03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2830 Resumo encontrados. Mostrando de 1941 a 1950


PId0297 - Painel Iniciante
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Fotobiomodulação com laser infravermelho aumenta a formação óssea em áreas enxertadas com diferentes tipos de osso bovino desproteinizado
Priscila Cesário Gama, Lucas de Sousa Goulart Pereira, Suzane Cristina Pigossi, Priscilla Barbosa Ferreira Soares, Guilherme José Pimentel Lopes de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse estudo avaliou se a fotobiomodulação com laser infravermelho (PBMT) melhora o reparo de áreas enxertadas com diferentes tipos de osso bovino desproteinizado (OBD). Foram utilizados 48 ratos os quais foram avaliados em dois períodos (30 e 90 dias - n=6). Foram instaladas bilateralmente no ramo da mandíbula de cada animal uma cápsula de teflon que foi preenchida com OBD. Os grupos foram divididos de acordo com o tipo de tratamento aplicado e o tipo de OBD utilizado nas áreas enxertadas: BT-OBD: OBD sinterizado em baixa temperatura sem tratamento adjunto; AT-OBD: OBD sinterizado em alta temperatura sem tratamento adjunto; BT-OBD-PBMT: OBD sinterizado em baixa temperatura tratado com PBMT; AT-OBD-PBMT: OBD sinterizado em alta temperatura tratado com PBMT. A PBMT foi aplicada em 7 sessões a cada 48 horas a partir do dia do procedimento cirúrgico de enxertia. Foram executadas análise de microtomografia para avaliação do volume e da microestrutura da área enxertada e de histomorfometria para avaliação da composição do tecido reparado. Os grupos tratados com PBMT apresentaram maior volume de tecido mineralizado (p<0.05) e maior quantidade de osso que os grupos não tratados com PBMT. Não houve diferenças relacionadas aos tipos de OBD testados.

A PBMT com laser infravermelho aumenta a formação óssea em áreas enxertadas com OBD independentemente do método de sinterização do substituto de tecido ósseo.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  INCT Saúde Oral e Odontologia   N° 406840/2022-9  |  FAPEMIG  N° RED-00204-23)
PId0298 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Tratamento odontológico de gestantes indígenas: estudo ecológico nacional
Hudson Roger de Faria Alves, Ana Carolina Delgado de Almeida, Ajesh George, Rosa Núbia Vieira de Moura, Rosana Leal do Prado, Lívia Guimarães Zina
ODONTOLOGIA SOCIAL E PREVENTIVA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se investigar o percentual de gestantes indígenas com no mínimo 1 consulta odontológica programática, em nível nacional, e sua correlação com variáveis de assistência à saúde. Foi realizado um estudo ecológico com dados obtidos no Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) para os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) em 2023 - primeiro ano de uso desse indicador. As variáveis de assistência à saúde foram percentual de gestantes com 6 ou mais consultas pré-natal, percentual de consulta odontológica programática e de tratamento odontológico concluído por DSEI. Foi também extraído o indicador "Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado" do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), referente às gestantes no SUS, para fins de comparação com os dados de saúde indígena. Foi realizada análise estatística descritiva e aplicado o teste de correlação de Pearson no software R. A média percentual de gestantes indígenas com consulta odontológica foi 35,8%, variando de 4,6% (DSEI Yanomami) até 76,5% (DSEI MG/ES). Já a média nacional de gestantes com atendimento odontológico no SUS foi 59,7%, variando de 43,7% (RR) até 79,7% (AL). Foi observada correlação positiva entre o percentual de gestantes indígenas com atendimento odontológico e o percentual de gestantes com 6 ou mais consultas de pré-natal (r=0,47).

Gestantes indígenas realizam o tratamento odontológico de maneira desigual entre os DSEI no Brasil, sendo a visita ao dentista relacionada com uma adequada assistência pré-natal. Dados inéditos no país, demonstram as disparidades no acesso da mulher indígena aos serviços odontológicos dentro do subsistema de saúde indígena.

