03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2830 Resumo encontrados. Mostrando de 2321 a 2330


RCR005 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Efetividade do planejamento virtual em diferentes contextos da Cirurgia Bucomaxilofacial
Laura Maria Dos Santos Reis Rocha de Castro, Felipe Gomes Gonçalves Peres Lima, Larissa Gonçalves Cunha Rios, Darceny Zanetta Barbosa, Carlos José Soares, Priscilla Barbosa Ferreira Soares
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho é relatar a aplicação do planejamento cirúrgico virtual em diferentes contextos da Cirurgia Bucomaxilofacial, avaliando seus impactos funcionais, estéticos e operatórios. Foram incluídos quatro casos clínicos: (1) paciente de 38 anos com deslocamento anterior de disco e reabsorção condilar, após insucesso com terapias conservadoras, foi submetido à substituição articular com prótese total customizada por meio de planejamento 3D; (2) paciente de 5 anos com sequelas de trauma facial, dor e dislalia, previamente tratado com fixador externo. Foi reabordado cirurgicamente com expansão tecidual e posterior reconstrução mandibular com enxerto de crista ilíaca e placa 2.7, guiados por biomodelo; (3) paciente de 72 anos com osteonecrose mandibular induzida por medicamentos, tratado por ressecção segmentar e reconstrução com placa pré-dobrada sobre biomodelo e guias de corte obtidos via planejamento virtual; (4) paciente de 46 anos com padrão esquelético classe II e apneia do sono, tratado por cirurgia ortognática com planejamento digital e impressão de guias transoperatórios. A utilização do planejamento virtual contribuiu para o aprimoramento da precisão cirúrgica, além de otimizar o tempo operatório.

Conclui-se que essa ferramenta representa um avanço para a especialidade, auxiliando na execução de reconstruções complexas, osteotomias e reabilitações articulares com prótese da articulação temporomandibular, e apresenta potencial para integração em protocolos cirúrgicos padronizados. Estudos futuros, incluindo comparações com métodos convencionais e avaliações do impacto nos desfechos funcionais e estéticos a longo prazo, são necessários para validar amplamente sua aplicabilidade clínica.

(Apoio: CAPES  N° # 001   |  CNPq  N° # 406840/2022-9  |  FAPs - FAPEMIG RED  N° # 00204-23; APQ 03238-24 )
RCR007 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Deslocamento de incisivo central para a fossa nasal em paciente pediátrico por odontoma composto - relato de caso
Daniil Israel Santos Ferreira, Thiago Lopes de Almeida, Francisco Rogério Aguiar de Menezes, Angélica Castro Pimentel, Heloisa Fonseca Marão, Caio Vinicius Gonçalves Roman-Torres, Gustavo Antonio Correa Momesso
Odontologia UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do trabalho, foi relatar o caso de uma paciente pediátrica portadora de odontoma composto, que ocasionou impacção de incisivo central para fossa nasal e erupção ectópica de incisivo lateral, abordando a conduta cirúrgica realizada e a reabilitação funcional provisória. A.S.A., paciente do sexo feminino, 8 anos, foi encaminhada pelo ortodontista para investigação da ausência de erupção do incisivo central superior esquerdo permanente. Sem histórico de trauma, dor ou eventos na região anterior da maxila. Ao exame clínico, observou-se dentição mista, ausência do referido incisivo e vestibularização com retenção do incisivo lateral superior esquerdo. À palpação, não havia abaulamento vestibular. Exames radiográficos evidenciaram imagem radiopaca com halo radiolúcido delimitado entre o incisivo central superior direito e o lateral esquerdo. A imagem indicava lesão semelhante a um dente, deslocando o incisivo central superior esquerdo em direção à fossa nasal e causando erupção ectópica do lateral. Frente aos achados clínicos e de imagem, estabeleceu-se hipótese diagnóstica de odontoma composto. Optou-se por exérese cirúrgica da lesão associada à exodontia do incisivo impactado, devido ao prognóstico ortodôntico desfavorável. A cirurgia foi realizada sob anestesia geral, com incisão, descolamento mucoperiosteal, ostectomia, remoção da lesão e do dente, curetagem e irrigação com SF 0,9%, seguida de sutura. O pós-operatório foi favorável. Uma prótese provisória estética e mantenedora de espaço foi confeccionada.

