03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2830 Resumo encontrados. Mostrando de 1871 a 1880


PIc0227 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

RITMO BIOLÓGICO E ESTRESSE INFANTIL: QUAL O MELHOR HORÁRIO PARA ATENDIMENTOS ODONTOLÓGICOS ?
Danyelle Cristina Pereira, Lara Evangelista Orlandi, Maria Eugênia Domingueti Rabelo Ribeiro, Leandro Araújo Fernandes, Murilo César do Nascimento, Rodrigo Rodrigues, Daniela Coêlho de Lima, Heloisa de Sousa Gomes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O cronotipo refere-se à predisposição biológica que determina o período do dia em que o indivíduo apresenta maior disposição para realizar suas atividades. Em odontopediatria, essa variação pode afetar o atendimento. Este estudo objetivou avaliar a influência do cronotipo infantil no estresse fisiológico de crianças de 4 a 12 anos, atendidas na Clínica de Odontopediatria da UNIFAL-MG. O cronotipo foi mensurado pela Escala de Energia Circadiana (CIRENS), respondida pelos responsáveis. Já a análise do estresse fisiológico (Cortisol salivar) se deu à partir de duas amostras salivares (pré e pós-atendimento). Os atendimentos foram realizados nos períodos manhã e tarde. Utilizou-se o software estatístico IBM SPSS (versão 22.0) para análises descritivas e comparação de grupos (Kruskal-Walis), com nível de significância igual a 5%. Totalizaram-se 153 crianças, com média de idade de 7,56 anos (±2,10), sendo 50,9% do sexo masculino (n = 87). Quanto ao cronotipo, 57,3% das crianças (n=98) foram classificadas como intermediário, 30,4% (n=52) noturno e 12,3% (n=21) matutino. Observou-se que em média a amostra infantil apresentou maior estresse no período da manhã [(pré: 0,870 µg/dl (±0,001) e pós: 0,869 µg/dl (±0,001)] comparada ao grupo tarde (pré: 0,866 µg/dl (±0,001) e pós: 0,865 µg/dl (±0,001)). Além disso, no grupo tarde, houve uma associação estatisticamente significativa entre o cronotipo matutino e o cortisol pós atendimento (P=0,04).

Conclui- se que a maioria da amostra foi classificada com cronotipo intermediário, ou seja, são mais resilientes para a execução de suas atividades. Contudo, àquelas que possuem preferência pelo período matutino, que foram atendidas à tarde, demonstraram maior estresse pós-atendimento odontológico.

(Apoio: Fapemig  N° 23087.003243/2023-97)
PIc0228 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Conhecimento de Cirurgiões-dentistas sobre diagnóstico e Tratamento da Hipomineralização de Molares e Incisivos (HMI)
Anna Carolina Pereira Dos Reis, Tamiris Fcamidu, Rosilea C. H. Habibe, Alice Rodrigues Feres de Melo, Aline Pires de Oliveira, Ilana Ferreira de Oliveira Christovam, Maira Tavares de Faria Cassab, Carolina Hartung Habibe
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DA ESCOLA DE ODONTOLOGIA DE VOLTA REDONDA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A hipomineralização molar-incisivo (HMI) é uma condição que afeta a qualidade do esmalte dentário. O objetivo do estudo foi avaliar o nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas e para isso foi elaborado um questionário, por meio do Google Forms, composto por questões de múltipla escolha sobre conceitos, conhecimentos e resoluções de casos clínicos de HMI. Após a coleta, os dados foram analisados de forma descritiva, através de gráficos e tabelas. Ao todo, foram recebidas 51 questionários avaliados. A maioria dos participantes era do sexo feminino (78,4%) e, do total da amosta, 47,1% possuíam o título de especialista. Grande parte (66,7%) havia se formado há dez anos. Em relação aos conhecimentos sobre a HMI, 28 dentistas (54,9%) relataram conhecer o assunto na teoria e apenas 9 (17,6%) afirmaram dominá-lo. O estudo identificou ainda insegurança desses profissionais ao tratarem essa anomalia, sendo que apenas 15 (29,4%) relataram sentir-se confiantes. De maneira geral, os resultados revelaram variabilidade nas escolhas terapêuticas para os casos apresentados, sugerindo incerteza quanto ao tratamento da HMI, sendo que alguns profissionais optaram pelo encaminhamento dos pacientes (29,4%). Os maiores desafios relatados foram relacionados à execução de restaurações duráveis e ao controle da hipersensibilidade dentinária. O manejo da HMI demonstrou ser desafiador, devido às variações individuais de cada paciente, influenciadas pela severidade e pelo estágio de formação do dente.

