03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2830 Resumo encontrados. Mostrando de 2271 a 2280


RCR-R013 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

Uso de tecnologias digitais no diagnóstico de lesões orais: Revisão integrativa da literatura
Eder Akydawan de Paiva Gomes Fernandes, Tânia Adas Saliba, Cristhiane Martins Schmidt
Preventiva e social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A identificação precoce de lesões orais é fundamental para o êxito terapêutico, especialmente em situações de câncer bucal e lesões com potencial maligno. Contudo, a subjetividade na análise clínica e a necessidade de exames complementares podem atrasar esse diagnóstico. Diante disso, soluções digitais, como softwares e aplicativos, vêm sendo desenvolvidas para apoiar profissionais de saúde na identificação dessas alterações, utilizando algoritmos tradicionais e recursos de inteligência artificial (IA). Esta pesquisa realizou uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de mapear e avaliar o uso dessas tecnologias no diagnóstico de lesões orais. A pesquisa bibliográfica foi feita nas bases PubMed, MEDLINE, Web of Science, SCIELO e BVS, respeitando critérios definidos de inclusão e exclusão. Os achados revelaram que softwares com tecnologia de IA conseguem interpretar imagens oriundas de exames, como a tomografia computadorizada, enquanto aplicativos de smartphone possibilitam a triagem preliminar de lesões por meio de fotografias feitas com dispositivos móveis. Além disso, plataformas de teleodontologia vêm aprimorando a comunicação entre generalistas e especialistas, favorecendo diagnósticos mais rápidos e precisos.

Conclui-se que essas inovações representam um importante avanço para a odontologia, otimizando o acesso e a eficácia na detecção precoce do câncer oral. No entanto, ainda são necessários estudos adicionais para confirmar sua efetividade clínica e estimular sua incorporação ampla na prática odontológica.

(Apoio: CAPES  N° 001)
RCR-R014 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

Efeitos do Preenchimento com Ácido Hialurônico no Perfil Retrognático Avaliados pelo B-OQLQ: Relato de Caso
Luciana de Almeida Silva, Kleber Rosa de Almeida, Danielli Mayumi Sato Narimatsu, Cristina Lucia Feijo Ortolani
Ortodontia UNIVERSIDADE PAULISTA - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O retrognatismo mandibular influencia negativamente a estética facial e a qualidade de vida. Este relato de caso descreve a abordagem estética de uma paciente de 29 anos com perfil retrognático, submetida a preenchimento do terço inferior da face com ácido hialurônico (AH) de alta coesividade e elasticidade. A avaliação clínica foi realizada por meio do Ortho-Surgical Quality of Life Questionnaire validado para o Brasil (B-OQLQ), aplicado antes e 30 dias após o procedimento. O protocolo de tratamento incluiu injeções supraperiosteais e subcutâneas em pontos do mento e da linha mandibular, com volumes de 0,1 a 0,3 mL por ponto. Inicialmente, a paciente apresentava escore B-OQLQ >20, com predomínio de respostas "muito", indicando forte incômodo estético e psicossocial. Após o tratamento, houve migração para escore <10, com mais de 85% de redução nas respostas "muito" e aumento das respostas "nada". As principais melhoras ocorreram em itens relacionados à percepção do perfil facial e à autoconfiança em interações sociais. O resultado evidencia que o preenchimento com AH, quando realizado de forma estruturada, promove impacto positivo significativo na qualidade de vida de pacientes com retrognatismo, reforçando seu papel como alternativa minimamente invasiva ao tratamento cirúrgico em casos leves a moderados.

A intervenção estética demonstrou eficácia na remodelação do perfil retrognático, promovendo impacto positivo na autoestima e qualidade de vida, reforçando o preenchimento como alternativa minimamente invasiva ao tratamento cirúrgico convencional.

(Apoio: CAPES)
RCR-R015 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

O QUE DE MAIS ATUAL TEMOS NO USO DA PROFILAXIA ANTIBIÓTICA EM IMPLANTODONTIA? - REVISÃO DE LITERATURA
Felipe Santos de Brito, Carla Keespaner de Queiróz, Hugo de Oliveira Magro, Julia Eick Iglesias, Marina da Rosa Kaizer, Gustavo Vicentis de Oliveira Fernandes, Marcelo José Uzeda, Rodrigo Figueiredo de Brito Resende
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE IGUACU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O uso de antibióticos na prevenção de infecções bacterianas em implantes dentários é uma prática convencional na odontologia, afinal, a ausência de infecções pode ser a causa do sucesso ou insucesso, não só na colocação de implantes, mas também em tratamento de possíveis lesões. O tratamento profilático com antibióticos é utilizado em procedimentos odontológicos para tratar e prevenir prováveis infecções. O presente trabalho tem como propósito buscar responder os seguintes tópicos: prescrever de forma correta; as possíveis causas da falha do implante; e quando medicar. Os resultados demonstram que a influência do antibiótico no sucesso da colocação de implantes em pacientes que não são de risco ainda é questionável, no qual são necessários estudos baseados em evidências cientificas com dados específicos, sobre o uso do antibiótico em correlação ao pré-operatório e/ou pós-operatório.

