03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PSUS33 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Gestão Baseada em Evidências e Expansão do Acesso em Saúde Bucal: Uma Experiência Municipal (2017-2024)
CRISTIANI DE SIQUEIRA BARBOSA AUGUSTO, Ítalo Cristiano Ribeiro, Nardy Maria de Moraes, Morgana Estefanea Ribeiro, Luis Paulo Rodrigues Melione, George Lucas Zenha de Toledo

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB -2017) e o Programa Previne Brasil (2019) reconfiguraram o financiamento e a organização da Atenção Primária à Saúde (APS), incluindo a saúde bucal. A partir de 2023, com a instituição da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) e da Rede de Atenção à Saúde Bucal (RASB), o município de São José dos Campos reestruturou as equipes contratando dentistas com carga horária de 40h semanais como estratégia de qualificação do cuidado. Este trabalho apresenta a experiência do município na estruturação da RASB, por meio de análise temporal de sete anos (2017-2024), com foco nos impactos da reorganização da APS através da análise de indicadores extraídos do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foram avaliadas a produção odontológica, a cobertura de grupos prioritários e a relação entre o incremento de recursos humanos (RH) e os desfechos assistenciais. A análise estatística incluiu estatística descritiva e correlação de Spearman. Identificou-se forte correlação entre a ampliação da carga horária e os atendimentos a gestantes (r=0,78) e domiciliares (r=0,71). Houve aumento significativo no número de atendimentos odontológicos (de 53.923 em 2022 para 101.032 em 2024; p<0,01), procedimentos realizados (de 141.447 para 334.142) e consultas programadas (de 21.652 para 37.232), além da recuperação da razão entre tratamento inicial e concluído (TI/TC), que evoluiu de 0,63 para 0,73.

Conclui-se que a reorganização da APS, baseada na gestão territorial e ampliação da carga horária, qualificou o cuidado, ampliou o acesso e fortaleceu a RASB, favorecendo a equidade por meio de ações em escolas, domicílios e atenção a grupos vulneráveis.

PSUS34 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Gestão pública da saúde bucal: estudo qualitativo sobre a percepção de gestores locais
Ana Lúcia Schaefer Ferreira de Mello, Priscila Nunes, Claudia Flemming Colussi, Rafael Gomes Ditterich, Heloisa Godoi
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se compreender o processo de gestão pública da saúde bucal a partir da percepção de gestores municipais da Região Serra Catarinense. Estudo qualitativo, com 28 gestores (secretários de saúde, coordenadores de atenção primária e de saúde bucal), selecionados intencionalmente. Entrevistas semiestruturadas, realizadas remotamente, foram transcritas e analisadas por meio da técnica de Análise de Conteúdo Direta, categorizadas em três dimensões: Planejamento, Monitoramento e Avaliação, e Ações Específicas em Saúde Bucal. Os gestores relataram que o planejamento ocorre de forma colaborativa, alinhado às diretrizes do Ministério da Saúde, porém enfrentam desafios como falta de tempo para estratégias de longo prazo e conflitos administrativos. O monitoramento baseia-se em indicadores de cobertura e de procedimentos, com uso de sistemas informatizados, mas há lacunas na avaliação da capacidade instalada. Ações educativas em escolas e integração intersetorial foram destacadas como pontos positivos, enquanto a baixa cobertura de serviços odontológicos e a priorização de ações curativas sobre as preventivas foram apontadas como limitações. Temas relevantes como vigilância do flúor na água e participação em conselhos de saúde não emergiram nos dados.

A gestão municipal da saúde bucal demonstra avanços na integração de ações e no uso de dados, mas persistem desafios como planejamento estratégico insuficiente, fragilidades no monitoramento de recursos e necessidade de maior ênfase em ações preventivas das doenças bucais. A percepção dos gestores revela a importância de fortalecer a governança local e a articulação intersetorial para a consolidação da Política Nacional de Saúde Bucal.