O caso ressalta a importância do diagnóstico precoce e da intervenção oportuna para minimizar sequelas funcionais, estéticas e fonéticas nas lesões do complexo maxilomandibular.

RCR008 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Efeitos da fibrina rica em plaquetas na cicatrização de alvéolos após extrações dentárias: Revisão da literatura
Daniela Jemio Quevedo, Thaisa Macedo Iunes Carrera, Roberta de Oliveira Alves, Jovânia Alves Oliveira, Marcela Iunes da Silveira, Carolina Mendonça de Almeida Malzoni, Suzane Cristina Pigossi, Priscilla Barbosa Ferreira Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo dessa revisão da literatura foi avaliar os efeitos clínicos do uso da fibrina rica em plaquetas (PRF) em procedimentos de exodontia, com foco em dor, edema, ocorrência de alveolite, cicatrização tecidual e regeneração óssea. Foram realizadas buscas eletrônicas nas bases de dados PubMed, EMBASE, Web of Science e Cochrane Library. As palavras-chave utilizadas foram: "platelet-rich fibrin" OR "platelet-rich fibrin" OR "fibrin, platelet-rich" OR "platelet rich fibrin" OR "L-PRF" OR "leukocyte- and platelet-rich fibrin" OR "leukocyte and platelet rich fibrin". Foram incluídos 57 ensaios clínicos randomizados, totalizando 2899 pacientes. O protocolo de fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L-PRF) foi o mais frequente (46 estudos), sendo a extração de terceiros molares o procedimento mais comum. Vinte e cinco estudos relataram redução significativa da dor pós-operatória, e 14 observaram diminuição do edema. Apenas 5 estudos demonstraram eficácia do PRF na prevenção da alveolite. Foi observado heterogeneidade nos protocolos de centrifugação e nos equipamentos utilizados.

Conclui-se que o PRF, especialmente o L-PRF, apresenta benefícios clínicos relevantes, dentro do prazo avaliado nesse estudo, na exodontia, embora a padronização metodológica entre os estudos seja essencial para maior reprodutibilidade e comparabilidade dos resultados.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CAPES  N° 001  |  CNPq  N° INCT; Saúde Oral e Odontológica- Grants n.406840/2022.9  |  FAPEMIG;Rede Mineira Saúde Oral e Odontologia-Grants n.  N° OO24-23)
RCR009 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Complicações em lipoaspiração facial: uma série de casos
Letícia Drummond Dos Santos, Katherine de Andrade Kindlein, Mariene da Silva Monteiro, Oswaldo de Castro Costa Neto, Jônatas Caldeira Esteves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A lipoaspiração facial (LF) é uma técnica que visa realçar os contornos da face e pescoço por meio da remoção do excesso de gordura subcutânea. Embora pouco invasiva, a LF é uma cirurgia passível de complicações e poucos estudos têm se dedicado a levantar a casuísta e detalhar o manejo dessas condições. O objetivo deste trabalho foi relatar as complicações de uma série de 22 casos de LF e suas abordagens terapêuticas. Todos os casos foram operados com a mesma técnica cirúrgica e foram atendidos de forma sequencialmente padronizada, desde a consulta inicial até a alta ambulatorial. A cirurgia e acompanhamentos pós-operatórios foram documentados nos prontuários e a proservação dos casos variou entre 12 e 28 semanas. As complicações observadas foram: equimose, hemorragia, hematoma, seroma, ondulações de pele e fibrose. As equimoses, observadas em todos os casos, tiveram resolução espontânea ou acelerada por medicação tópica. Hematoma (1 caso) e seroma (1 caso) foram drenados. Ondulações de pele (19 casos) e fibroses (20 casos) foram tratadas com fisioterapia pós- operatória e injeções intralesionais de dexametasona quando necessário e regrediram completamente entre 2 e 7 meses.

