Consumo de mel orgânico brasileiro reduz influxo de neutrófilos em peritônio e reabsorção óssea na doença periodontal em camundongos
Romario-Silva D, Franchin M, Lazarini JG, Pingueiro JMS, Bueno-Silva B, Alencar SM, Rosalen PL
Odontologia - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar, in vivo, o efeito da administração diária de mel orgânico (MO-7) na inflamação peritoneal aguda e doença periodontal de camundongos. Foram conduzidos dois experimentos em camundongos C57BL/6J, n=6 (CEUA/UNICAMP aprovação n. 5348-1/2019): 1) Modelo de peritonite aguda induzida por carragenina e 2) modelo de doença periodontal induzida por ligadura + Porphyromonas gingivalis W83. Os dois experimentos foram conduzidos com 4 grupos, sendo eles: G1: sem estímulo e sem tratamento; G2: com estímulo inflamatório e sem tratamento; G3: com estímulo inflamatório e tratamento de MO-7 40%; e G4: com estímulo inflamatório e tratamento com MO-7 100%). Os grupos submetidos ao tratamento receberam por via oral 100 µL de mel orgânico (MO-7, georreferenciado) 5x ao dia, por 5 dias. A análise estatística foi realizada com ANOVA one-way e Tukey. O tratamento com MO-7 a 100% diminuiu a migração de neutrófilos na cavidade peritoneal dos animais e a liberação de TNF-α em 49% e 72%, respectivamente, em relação ao grupo controle (G2 - p<0,05). No ensaio de periodontite, observou-se diminuição da reabsorção óssea em 26% (p<0,05) com o tratamento com MO-7 na concentração 40%, em relação ao grupo controle. Portanto, concluímos que o mel orgânico avaliado (MO-7) é um alimento funcional apresentando atividade anti-inflamatória em processo agudo e diminuindo a reabsorção óssea alveolar em doença periodontal em modelos animais. (Apoio: CNPq N° 8675767556789)PN0680 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Efeito do glicerofosfato de cálcio sobre o pH de biofilme misto de Candida albicans e Streptococcus mutans, antes e após exposição à sacarose
Sampaio C, Cavazana TP, Hosida TY, Morais LA, Monteiro DR, Pessan JP, Delbem ACB
Odontologia Preventiva e Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo teve o objetivo de avaliar o efeito do glicerofosfato de cálcio (CaGP), associado ou não ao fluoreto (F), sobre o pH de biofilmes mistos de Candida albicans e Streptococcus mutans, antes e após exposição a sacarose. Os biofilmes foram formados em saliva artificial suplementada com sacarose em placas de microtitulação de 6 poços, e expostos a 3 tratamentos (72, 76 e 92 horas após o início da formação), por 1 min, com soluções de CaGP nas concentrações de 0,125, 0,25 e 0,5%, associadas ou não ao F (500 ppm). Soluções de F a 500 e 1100 ppm também foram avaliadas, e o grupo tratado com saliva artificial foi considerado como controle negativo (CN). A exposição dos biofilmes a 20% de sacarose ocorreu após o terceiro tratamento (96 h). Os biofilmes tiveram o seu pH mensurado com micro-eletrodo previamente calibrado (pH 4,0 e 7,0). Os dados foram submetidos a ANOVA a um critério, seguida pelo teste Fisher LSD (p<0,05). O grupo CN apresentou valores de pH significantemente menores que todos os demais grupos avaliados. Após a exposição à sacarose, foi observada uma redução no pH de todos os grupos, exceto aqueles tratados somente com CaGP. O maior valor de pH foi observado para o grupo tratado com CaGP a 0.5% associado ao F, antes e após exposição à sacarose. Conclui-se que o CaGP promoveu um aumento no pH dos biofilmes testados, mesmo após exposição à sacarose. (Apoio: CAPES N° 88881.068437/2014-01 | CAPES N° Código 001)PN0683 - Painel Aspirante
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3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Experiência de cárie dentária e fatores associados em pacientes de transplante: um estudo transversal controlado
Oliveira CS, Limeira FIR, Galdino TM, Faria Pinto P, Abreu MHNG, Moreira AN, Magalhães CS
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi avaliar a experiência de cárie dentária e fatores associados, em indivíduos de transplante de células tronco hematopoiéticas, fígado e rim. Um estudo transversal analítico controlado, com 40 indivíduos de transplante e 40 controles não indicados ao transplante, pareados por idade e sexo atendidos na Faculdade de Odontologia da UFMG (Brasil) foi conduzido. Dados sociodemográficos e econômicos, medicações e tempo de pós-transplante foram coletados. Avaliou-se a experiência de cárie pelos índices CPOS e COR (superfície). Coletou-se saliva para obtenção do fluxo, pH, composição química e capacidade tampão. Avaliou-se a ingestão de açúcares livres