Logo, conclui-se que cabe ao profissional prescrever de forma correta, sendo individual, indo de acordo com necessidade de cada paciente e se faz necessário a prescrição.

RCR-R016 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

ATUALIDADES NA TÉCNICA DE ODONTECTOMIA PARCIAL INTENCIONAL: REVISÃO DE LITERATURA
Pâmella Santana Nunes, Augusto Dutra Vasconcellos, Julia Eick Iglesias, Marina da Rosa Kaizer, Suelen Cristina Sartoretto, Marcelo José Uzeda, Mônica Diuana Calasans Maia, Rodrigo Figueiredo de Brito Resende
Departamento de Odontoclínica UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Odontectomia Parcial Intencional (OPI), também descrita como Coronectomia, é uma técnica cirúrgica alternativa para a realização de exodontias de elementos dentários que apresentem risco aumentado de danos ao Nervo Alveolar Inferior (NAI) e/ ou de fraturas mandibulares. Sua realização deve-se a partir do conhecimento adequado das indicações, bem como do trans-operatório, além da análise minuciosa de exames de imagem a fim de minimizar a incidência de complicações. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão da literatura atual para a realização da técnica de OPI, com suas indicações e contraindicações. Foi realizada uma busca bibliográfica na base de dados PubMed/MEDLINE, com as palavras chaves: odontectomy, third molar e coronectomy. Foram incluídos artigos de língua inglesa, de 2012 a 2024, totalizando 14 artigos selecionados entre estudos de revisões sistemáticas e retrospectivos que avaliavam a viabilidade e eficácia da coronectomia. Artigos que abordavam apenas exodontia de terceiros molares sem a utilização, ou que não discutiam a sua segurança, foram excluídos. Os resultados encontrados mostraram que a OPI é uma opção cirúrgica alternativa viável quando há risco de dano temporário ou permanente ao NAI. Contudo, dada a complexidade e riscos pós-operatórios, como infecções do sítio cirúrgico e migração da raiz, observou-se uma necessidade de refinamento do protocolo para a abordagem quanto a definição de profundidade e ângulo para secção, e uma criteriosa indicação para realizá-la.

Portanto, conclui-se que o correto planejamento e o conhecimento da técnica OPI tornam-se indispensáveis para garantir a segurança no manejo de elementos inclusos e intimamente relacionados ao canal mandibular.

RCR-R017 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

Crioterapia seria uma solução para a dor pós-operatória em endodontia?
Luana Raphael da Silva, Breno Henrique Amancio, Gisele Faria
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A dor é uma ocorrência relativamente comum no pós-operatório de procedimentos endodônticos. Como alternativa não farmacológica para o seu controle, a crioterapia tem sido proposta na literatura. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão narrativa sobre o efeito da crioterapia no controle da dor pós-operatória em Endodontia. Foi realizado levantamento nas bases PubMed, Scopus e Web of Science nos últimos 10 anos, empregando as palavras-chave ("cryotherapy" OR "cold therapy") AND "endodontics". Foram selecionados 22 artigos. A crioterapia promove a redução da temperatura tecidual, o que resulta na diminuição da condução nervosa e na modulação de processos inflamatórios. O seu efeito analgésico pode estar relacionado à redução dos níveis de expressão do neuropeptídeo substância P e interleucina 6. A maioria dos estudos mostra que a irrigação final do canal radicular com aproximadamente 20 mL de solução salina, resfriada entre 1,5 °C e 4 °C, por cerca de 5 minutos, resulta em menor incidência e intensidade de dor pós-operatória nas primeiras horas após o tratamento endodôntico, quando comparada à irrigação com solução em temperatura ambiente, além de reduzir o consumo de analgésicos. O uso intraoral de pequenas bolsas de gelo na superfície vestibular dos dentes, após a obturação do canal radicular, ou o uso extraoral, também resulta em menor ocorrência de dor pós-operatória.

Conclui-se que a crioterapia é um método complementar eficaz no controle da dor pós-operatória em endodontia, destacando-se pelo baixo custo, simplicidade de aplicação e ausência de efeitos adversos.