As complicações observadas nos casos relatados foram de baixa gravidade e todas puderam ser adequadamente tratadas até sua completa resolução.

RCR010 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Brocas cirúrgicas: Cuidados na utilização para evitar possíveis complicações durante o uso - Revisão de literatura
Agatha Christie Soares Rubio, Augusto Dutra Vasconcellos, Leticia Lima Leal da Silva, Julia Eick Iglesias, Marina da Rosa Kaizer, Carlos Fernando de Almeida Barros Mourão, Marcelo José Uzeda, Rodrigo Figueiredo de Brito Resende
UNIVERSIDADE IGUACU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A exodontia é um dos procedimentos odontológicos mais realizados, mas pode apresentar complicações, como a fratura de brocas durante as cirurgias, especialmente na remoção de terceiros molares. Nesta revisão de literatura, serão abordadas as principais causas dessas fraturas, como fabricação defeituosa, estresse ou fadiga, mau manuseio e uso de brocas desgastadas ou com irrigação inadequada. Este painel objetifica a realização de revisão de literatura a respeito da fratura de broca com a peça de mão em alta rotação, abrangendo suas principais causas e os cuidados necessários para seu manuseio. Foi realizada uma busca sistemática na literatura e na base de dados PubMed, com palavras-chave potencialmente relevantes ao tema: tooth extraction, third molar e instrumental breakage. Não foram consideradas fraturas de instrumentos não relacionados à intervenção odontológica. As brocas fraturadas podem causar desconforto e infecção, além de apresentar imprecisão de corte e potencial dano a estruturas adjacentes. Assim, torna-se fundamental que os profissionais utilizem instrumentais de qualidade e estejam sempre atentos aos equipamentos a serem utilizados antes e após a cirurgia.

Portanto, o manuseio adequado das brocas cirúrgicas e a atenção à qualidade dos instrumentais são essenciais para minimizar os riscos e garantir a segurança do paciente.

RCR011 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Biologia pulpar

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Reabsorção Cervical Invasiva Desafios de diagnóstico e tratamento- Relato de Caso
Pedro Torres Dantas, Karin Zuim, Liriel da Silva Rambalt, Ingrid Silva de Souza, Helton Diego Dantas Linhares, Erika Bohrer Cassio, Sabrina de Castro Brasil
Odontologia UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A reabsorção cervical externa é uma forma de reabsorção radicular agressiva localizada na junção esmalte-cemento que em casos mais avançados promove repercussão pulpar , perirradicular e até mesmo a perda do elemento dental. São vários os fatores predisponentes dentre eles trauma, tratamento ortodôntico, hábitos parafuncionais e tratamento periodontal, assim como são diversas as opções de tratamento sem, até o momento, um protocolo definitivo e/ou padrão de abordagem para esses casos. O presente trabalho tem como objetivo relatar a conduta clínica adotada em uma paciente com histórico de trauma oclusal e tratamento ortodôntico, encaminhada para tratamento endodôntico devido imagem radiográfica sugestiva de cárie radicular.

A partir do diagnóstico de reabsorção cervical invasiva, o tratamento interno e externo dessa patologia foi realizado; houve recidiva e nova abordagem cirúrgica foi proposta para manutenção dos dentes na cavidade bucal. O desfecho de casos complexos geralmente está associado a resposta do paciente ao tratamento das áreas reabsortivas, de uma abordagem multidisciplinar, para identificação e tratamento dos possíveis fatores predisponentes presentes, e um paciente motivado.