Concluiu-se que a HMI ainda representa um grande desafio clínico para muitos cirurgiões-dentistas, e que a falta de conhecimento sobre a condição compromete a escolha de condutas adequadas, impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes.

PIc0229 - Painel Iniciante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS NA SALIVA DE CRIANÇAS COM HMI: REDUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS E AUMENTO NOS NÍVEIS DE ÁCIDO ÚRICO
João Victor de Araújo Narciso, Haylla de Faria Horta, Larissa Victorino Sampaio, Renan José Barzotti, Alanna Ramalho Mateus, Brenda Renata Lopes Justo, Antonio Hernandes Chaves Neto, Cristina Antoniali Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A glutationa redutase, uma enzima antioxidante, está presente exclusivamente na saliva de pacientes com hipomineralização molar-incisivo (HMI) se comparados a pacientes sem HMI. Na saliva, o ácido úrico é o antioxidante não enzimático mais predominante. Este estudo teve como objetivo investigar possíveis alterações bioquímicas associadas a atividade antioxidante na saliva de crianças com HMI. O estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOA-UNESP (CAAE: 71319123.2.0000.5420). Foram analisadas amostras de saliva de crianças de 6 e 13 anos de idade, com HMI (n=15) e sem HMI (n=15), coletadas por meio do dispositivo Salivette® durante 5 minutos. Após centrifugação (4000 rpm, por 10 minutos), a saliva foi fracionada em alíquotas para análise da concentração de proteína total (PT), pelo método de Lowry; da capacidade antioxidante total (CAT), pelo método de Benzie e Strain; e dos níveis de ácido úrico (AU), utilizando o método enzimático de Trinder. Os resultados foram comparados por teste t de Student, para dados com distribuição normal (CAT e AU) e por teste de Mann-Whitney, para dados não paramétricos (PT). As diferenças foram significativas quando p<0,05. Os resultados demonstraram que na saliva de crianças com HMI há menor concentração de proteína total (p<0,05) e maior concentração de ácido úrico (p<0,001), em comparação aquelas sem HMI. No entanto, não houve diferenças na capacidade antioxidante total entre os grupos.

Esses achados indicam que a composição bioquímica salivar de crianças com HMI encontra-se alterada, sugerindo um possível desequilíbrio redox associado a esta condição.

(Apoio: ICSB (Iniciação Científica Sem Bolsa)  N° 13488  |  Pró-Reitoria de Pesquisa da UNESP; Projeto Sorriso Feliz  N° 1502  |  CAPES  N° 001)
PIc0230 - Painel Iniciante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

BIOQUÍMICA DO FLUORETO NO PROCESSO DE DESMINERALIZAÇÃO E REMINERALIZAÇÃO DENTAL
Rayssa Fernandes Barbosa Christino, Alice Rodrigues Feres de Melo, Aline Pires de Oliveira, Ilana Ferreira de Oliveira Christovam, Lívia de Paula Valente Mafra, Larissa Tavares Neumann Carelli, Carolina Hartung Habibe, Rosilea C. H. Habibe
Odontologia CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DA ESCOLA DE ODONTOLOGIA DE VOLTA REDONDA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo dessa revisão foi estudar a bioquímica do íon flúor no processo de desmineralização e remineralização (DES-RE), a fim de ressaltar a importância sobre o conhecimento do mecanismo de ação do flúor para uma melhor conduta terapêutica no controle e tratamento da lesão cariosa. Foi realizada uma revisão bibliográfica atualizada nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO no período compreendido entre 2015 e 2025, além de capítulos de livros. A busca eletrônica foi realizada a partir dos descritores: "Flúor", "Cárie dentária", "Remineralizarão dentária" e "Desmineralização do dente". Foram utilizados operadores booleanos AND/OR, para possibilitar diferentes combinações dos descritores. O equilíbrio do mineral do dente com o fluido do biofilme sofre alteração pelo baixo pH do meio, promovendo um estado de subsaturação e consequente dissolução do mineral. A desmineralização ocorre até que o meio se torne saturado em relação ao dente, processo regulado principalmente pela ação salivar. Com o pH acima do crítico inicia-se o processo de remineralização. O efeito benéfico do fluoreto no controle da lesão cariosa se baseia na atuação em dois momentos distintos: na desmineralização e na remineralização e dependem da sua constante presença na cavidade bucal.

Concluiu-se que o fluoreto não impede que a desmineralização ocorra, porém consegue diminuir o impacto do processo DES-RE sobre o mineral do dente, além disso, atua na remineralização dental.

