03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2836 Resumo encontrados. Mostrando de 1 a 10


FC001 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Efeito da microtopografia na diferenciação osteoblástica de MSCs superexpressando BMP-9 e no reparo ósseo induzido por seu secretoma
Hiskell Francine Fernandes e Oliveira, Robson Diego Calixto, Adna Zulim Leite, Jessica Frith, Márcio Mateus Beloti, Adalberto Luiz Rosa
Bone Research Lab UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estratégias que combinem modificações de superfície com fatores de crescimento podem aumentar o potencial osteogênico de células-tronco mesenquimais (MSCs). Este estudo avaliou o efeito da microtopografia na diferenciação osteoblástica de MSCs superexpressando proteína morfogenética óssea 9 (MSCsBMP-9) e no reparo ósseo induzido por seu secretoma. MSCsBMP-9 foram cultivadas sobre superfície microtopográfica ou poliestireno convencional. Aos 5 dias, foram avaliadas a expressão gênica (n=4) e proteica (n=3) de BMP-9 e marcadores ósseos, por qRT-PCR, Elisa ou western blot, e a atividade de ALP (n=5). Defeitos de 5 mm foram criados em calvárias de ratos (n=12) e tratados com injeção local de 50 μL do secretoma dessas células, coletado após 4 h. O tecido ósseo foi avaliado por µCT imediatamente após a injeção e ao final de 2 e 4 semanas. Os dados foram comparados por teste t de Student ou ANOVA two-way (p≤0,05). A microtopografia aumentou a expressão gênica de Bmp-9, Sp7, Alp, Bsp, Oc e Opn (p≤0,006), proteica de BMP-9, ALP e OPN (p=0,001), e a atividade de ALP (p=0,003) de MSCsBMP-9 em comparação com o poliestireno. Os parâmetros morfométricos, volume ósseo, porcentagem de volume ósseo, superfície óssea, número de trabéculas, espessura trabecular e separação trabecular, não indicaram diferenças (p>0,05) na quantidade de osso formada nos defeitos tratados com o secretoma de MSCsBMP-9 crescidas sobre nanotopografia ou poliestireno.

A microtopografia aumentou a expressão de BMP-9, estimulando a diferenciação osteoblástica de MSCsBMP-9. No entanto, o secretoma dessas células não aumentou a formação óssea, sugerindo que o uso de MSCsBMP-9 crescidas sobre a microtopografia pode ser mais eficaz para promover o reparo ósseo do que seu scretoma.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/12491-0; 2023/01309-7)
FC002 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Deleção condicional de agrin em osteócitos compromete a homeostase óssea e a osseointegração de titânio
Maria Paula Oliveira Gomes, Letícia Faustino Adolpho , Alann Thaffarell Portilho de Souza, Rayana Longo Bighetti-trevisan, Robson Diego Calixto, Gustavo Pompermaier Garlet, Adalberto Luiz Rosa, Márcio Mateus Beloti
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Osteócitos modulam a homeostase óssea e osseointegração de implantes de titânio (Ti). Considerando o papel de agrin na diferenciação osteoblástica e o potencial osteoindutivo da nanotopografia, este estudo investigou a participação de agrin expresso por osteócitos na homeostase óssea e na osseointegração de implantes Ti com nanotopografia (Ti-Nano). Camundongos machos (6 semanas) com deleção condicional de agrin em osteócitos (Ocyagrin⁻/⁻) e controle (Ocyagrin⁺/⁺) foram avaliados por microtomografia (µCT) e histologia da região trabecular dos fêmures (n=6), teste de fratura e análise mineral por FTIR-ATR e por difração de raios X (XRD) (n=7). Camundongos Ocyagrin⁻/⁻ e Ocyagrin⁺/⁺ (12 semanas) receberam implantes Ti-Nano (gerado por H2SO4/H2O2) e Ti-Controle na crista alveolar maxilar, alocados aleatoriamente no lado direito ou esquerdo (n=6), analisados por µCT e histologia após 21 dias. Os dados foram comparados por teste t ou ANOVA two-way (p≤0,05). Camundongos Ocyagrin⁻/⁻ apresentaram menor formação e qualidade óssea com redução de BV, BV/TV, Tb.N, Tb.Sp, Po(tot) e BMD (p≤0,05), sem diferença no número de osteócitos (p>0,05), menor resistência à fratura e maior razão fosfato/matriz orgânica. Ambos os grupos exibiram hidroxiapatita padrão sem diferenças no tamanho dos cristais. A osseointegração dos implantes Ti-Controle foi reduzida em Ocyagrin⁻/⁻, com menor BV, BV/TV, BS, Tb.N, Tb.Sp e Po(tot) (p ≤ 0,05), mas preservada nos Ti-Nano.

