A proteína Agrin regula a diferenciação osteoblástica através da modulação das vias Wnt e BMP
Lopes HB, Souza ATP, Oliveira FS, Weffort D, Freitas GP, Fernandes RR, Rosa AL, Beloti MM
Dctbmfp - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Agrin é uma proteína da matrix extracelular já detectada em condrócitos e osteoblastos, cuja função na diferenciação de osteoblastos ainda não foi investigada. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar a expressão e a participação de Agrin na diferenciação osteoblástica. Para isso, a expressão gênica temporal de Agrin e dos seus receptores, Lrp4 e Dag1, e de osteocalcina (Oc) foi avaliada até os 14 dias de cultura em células osteoblásticas de três origens, além de sua expressão proteica. O silenciamento de Agrin com siRNA foi usado para determinar sua participação na diferenciação osteoblástica, avaliada por expressão gênica e proteica de marcadores ósseos e atividade de fosfatase alcalina, aos 5 dias. Considerando que Agrin e proteínas WNT compartilham o receptor Lrp4 e as interações entre as vias de sinalização de Wnt e de BMP, a expressão gênica de componentes dessas vias foi avaliada aos 5 dias. Os dados foram comparados por teste-t ou ANOVA (p≤0,05). A expressão de Agrin, Lrp4 e Dag1 foi detectada durante a diferenciação osteoblástica, avaliada pela expressão de Oc, nas células das três origens. O silenciamento de Agrin inibiu a expressão dos seus receptores, a diferenciação osteoblástica e a expressão de genes das vias Wnt e BMP. Os resultados indicam que Agrin regula a diferenciação osteoblástica e sugerem que um circuito Agrin-Wnt-BMP está envolvido neste processo. Assim, o Agrin pode ser considerado um alvo potencial para novas estratégias terapêuticas para o tratamento de doenças e injúrias do tecido ósseo. (Apoio: CNPq N° 303464/2016-0 | FAPESP N° 2019/01344-1 | FAPESP N° 2017/20349-9)FC002 - Fórum Científico
Área:
1 - Biologia craniofacial
Osteoporose e osteoblastos cocultivados com adipócitos inibem a osteogênese pela regulação da acetilação de histona
Souza PG, Abuna RPF, Almeida LO, Souza ATP, Fernandes RR, Sverzut TFV, Rosa AL, Beloti MM
Biologia Oral - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A osteoporose é caracteriza pela redução da massa óssea e acúmulo de gordura na medula óssea, que compromete o processo de remodelação óssea. Esse estudo investigou o efeito da osteoporose na diferenciação dos osteoblastos (OBs), bem como a ação do meio condicionado (MC) por OBs cocultivados com adipócitos (ADs) na diferenciação de outros OBs. A osteoporose foi induzida em ratos por orquiectomia e as células-tronco mesenquimais (CTMs) da medula óssea, cultivadas em meio osteogênico para se diferenciar em OBs. CTMs da medula e do tecido adiposo de ratos saudáveis foram cultivadas em meios osteogênico e adipogênico para se diferenciar em OBs e ADs, respectivamente, sendo esses cocultivados por 3 dias e os OBs, cultivados por mais 24 horas em meio sem soro para produzir o MC, o qual foi usado para o cultivo de outros OBs. Os resultados confirmaram o efeito inibitório da osteoporose na diferenciação de OBs, o que foi mimetizado pelo MC, mostrando que OBs mantêm a memória da interação com ADs. Além disso, observamos que osteoporose e MC reduziram a expressão de histona 3 acetilada (AcH3) em OBs, demonstrando que este é o mecanismo celular envolvido no efeito inibitório da osteoporose e do MC sobre OBs. Isto foi comprovado pelo tratamento dos OBs com tricostatina A, um inibidor de histona desacetilases, que recuperou a expressão de AcH3 e a capacidade de diferenciação dos OBs, comprometida pela osteoporose e pelo MC. Portanto, a AcH3 pode ser alvo de futuros estudos focados em terapias baseadas em epigenética no tratamento da osteoporose e fraturas ósseas. (Apoio: FAPESP N° 2016/14171-0 | FAPESP N° 2017/12622-7 | FAPESP N° 2019/14127-9)FC003 - Fórum Científico
Área:
1 - Biologia craniofacial