PIc0231 - Painel Iniciante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Derivado de ftalocianina atenua a citotoxicidade induzida por 5- fluorouracil em queratinócitos humanos
Isadora Stella Souza E. Andrade, Pedro Luiz Rosalen, Masaharu Ikegaki, Fabiano Vieira Vilhena, Bruna Benso, Leandro Araújo Fernandes, Marcelo Franchin, Henrique Ballassini Abdalla
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial citoprotetor da tetracarboxiftalocianina de ferro (FeTcFc) em queratinócitos humanos expostos ao quimioterápico 5-fluorouracil (5-FU). A FeTcFc (C32H16N8O8Fe, Peso Molecular: 744.42 g/mol, Pureza >90%) foi fornecida pela TRIALS (Oral Health & Technologies). As células HaCaT, uma linhagem imortalizada de queratinócitos humanos, foram cultivadas em meio DMEM suplementado e tratadas com FeTcFc (1-1000 μM) ou 5-FU (1-1000 μM) por 24 horas. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de MTT. Após definição das concentrações não citotóxicas de FeTcFc e da dose tóxica de 5-FU (30 μM), as células foram pré-tratadas com FeTcFc (1, 10 e 100 μM) e posteriormente desafiadas com 5-FU. Também foi realizada a quantificação da expressão gênica de P53, Tnfα e Il6 por PCR em tempo real. Os resultados demonstraram que FeTcFc foi citotóxico apenas na concentração de 1000 μM, enquanto o 5- FU reduziu a viabilidade celular nas concentrações ≥30 μM (p<0,05). O pré- tratamento com FeTcFc (100 μM) promoveu aumento significativo da viabilidade celular frente ao 5-FU (p<0,05). Além disso, FeTcFc (1-100 μM) reduziu a expressão de P53, Tnfα e Il6 em comparação ao grupo tratado apenas com 5-FU (p<0,05).

Os resultados sugerem que FeTcFc apresenta efeitos citoprotetores em queratinócitos desafiados com 5-FU. Assim, o FeTcFc pode ser considerado uma potencial estratégia coadjuvante no maneja dos efeitos colaterais em mucosa associados ao uso do 5-FU, como a mucosite oral.

(Apoio: CNPq  N° 403641/2020-9)
PIc0232 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Comparação do número de dentes irrompidos aos 12 meses entre bebês com diferentes medidas antropométricas e níveis de vitamina D e cálcio
Tainah Bohana de Oliveira, Maria Fernanda Lanna, Carmen Ildes Rodrigues Fróes Asmus, Anna Flávia Nunes Lanna, Nataly Damasceno de Figueiredo, Ana Lúcia Vollú, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Foi comparado o número de dentes irrompidos em bebês de 12 meses (ND12) do Projeto CliBin-OrSa associado à coorte PIPA-UFRJ, considerando diferentes medidas antropométricas e níveis séricos de vitamina D (VD) e cálcio (Ca) no sangue do cordão umbilical. Foram excluídos bebês prematuros, com malformação genética, com dente natal/ neonatal, e o segundo gemelar. Variáveis foram coletadas da caderneta de saúde da criança e de exames laboratoriais: sexo, raça/cor, níveis de VD e Ca (normal ou não), além de medidas antropométricas (escore Z) ao nascer: peso (muito baixo + baixo/adequado/elevado), IMC (magreza acentuada + magreza/eutrofia/risco de sobrepeso/sobrepeso + obesidade), e estatura (muito baixa + baixa/adequada). Exames clínicos foram realizados aos 6 e 12 meses. Utilizaram-se os testes T ou ANOVA para comparações entre as médias de ND12, conforme cada variável (p<0,05). Dos 493 participantes, 412 passaram por exames odontológicos aos 12 meses, e 401 tinham dentes irrompidos. O ND12 variou de 0 a 16, com uma média de 6,75±3,16. A maioria era menino (50,7%), cor parda (44,4%), e com níveis normais de VD (53,6%) e Ca (79,7%). O peso e a estatura foram adequados aos 6 (91,7%; 97,9%) e aos 12 meses (92,1%; 97,8%). Quanto ao IMC, observou-se eutrofia aos 6 (74,8%) e 12 meses (66,1%). Não houve diferença entre as médias do ND12, quanto à VD (p=0,378) e ao cálcio (p=0,263). Bebês aos 6 meses, com estatura muito baixa + baixa, apresentaram menor ND12 (4,83±0,75) em comparação àqueles com estatura adequada (6,52±3,12) (p=0,001). Outras variáveis antropométricas não influenciaram o ND12 (p>0,05).

Conclui-se que apenas os bebês com estatura baixa aos 6 meses apresentaram menor número de dentes irrompidos aos 12 meses.

