RESUMOS APRESENTADOS

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 2770 Resumo encontrados. Mostrando de 361 a 370


PN-R0282 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 14

Influência do apinhamento, da atresia do arco e da curva de Spee na discrepância entre medidas lineares em modelos físicos e digitais
Luíza Trindade Vilela, Eduardo Otero Amaral Vargas, Bruna Caroline Tomé Barreto, Taísa Figueiredo Chagas, Guido Marañón-vásquez, Margareth Maria Gomes de Souza, Eduardo Franzotti Sant´anna, Matheus Melo Pithon
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se investigar a discrepância entre as medidas lineares realizadas em modelos de gesso e seus pares digitais, considerando a influência de variáveis como apinhamento maxilar, atresia e curva de Spee. 30 modelos de pré-tratamento dentário foram escaneados com o scanner Trios 3® (3Shape). A avaliação da discrepância entre os modelos digital e físico foi realizada comparando-se medidas lineares. Apinhamento, curva de Spee e índice de Pont's foram medidos apenas nos modelos de gesso. As larguras intermolares, intercaninas e mesiodistais dos incisivos foram medidas nos modelos digital e gesso. As medidas nos modelos de gesso foram realizadas com paquímetro digital e nos modelos digitais realizadas no software Autodesk Meshmixer. Modelos de regressão linear univariada e multivariada foram implementados para análise dos dados. Os pressupostos do modelo foram verificados por meio do teste de normalidade de Shapiro-Wilk, do fator de inflação da variância e dos gráficos Q-Q dos resíduos. Para o arco maxilar, a análise multivariada mostrou que há influência tanto das variáveis apinhamento quanto atresia maxilar sobre a quantidade de discrepância entre os modelos físico e digital para a distância intermolar do arco superior (R2 = 17%; p-valor 0,011 e 0,022, respectivamente). Observou-se que a presença de atresia maxilar influenciou a distância mesiodistal do 21, superestimando-a em 0,20 mm (IC 95%: -0,38, -0,02; R2 = 11%; p = 0,031). Para o arco mandibular, nenhuma das variáveis apresentou influência nos desfechos para as análises univariada e multivariada.

Para a medida da distância intermolar no arco maxilar e a largura mesiodistal do dente 21, o apinhamento e a atresia do arco mostraram influência sobre as discrepâncias das medidas.

(Apoio: CAPES)
PN-R0285 - Painel Aspirante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 14

Avaliação dos níveis salivares de IgG contra SARS-COV 2 e histórico vacinal de cirurgiões dentistas
Gabrielle Luiza de Camargos Pessoa, Renata Cicicunha Castro, Vinicius Rangel Geraldo-martins, Flavia Ana Pacheco, Ruchele Dias Nogueira
UNIVERSIDADE DE UBERABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A COVID-19 se espalhou com sua alta infectividade, esforços foram traçados para uma gestão adequada da doença. Os testes rápidos sorológicos foram implementados, para que o isolamento fosse rápido e efetivo. Com as vacinas houve redução no número de pacientes positivos e os testes rápidos sorológico perderam seu valor. O entendimento dos anticorpos presentes na mucosa teve importância crucial, para conhecer a efetividade vacinal e a influência profissional nos títulos encontrados. Objetivou-se então associar os níveis de anticorpos específicos contra SARS-COV 2 em amostras salivares, tipos de vacinas, número de doses, diagnostico prévio de COVID-19 entre grupos de dentistas e não dentistas. Amostras salivares foram coletadas para realização dos ensaios ELISA. Trata-se de um estudo descritivo com questionário sobre dados de saúde e histórico vacinal contra COVID-19. Análise das variáveis foi realizada com o Teste de Qui-Quadrado e Teste Exato de Fisher. Foram 80 participantes, 40 dentistas, e 40 não dentistas. Os resultados indicam que os dentistas apresentaram níveis mais elevados de IgG e Ig total. Quanto à vacinação, a grande maioria dos dentistas recebeu a vacina, com predominância da AstraZeneca na primeira e segunda doses, e Pfizer na terceira. Cerca de metade dos dentistas relataram ter tido COVID-19. Entre os não dentistas, todos foram vacinados, com prevalência da AstraZeneca nas primeiras doses e Pfizer na terceira. Não houve diferença significativa na incidência de COVID-19 entre dentistas e não dentistas.