Os dados indicam que agrin derivada de osteócitos regula a homeostase óssea e sua ausência compromete a osseointegração de implantes Ti, o que é atenuado pela nanotopografia. Portanto, agrin pode ser alvo terapêutico no restabelecimento da homeostase óssea, favorecendo a osseointegração.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2020/14950-4; 2021/03204-2; 2021/04824-4  |  CNPq  N° 405939/2021-3; 305033/2022-0)
FC003 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Óxidos bioativos em matrizes impressas de gelatina metacrilada: uma estratégia promissora para regeneração óssea
Lígia Espoliar Corrêa, Ester Alves Ferreira Bordini, Vitor de Toledo Stuani, Ruan Henrique Delmonica Barra, Ester Oliveira Santos, Carlos Alberto de Souza Costa, Juliano Milanezi de Almeida, Diana Gabriela Soares
Dentística UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se o desenvolvimento de biotintas de gelatina metacrilada (GelMA) funcionalizada com óxidos de magnésio (MgO) e silício (SiO) aplicadas à engenharia tecidual óssea. Hidrogeis de GelMA 15% funcionalizados com diferentes concentrações dos óxidos foram inicialmente formulados para selecionar dosagens citocompativeis. Formulações específicas foram submetidas a uma extensa caracterização físico-química e biológica para selecionar dosagens bioativas sobre pré-osteoblastos in vitro. Biotintas contendo GelMA a 15% (p/v), com ou sem a adição de 0,05% (p/v) dos óxidos (<50 nm), foram preparadas e utilizadas na produção de scaffolds injetáveis ou impressos por extrusão. As formulações foram avaliadas quanto à injetabilidade (extrusão), printabilidade (rodamina B) e caracterização biológica com pré-osteoblastos em cultura 3D (on-a-chip), por meio dos ensaios de viabilidade celular (Live/Dead), proliferação (Alamar Blue), expressão de colágeno e deposição de matriz mineralizada (Alizarin Red). Os scaffolds foram implantados em defeitos críticos na calvária de ratos e analisados após 42 dias por histologia (ANOVA;Tukey. p<0.05). As formulações apresentaram injetabilidade e foram compatíveis com bioimpressão por extrusão, resultando em scaffolds porosos e bem organizados. In vitro, os hidrogéis com óxidos promoveram maior migração e infiltração celular, além de aumentos significativos na expressão de colágeno e mineralização. In vivo, os scaffolds impressos contendo óxidos mostraram maior taxa de neoformação óssea, com fechamento quase completo do defeito.

Conclui-se que a incorporação de MgO e SiO à GelMA é uma estratégia promissora para o desenvolvimento de biotintas bioativas para regeneração óssea.