PId0299 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Estudo retrospectivo sobre o câncer de boca e orofaringe no Estado de Minas Gerais: análise epidemiológica
Jéssica Rezende de Oliveira, Nathália da Silva Gomes, Álex Moreira Herval
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As neoplasias malignas da cavidade oral e orofaringe estão entre os principais cânceres de cabeça e pescoço, sendo o carcinoma de células escamosas o subtipo mais prevalente. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico desses tumores no Estado de Minas Gerais entre 2019 e 2023. Foi realizado um estudo observacional, transversal e retrospectivo, baseado em dados provenientes do Painel Oncologia Brasil. A amostra incluiu todos os municípios do Estado de Minas Gerais, considerando as 14 macrorregiões de saúde. Foi realizada uma análise descritiva dos dados encontrados. Os resultados indicaram 14.655 registros de casos câncer na região estudada. A análise demonstrou uma predominância no sexo masculino, especialmente na macrorregião do Jequitinhonha, onde a proporção foi de aproximadamente sete homens diagnosticados para cada mulher. A maior frequência de casos foi observada na faixa etária de 55 a 64 anos, com acometimento predominante da orofaringe e do assoalho da boca. Quanto ao estadiamento clínico, os dados indicaram que a maioria dos diagnósticos ocorreu em fases avançadas, embora mais da metade dos registros tiveram essa informação ignorada.

Os resultados apontaram para uma disparidade entre as macrorregionais na distribuição dos casos por sexo e localização anatômica, sendo esta última divergente de achados da literatura. Esses resultados reforçam a necessidade de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde para diagnóstico precoce, além de subsidiar políticas públicas voltadas à vigilância, prevenção e controle das neoplasias malignas no Estado de Minas Gerais.

(Apoio: CAPES)
PId0300 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Fatores de risco comuns e saúde bucal em idosos: um estudo de base populacional
Henrique Kenji Takarada, Larissa Alves de Souza, Stefany Duarte Dos Anjos, Joao Paulo Steffens
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre fatores de risco comuns às doenças crônicas não transmissíveis e marcadores de saúde bucal em idosos. Uma amostra nacionalmente representativa (n=9412) de adultos a partir de 50 anos foi extraída do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-2015/2016). As variáveis dependentes autorrelatadas foram a autopercepção de saúde bucal (ASB), diagnóstico prévio de doença gengival (DG), sangramento gengival (SG) e número de dentes (ND). Modelos multivariados (com peso) de regressão linear (ND), logística binomial (DG e SG) ou multinomial (ASB) foram utilizados para calcular as estimativas ou razões de chances de prevalência (OR) para as variáveis independentes tabagismo, atividade física, nutrição, consumo de álcool e sono. Após exclusão de dados faltantes, a amostra final foi composta por 5984 indivíduos. A média de idade foi de 60.9±8.8 anos (mulheres: 51.3%) com 15.8±9.5 dentes. O tabagismo foi associado à pior ASB (OR;IC95%: 0.4;0.3-0.4;p<0.001), menor SG (0.6;0.4-0.8;p<0.001) e menor ND (estimativa;IC95%: -2.8;-0.4--0.2; p<0.001). O maior consumo de frutas e verduras esteve associado a maior ND (2.5;0.2-0.3; p<0,001) e melhor ASB (2.3;1.9-2.9; p<0.001). A qualidade do sono ruim mostrou associação significativa com todos os desfechos avaliados: menor ASB (0.4;0.4-0.5; p<0.001), maior DG e SG (1.4;1.1-1.7; p=0,002 e 1.8;1.4-2.2; p<0.001, respectivamente) e menor ND (-0.7;-0.14--0.01; p<0.036).

Concluiu-se que, no geral, fatores de risco comuns estão associados com menor número de dentes, pior autopercepção de saúde bucal e mais sangramento gengival, enquanto pior qualidade do sono também está associada a mais diagnóstico prévio de doença gengival.