(Apoio: PROFAEX  |  FAPERJ  N° E-26/204.233/2024)
PIc0233 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito local da Vitamina C no tratamento da candidose oral induzida em modelo murino
Ludmilla Oliveira Mantovani, Cristiane Yumi Koga-ito, Noala Vicensoto Moreira Milhan
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Alguns estudos demonstraram in vitro que a vitamina C pode modular fatores de virulência de Candida albicans. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito local da Vitamina C no tratamento da candidose oral induzida em camundongos. Para isso, os animais foram imunossuprimidos com metilprednisolona e inoculados com C. albicans, em dia alternados. Os camundongos foram divididos nos grupos controle (placebo), nistatina (padrão-ouro), e vitamina C. No oitavo dia experimental, após diagnóstico clínico de candidose em língua, a vitamina C foi administrada por via intramucosa em dorso lingual. Esse procedimento foi repetido após 24 horas. Nos mesmos dias experimentais, o grupo controle recebeu injeção intramucosa de água destilada enquanto o grupo nistatina recebeu tratamento tópico com nistatina e injeção de água destilada. Escores clínicos variando de 0 a 4, referentes ao grau de candidose oral, foram atribuídos no dia seguinte ao segundo tratamento (eutanásia). Após eutanásia, as línguas foram maceradas e semeadas em ágar seletivo para contagem de unidades formadoras de colônias de C. albicans. Os escores clínicos indicativos do grau de candidose oral foram ligeiramente inferiores nos grupos nistatina e vitamina C, após os dois dias de tratamento, sem diferença estatística para o grupo controle (p>0.05). Observou-se uma tendência de redução fúngica no grupo vitamina C, que embora não tenha se diferido estatisticamente do controle, também não foi diferente do grupo nistatina (p>0.05).

Embora mais análises sejam necessárias, nossos achados indicam que a vitamina C pode ser um agente terapêutico promissor para a remissão da candidose oral, contribuindo para redução do uso de antifúngicos, associados à resistência antifúngica.

(Apoio: FAPESP  N° 2019/05856-7  |  FAPESP  N° 2021/00046-7  |  CNPq  N° 14206)
PIc0234 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Situações de emergência com o paciente infantil: os estudantes da saúde estão preparados para atuar?
Amanda Rafaela de Oliveira, Claudio Alberto Franzin, Ilma Carla de Souza, Cássia Letícia Curti Croazatto, Núbia Inocencya Pavesi Pini, Matheus Bellanda Peroni, Lucimara Cheles da Silva Franzin
odontologia ASSOCIAÇÃO MARINGÁ DE ENSINO SUPERIOR
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O odontólogo que atende o paciente infantil muitas vezes se depara com emergências, relacionadas a enfermidades sistêmicas, ou acidentes e traumas, que muitas vezes não está preparado. O objetivo foi avaliar o conhecimento de estudantes do último ano de Odontologia, sobre situações de emergências com o paciente infantil. É uma pesquisa transversal, exploratória, quantitativa, com uma amostra de 100 participantes, de uma instituição de Ensino privada do norte do Paraná. Os dados foram coletados por meio de questionário adaptado com 24 perguntas, encaminhadas pelo Google Forms, no período de agosto a dezembro de 2024. Após a coleta, os dados foram analisados por análise descritiva, porcentual, sob a forma de tabelas e gráficos. Cerca de 77% dos participantes já participara de um curso de capacitação em primeiros socorros de 8 a 20 horas, apesar disso, somente 12% se sentia preparado para prestar esses atendimentos, em especial a crianças. 42% sentia segurança emocional para realizar tal fato. Somente 22% relatou possuir conhecimento técnico para prestar atendimentos de primeiros socorros se necessário, sendo que 93% nunca havia tido esta experiência com crianças e nem com adultos (17%). 22% não sabia que serviço acionar em casos de agravo clínico de saúde ou trauma do paciente. Nem o que fazer em casos de queimadura, convulsão. 63% dos estudantes sabiam haver na clínica kits de primeiros socorros, mas somente 33% relatou saber utilizá-los. 87% sabia o que fazer em casos de engasgo infantil, conhecendo a manobra de Heimlinch.