RCR-R018 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 10 - Implantodontia - clínica protética

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

Classificação de implantes dentários por modelos de deep learning supervisionado aplicados a radiografias intraorais: revisão de escopo
Tamires Santos de Melo, Gabriela Costa da Silva, Lizandra Esper Serrano, Mayla Kezy Silva Teixeira, Daniel de Moraes Telles
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A identificação de implantes dentários em pacientes sem histórico clínico é um desafio na prática odontológica, dada a diversidade de fabricantes e modelos. A falta de técnicas eficazes para essa identificação é uma preocupação atual. A inteligência artificial, especialmente o deep learning, tem avançado rapidamente, mostrando bom desempenho em tarefas como detecção, classificação e segmentação de imagens na Odontologia. Esta revisão de escopo teve como objetivo mapear a abrangência e os tipos de evidência sobre o uso de modelos supervisionados de deep learning na classificação de implantes por radiografias. Seguindo a metodologia do Joanna Briggs Institute, a revisão foi registrada na Open Science Framework e incluiu busca sistemática em sete bases: MEDLINE, EMBASE, BVS, SCOPUS, Web of Science, DOSS e Academic Search Premier. As buscas, realizadas em setembro de 2024, utilizaram os termos "Implantes Dentários", "Aprendizado Profundo", "Inteligência Artificial" e "Radiografia Odontológica", combinados com "AND" e adaptados a cada base. Dos 274 registros identificados e triados por dois revisores independentes, nove estudos foram incluídos. A extração e análise descritiva dos dados foi feita em planilhas do Excel. As evidências apontam crescente uso de modelos de deep learning na classificação de implantes, com variações metodológicas e nos tipos de imagem.

Conclui-se que esses modelos apresentam potencial significativo para auxiliar na prática clínica, mas seu uso seguro requer maior padronização dos métodos e integração de discussões éticas nos estudos futuros.

(Apoio: CAPES  |  FAPs - FAPERJ)
RCR-R019 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

REPERCUSSÕES DA RESPIRAÇÃO ORAL NO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO, OCLUSÃO E QUALIDADE DO SONO EM CRIANÇAS
Herlla Sofia Sales de Melo, Jadson da Silva Santana, Marilya Roberta Ferreira de Melo, Marcelo Magno Ramos de Araujo, Águida Alves Pereira, Thalita Vitória Silva da Cruz, Helka Juliane Fernandes da Silva, Hilton Justino da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A respiração exclusivamente nasal é fundamental para o funcionamento do organismo, o desenvolvimento facial adequado e uma boa qualidade do sono. Este estudo visa compreender a associação entre o padrão respiratório oral, problemas no sistema estomatognático, más oclusões e qualidade do sono em crianças. Trata-se de uma revisão descritiva da literatura com buscas nas bases PubMed/MEDLINE e BVS, utilizando os descritores DeCS: Respiração Bucal, Sistema Estomatognático, Má Oclusão, Qualidade do Sono e Criança. Foram incluídos artigos entre 2018 e 2024, em português, inglês e espanhol, que melhor atenderam ao objetivo proposto. Verificou-se que a respiração bucal ou mista pode provocar alterações dentofaciais, como mudanças na simetria da face, postura corporal inadequada, e disfunções do sistema estomatognático, afetando oclusão, fonação, olfato, gustação, mastigação e deglutição. Entre os problemas oclusais mais comuns estão: mordida cruzada, mordida aberta anterior, sobremordida, sobressaliência, apinhamento e perda dentária precoce. Alterações verticais da oclusão estão associadas a disfunções musculares e podem exigir intervenção fonoaudiológica após o tratamento ortodôntico. A qualidade do sono é prejudicada por roncos, apneias obstrutivas, infecções respiratórias frequentes e ressecamento da mucosa oral, acarretando cansaço, fadiga e alterações comportamentais.

A respiração oral está relacionada a problemas no sistema estomatognático, más oclusões e distúrbios do sono que iniciam ainda na infância. Destaca-se a importância da avaliação precoce e da atuação multiprofissional para um diagnóstico preciso e tratamento adequado, garantindo o desenvolvimento pleno do indivíduo.

RCR-R020 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 6 - Oclusão / ATM

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

Biomarcadores Relacionados ao Bruxismo: Uma Revisão de Escopo
Kelvin Yuri Molinet Matias, Marcos Lucas Augusto Sokulski, Gloria Cortz Ravazzi, Rodolfo Jorge Fortes Kubiak, Erika Calvano Kuchler, Reynaldo Todescan jr, Flávio Magno Gonçalves, Jose Stechman-Neto
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esta revisão de escopo teve como objetivo mapear e sintetizar a literatura científica sobre biomarcadores moleculares associados ao bruxismo em adultos, visando identificar tendências, lacunas e potenciais aplicações clínicas. A revisão seguiu as diretrizes PRISMA-ScR e a metodologia do Joanna Briggs Institute. O protocolo foi registrado no Open Science Framework (https://doi.org/10.17605/OSF.IO/XDNRG). Foram pesquisadas seis bases de dados (PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, LILACS e LIVIVO) e literatura cinzenta, sem restrição de idioma ou período. Foram incluídos estudos observacionais que utilizaram o auto relato e a polissonografia e avaliaram biomarcadores moleculares em indivíduos com bruxismo do sono e/ou em vigília. Dois revisores independentes conduziram a seleção, extração de dados e avaliação da elegibilidade. De 957 registros iniciais, 12 estudos preencheram os critérios de inclusão. Os biomarcadores analisados incluíram polimorfismos genéticos (HTR2A, DRD2, COMT, ACTN3), hormônios (Cortisol) e citocinas (IL-1 e IL-6). Ao todo 20 biomarcadores foram identificados. As amostras foram majoritariamente obtidas de saliva e sangue. Os resultados sugerem uma influência genética no desenvolvimento do bruxismo, especialmente o do sono.