PId0301 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

A RELEVÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV): REVISÃO DE LITERATURA
Yuri Aparecida Moraes Takeda, Valéria Marques Bordallo Pacheco
IC UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) ainda emerge como uma importante causa de morbimortalidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), especialmente em pacientes submetidos à intubação orotraqueal por um período superior a 48 horas. Essa condição está frequentemente relacionada a infecções do trato respiratório, ocasionadas por microrganismos patogênicos, predominantemente bactérias gram-negativas multirresistentes, originadas da cavidade oral. A presença do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional contribui de maneira significativa, não apenas para a prevenção de infecções, mas também para a promoção da saúde, aumento da sobrevida nos pacientes críticos. O objetivo deste estudo foi analisar como a atuação do cirurgião-dentista pode contribuir para reduzir a incidência de PAV em pacientes sob ventilação mecânica, na equipe multidisciplinar. Na metodologia foi realizada uma revisão bibliográfica, com busca de artigos nas bases de dados PubMed/MEDILINE, SciELO, Lilacs/BVS, abrangendo o período entre os anos de 2009 e 2025, sem restrição ao idioma. A partir da aplicação dos descritores nas bases de dados selecionadas, foram identificados 12 artigos relevantes, sendo que apenas 5 atenderam plenamente aos requisitos estabelecidos.

Os estudos evidenciaram que a presença do profissional de Odontologia contribui significativamente para a promoção da saúde oral e sistêmica, com impacto direto na redução do tempo de internação hospitalar e na prevenção de infecções respiratórias em pacientes críticos. Entretanto, foi identificado na literatura escassez de estudos que corrobore a importância da atuação do cirurgião-dentista na integração das (UTIs) no âmbito hospitalar e equipe multidisciplinar.

(Apoio: Bolsa institucional)
PId0302 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

PERFIL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, QUALIDADE DE VIDA E IMPACTOS ODONTOLÓGICOS
Ana Clara Carvalho Jóia, Rosana Leal do Prado, Alba Maciel Costa, Julia Castro de Almeida, Guilherme Augusto Marcelino, Fernando Silva-Oliveira, Andreia Maria Araujo Drummond, Najara Barbosa da Rocha
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se identificar o perfil da população em situação de rua (PSR), o impacto da saúde bucal sobre sua qualidade de vida e a situação odontológica destes indivíduos. Trata-se de um estudo transversal, observacional e quantitativo, realizado com 148 indivíduos adultos em situação de rua, atendidos no Centro de Referência Especializado para a PSR, em Belo Horizonte (MG). Foram aplicados instrumentos validados para coleta de dados, incluindo questionário sociodemográfico, OHIP-14 para mensuração do impacto da saúde bucal e exame clínico odontológico para determinação do índice CPOD, respeitando todos os aspectos éticos. Os dados foram analisados por estatística descritiva, utilizando o software R. A média de idade foi de 41,3 anos (±11,9), com predominância do sexo masculino (77,4%) e raça parda ou preta (83,1%). Observou-se baixa escolaridade, com 59,6% tendo o ensino fundamental completo, e a renda média declarada foi de R$ 750,10 (±402,00), sendo em sua maioria advinda de auxílios sociais. Em média, a PSR vive na rua há 6,3 anos (±8,9), sendo que 56,0% relataram já ter sofrido violência nas ruas. Em relação à saúde bucal, o índice CPOD médio foi de 10,8 (±8,5), a média de dentes perdidos foi de 5,2 (±7,8) e de obturados foi de 1,4 (±2,4); 93,3% relataram experiência com dor de dente. O impacto da saúde bucal na qualidade de vida foi evidenciado por um escore médio de 25,2 (±13,9) no OHIP-14.

Os achados demonstram que a PSR apresenta um perfil de vulnerabilidade social intensa, marcado por baixa escolaridade e renda e condições odontológicas severamente comprometidas, que afetam de forma expressiva a qualidade de vida, indicando a urgência de políticas públicas integradas, garantindo direitos, dignidade e cidadania à essa população.