PSUS35 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Procedimentos de ortodontia e ortopedia de alta complexidade no SUS
Juliana Carolina Sousa Hassegawa, Suzely Adas Saliba Moimaz, Tânia Adas Saliba, Marcos Rogério de Mendonça
Odontologia Infantil e Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Um dos marcos importantes para a saúde pública odontológica no Brasil foi a implementação da portaria nº 718/SAS, que incluiu o tratamento ortodôntico no SUS. O objetivo neste estudo foi analisar dados da plataforma DataSUS acerca dos procedimentos ortodônticos e ortopédicos realizados pelo SUS. Foram incluídos dados da série temporal de 2008 a 2024, segundo as regiões do país e analisado o nível de complexidade. No estado de São Paulo, foram adicionadas as informações segundo as Divisões Regionais de Saúde (DRS). A região norte realizou a menor quantidade de procedimentos ortodônticos e ortopédicos em todos os anos, enquanto o sudeste foi a região em que mais se realizaram tais procedimentos. Ambos registraram maior número no ano de 2024, com 14.659 e 186.614 procedimentos, respectivamente. No estado de São Paulo, a DRS XII de Registro foi a que menos realizou os procedimentos (n= 103), ao passo que a DRS I da Grande São Paulo foi a que mais executou (n= 51.462) em 2024. Quanto à complexidade, apenas a moldagem dento-gengival foi realizada na atenção básica. Na alta complexidade, predominou o procedimento "manutenção/conserto de aparelho ortodôntico/ortopédico". "Aparelho ortodôntico/ortopédico fixo" e "aparelho ortodôntico/ortopédico removível" foram registrados como "Não se aplica". O número de tratamentos ortodônticos e ortopédicos realizados pelo SUS oscilou durante a série temporal e apresentou curva ascendente após 2020 no território brasileiro.

Conclui-se que não há equilíbrio entre as regiões, com o sudeste liderando significativamente. Nas DRS do estado de São Paulo os procedimentos ortodônticos concentram-se nos grandes centros urbanos e a maioria dos procedimentos foi realizada na alta complexidade.

PSUS36 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

TENDÊNCIAS DOS NÚMEROS DE ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO À GESTANTE NO MARANHÃO: UMA ANÁLISE DA ÚLTIMA DA DÉCADA
Mariana Carreiro da Conceição, Judith Rafaelle Oliveira Pinho, Francenilde Silva de Sousa, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz
Programa de Pós Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os atendimentos odontológicos as gestantes na atenção primária passaram por mudanças guiadas por programas e políticas de saúde na última década. Este trabalho avalia o comportamento dos atendimentos odontológicos à gestante no estado do Maranhão de 2014 a 2024. Um estudo de série temporal foi conduzido, com dados secundários do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), utilizando-se informações referentes ao "Número de primeiras consultas odontológicas programáticas em gestantes" e o "Número total de atendimentos odontológicos às gestantes". A investigação foi conduzida em sete unidades de agregação: Maranhão, São Luís, Ilha de São Luís, Continente e Macrorregiões de Saúde (Norte, Leste e Sul). Foi utilizado o modelo de regressão de JoinPoint para as análises das tendências e cálculo das variações percentuais anuais (Anual Percencual Change - APC), considerando-se alpha de 5%. Os maiores APC nas primeiras consultas odontológicas programáticas em gestantes foram registrados na macrorregião Norte no período de 2014-2022 (APC = +61,09; p < 0,001) e macrorregião Sul no período de 2014-2024 (APC = +60,36; p < 0,001). Já no total de atendimentos odontológicos às gestantes foi registrada tendência de maior APC na macrorregião Norte no período de 2014-2022 (APC = +70,97; p < 0,001) e no continente durante 2014-2022 (APC = +66,19; p < 0,001). Em 2024, a macrorregião sul foi a que alcançou o maior APC para ambos atendimentos pesquisados (APC = +60,36% e +59,74%, respectivamente).

A situação socioeconômica das macrorregiões, o número de pessoas dependentes de programas sociais de complementação da renda e os programas de financiamento da saúde pública brasileira podem ter interferido nas tendências encontradas.