(Apoio: FAPESP  N° 2023/08880-1  |  CAPES  N° 001  |  FAPESP  N° 2022/05888-9)
FC004 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

TGF-β1: um elo entre a Periodontite de indivíduos com ou sem Diabetes Mellitus tipo 2?
Renata Cristina Lima Silva, Maurício Gandini Giani Martelli, Francois Isnaldo Dias Caldeira, Ingra Gagno Nicchio, Silvana Regina Perez Orrico, Paulo Sérgio Cerri, Fábio Renato Manzolli Leite, Raquel Mantuaneli Scarel-Caminaga
Morfologia e Clínica Infantil UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A inter-relação Diabetes Mellitus tipo 2 (T2DM) e Periodontite (P) tem sido amplamente investigada, buscando conhecer aspectos moleculares comuns, e o impacto da terapia periodontal (TP) sobre eles. Avaliamos se a presença concomitante de T2DM e P influenciam os níveis locais e sistêmicos de TGF-β1 (Fator de Crescimento Transformador Beta 1), molécula-chave para re-epitelização e cicatrização, até 180 dias pós-TP. Foram submetidos a exames bioquímico, físico e periodontal 156 indivíduos, divididos em: T2DMdescompensado+P; T2DMcompensado+P; T2DMdescompensado_semP; T2DMcompensado_semP; P; C (Controle). Níveis de RNAm em leucócitos (RT-qPCR) e proteicos no fluido crevicular (GCF) (ELISA), foram avaliados nos tempos Inicial (Z), 90 e 180 dias pós-TP. Biópsias gengivais foram avaliadas por hematoxilina e eosina e imunohistoquímica. Houve incomum correspondência entre expressão gênica e proteica em todos os períodos, tendo ambos grupos T2DM+P (independente da compensação metabólica) e o grupo P, semelhante maior expressão de TGF-β1. Após 90 dias TP, RNAm aumentou 3 níveis, retornando para o nível basal após 180 dias. Em 90 dias T2DMdescompensados (com ou sem P) foram significativamente mais resistentes à elevação de TGFB1 (RNAm), demorando mais para demonstrar efeitos positivos da TP. Nos grupos com P (independente do T2DM) houve mais células endoteliais TGF-β1-positivas e diversos componentes inflamatórios, comparado ao C.

Conclui-se que TGF-β1 comporta-se como um elo entre Periodontite e T2DM por sua maior expressão nesses grupos, consistente em RNAm e proteína, tanto sistemicamente quanto localmente, sem efeito aditivo entre as duas doenças, ou compensação metabólica.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2022/06607-3  |  FAPs - Fapesp  N° 2020/12788-5)
FC005 - Fórum Científico
Área: 2 - Biologia pulpar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

A infecção endodôntica está associada a biomarcadores da resposta imune inata e disfunção metabólica em adolescentes: estudo populacional
Randerson Silva Araújo, Susilena Arouche Costa, Cadidja Dayane Sousa do Carmo, Cecilia Claudia Costa Ribeiro, Soraia de Fátima Carvalho Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As infecções endodônticas têm sido implicadas ao aumento de risco de doenças crônicas, notadamente o diabetes mellitus tipo II. A inflamação sistêmica, decorrente da resposta imune persistente, poderia ser um mecanismo explicativo subjacente para esta relação. Neste estudo, investigamos a infecção endodôntica em associação aos biomarcadores da inflamação sistêmica e disfunção metabólica em adolescentes. Trata-se de estudo populacional com delineamento transversal, com amostra aleatória complexa, representativa de escolares aos 17 e 18 anos da rede pública, em São Luís (n=405). A infecção pulpar foi inferida pelo PUFA, índice que avalia complicações como exposição pulpar (P), ulceração de mucosa (U), fístula (F) e abscesso (A). A inflamação sistêmica foi estimada pela razão neutrófilo/linfócitos, representando a resposta imune inata. Os níveis séricos de resistina foram estimados como biomarcador da interface entre inflamação, disfunção metabólica e resistência insulínica. Os biomarcadores foram categorizados em quintis. As associações foram estimadas por Modelagem de Equações Estruturais, em modelo ajustado para Situação Socioeconômica (renda, escolaridade e classe socioeconômica), excesso de peso e sexo do adolescente. Adolescentes com infecção endodôntica apresentaram maiores quintis de neutrófilo/linfócitos [Coeficiente padronizado (CP)=0,142; p=0,007]. Além disso, a infecção endodôntica associou-se com os maiores quintis da resistina (CP=0,047; p=0,012), pela via aumento de neutrófilo/linfócitos.