Efeito da cell sheet de hDPSC, associada ou não à terapia de fotobiomodulação, no reparo de lesões ósseas em ratos diabéticos
Pedroni ACF, Cavalcanti SCSXB, Oliveira NK, Miniello T, Moreira MSNA, Bertoletti AVS, Bianchi DM, Marques MM
Dentística - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foi avaliado o efeito do uso de Cell sheet (CS) de células-tronco (CT) da polpa dentária humana (hDPSC) associada ou não à terapia de fotobiomodulação (PBMT), no reparo de lesões ósseas críticas em ratos diabéticos. Para obter as CSs, hDPSCs foram plaqueadas e induzidas com 20μg/ml de vitamina C por 10 a 15 dias (até soltar da placa espontaneamente, CS "madura") ou por 7 dias (destacadas mecanicamente com scraper ,CS "imaturas"). In vitro foi analisado se CSs maduras manteriam a vitalidade (Live/Dead®), imunofenotipagem (citometria de fluxo) e capacidade de diferenciação osteogênica (vermelho de alizarina). Lesões estandardizadas foram feitas nos ossos parietais de ratos diabéticos e tratadas em seis grupos(n=6). G.Controle: lesão sem tratamento; G.PBMT: tratada com PBMT; G.MCol: membrana de colágeno suíno comercial; G.MCol+PBMT: MCol seguida da PBMT; G.CS: cell sheet madura e G.CS+PBMT: CS seguida da PBMT. A PBMT foi aplicada 0, 48 e 96h pós-cirúrgico (808nm, 40mW, 3s, 4J/cm2, 0,12J/ponto). Após resultados preliminares, novos ratos receberam CSs imaturas (G.CS7 e G.CS+PBMT7). Trinta e 60 dias após a cirurgia, as calotas foram analisadas por MicroCT, HE e Tricrômico de Masson. CSs maduras formaram tecido osteóide organizado e com ilhotas ósseas no centro da lesão, porém com neoformação atrasada quando comparada aos outros grupos. Já a CS imatura promoveu fechamento completo da lesão, similar ao grupo G.MCol+PBMT. A CS cultivada por 7 dias ("imatura") reparou defeitos ósseos críticos em ratos diabéticos. A associação com a PBMT foi benéfica em todos os tratamentos. (Apoio: Fapesp N° 2017/00760-6 | Auxílio Fapesp N° 2017/16777-5)FC005 - Fórum Científico
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Matriz extracelular do biofilme favorece disbiose bacteriana e resistência antimicrobiana: nova abordagem terapêutica para implantes
Costa RC, Souza JGS, Bertolini MME, Retamal-Valdes B, Feres M, Barão VAR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Biofilmes são comunidades microbianas envoltas por uma matriz extracelular (ME). ME é capaz de criar um ambiente favorável para o crescimento microbiano, o que também pode favorecer a disbiose. Além disso, considerando o papel protetor da ME, terapias que visem sua degradação poderiam otimizar o efeito de antibióticos. Tais hipóteses foram testadas no presente estudo na superfície do titânio. Para isso, um modelo in vitro de biofilme que simula a transição de uma condição supra para subgengival foi utilizado. Tratamentos com diferentes carboidratos foram utilizados para formar biofilmes ricos em ME (experimental) ou não (controle). Monocamada de fibroblastos foi utilizada para avaliar a virulência dos biofilmes. Estratégia combinada de pré-tratamento com agente degradante de ME (iodopovidona) seguida de antibióticos (amoxicilina + metronidazol) foi testada em modelo in situ. Biofilmes ricos em ME favoreceram a transição de um biofilme comensal para um perfil patogênico, favorecendo bactérias anaeróbias, como Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythia (~3x). ME também aumentou a virulência do biofilme, desencadeando maior dano às células hospedeiras (p<0,05). Embora a ME promoveu menor suscetibilidade antimicrobiana do biofilme (p<0,05), o uso da estratégia combinada aumentou o efeito dos antibióticos (p<0,05). A ME favorece o crescimento de patógenos putativos e reduz a susceptibilidade à antimicrobianos no titânio. A nova abordagem que degrada ME pode potencializar o efeito de antimicrobianos utilizados nas infecções peri-implantares. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2018/04630-2)FC006 - Fórum Científico
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Alterações proteômicas e morfológicas causadas pela ingestão aguda do fluoreto no jejuno e no íleo de ratos