pelo recordatório de 24 horas. Foram conduzidos modelos de regressão logística binária condicional para estimar a Odds Ratio - OR não ajustada e ajustada (IC 95%), para associação da experiência de cárie e os fatores relacionados. A análise de regressão mostrou que o aumento de um indivíduo morador na casa do paciente aumenta as chances de ter alta experiência de cárie (OR = 1,35; IC95% 1,02-1,79). O aumento de um ponto do fluxo salivar diminuiu as chances de alta experiência de cárie dentária (OR = 0,14; IC95% 0,03-0,72). O aumento do fluxo salivar diminuiu as chances de o indivíduo apresentar uma alta experiência de cárie. O aumento do número de indivíduos moradores da casa aumentou as chances de ocorrência de alta experiência de cárie.PN0685 - Painel Aspirante
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3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Análise in situ do efeito do fosfopeptídeo de caseína fosfato de cálcio amorfo no esmalte dental sob condições de refluxo gastroesofágico
Santos LRAC, Silva ACA, Lôbo BC, Albuquerque SAV, Cortellazzi KL, Nóbrega DF, Sandes-Filho MS, Santos NB
Ciências da Saúde e Odon - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo in situ, randomizado, duplo-cego e cruzado analisou o efeito do fosfopeptídeo de caseína fosfato de cálcio amorfo (CPP-ACP) no esmalte dental sob condições de refluxo gastroesofágico. Seis voluntários com Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), escovaram os dentes e blocos de esmalte dental bovino (n=120), contidos em dispositivo intra-oral, durante 5 etapas de uma semana cada, com intervalo de uma semana de washout. Foram testados os seguintes dentifrícios: MI Paste One®, Colgate Sensitive®, Regenerate®, Sensodyne Pró-esmalte® e pasta com 1.450ppm de flúor (controle ativo). Análises realizadas: microdureza (Knoop), rugosidade superficial (Ra), MEV e EDS. Para análise estatística aplicou-se Log 10 e testes: Kolmorogov Smirnov, Levene e ANOVA (one way) para microdureza e não paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney para Ra considerando p ≤0,05 significativo.Aprovação CEP 2.658.268. Os produtos analisados produziram microdureza semelhantes estatisticamente (p=0,76). MI Paste One®, não aumentou a dureza superficial do esmalte dental, alcançando resultados semelhantes aos demais dentifrícios. MI Paste One® não proporcionou diferença de Ra do esmalte quando comparado ao controle ativo, Sensodyne Pró-esmalte® e Colgate Sensitive®, porém, promoveu maior rugosidade que Regenerate®(p=0,01). Colgate Sensitive® e MI Paste One® apresentaram maiores percentuais de Cálcio e Fósforo. Conclui-se que o CPP-ACP apresentou remineralização do esmalte dental semelhante aos demais dentifrícios sob condições de refluxo gastroesofágico.PN0688 - Painel Aspirante
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3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Terapia fotodinâmica com luz azul associada a soluções à base de extratos de pequi
Ferreira LAQ, Diniz LA, Atanazio ARS, Ribeiro RB, Ferreira MVL, Caldeira ASP, Braga FC, Diniz IMA
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a citotoxicidade de diferentes soluções à base de extratos de pequi (EP) em linhagens de queratinócitos humanos (HaCaT) associadas ou não à luz azul (terapia fotodinâmica - PDT). Os grupos experimentais foram: (1) controle; (2) EP 10 µg/ml; (3) EP 30 µg/ml; (4) EP 90 µg/ml, (5) luz azul - LA (duas aplicações de 30 s - DMC; 445 nm; 100 mW; 23 J/cm2) (6) EP 10 µg/ml e LA - PDT10; (7) EP 30 µg/ml e LA - PDT30; (8) EP 90 µg/ml e LA - PDT90. Após 5 minutos de contato com as células, foram realizados os ensaios de viabilidade nos tempos 24h, 48h e 72h e de migração celular ("cell scratch" e "live/dead") no tempo de 72h. Em 24h, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos experimentais em termos de viabilidade. No intervalo de 48h, independentemente da concentração do EP, os grupos PDT demonstraram viabilidade celular significativamente menor que do extrato sozinho (p<0,05). Após 72h, todos os grupos PDT demonstraram viabilidade celular significativamente menor que o controle. Os resultados de migração demonstraram um efeito estimulatório das concentrações de EP isoladamente, enquanto um efeito inibitório quando em associação à luz azul. Baixas concentrações de pequi podem estimular queratinócitos, enquanto sua associação com a luz azul apresenta potencial citotóxico moderado. (Apoio: FAPEMIG | CNPq N° 438748/2018-2 | CNPq N° PIBIC)PN0691 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Irradiação UV como método de desinfecção para reduzir a contaminação cruzada por COVID-19 em Odontologia: a scoping review
