se que, no período de três meses, os implantes de titânio e zircônia de duas peças demonstraram desempenho semelhante em termos clínicos e estéticos. No entanto, ressalta-se que conclusões definitivas devem considerar um tempo de acompanhamento mais prolongado.

(Apoio: CAPES)
FC029 - Fórum Científico
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Alinhadores ortodônticos na trissomia 21: impacto periodontal a longo prazo em estudo comparativo
Anna Vitória Mendes Viana Silva, Wericon Pedro Dos Santos, Roberto Bespalez Neto, Angela Magrani Gama Matos, Saul Martins Paiva, Thais Maria Freire Fernandes, Paula Vanessa Pedron Oltramari
PPGO UFMG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a condição periodontal de pacientes com trissomia 21 (T21) durante o tratamento com alinhadores ortodônticos. A amostra foi composta por 30 pacientes, sendo 10 com T21 e 20 sem a síndrome, de ambos os sexos, com idades entre 11 e 35 anos, atendidos na clínica de Pós-Graduação em Ortodontia. Ambos os grupos utilizaram alinhadores InvisalignT (Align Technology), seguindo protocolos padronizados. A condição periodontal foi acompanhada em cinco momentos distintos, por meio do Índice de Sangramento Gengival e do Índice de Placa Visível (IPV), conforme critérios da OMS. A análise estatística foi realizada no SPSS 23.0, com testes de Shapiro-Wilk, Qui-Quadrado, Fisher, Mann-Whitney, ANOVA e Teste t (nível de significância de 5%). A maioria dos participantes era do sexo masculino (73,3%) e com mais de 21 anos (53,3%). No início do tratamento, o grupo com T21 apresentou maior profundidade de bolsa (0,20 ±0,42) em relação ao grupo sem T21 (0,00 ±0,00) (p=0,039), sendo que ambos atingiram média de 0,00 após 360 dias (p=0,006). O grupo com T21 apresentou valores consistentemente mais altos de IPV, com destaque para uma média de 64,82 ±16,05 no baseline e 68,35 ± 18,01 aos 360 dias (p=0,000), enquanto o grupo sem T21 variou de 19,15 ±13,93 para 24,61 ±17,29.

Os resultados demonstram que os alinhadores ortodônticos são uma alternativa segura e eficaz para pacientes com T21, não havendo agravamento da condição periodontal ao longo do tratamento.

(Apoio: CAPES  N° 001)
FC030 - Fórum Científico
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Mudanças de vida após o diagnóstico de um filho com autismo: percepção de um grupo de mães
Gabriela Lopes Angelo Dornas, Mariana Laís Silva Celestino, Letícia Veloso de Freitas, Gabriel Robert Gomes, Natália Cristina Ruy Carneiro, Flávio de Freitas Mattos, Ana Cristina Borges-Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo objetivou analisar a percepção de mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sobre as mudanças ocorridas em suas vidas após o diagnóstico dos filhos. Por meio de um estudo qualitativo, 15 mães de crianças com TEA, na faixa etária de seis a 12 anos, foram entrevistadas seguindo um roteiro de entrevista. Todas as crianças eram atendidas na Faculdade de Odontologia da UFMG, em Belo Horizonte, Minas Gerais. As entrevistas ocorreram de maio e agosto de 2021, com duração média de 55 minutos, realizadas individualmente via online pelo aplicativo WhatsApp®. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas. As entrevistas foram analisadas por meio de Bardin, a partir da análise temática, com quatro núcleos temáticos: diagnóstico do TEA, rotina diária, autocuidado materno e solidão materna. Os resultados evidenciaram mudanças significativas na vida familiar após o diagnóstico de autismo na criança. Verificou-se um aumento da sobrecarga das mães, que passaram a desempenhar diversas funções em prol do bem-estar e tratamento do filho com TEA. De acordo com as falas, as mães tendem a colocar a vida delas em segundo plano, quando comparadas a vida dos filhos. Foram identificadas situações de renúncia ao autocuidado e uma tendência ao isolamento social e familiar. As mães relataram afastamento das atividades cotidianas pela necessidade de se dedicarem ao cuidados com o filho e pelas situações de preconceito que vivenciam com frequência por ter um filho com TEA.

Concluiu-se que o diagnóstico de um filho autista provoca um impacto alto na rotina materna. Autocuidado insuficiente, trabalho exaustivo e solidão social foram sentimentos e situações relatadas pelas mães de crianças com TEA.

(Apoio: CNPq  |  CAPES)



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