Dionizio A, Melo CGS, Sabino-Arias IT, Araujo TT, Ventura TMO, Perles JVCM, Zanoni JN, Buzalaf MAR
Ciências Biológicas - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O fluoreto (F) em doses terapêuticas é importante para controlar a cárie, porém, o consumo desmedido pode ser prejudicial ao organismo. O trato gastrointestinal é a principal rota de absorção do F. Com isso, alterações gastrointestinais são os primeiros sintomas após a exposição aguda ao F, mas os eventos mecanísticos que levam a esses sintomas são desconhecidos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar alterações no perfil proteômico e morfológico no jejuno e íleo de ratos após exposição aguda a F. Ratos machos receberam, por 29 dias, água deionizada. No último dia, receberam, por gavagem gástrica, uma dose única de F contendo 0 (controle) ou 25 mgF/Kg, totalizando 30 dias de tratamento. Após a administração de F, houve uma diminuição na espessura da túnica muscular para ambos os segmentos, na densidade dos neurônios HuC/D-IR e nNOS-IR no jejuno, mas no íleo apenas nos neurônios nNOS-IR. Além disso, as varicosidades SP-IR aumentaram em ambos os segmentos, enquanto as varicosidades VIP-IR aumentaram no jejuno e diminuíram no íleo. Quanto à análise proteômica, as proteínas com expressão alterada foram em especial reguladas negativamente e associadas principalmente à síntese de proteínas e metabolismo energético. Houve também alterações nas proteínas envolvidas na defesa oxidativa/antioxidante, apoptose e citoesqueléticas. Nossos resultados, sugerem que os sintomas gastrointestinais encontrados nos casos de intoxicação aguda pelo F podem estar relacionados a alterações morfológicas no intestino e nas proteínas que regulam o citoesqueleto. (Apoio: FAPESP N° 2016/09100-6)FC007 - Fórum Científico
Área:
4 - Odontopediatria
O tamanho da falha pode ser decisivo na escolha do material para reparo de restaurações? - Uma análise econômica
Freitas RD, Moro BLP, Passaro AL, Maia HCM, Tedesco TK, Mendes FM, Raggio DP, Braga MM
Odontologia Social e Pediátrica - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Essa avaliação econômica buscou verificar se o tamanho da falha influencia a relação de custo-efetividade (CE) em se usar o cimento de ionômero de vidro encapsulado (CIV) para reparo de restaurações em dentes decíduos. Utilizamos modelagem econômica, simulando a escolha do material entre CIV e sistema adesivo associado à resina do tipo Bulk fill (BULK). Árvores de decisão simples foram criadas para falhas maiores e menores, com horizonte de 1 ano e considerando as possíveis transições após o reparo (sucesso, falhas e esfoliação). Os dados para o modelo foram retirados de um estudo clínico em andamento que avaliou reparos feitos com CIV (Riva Self Cure, SDI) versus BULK (Filtek Bulk Fill e Filtek Bulk Fill Flow, 3M ESPE). Consideramos as probabilidades de transição observadas até o momento e o custo dos procedimentos no baseline ou da literatura. Análise de CE foram feitas com a perspectiva do sistema público de saúde. Custos (▲C) e efeitos (▲E) incrementais e a razão de CE incremental (ICER) foram calculados. Análises de sensibilidade consideraram as incertezas nesses parâmetros. Para falhas maiores, há a probabilidade de 76% do uso do CIV ser uma opção custo-efetiva para reparos comparado a BULK (▲C: R$8,23, ▲E=10%, ICER=689,97). Em falhas menores, a probabilidade do CIV ser custo-efetivo para reparos cai para 50% casos, associado a um ICER elevado (▲C: R$11,93, ▲E=0%, ICER=118.664,59) Conclui-se que reparar restaurações em dentes decíduos com CIV encapsulado parece ser uma opção custo-efetiva em comparação a materiais resinosos apenas para falhas maiores. (Apoio: FAPESP N° 2018/03199-6 | FAPESP N° 2018/20464-5 | CNPq N° 420458/2018-2)FC009 - Fórum Científico
Área:
4 - Odontopediatria
A personalidade do cirurgião-dentista pode influenciar no diagnóstico de cárie?