Malateaux G, Gamarra RS, Dib LL
UNIVERSIDADE PAULISTA - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O novo coronavírus (COVID-19) tornou-se uma pandemia rapidamente. Sua transmissão ocorre principalmente por contato direto, mas sua transmissão indireta não pode ser negligenciada. O consultório odontológico é um local de alto risco de contaminação, principalmente por meio de aerossóis e partículas decantadas na superfície. A preocupação com a biossegurança tornou-se iminente e os suprimentos essenciais de proteção individual (EPI) se tornaram escassos. Vários métodos de desinfecção estão sendo estudados para reduzir a infecção cruzada, como a luz ultravioleta (UV). Realizamos uma revisão da literatura recente, a fim de elucidar o uso da tecnologia UV na desinfecção de ambientes e superfícies para reduzir a contaminação cruzada do COVID-19 na área da saúde e como ela pode ser usada na área odontológica. Utilizou-se a base de dados PubMed, e os artigos foram selecionados de acordo com sua relevância, entre 2018 e 2020. A descontaminação em ambientes e superfícies é eficaz, enquanto o uso de UV no EPI parece possível, mas merece atenção. Não há na literatura muitos estudos relacionados ao uso da luz ultravioleta C na odontologia. Porém, através de estudos em outras áreas, podemos prever seu uso na mesma. Sugere-se a realização de mais estudos voltados a desinfecção por luz ultravioleta na área odontológica, para que a mesma possa ser utilizada de forma segura e eficaz. (Apoio: CAPES N° 88887.488989/2020-00)PN0692 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Efeitos da fototerapia com led azul em células inflamatórias no processo de reparo de queimaduras de terceiro grau
Ferreira ACD, Fernandes-Neto JA, Simões TMS, Batista ALA, Oliveira TKB, Nonaka CFW, Catão MHCV
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do diodo emissor de luz (LED) azul em células inflamatórias durante o processo de reparo de queimaduras de terceiro grau em pele. Foram utilizados 30 ratos Wistar, divididos em grupo controle (CTRL) (n=15) e grupo LED (n=15), com subgrupos (n=5) para cada tempo de eutanásia (7, 14 e 21 dias). Os animais tratados receberam irradiação (470 nm, 1W, 12,5 J/cm2 por ponto) diariamente em 4 ângulos da ferida (total: 50 J/cm2). Após remoção do espécime, cortes histológicos foram submetidos à coloração em hematoxilina e eosina para análise do infiltrado inflamatório (neutrófilos e linfócitos). Aos 7 dias, observou-se uma maior quantidade de células inflamatórias no LED (mediana: 17,9; variação: 4,5 a 31,1) comparado ao CTRL (mediana: 5,5; variação: 4,1 a 8,1) (p=0,01). Aos 14 dias, o número de células foi maior no grupo CTRL (mediana: 14,1; variação: 4,6 a 31,6) que no LED (mediana: 12,1; variação: 3,0 a 15,9) mas sem diferença estatisticamente significativa (p=0,75). Assim como, em 21 dias, onde observou-se um valor superior de células também no CTRL (mediana: 3,9; variação: 2,4 a 6,1) em comparação ao LED (mediana: 3,3; variação: 2,1 a 9,0) (p=0,67). Os resultados sugerem que o LED azul, na dosimetria e protocolo utilizados, é capaz de estimular a resposta inflamatória em estágios iniciais do reparo de queimaduras de terceiro grau em pele. Entretanto, mais estudos são necessários para avaliar com maior precisão os efeitos dessa luz durante esse processo.PN0693 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Avaliação da formação de biofilme de Streptococcus mutans sobre resinas para restaurações temporárias após imersão em clorexidina
Campos S, Navarro RS, Saguchi AH, Araki AT, Cogo JC, Honorato D, Saleh MAK, Ribeiro DG
Laboratórios - UNIVERSIDADE BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
As resinas utilizadas para confecção de restaurações temporárias (RT) são expostas a substâncias no meio bucal e podem ocorrer alterações com aumento da rugosidade superficial e maior retenção de biofilme bacteriano. O objetivo do estudo foi avaliar a formação de biofilme de S. mutans sobre resinas para RT após imersão em clorexidina. Foram confeccionados discos padronizados de resinas, polidos com lixa em politriz, limpos e esterilizados com óxido de etileno. As amostras foram divididas em quatro grupos (n= 10): G1- resina acrílica (RA) (Duralay, EUA) imersas em 2 mL água Milli-Q (AM); G2- RA + imersão em 2 mL clorexidina 0,12% (CX)(Periogard®, Colgate); G3- resina bisacrílica (RB) (Proviplast, Biodinâmica, Brasil) + AM; G4- RB+CX, imersas nas soluções por 30 dias com troca a cada 7 