Observou-se dificuldades dos estudantes quanto a situações de emergência na clínica odontológica, e conhecimento para algumas práticas. Assim, deve-se formular estratégias nesta área, afim de alcançar este público

PIc0235 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação do letramento em saúde bucal das mães e do consumo de açúcar com a qualidade de vida de pré-escolares e suas famílias
Gabriella Oliveira da Silva Clemente, Fabio Anevan Ubiski Fagundes, Tainá Fontes de Souza, Lucianne Cople Maia, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal avaliou associações do letramento em saúde bucal (LSB) de mães, e do consumo de açúcar (CA) por pré-escolares (PE) com a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) dos PE (CIS) e suas famílias (FIS). Participaram 29 mães de PE (0-2 anos), entrevistadas com a versão reduzida do Brazilian Oral Health Literacy Assessment Task for Paediatric Dentistry, onde quanto maior o escore (0-30), maior LSB. A QVRSB foi medida pelo Brazilian Early Child Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS), em que escores mais altos indicam maior impacto. Analisaram-se variáveis como idade, classe socioeconômica (baixa/média e alta), anos de estudo da mãe, orientação prévia sobre cárie e CA. Modelos de regressão linear bruto e com ajuste (classe, escolaridade e orientação prévia) foram aplicados para avaliar as associações do LSB e do CA com a QVRSB (CIS, FIS e B-ECOHIS total) (α = 0,05). Das mães (30±8,47 anos), 78,3% eram de classe baixa, 58,6% tinham ≤12 anos de estudo e 69% receberam orientações prévias sobre cárie. As médias encontradas foram: LSB = 22,03±4,64; B-ECOHIS total= 4,71±6,15; CIS = 2,79±4,02; e FIS = 1,92±2,60. LSB não foi associado ao B-ECOHIS total (p=0,616), nem ao CIS e FIS (p>0,05). Dos PE (14,10±8,7 meses), o CA esteve presente em 50%, causando maior impacto no B-ECOHIS total (p=0,001), CIS (p=0,002) e FIS (p=0,001). Classe baixa e menor escolaridade materna impactaram mais no CIS (p<0,05). Orientações sobre cárie não foi uma variável associada aos desfechos (p>0,20). No modelo ajustado pela classe e escolaridade, o consumo de açúcar continuou a afetar a QVRSB dos PE e de suas famílias (B-ECOHIS total: p<0,009).

Conclui-se que apenas o CA impacta a QVRSB de PE, independentemente da classe socioeconômica e escolaridade das mães.

(Apoio: CNPq  N° 310225/2020-5)
PIc0236 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Identificação, por PCR, de cepas de Estreptococos do Grupo Viridans isoladas do sangue de pacientes com Endocardite Bacteriana
Jéssica Lourençon Dubois, Daniel da Cunha Silva, Vera Lucia de Barros Barbosa, Diego Feriani, Cely Saad Abboud, Eduardo Martinelli Franco, Renata de Oliveira Mattos Graner, Livia Araujo Alves
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os Estreptococos do Grupos Viridans (EGV) estão entre os agentes mais frequentes em endocardite bacteriana (EB). O objetivo desse estudo é classificar, taxonomicamente, as cepas de Estreptococos do Grupo Viridans isoladas de pacientes com EB, por PCR, de um centro de referência em Cardiologia de São Paulo. Para isto, foram coletadas amostras de sangue de pacientes com endocardite atendidos no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - IDPC (São Paulo, Brasil) para isolamento de cepas EGV em meio MSA (Mitis Salivarius Agar). De 06/2023 até 04/2025, foram isoladas 23 cepas de EGV e foram incluídas 7 cepas de referência de cada espécie desse grupo. O DNA das 30 cepas foi extraído utilizando Kit de purificação (Epicentre Master PureT). A concentração e pureza das amostras de DNA foi verificada em Nanodrop. A concentração de DNA bacteriano apresentou altos valores de rendimento (média 4712,8 ± 2279,62 ng/µl). A integridade do DNA foi verificada por eletroforese em gel de agarose 1,0%. A classificação taxonômica das espécies de EGV foi realizada com DNA extraído e submetido a reações de PCR com primers grupo- e espécie-específicos. As espécies EGV foram identificadas através de análise qualitativa comparativa de peso molecular do produto de PCR obtido com o DNA das cepas de referência de cada espécie. Existe uma alta prevalência de espécies de EGV isoladas de pacientes com EB na população brasileira, sendo as espécies S. mutans 8,7% (n=2); S. sanguinis 13,04 % (n=3); S. salivarius 8,7% (n=2); S. gordonii 21,73% (n=5); S.mitis 13,04% (n=3) e S. mitis/S. oralis 34,79% (n=8).

Sendo assim, as espécies S. mitis/ S. oralis foram as mais identificadas por PCR entre os EGV isolados de pacientes com EB.

(Apoio: FAPESP  N° 2023/10623-7  |  FAPESP  N° 2023/02087-8  |  CNPq  N° 104448/2025-3)



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