Maia HCM, Moro BLP, Paz RQ, Marconi MM, Crispim AC, Mendes FM
Odontopediatria - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo teve como objetivo analisar se traços da personalidade do cirurgião-dentista podem influenciar no desempenho deles na detecção de lesões de cárie. Para isso, 52 alunos de graduação em odontologia responderam ao questionário de personalidade IGFP-5R e avaliaram 31 faces de dentes decíduos exfoliados. O diagnóstico foi feito com o ICDAS, e os resultados foram comparados com a avaliação feita por examinadores de referência. Os dados de acurácia foram analisados em dois limiares: lesões iniciais (D1) e lesões severas (D3). Para cada examinador, foi calculado um valor de sensibilidade, especificidade e acurácia. A associação entre personalidade e esses parâmetros foram avaliadas por meio de regressão linear com variância ajustada por bootstrap. Para as 1.578 superfícies avaliadas, a relação entre escores atribuídos pelos alunos e escores dos examinadores de referência apresentou valores de Kappa não ponderado e ponderado de 0,287 e 0,466, respectivamente. Para os limiares D1 e D3, respectivamente, os valores globais de sensibilidade foram 0,917 e 0,501, de especificidade foram de 0,566 e 0,866 e de acurácia foram de 0,860 e 0,772. Para a associação com os escores de personalidade, foi observado associação estatisticamente significante entre os alunos com maiores escores no domínio de neuroticismo com a especificidade e acurácia no limiar D3. Portanto, pode-se concluir que alunos com maiores níveis de neuroticismo tendem a ter mais acertos na detecção de lesões em cárie, principalmente com relação a não indicação de tratamento operatório desnecessário. (Apoio: CNPq N° 130459/2019-4 )FC013 - Fórum Científico
Área:
4 - Ortodontia
Efeitos dentoesqueléticos do Twin Block e do Herbst com e sem ancoragem esquelética no tratamento da Classe II: um ensaio clínico randomizado
Palomares NB, Batista KBSL, Lima TA, Carvalho FAR, Quintão CCA, Quintão CCA
Precom - Clínica de Ortodontia - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi comparar os efeitos dentoesqueléticos do tratamento da Classe II com propulsores mandibulares removíveis, fixos e associados à ancoragem esquelética. Trinta e quatro pacientes Classe II 1a divisão (não tratados, overjet ≥ 6 mm, no pico do surto) foram randomizados em 3 grupos de tratamento: TB (Twin Block; n = 13); HAD (aparelho de Herbst; n = 11); e HAE (Herbst com 2 mini-implantes; n = 10). Foram obtidas tomografias iniciais (T1) e após 12 meses (T2), das quais foram gerados modelos virtuais 3D da maxila, mandíbula, incisivos centrais e 1os molares. A posição espacial do centroide (centro geométrico) dos modelos foi calculada automaticamente. O deslocamento dos centroides T1-T2 foi analisado em sistema de coordenadas cartesiano. O teste de Wilcoxon avaliou diferença intra-grupo; o teste de Kruskal Wallis, a intergrupo. Foi detectada restrição de crescimento anteroposterior maxilar (HAE: -0,26; TB -0,25; HAD: 0,18 mm) e crescimento mandibular anteroposterior (HAE: 4,21; HAD: 3,49; TB: 1,24 mm). A movimentação dos dentes superiores foi <1mm. O principal efeito dentário foi perda de ancoragem inferior (HAD: 1,73; TB: 1,45; HAE: 1,07 mm), com mínima projeção de incisivos (< 1mm nos 3 grupos). A correção do overjet foi maior nos grupos HAD e HAE (-4 mm) do que no TB (-3 mm). Na correção molar, os grupos HAE e HAD obtiveram 100% de sucesso, superior ao TB (55,6%). Conclui-se que o aparelho de Herbst com 2 mini-implantes obteve melhores efeitos dentoesqueléticos na correção da Classe II 1a divisão, do que o Herbst convencional e o Twin Block, após 12 meses de tratamento. (Apoio: FAPs - FAPERJ - Bolsa Nota 10 Doutorado N° 200.563/2018 | FAPs - FAPERJ - Bolsa de Doutorado N° 201.787/2015)FC014 - Fórum Científico