RCR012 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Biologia pulpar

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Proservação de acidentes/complicações e controle da infecção, no retratamento Endodôntico: Relato de Caso, com controle de 8 Meses
Pedro Ivo da Graça Fagundes, Ederaldo Pietrafesa de Godoi Junior, Ana Beatriz Safady Lopes, Erica Mendes Lopes, Marina Angélica Marciano, Talita Tartari, Adriana de Jesus Soares, Brenda Paula Figueiredo de Almeida Gomes
Endodontia FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A endodontia progrediu significativamente devido aos avanços científicos e às novas tecnologias, materiais e técnicas. Ainda assim, complicações como fraturas de instrumentos, perfurações, desvios de canal e dificuldade na localização de canais radiculares permanecem frequentes, especialmente em retratamentos. Esses desafios podem prejudicar o preparo químico-mecânico, a obturação e a cicatrização periapical. Este caso clínico, realizado na Clínica de Especialização da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-Unicamp), teve como objetivo estabelecer um diagnóstico preciso por meio de exames clínicos e radiográficos, auxiliados por tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), possibilitando um plano de retratamento eficaz. O procedimento ocorreu em duas sessões. Primeiramente, o canal MV1 foi desobturado; os canais MV2, DV e P foram localizados; hidróxido de cálcio com gel de clorexidina a 2% foi utilizado como medicação intracanal e a drenagem do abscesso foi realizada via sulco. Na segunda sessão, a medicação foi removida, um instrumento fraturado foi recuperado do MV2 e tanto a perfuração quanto o desvio do canal foram selados. Os irrigadores foram ativados e a obturação final foi concluída. O acompanhamento por TCFC após oito meses mostrou sinais de cicatrização periapical. De acordo com a Sociedade Europeia de Endodontia, a regressão da lesão é esperada em um ano; neste caso, a regressão foi observada anteriormente. No entanto, recomenda-se um acompanhamento de até quatro anos.

Concluindo, o diagnóstico preciso, o manejo cuidadoso das complicações e o controle rigoroso da infecção foram essenciais para o sucesso clínico e a preservação funcional dos dentes.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPESP  N° 2015/23479-5,   |  CNPq  N° 14816/2023-1)
RCR013 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Análise biomecânica de materiais restauradores na resolução da reabsorção cervical invasiva (RCI)
Emanuela de Carvalho Franco Leite Pereira, Lucas Reis Freitas, Patrícia Helena Pereira Ferrari, Fábio Barbosa De Souza, Stephanie Tiemi Kian Oshiro, Stella Ferreira do Amaral, Olivia Vieira Aires
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A reabsorção cervical invasiva (RCI) é uma condição patológica agressiva e multifatorial que compromete a integridade estrutural do dente, exigindo abordagens restauradoras eficazes sobretudo para os casos categorizados na fase em evolução do processo reabsortivo. Esta revisão narrativa analisou estudos publicados entre 2022 e 2025, obtidos nas bases PubMed e Scopus, utilizando os descritores "finite element analysis" AND "stress distribution" AND "external cervical root resorption" com intuito de reunir evidências sobre o comportamento biomecânico de diferentes materiais restauradores aplicados a lesões simuladas de RCI por meio de análise de elementos finito (AEF). Os trabalhos analisados demonstraram que a restauração das cavidades reabsortivas reduz significativamente os níveis de tensão na dentina. Cimentos à base de silicato de cálcio (Biodentine e MTA) apresentaram menor dissipação de tensões na dentina em comparação com os cimentos de ionômero de vidro convencional (GIC) e o modificado por resina. Nos casos em que houve envolvimento pulpar e, portanto, necessidade de obturação endodôntica, a associação restauradora entre guta-percha no canal radicular e cimentos restauradores na cavidade reabsortiva resultou em maior concentração de tensões na dentina adjacente, principalmente sob cargas oblíquas.

Conclui-se que a seleção do material restaurador deve considerar a profundidade da reabsorção em relação à polpa e o padrão de carga, sendo os cimentos bioativos mais eficazes na redução de estresse à estrutura dentinária e preferíveis em RCI com maior risco de comprometimento estrutural. A AEF demonstrou ser eficaz como método científico para orientar decisões clínicas baseadas em evidências biomecânicas.