Nossos resultados mostram relação da infecção endodôntica com processos fisiopatológicos aumentando a resposta imune inata e sinalizando risco futuro para disfunções metabólicas em adolescentes.

(Apoio: FAPs - FAPEMA  N° PRONEM-2012  |  FAPs - FAPEMA  N° UNIVERSAL-2017.)
FC006 - Fórum Científico
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Caracterização físico-química e biológica de scaffolds bioimpressos com hidrogel de Alginato/Gelatina para Endodontia Regenerativa
Caroline Carvalho Dos Santos, Stephanie Isabel Diaz Zamalloa, Letícia Martins Santos, Victor Elias Arana-Chavez, Carla Renata Sipert, Celso Luiz Caldeira
Dentistica UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo teve como objetivo avaliar as propriedades físico-químicas e biológicas de scaffolds bioimpressos de Alginato/Gelatina, para aplicação na Endodontia Regenerativa. Os scaffolds foram bioimpressos utilizando um hidrogel de Alginato/Gelatina (8:4). A caracterização físico-química incluiu análises morfológicas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), e ensaios de absorção e degradação em 7, 15, 28 e 45 dias. Para caracterização biológica, células-tronco da papila apical (SCAPs) foram inseridas aos scaffolds em dois protocolos: adicionadas antes (BT) ou após (TB) à bioimpressão. A avaliação da viabilidade celular foi por Live/Dead com microscopia confocal em 24 e 72 h e no grupo TB foi adicionada uma membrana eletrofiada de PLGA (TB+M7,5%). O potencial de diferenciação osteo/odontogênica foi avaliado por Alizarina em 21 dias. Os testes físico-químicos revelaram uma estrutura tridimensional porosa com interconectividade, sem adesão celular visível, porém com a presença de subprodutos celulares nos poros, alta capacidade de absorção e degradação progressiva ao longo do tempo. A viabilidade mostrou maior número de células vivas no grupo TB+M7,5% em 72 h. O potencial de diferenciação não mostrou diferenças significativas entre BT e TB.

Conclui-se que os scaffolds bioimpressos apresentaram uma morfologia favorável para adesão celular e transporte de nutrientes, com degradação e absorção estáveis, indicando compatibilidade com a fase inicial da regeneração tecidual. Embora observada redução da viabilidade celular em 72 h e baixa adesão celular, essas limitações não comprometeram a diferenciação, evidenciando propriedades favoráveis à aplicação em engenharia tecidual.

(Apoio: CAPES  N° 88887.616396/2021-00)
FC007 - Fórum Científico
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Atividade Antiviral in vitro de Peptídeos Gerados por Inteligência Artificial Bioinspirados em Salivares contra SARS-CoV-2
Marcelo Augusto Garcia Junior, Victória Riquena Grosche, Lucas Sousa Palmeira, Murillo Guimarães Carneiro, Thulio Marquez Cunha, Bruno Silva Andrade, Ana Carolina Gomes Jardim, Robinson Sabino-silva
Saúde Coletiva e Odontologia Legal UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Autodeclarado "Registro de Programa de Computador BR512022002131 (SAGAPEP)"

A replicação do SARS-CoV-2 envolve a interação de sua proteína Spike, especificamente seu domínio RBD, com receptores celulares como o ACE2. Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) acoplada à bioinformática representa uma abordagem inovadora para gerar peptídeos antivirais com alta afinidade para inibir essa interação. Assim, este estudo objetivou gerar peptídeos de alta afinidade contra o RBD do SARS-CoV-2 utilizando a plataforma SAGAPEP e avaliar sua citotoxicidade e eficácia antiviral contra o vírus selvagem (SARS-CoV-2WT) e suas variantes Gama e Ômicron. A plataforma SAGAPEP modelou peptídeos bioativos inspirados em peptídeos salivares via docking molecular in silico contra o RBD. Os três peptídeos com melhor desempenho (BIAI1, BIAI2, BIAI3) foram sintetizados e sua interação com o RBD foi validada utilizando ATR-FTIR. A viabilidade celular foi avaliada por ensaio de MTT e a taxa de inibição de infecção foi avaliada pela inibição morte celular causada pelo vírus. A inibição da replicação viral foi obtida por RT-qPCR. As taxas de inibição da infecção por VSV-eGFP-SARS-CoV-2 pelos peptídeos variaram de 65,9% a 90,1%, com viabilidade celular de até 100%. A análise por RT-qPCR mostrou que o tratamento com BIAI2 resultou em uma diminuição de até 83,67% nas cópias virais de SARS-CoV-2WT e 72,69% da variante Gama. Uma redução de até 67,84% contra a variante Ômicron foi alcançada por BIAI1.