Área:
4 - Ortodontia
Impacto da protração maxilar com miniplacas de ancoragem óssea na qualidade de vida de pacientes com fissura transforame unilateral
Nascimento VC, Martins MM, Vilella BS, Garib D, Faco RAS, Vilella OV
Odontoclínica - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi avaliar se a protração maxilar com miniplacas de ancoragem óssea melhora a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em pacientes com fissura. Foi realizado um estudo longitudinal em 20 pacientes (10-14 anos) com fissura transforame unilateral. A avaliação da QVRSB foi realizada com a versão em português do Questionário de Qualidade de Vida para Pacientes Ortocirúrgicos (B-OQLQ) que possui quatro domínios: aspectos sociais da deformidade, estética facial, função oral e consciência da deformidade facial. O questionário foi aplicado em dois tempos: T1, logo após a instalação das placas; e T2, entre 12-18 meses após o inicio da protração maxilar. Foi aplicado o teste t pareado para avaliação longitudinal e teste t independente para a comparação entre os sexos, adotando p<0,05. O protocolo de tratamento avaliado melhorou significativamente a QVRSB (p=0,0306). O domínio "aspectos sociais" foi o único domínio que mostrou diferença significativa de T1 para T2 (p=0,0086). O sexo feminino teve a sua QVRSB mais afetada do que o sexo masculino em todos os domínios. Porém, a diferença foi significativa apenas para os domínios "aspectos sociais" (p=0,0425) e "consciência da deformidade" (p=0,0407) em T1. O protocolo de tratamento avaliado foi capaz de aumentar a QVRSB de 75% dos pacientes. O aumento significativo no domínio "aspectos sociais" entre T1 e T2 sugere que ocorreu a melhora na autoestima. Esse parece ser um tratamento promissor para impactar positivamente a QVRSB e a autoestima dos pacientes com fissura, ainda no início da adolescência.FC017 - Fórum Científico
Área:
5 - Dentística
Cinética de degradação, eficácia clareadora e citotoxicidade trans-amelodentinária de géis clareadores contendo óxido de manganês
Ribeiro RAO, Duque CCO, Zuta UO, Leite MLAS, Soares DG, Hebling J, de-Souza-Costa CA
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a eficácia clareadora, citotoxicidade e cinética de degradação de géis clareadores contendo 10% e 35% de H2O2 catalisados com óxido de manganês (MnO). Discos de esmalte/dentina foram manchados e submetidos ao clareamento com géis contendo ou não MnO. No controle positivo, um gel com 35% de H2O2 foi usado aplicado e no controle negativo nenhum tratamento foi feito. Para determinar a eficácia clareadora dos géis (sistema CIE L*a*b*), discos foram clareados por 45 min com géis contendo 2mg/mL, 6mg/mL ou 10mg/mL de MnO. Para análise de viabilidade celular (MTT assay e MEV) e estresse oxidativo, o clareamento foi realizado nos discos adaptados em câmaras pulpares artificiais. Os extratos (meio de cultura + componentes tóxicos difundidos dos géis) foram aplicados por 1 h sobre células odontoblastóides MDPC-23. A quantificação de H2O2 foi determinada (violeta leuco-cristal/peroxidase). A melhor concentração do catalisador MnO foi usada nas análises de cinética de degradação. Os dados foram submetidos à análise estatística (ANOVA; Tukey; p<0,05). A adição de MnO nos géis com 10% e 35% de H2O2 aumentou a eficácia clareadora, bem como reduziu a difusão trans-amelodentinária de H2O2, o estresse oxidativo e os efeitos tóxicos dos produtos sobre as células pulpares. Esses efeitos foram mais significativos para a concentração de 10mg/mL de MnO. Concluiu-se que a adição do MnO em géis clareadores favorece a cinética de degradação do H2O2, o que aumenta a eficácia estética do produto, bem como diminui o estresse oxidativo e a toxicidade sobre células pulpares (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2018/14457-6)