(Apoio: FAPEMIG )
PId0303 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Uso da Fotobiomodulação no tratamento da Disgeusia em Pacientes Oncológicos: Um Ensaio Clínico Randomizado
Marina Gurgel Tavares Guerra, Pedryna Maria Oliveira Veras, Giselly Dos Santos Gomes, Hannah Christie Gomes Abreu, Maria Eduarda Martins Costa, Isadora Ildefonso Monteiro Rodrigues, Edson Luiz Cetira Filho, Paulo Goberlânio de Barros Silva
CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da fotobiomodulação no tratamento de disgeusia em pacientes submetidos à quimioterapia. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, triplo-cego e placebo-controlado, conduzido com 113 mulheres com câncer de mama em estágios II, III e IV, submetidas à quimioterapia com protocolos à base de antraciclinas, agentes alquilantes ou taxanos. As participantes com disgeusia leve a moderada foram alocadas em um de dois grupos: um placebo e outro submetido à terapia com laser de baixa intensidade (PBMT). Os critérios de exclusão consideraram fatores como radioterapia prévia em cabeça e pescoço, uso de medicamentos que alteram o paladar e condições sistêmicas descompensadas. A intervenção consistiu em única aplicação de PBMT em pontos específicos da língua antes da sessão de quimioterapia e avaliação posterior de parâmetros clínicos, hematológicos, gustatórios e de qualidade de vida. As análises estatísticas envolveram testes como Mann-Whitney, Wilcoxon e correlação de Spearman. O estudo mostrou que os grupos eram semelhantes em características clínicas, demográficas e tumorais. A terapia com PBMT preservou a sensibilidade ao sabor doce e melhorou a percepção do paladar, já o grupo placebo apresentou piora no paladar. A sensibilidade ao salgado foi maior com PBMT, sem variações nos sabores azedo e amargo. Parâmetros hematológicos e nutricionais não diferiram entre os grupos e o índice CPO-D aumentou no grupo placebo. Ambos melhoraram nos escores de qualidade de vida (OHIP-14), com redução da dor física no grupo PBMT.

Conclui-se que, embora o protocolo não tenha revertido a perda gustativa, ele ajudou a prevenir a piora da qualidade de vida e a melhorar aspectos da percepção gustativa.

PId0304 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Influência da concentração salivar de TNF-α em pacientes com disgeusia induzida por quimioterapia: estudo de caso-controle
Kayla Maria Santana Teixeira, André Alves Crispim, Ylana Rosa Matos, Rivelli Maria de Oliveira Lira, Maria Fernanda Oliveira Paiva, Cássia Emanuella Nóbrega Malta, Edson Luiz Cetira Filho, Paulo Goberlânio de Barros Silva
CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este trabalho buscou avaliar os níveis salivares do Fator de Necrose Tumoral Alfa e a sua relação com a disgeusia em mulheres com câncer de mama durante quimioterapia antineoplásica. Trata-se de um estudo observacional, do tipo caso-controle, composto de 115 pacientes dividido em dois grupos: 56 compondo o caso apresentando disgeusia e o 59 compondo o controle sem disgeusia. Foi realizada a coleta e avaliação da secreção salivar não estimulada, através do método da expectoração, sendo realizada a dosagem de TNF-α salivar. O teste do paladar foi realizado antes da quimioterapia na data da inclusão (D1) e na data de avaliação (retorno para a sessão de quimioterapia) (D2). Para as avaliações deste teste, os limiares gustativos foram realizados com as seguintes substâncias: doce (glicose), salgado (cloreto de sódio), azedo (ácido cítrico) e amargo (ureia). O paciente também foi questionado sobre sua percepção subjetiva do paladar por meio da Escala Visual Analógica. O teste de sensibilidade gustatória mostrou aumento significativo de D1 para D2 no grupo sem disgeusia (p=0,028), mas não no grupo com disgeusia (p=0,721). Em ambos os dias (p=0,002 e p<0,001), respectivamente), a sensibilidade gustatória foi significativamente maior no grupo de pacientes controle. Os níveis de TNF-α salivar foram 576.65±389.27 pg/ml em D1 e 569.63±575.32 pg/ml em D2 e as taxas médias de secreção salivar de TNF-α foram 281.28±574.39 pg/ml/min para 256.61±226.36 pg/ml/min. Esses valores não mostraram variação significante entre os grupos.

Logo, pacientes que desenvolvem disgeusia durante o tratamento antineoplásico, apresentam comprometimento na ingestão alimentar e qualidade de vida, níveis de TNF alfa salivar mostraram impacto na função gustatória.