Concluindo então que os níveis de anticorpos salivares foram superiores nos dentistas, mas não foram encontradas associações entre tipo vacinal, diagnóstico positivo de COVID 19 e número de doses.

(Apoio: CAPES)
PN-R0286 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 14

Avaliação da estabilidade de cor de attachments em esmalte desmineralizado tratado com resina de baixa viscosidade (Icon®): estudo in vitro
Taísa Figueiredo Chagas, Luíza Trindade Vilela, Cristiane Correia Pereira, Luciana Rougemont Squeff, Amanda Cunha Regal de Castro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a estabilidade de cor de attachments ortodônticos confeccionados em esmalte desmineralizado tratado ou não com o infiltrante de baixa viscosidade Icon®. 60 incisivos bovinos foram alocados aleatoriamente em três grupos: grupo controle (GC), onde os attachments foram confeccionados em espécimes sadios, grupo experimental 1 (GE1) onde realizou-se a desmineralização no esmalte dentário e tratamento com infiltrante Icon® (DMG, Hamburgo, Alemanha) antes da colagem dos attachments e grupo experimental 2 (GE2), onde realizou-se a desmineralização e infiltração com Icon® após a colagem dos attachments. GE1 e GE2 foram submetidos a pigmentação com café, permanecendo em solução por 72h (T1). A estabilidade de cor foi avaliada em todos os corpos de prova, nos tempos inicial (T0) e pós-pigmentação (T1) com espectrofotômetro Easyshade Compact DEASYC220 (VITA, BW, DE). Os resultados obtidos através dos testes de Shapiro-Wilk e Kruskal-Walis mostraram que todos os grupos (GC, GE1 e GE2) apresentaram alteração de cor em 72h, de forma que os attachments ficaram mais escuros (L), mais avermelhados (a) e mais amarelados (b) com p-valor <0.05). Os valores obtidos foram convertidos ao National Bureau of Standards (NBS), a fim de estabelecer as mudanças de cor perceptíveis em análise visual, observando-se diferença entre o GC (NBS=29.3) e GE1 (NBS= 16,9) bem como entre GC e GE2 (NBS=19.4)

GC apresentou menor estabilidade de cor quando comparado ao GE1 e GE2. Quando comparados entre si, GE1 e GE2 não mostraram diferença significativa.

(Apoio: CAPES)
PN-R0287 - Painel Aspirante
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 14

Impacto da cárie dental na qualidade de vida de crianças com transtorno do espectro autista: uma revisão integrativa
Daniela Costa Silva, Alanna Barros de Arruda, Daniela Marques da Silva Sousa, Vicente Sousa Rocha Júnior, Vinícius da Silva Teixeira, Wanêssa Beatriz Lucena Cardoso Amorim, Bárbara Emanoele Costa-oliveira
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Crianças com transtorno do espectro autismo (TEA) podem apresentar padrões de comportamento que interferem com seus cuidados diários de saúde bucal. Nesse contexto, o desenvolvimento de cárie poderia ser favorecido, causando impactos negativos na qualidade de vida destes pacientes. Avaliar o impacto da cárie dental na qualidade de vida de crianças com transtorno do espectro autista. Para atender aos objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa na base de dados Medline (PubMed), utilizando os termos "dental caries", "quality of life", "child" e "autism spectrum disorder" para seleção de artigos em inglês, sem delimitação de data. Após busca e seleção, 06 artigos foram avaliados por títulos, resumos e leitura completa, resultando em 05 artigos para extração dos dados. Os estudos incluídos foram publicados entre 2019 e 2022 e indicam altos índices de cárie dental nesta população. É observada uma repercussão negativa na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças com TEA, bem como de seus cuidadores. Todavia, sugere-se que o tratamento odontológico tem um impacto positivo na QVRSB, atuando na melhora significativa destes parâmetros.