dias. Posteriormente as amostras foram contaminadas após imersão em suspensão bacteriana de S. mutans (108 UFC/mL) (2 mL, 90 min, 37ºC), após formação do biofilme, coleta do material e diluições seriadas em triplicata foi realizada a contagem das unidades formadoras de colônia (UFC/ml) Os dados foram submetidos aos testes de ANOVA e Tukey. As médias (±dp) (UFC/mL) foram G1- 6,72 (±0,08), G2- 6,77 (±0,09), G3- 6,76 (±0,04), G4- 6,75 (±0,14). Foi observado que não houve diferença estatisticamente significativa na formação de biofilme para tipo de armazenagem (p= 0,739), tipo de material (p= 0,617) e a interação entre ambos (p= 0,4 Pode-se concluir que para as resinas acrílica e bisacrilica a adesão do biofilme de S. mutans não foi afetada pela imersão em clorexidina.PN0696 - Painel Aspirante
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3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação da estabilidade do captopril administrado via sonda nasoenteral em pacientes do Mário Palmério Hospital Universitário
Faria JB, Faria HV, Almeida RN, Bortocan R
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O captopril é um potente inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) que é indicado no tratamento da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva. A trituração de comprimido de captopril e sua administração via nasoenteral se faz necessário uma vez que não existe no mercado forma farmacêutica em suspensão ou líquida. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a estabilidade do comprimido de captopril 25mg de três marcas de laboratórios, dois genéricos e um similar, após sua pulverização, através do teste de doseamento de teor, seguindo o modelo preconizado de administração de medicamentos via sonda nasoenteral, realizado pelo Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), vinculado à Universidade de Uberaba (UNIUBE), Uberaba, MG. As análises foram feitas através de um espectrofotômetro. Utilizou-se comprimidos de três marcas de captopril 25mg. Foi realizada a pulverização de cada marca em triplicata. Em seguida, fez-se o preparo da suspensão em copos plásticos para cada unidade. Para as análises trabalhou com tempo zero (G1, G2 e S1) e tempo 10' Repouso (G1R, G2R e S1R). Foi observado que tanto no tempo zero quando no tempo 10' Repouso a concentração manteve-se dentro do permitido, entre 90% e 110%. Houve uma concentração maior no resultado do tempo 10' Repouso em relação com o tempo zero, o que se deve a diluição maior de excipientes, consequentemente maior absorção de luz no UV. Concluiu-se que o captopril se manteve estável, garantindo segurança e eficácia para a administração em leitos hospitalares através de sonda nasoenteral.PN0697 - Painel Aspirante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Atividade antimicrobiana e antifúngica do Anacardium occidentale Lin.: estudo bibliométrico
Ribeiro AD, Costa BP, Melo WOS, Figueirêdo-Júnior EC, Freire JCP, Gomes DQC, Rodrigues-Júnior JG, Pereira JV
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O crescente uso de plantas medicinais pela população torna necessária a realização de estudos farmacológicos para contribuir com o conhecimento científico e esclarecer os mecanismos desenvolvidos pelos principais compostos presentes nessas plantas. Devido à dificuldade de combater microrganismos resistentes a antimicrobianos convencionais, as plantas tratam-se de uma alternativa eficaz e acessível à população. Anacardium occidentale L., conhecido popularmente como o cajueiro, é uma planta nativa do Brasil, estando também distribuída em diversas outras regiões tropicais ao redor do mundo. Estudos descrevem diversos usos medicinais de Anacardium occidentale L., destacando-se as propriedades anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana. Devido às controvérsias na literatura sobre o uso de compostos de plantas ou o isolamento e purificação das principais substâncias para a prevenção de várias ações terapêuticas, visou-se apresentar um estudo bibliométrico das propriedades antimicrobianas e antifúngicas do caule e da folha do cajueiro. Os seguintes bancos de dados foram analisados: PubMed, Google Acadêmico, SciELO e Science Direct, de onde foram selecionados 24 artigos publicados nos últimos 10 anos. A maioria dos testes envolvendo as espécies microbianas estudadas demonstrou potencial antifúngico positivo e propriedades antimicrobianas. Os resultados fornecem dados e perspectivas importantes sobre o uso de plantas medicinais que podem contribuir para o tratamento de várias doenças. (Apoio: UEPB)