Os peptídeos BIAI1, BIAI2 e BIAI3, gerados por IA e biosinspirados em peptídeos salivares de ocorrência natural, demonstraram propriedades antivirais promissoras contra SARS-CoV-2WT, Gama e Ômicron in vitro, indicando potencial inovador para o desenvolvimento de estratégias profiláticas, diagnósticas e terapêuticas contra a COVID-19.

(Apoio: CAPES  N° 23038.014934/2020-59  |  CNPq  N° 458143/2014  |  CNPq - FAPEMIG  N° 406840/2022-9)
FC008 - Fórum Científico
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Soro humano influencia na formação de biofilme em cepas de estreptococos orais isoladas de pacientes com endocardite bacteriana
Janina Rodrigues de Almeida Pena, Rafael Amaral da Silva, Jéssica Lourençon Dubois, Eduardo Martinelli Franco, Vera Lucia de Barros Barbosa, Diego Feriani, Cely Saad Abboud, Livia Araujo Alves
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar a contribuição dos componentes séricos na capacidade de cepas de estreptococos orais associadas à endocardite bacteriana (EB) formarem biofilmes. Para tanto, os fenótipos de biofilme foram determinados em oito cepas bacterianas isoladas da corrente sanguínea de pacientes com EB, as quais foram taxonomicamente identificadas por PCR com primers espécie-específicos como Streptococcus sanguinis (n=2), Streptococcus gordonii (n=3) ou Streptococcus salivarius (n=2). Cepas de referência de cada espécie (SK36, Challis e NCTC 8618) também foram testadas. A biomassa dos biofilmes formados durante 18 horas foi mensurada em placas de 96 poços com meio BHI com 1% de sacarose (BHIS), suplementado com 10% de saliva ou 20% de soro humano. Os estágios iniciais da formação de biofilme (4 h) nesses meios de cultura também foram analisados por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados foram comparados por ANOVA (p<0,05). A suplementação de BHIS com soro aumentou significativamente a biomassa do biofilme em comparação com a suplementação de BHIS em cepas de S. sanguinis (2/3; 2,69 versus 1,85), S. gordonii (3/4; 1,41 versus 1,12) e S. salivarius (2/3; 3,36 versus 2,64) (p < 0,05). Por outro lado, nenhuma alteração significativa na formação de biofilme foi promovida pela suplementação de BHIS com saliva. As análises de MEV confirmaram os efeitos contribuintes do soro na formação de biofilme.

Esses dados destacam o efeito significativo do soro na capacidade de formação de biofilme por estreptococos orais, indicando ainda que as interações bacterianas com componentes do soro provavelmente contribuem para a virulência cardiovascular de estreptococos orais.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/02087-8)
FC009 - Fórum Científico
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