A cárie provoca um impacto negativo na qualidade de vida de crianças com TEA, mas o tratamento odontológico contribui com a melhora nessa percepção.

PN-R0290 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 14

Influência do crescimento craniofacial na disponibilidade óssea para mini-implantes extra-alveolares
Ursula Mariana Pantigozo-Morán, Viviane Vanz, Kelly Chiqueto, Sérgio Estelita Cavalcante Barros
Departamento de Cirurgia e Ortopedia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a mudança na disponibilidade óssea para a colocação de mini-implantes na crista infrazigomática (CIZ) da maxila e na linha oblíqua externa (LOE) da mandíbula da infância à idade adulta. Utilizou-se 58 tomografias de pacientes com diferentes estágios de maturação das vértebras cervicais (EMVC), divididas em 3 grupos: 1) EMVC-II (n=40), 2) EMVC-III e IV (n=42) e 3) EMVC-V (n=34). Com o software Dolphin® foi medida a disponibilidade óssea em três locais diferentes da CIZ e da LOE, simulando quatro ângulos verticais (15°, 25°, 35°, 45°) e três ângulos sagitais (0°, 10°, 20°) de inserção. MANOVA, ANOVA, teste t pareado, teste de Wilcoxon e teste de Friedman foram utilizados para comparações inter e intragrupo de acordo com o teste de normalidade. A análise de regressão múltipla avaliou a influência das variáveis na disponibilidade óssea. O crescimento craniofacial de EMVC-II a EMVC-V influenciou significativamente a disponibilidade óssea da CIZ, mas menos do que o ângulo de inserção vertical e o local de inserção. O ângulo sagital de inserção foi a variável menos influente na disponibilidade óssea da CIZ. A disponibilidade óssea da LOE não mudou significativamente durante o crescimento. Foi principalmente influenciada pelo local de inserção e pelo ângulo de inserção vertical. Da infância à idade adulta, houve uma diminuição significativa e progressiva no ângulo de inclinação da LOE.

O local de inserção intermolares da CIZ teve a maior disponibilidade óssea e a menor redução ao longo do crescimento. A disponibilidade óssea da LOE foi maior no local de inserção do segundo molar e não mudou significativamente durante o crescimento. Um ângulo de inserção mais vertical pode beneficiar tanto a disponibilidade óssea da CIZ quanto a da LOE.

PN-R0292 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

Uma Revisão Crítica da Qualidade de Vida no Trabalho do Dentista e seus Impactos na Saúde Pública do Brasil
Joemar Braga Alves, Sileno Corrêa Brum
ADMINISTRAÇÃO UNIVERSIDADE IGUACU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) engloba diversas dimensões que afetam a saúde física e mental dos dentistas e, por consequência, a qualidade dos serviços prestados. A saúde pública pode ser impactada tanto positiva quanto negativamente, dependendo das condições de trabalho dos profissionais. O objetivo deste trabalho é analisar as evidências sobre a QVT dos dentistas e seus impactos na saúde pública. A presente pesquisa se caracteriza como um estudo bibliográfico e descritivo, com abordagem qualitativa. A metodologia se baseia em uma revisão crítica da literatura sobre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos dentistas e seus impactos na saúde pública brasileira. Os estudos mostraram uma relação entre a QVT dos dentistas e a saúde pública no Brasil. Fatores como esgotamento profissional, estresse e musculoesqueléticos foram frequentemente associados à baixa QVT e a qualidade dos serviços prestados à saúde pública no Brasil.

A melhoria da QVT deve ser uma prioridade para os gestores de saúde e os responsáveis pela formulação de políticas públicas, visando não apenas o bem-estar dos profissionais, mas também a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde bucal prestados à comunidade. Ainda, deve-se destacar que a diminuição da QVT do cirurgião-dentista atinge diretamente a saúde pública no Brasil, pois além dos fatores já citados, aspectos como a alta rotatividade de profissionais, o absenteísmo e o presenteísmo podem dificultar o acesso da população à saúde bucal, especialmente em regiões mais carentes, que exclusivamente dependem do serviço público. Sendo assim, investir em medidas que melhorem as condições de trabalho e valorizem esses profissionais podem garantir um serviço público bucal eficiente e de qualidade no Brasil.