RCR014 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Cemental Tear: Abordagem Integrada de Diagnóstico, Etiopatogenia e Tratamento em Contexto Endodôntico - Uma revisão de literatura
Carolina Gonçalves Aguiar, Isadora Conde Ferreira Martins, João Ângelo Rodrigues Neto, Fernanda Hecksher de Andrade, Graziele Duarte, Kevan Guilherme Nóbrega Barbosa

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Cemental tear, ou ruptura de cemento, é uma condição rara, relevante na endodontia e frequentemente subdiagnosticada, caracterizada pelo descolamento parcial ou completo do cemento radicular, geralmente na junção cemento-dentinária. Seu reconhecimento é desafiador e devido ao limitado conhecimento e à necessidade de conscientização dos profissionais no que tange o diagnóstico preciso e a adoção do tratamento adequado, esta revisão de literatura tem como objetivo identificar e analisar os conhecimentos essenciais sobre cemental tear que auxiliem o endodontista na tomada de decisão terapêutica, abordando sua epidemiologia, fatores predisponentes, características clínicas, radiográficas e histológicas, assim como o manejo clínico. Trata-se de um estudo descritivo, utilizando as bases de dados PubMed/MEDLINE, ScienceDirect e Periódico CAPES, por meio dos termos DECS/MESH "cemental tear", "Case Reports", "Clinical Diagnosis", "Endodontics". A prevalência descrita na literatura é inferior a 2%, com fatores predisponentes relacionados à fragilidade estrutural do cemento e sua interface dentinária, bem como fatores externos, como trauma e forças oclusais excessivas. As manifestações clínicas e radiográficas podem simular patologias endodônticas primárias, doenças periodontais primárias e lesões endo-periodontais. O manejo clínico envolve, prioritariamente, a remoção completa dos fragmentos e o tratamento periodontal, frequentemente associado a abordagens regenerativas.

Conclui-se que a precisão diagnóstica é essencial para direcionar o endodontista no plano de tratamento, a fim de prevenir perda óssea e intervenções desnecessárias, contribuindo para otimizar o sucesso clínico e o prognóstico dos casos.

RCR015 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Protocolos diversos de descontaminação na terapia endodôntica regenerativa: relato de caso clínico
Carlos Daniel Seno Bizarro, Rodolfo Figueiredo de Almeida, Paulo Henrique Gabriel, Arian Braido, Pabla Secchi, Walbert de Andrade Vieira, Luisa Coutinho Cardim, Adriana de Jesus Soares
Odontologia Restauradora/Clinica Odontol FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este relato apresenta o tratamento de um paciente de 10 anos atendido no Serviço de Atendimento a Traumatismos Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, um mês após uma queda de altura própria. O dente 11 apresentava luxação intrusiva, enquanto o dente 21 apresentava luxação lateral, ambos com necrose pulpar e reabsorção externa inflamatória. A tomografia computadorizada confirmou a presença de reabsorção e rizogênese incompleta, com ápices maiores que 1 mm. Optou-se pela realização de terapia endodôntica regenerativa, seguindo o protocolo da American Association of Endodontists (AAE) para o dente 11, e o protocolo AAE com agitação ultrassônica para o dente 21. O procedimento foi realizado em duas sessões. Na primeira, a descontaminação foi efetuada com solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (20 mL), solução salina a 0,9% (10 mL), EDTA a 17% (20 mL) e tiossulfato de sódio a 5% (1 mL). A medicação intracanal consistiu em hidróxido de cálcio associado a gel de clorexidina a 2%, aplicada por 21 dias. Na segunda sessão, a remoção da medicação foi realizada com soro fisiológico (10 mL) e EDTA a 17% (20 mL), seguida pela indução de coágulo sanguíneo, utilização de esponja de colágeno, aplicação de MTA HP Angelus® e restauração com resina composta. No dente 21, todas as soluções irrigadoras foram agitadas com ultrassom utilizando o inserto Irrisonic (Helse) com potência de 10%. No controle clínico e radiográfico de 6 meses, observou-se regressão dos sinais e sintomas.

Com base no caso apresentado, podemos concluir que a terapia de descontaminação endodôntica foi eficaz na resolução dos sinais e sintomas nos dois dentes tratados. A regressão observada após seis meses de acompanhamento clínico e radiográfico indica uma resposta positiva ao tratamento, reforçando a importância de uma abordagem adequada e contínua na gestão de infecções endodônticas. Isso destaca o sucesso da terapia e a relevância do monitoramento periódico para garantir a saúde a longo prazo dos dentes tratados.

(Apoio: CAPES)



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