Análise de Saccharibacteria de biofilme subgengival
Lelia Lima Araujo, Talita Gomes Baêta Lourenço, Ana Paula Vieira Colombo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O filo Candidatus Saccharibacteria, conhecido anteriormente como "dark matter," devido às dificuldades de cultivo, é composto por bactérias ultrapequenas e geneticamente reduzidas que estabelecem interações epibióticas ou parasitárias com outros microrganismos. Embora amplamente distribuídas no ambiente e no corpo humano, especialmente na cavidade oral, seu papel na saúde e na doença periodontal ainda não está completamente esclarecido. Este estudo investigou a prevalência e diversidade filogenética de Saccharibacteria em biofilmes subgengivais de 345 indivíduos, incluindo 72 com saúde periodontal, 79 com gengivite e 194 com periodontite. As amostras foram cultivadas em meio TSBY sob condições anaeróbias, e por meio da técnica de PCR foram analisadas quanto a presença de Saccharibacteria. As amostras positivas foram submetidas a filtração, centrifugação e sequenciamento de Sanger do gene 16S rRNA. As análises preliminares revelaram por PCR uma prevalência geral de 22,3% (77 amostras positivas). As linhagens HMT346, HMT869 e HMT349 foram as mais prevalentes, poderiam ser encontradas em 73,4% das amostras (36) majoritariamente em casos de periodontite. Em contraste, outros filotipos, como HMT346, HMT952 e HMT957; e HMT346, HMT869 e HMT955; foram raros, presentes em menos de 2% das amostras.

Esses achados sugerem que determinadas linhagens de Saccharibacteria podem estar mais associadas a doença periodontal, possivelmente atuando como moduladoras da disbiose oral. Estudos adicionais, incluindo cultivos binários com bactérias comensais e patogênicas, estão em andamento para esclarecer os mecanismos dessas interações e seu impacto na estabilidade do ecossistema oral.

(Apoio: CAPES  |  FAPERJ  N° (#E-26/202.255/2019 PDJ10))
FC010 - Fórum Científico
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Sala Turquesa 4

CÁRIE DENTÁRIA EM GÊMEOS PRÉ-ESCOLARES: COINCIDÊNCIAS, HERDABILIDADE E FATORES ASSOCIADOS COM ABORDAGEM MULTINÍVEL
Letícia Caminha Aguiar Lopes, Francisca Aline da Silva Matias, Maria Eduarda Matos Sousa, Viviane Oliveira do Nascimento, Taynara da Silva Soares Lima, Marina de Deus Moura de Lima, Cacilda Castelo Branco Lima, Marcoeli Silva de Moura
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou avaliar as coincidências de cárie dentária em pré-escolares gêmeos, monozigóticos (MZ) e dizigóticos (DZ), determinar a herdabilidade e fatores ambientais associados. Foi realizado estudo transversal censitário com pré-escolares gêmeos de três a cinco anos de Teresina, Brasil. Foram incluídos pares de gêmeos MZ e DZ com dentição decídua completa ou mista até irrupção dos incisivos inferiores permanentes. Foram excluídas crianças não colaborativas. Os dados foram coletados por meio de questionários e exame epidemiológico, utilizando índice ICDAS. Coincidências foram analisadas por correlações tetracóricas e regressão logística multinomial. Herdabilidade (H²) foi estimada pela fórmula de Holzinger. Regressão de Poisson multinível identificou fatores associados (p<0,05). A amostra final foi composta por 219 pares de gêmeos (87 pares MZ e 132 pares DZ). Pares MZ exibiram correlação positiva forte para cárie (rMZ=0,776) e muito forte para cárie avançada (rMZ=0,920). Pares DZ apresentaram correlação positiva moderada para cárie (rDZ=0,581) e forte para cárie avançada (rDZ=0,634). De acordo com o valor da herdabilidade de cárie avançada, 78,1% das diferenças fenotípicas entre os indivíduos são determinadas por fatores genéticos. Ter idade de quatro a cinco anos (OR=2,650; p=0,001), ter sido amamentado por seis meses ou mais (OR=2,172; p=0,005), utilizar dentifrício sem flúor (OR=2,444; p=0,004) e apresentar HSMD (OR=2,198; p=0,005) foram fatores de risco para cárie dentária avançada, enquanto consumir água fluoretada (OR=0,239; p=0,001) foi fator de proteção.

Embora fatores ambientais influenciem a manifestação inicial da cárie, a genética pode determinar sua progressão para estágios mais graves.

(Apoio: CAPES  |  Universidade Federal do Piauí)



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