PId0305 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Prontidão organizacional para implementação do MonitoraSB: resultados parciais da percepção entre gestores
Jheniffer Genova Costa, Gabriela Aparecida Caldeira Rhodes, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub, João Henrique Lara Amaral, Maria Inês Barreiros Senna, Raquel Conceição Ferreira, Rafael Aiello Bomfim
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliação da prontidão organizacional e a percepção de aceitabilidade, adequação e viabilidade para implementação do MonitoraSB - painel de indicadores de serviços de saúde bucal no Brasil - junto a gestores estaduais e outras partes interessadas através de estudo de implementação alinhado aos objetivos da Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Aplicaram-se os questionários ORIC-Br (Organizational Readiness for Implementing Change) e AIM/IAM/FIM (Acceptability, Appropriateness, Feasibility of Intervention Measures) em coordenadores estaduais de saúde bucal e gestores de instituições parceiras. Cada item foi avaliado em escala Likert de 1 (discorda totalmente) a 5 (concorda totalmente). As análises descritivas e comparativas foram realizadas no Stata v.14 (College Station, TX, EUA). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 55573922.3.0000.5149). Foram contatados 23 gestores em seis estados (MS, RJ, SC, BA, MG e AM), dos quais 19 responderam aos instrumentos. A prontidão organizacional (ORIC-Br) apresentou média de 3,95 (IC 95%: 3,64-4,25). Os escores médios de aceitabilidade, adequação e viabilidade foram, respectivamente, 4,38 (IC 95%: 4,08-4,68), 4,33 (IC 95%: 4,04-4,63) e 4,05 (IC 95%: 3,81-4,30). Houve diferença estatisticamente significativa na prontidão entre estados, com média em Amazonas de 3,00 versus 4,77 na Bahia (p < 0,01).

Os resultados parciais indicam alta aceitabilidade, adequação e viabilidade do MonitoraSB, bem como boa prontidão organizacional a nível supraindividual - porém, pela natureza agregada da medida, é essencial o fortalecimento de capacidades em nível local.

(Apoio: CNPq  N° 445286/2023-7  |  FAPEMIG  N° APQ-00763-20)
PId0306 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

CONCENTRAÇÃO DE FLÚOR NA ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO NORTE E SUA RELAÇÃO COM OS REGISTROS DE FLUOROSE
Lidiane Oliveira Leão, Maria Monica de Jesus Carvalho, Ana Patrícia de Freitas Lopes, Higor Gabriel Andrade Sarmento, Rayane Iris Melo da Cunha Oliveira, Kenio Costa de Lima
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisar o teor de flúor nas águas de abastecimento público das cidades do Rio Grande do Norte, correlacionando-os com os registros de fluorose. Estudo transversal realizado em 20 municípios com mais de 25.000 habitantes por meio da coleta de dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA) e do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) para coleta de dados de fluorose e heterocontrole dos teores de fluoreto nas águas de abastecimento por meio da técnica de cromatografia iônica. Concentrações de flúor foram analisadas e classificadas de acordo com os parâmetros preconizados pela Portaria GM/MS nº 888/202. De acordo com dados do SISAGUA, 70% dos municípios possuíam água subterrânea, os municípios de Caicó, Ceará-Mirim e Currais Novos apresentaram 28,7%, 10,5% e 7,25% de amostras com teores acima do permitido, entretanto, ao observar a mediana, essa esteve dentro dos padrões legais. Os dados da análise através da técnica de cromatografia iônica também corroboram aqueles obtidos no SISAGUA, demonstrando que as cidades com maiores valores foram Apodi (0,609 mg/L), Caicó (0,520 mg/L), Currais Novos (0,500 mg/L) e Ceará Mirim (0,411 mg/L). Ao correlacionar os dados do SISAGUA e da coleta in loco com os casos de fluorose registrados no SISAB, não houve correlação significativa.

As cidades analisadas apresentam apenas flúor natural, embora algumas cidades com mais de 25 mil habitantes apresentaram amostras pontuais com teores de flúor acima do permitido, a mediana dos valores se manteve dentro dos padrões estabelecidos. Além disso, não foi identificada uma correlação significativa entre os teores de flúor nos municípios analisados e o número de casos de fluorose registrados no SISAB.

(Apoio: CNPq  N° 307067/2022-0  |  CNPq  N° 307067/2022-0)



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