PN-R0293 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

Traumatismos maxilofaciais em idosos vítimas de queda: análise comparativa entre os períodos pré-pandêmico e pandêmico de Covid-19
Maria Tercilia Zuccheratte, Fabiana Vargas-ferreira, Carlos José de Paula Silva
Odontologia Social e Preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As quedas são fator de risco com elevada morbimortalidade em idosos. A pandemia de Covid-19 alterou a rotina com restrições de circulação, isolamento social, quedas e traumatismos maxilofaciais. O estudo analisou comparativamente o perfil de idosos vítimas de queda entre os períodos pré-pandêmico e pandêmico. A pesquisa foi aprovada pelos Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG e do Hospital Odilon Behrens (CAAE:73178023.9.0000.5149 / 73178023.9.3001.5129). Trata-se de estudo transversal com coleta de dados secundários no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Foram incluídos casos de vítimas de traumatismo maxilofacial decorrente de queda atendidos de janeiro de 2017 a dezembro de 2022. As variáveis independentes foram sexo, mecanismo de queda, tipo de traumatismo, período do dia, dia da semana, idade e tipo de tratamento. Análises foram realizadas no programa SPSS versão 21.0. A amostra foi composta por 835 casos. A idade variou de 60 a 101 anos, sendo 59% do sexo feminino. No período pré-pandêmico, a frequência de quedas foi de 51,3%. 85% dos casos foram de queda da própria altura. 51,1% ocorreram durante o período diurno e 72,8% durante a semana. 54,9% foram lesões em partes moles. 90% receberam tratamento conservador. A frequência de queda na pandemia foi maior no sexo masculino (p=0,031). Não houve associação com as outras variáveis.

As mulheres prevaleceram nas quedas, exceto durante o período pandêmico. Na maioria dos casos, houve queda da própria altura. Ocorreu redução de casos no período pandêmico. O traumatismo de partes moles e fraturas simples com tratamento conservador foram os mais prevalentes. As quedas em idosos são multifatoriais e de complexa análise, exigindo estudos para compreensão dos fatores associados

PN-R0294 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

Gamificação como recurso de aprendizagem para estudantes de odontologia - relatório de experiência
Nathalia de Faria Schimunda, Fernando José de Souza Silva, Andréa Paula Fregoneze, Anderson Petrauskas, Andrea Duarte Doetzer, Paula Cruz Porto Spada, Maria Fernanda Torres, João Armando Brancher
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Ensinar em cursos de nível superior é desafiador, principalmente no curso de graduação em Odontologia que envolve uma delicada transição entre teoria e prática. A gamificação é uma nova abordagem de aprendizagem que pode ser útil em diversas situações. Nesse estudo foi relatado a percepção de estudantes de Odontologia em relação a uma atividade gamificada desenvolvida para abordar o tema Bruxismo. Este estudo transversal foi conduzido com um grupo de estudantes de um curso de Odontologia. Os estudantes foram distribuídos aleatoriamente em grupos e receberam um jogo impresso de palavras cruzadas com perguntas sobre Bruxismo. Os grupos competiram entre si para responder as questões. Em seguida, foram convidados a responder um questionário sobre a percepção da experiência. Os estudantes poderiam indicar as seguintes respostas para cada sentença: a. Concordo totalmente; b. Concordo c. Indiferente; d. Discordo, e e. Discordo totalmente. Além disso, propomos que os alunos opinassem sobre a atividade, se desejarem. Os dados obtidos foram organizados e analisados estatisticamente. Participaram da pesquisa 91 estudantes de Odontologia, sendo 71 do sexo feminino (78,0%) e 20 do sexo masculino (22,0%). A percepção geral positiva em relação à atividade foi superior a 82,0% para todas as sentenças. Cem por cento dos alunos concorda totalmente ou concordam que a atividade despertou curiosidade sobre o tema e foi motivadora.