O mapeamento revela que biomarcadores têm potencial para aprimorar o diagnóstico e tratamento do bruxismo. Estudos futuros devem focar na validação de biomarcadores acessíveis e na integração de testes moleculares na prática clínica.

RCR-R021 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

MANIFESTAÇÕES ORAIS NAS MUCOPOLISSACARIDOSES E A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA: REVISÃO INTEGRATIVA
Geovanna Sousa de Oliveira, Taynara Silva Santos, Patrícia Luciana Serra Nunes, Amanda Silva Passos, Rosana Costa Casanovas
Programa de Pós-graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As mucopolissacaridoses (MPS) são enfermidades genéticas incomuns e de caráter progressivo que afetam o metabolismo dos glicosaminoglicanos (GAGs), levando à sua acumulação nos tecidos e comprometendo diversos sistemas do organismo. Este trabalho tem como propósito descrever, por meio de uma revisão integrativa da literatura, as alterações bucais relacionadas às MPS e ressaltar a importância da atuação do cirurgião-dentista na assistência hospitalar a esses pacientes. A pesquisa bibliográfica foi realizada em bases de dados como o Portal de Periódicos da CAPES, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scielo, Scopus e Google Acadêmico, utilizando termos relacionados a "mucopolissacaridoses", "alterações bucais" e "equipe multiprofissional". A avaliação dos estudos demonstrou que as MPS provocam diversas alterações orais, como macroglossia, atraso na erupção dos dentes e maloclusões, frequentemente associadas às limitações motoras e cognitivas dos indivíduos, o que dificulta a manutenção da higiene bucal. O cirurgião-dentista exerce um papel essencial na prevenção e no tratamento dessas alterações orais, trabalhando de maneira integrada com a equipe multiprofissional para promover a saúde bucal e elevar a qualidade de vida dos pacientes.

Este estudo reforça a importância do acompanhamento odontológico contínuo e especializado na abordagem das manifestações bucais e no manejo das complicações decorrentes das MPS em ambiente hospitalar.

RCR-R022 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 1

Cirurgia periodontal em paciente com Erupção Passiva Alterada tipo 1B e exostose maxilar
Andrés Miranda Machado de Melo, Pedro Mattos Cardoso, Gabriela Fernandes de Oliveira, Cleverton Correa Rabelo, Fernanda de Oliveira Bello Correa, Sibele Nascimento de Aquino, Mariane Floriano Lopes Santos Lacerda, Ana Emília Farias Pontes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A exposição gengival excessiva pode ter diversas causas, entre elas a Erupção Passiva Alterada (EPA). Embora menos discutido, é plausível que exostoses vestibulares maxilares também afetem a estética gengival ao sorrir. Este estudo relata o caso de um paciente masculino, 24 anos, com EPA tipo 1B e exostose maxilar, submetido à cirurgia periodontal. O diagnóstico foi feito a partir de exames clínicos e tomográficos, e o tratamento indicado incluiu gengivectomia, osteotomia e osteoplastia dos dentes 16 a 26. Amostras de tecido gengival e ósseo foram analisadas histologicamente, revelando epitélio paraqueratinizado íntegro, tecido conjuntivo com infiltrado inflamatório crônico, fibras colágenas densas, áreas de esclerose e osso compacto vital. Para avaliar a eficácia do tratamento, foram aplicados questionários baseados na Escala Visual Analógica (0-10) para dor, estética e autoestima. A dor e o desconforto nos três primeiros dias foram inferiores a 4,0, enquanto os escores de satisfação e autoestima alcançaram 8,8 e 8,7, respectivamente, após seis meses. O tratamento aumentou a altura das coroas clínicas em média 1,5 ± 0,3 mm e reduziu a exposição gengival em 0,8 ± 0,2 mm.

Conclui-se que, apesar da inflamação gengival, o osso apresentou aspectos histológicos de normalidade e a cirurgia periodontal foi eficaz em melhorar a estética e a autoestima, com dor e desconforto leves.




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