A principal conclusão deste estudo foi que a nova abordagem tornou o tema Bruxismo mais atrativo, estimulante e motivador para os alunos

PN-R0296 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

A invisibilidade dos dados sobre saúde bucal e doença falciforme na atenção primária à saúde
Flávia do Bem Castilho de Almeida, Márcia Pereira Alves dos Santos
MESTRADO PROFISSIONAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Doença Falciforme (DF), de maior prevalência na população negra, requer cuidados integrados da Atenção Primária à Saúde (APS). A Saúde Bucal (SB) deve atuar na prevenção de episódios de dor ou infecção de origem odontogênica que podem disparar crises álgicas, a principal marca da doença. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde há aproximadamente 5.000 pessoas cadastradas com DF no estado do Rio de Janeiro. Este estudo analisou dados secundários de acesso aberto em SB e DF na APS através dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) para a Atenção Básica (AB). Realizaram-se buscas no SISAB por atendimento pela equipe de SB para o CID10 -D57 - Transtornos falciformes (TF), D570- Anemia Falciforme (AF) com crise, D571- AF sem crise, D572- TF heterozigóticos duplos, D578- Outros TF. No Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) se buscou por procedimento de acompanhamento de paciente com hemoglobinopatias na complexidade da AB. Em ambos os SIS não há filtro para raça/cor. As buscas foram realizadas nos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro de 2013 a 2023. Não houve qualquer dado referente a DF e AB no SIA. Pelo SISAB, do total de atendimentos, 55,88% destinaram-se ao sexo feminino e 44,12% ao masculino. O CID de maior registro foi para AF sem crise (71,1%). O Rio de Janeiro contabilizou 76,27% dos atendimentos (1283), seguido por Niterói com 3,74% (63), Piraí 2,85% (48). As demais cidades apresentaram resultados ainda menores como Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Nova Iguaçu com 0,05% registro (1) e em 44,56% (41) dos municípios, o resultado foi nulo.

Conclui-se que há significativa limitação na coleta de dados para o CID estudado, registros nos SIS e integração de dados e ainda é possível inferir dúvidas a respeito do acesso das pessoas com DF à SB da APS.

PN-R0297 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

Teleodontologia: percepção dos cirurgiões-dentistas do sistema público de saúde do município de Cambé, PR, Brasil
Priscilla Viviana Mamprin Casaroto, Bárbara Munhoz da Cunha, Maria Augusta Ramires Piemonte, Carla Castiglia Gonzaga, Marilisa Carneiro Leão Gabardo, Pablo Guilherme Caldarelli, Ingrid Gomes Perez Occhi-Alexandre
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O avanço tecnológico permite a prestação de atendimentos em saúde à distância. Este estudo transversal buscou identificar ações passíveis de serem realizadas via Teleodontologia e os motivos de resistência para o uso, a partir da percepção dos cirurgiões-dentistas do sistema público de saúde do município de Cambé, PR, Brasil. Após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa, todos os cirurgiões-dentistas do serviço público de Cambé (32 profissionais) responderam a um questionário semiestruturado, com um total de 15 questões (12 fechadas, 1 fechada com uma alternativa aberta e 2 abertas) abordando dados pessoais, experiência profissional, subdivisões e dificuldades para o uso da Teleodontologia. Os dados quantitativos foram analisados por meio dos testes Exato de Fisher, Qui-quadrado de Pearson e T de Student, com nível de significância de 5%, e os qualitativos foram analisados por meio de nuvem de palavras. Todos os profissionais acreditaram ser possível o uso da Teleodontologia de alguma forma, sendo a mais aceita a teleconsultoria para discussão de casos (96,9%), e a menos aceita a teleconsulta para realização de diagnóstico (37,5%). Nenhuma das ações de Saúde Bucal consideradas como realizáveis, bem como nenhuma das dificuldades para o uso da Teleodontologia tiveram relação com sexo, idade, anos de formação e anos de serviço público (p>0,05). Dentre as palavras citadas como formas de superar as dificuldades com o uso da Teleodontologia, destacaram-se: capacitação, divulgação, infraestrutura e treinamento.

Conclui-se que os profissionais de Odontologia estão dispostos a utilizar esta tecnologia e que capacitações e divulgações direcionadas para dentistas e população em geral sobre o potencial da Teleodontologia são necessárias.