PSUS37 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

O cenário da cárie dentária não tratada no Brasil: situação epidemiológica e impactos para o sistema de saúde brasileiro
Yuri Wanderley Cavalcanti, Lucas Xavier Bezerra de Menezes, Armando Cabral de Lira Neto, Laura Maria de Almeida Martins, Rafael Aiello Bomfim, Doralice Severo da Cruz, Leopoldina de Fátima Dantas de Almeida, Edson Hilan Gomes de Lucena
Depto de Clínica e Odontologia Social UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a prevalência de cárie no Brasil, a capacidade de resposta do SUS e os custos envolvidos no tratamento. Dados do último inquérito nacional de saúde bucal da população brasileira (SB Brasil 2023) foram utilizados para estimar a prevalência de cárie não tratada. As estimativas ponderadas foram obtidas considerando a amostragem complexa. Dados da oferta de procedimentos odontológicos na atenção primária e do financiamento de equipes saúde bucal (ESB) foram extraídos de sistemas de informação do Ministério da Saúde. Os custos envolvidos na restauração de dentes permanentes foram calculados por meio de técnica de microcusteio (bottom-up). Realizou-se análise de sensibilidade (20%) e simulação de eficiência alocativa. Estima-se que 44,7% da população possui ao menos um dente com cárie não tratada no Brasil. O número de dentes permanentes com cárie não tratada foi estimado em 97,5 milhões. Entre 2023 e 2024, foram realizados 11,78 milhões de procedimentos relacionados à abordagem clínica da cárie. Desse total, 4,32 milhões de procedimentos (36,7%) foram restaurações de dentes permanentes. Assim, para atender a demanda estimada, seriam necessários 8,3 anos para oferta de algum tratamento, ou 22,5 anos para restaurar todos os dentes. Em termos financeiros, as restaurações ofertadas no SUS custam R$ 27,5 milhões (variação: R$ 11,4 a 47,8 milhões) o que representa 1% do orçamento anual das ESB. Para atender a demanda total, seria necessário um investimento de R$ 606 milhões (21,7% do orçamento).

A cárie dentária é um problema de saúde pública, cuja demanda aferida é incompatível com a capacidade de resposta atual do SUS. Mais investimentos são necessários. Outras estratégias devem ser adotadas para abordagem desse problema.

(Apoio: CNPq  N° 406840/2022-9  |  CAPES  N° Proap  |  CNPq  N° 304519/2021-9)
PSUS38 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Associação entre domínios do Índice de Maturidade Digital na implementação do SUS Digital em São Paulo
João Alves Gonçalves Neto, Alexandre Lippelt Ribeiro Dos Santos, Marcelo de Castro Meneghim
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O SUS Digital propõe o fortalecimento da transformação digital no SUS, monitorado pelo Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital (INMSD). A hipótese é que maior maturidade digital nos diferentes domínios potencializa o desenvolvimento e a efetividade da Telessaúde e dos Serviços Digitais, ampliando o acesso e a resolutividade das ações em saúde. Este estudo investigou a associação entre os domínios do INMSD no estado de São Paulo, com foco na relação entre os domínios estruturantes (I, II, III, V, VI e VII) e o domínio "Telessaúde e Serviços Digitais" (IV), considerado desfecho. Foram utilizados dados secundários de 2024 das 18 regiões administrativas do estado. Realizou-se análise descritiva, correlação de Pearson e modelos de regressão linear simples e múltipla. A multicolinearidade foi analisada pelos índices de tolerância e Variance Inflation. Também foram elaborados QQ-plots e aplicado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos resíduos. Nível de significância de 5%. Observou-se que os domínios com menores médias e maior variabilidade foram "Formação e desenvolvimento profissional" e "Telessaúde e serviços digitais", enquanto "Sistemas e plataformas de interoperabilidade" teve maior média e menor variabilidade. Após exclusão de regiões discrepantes, apenas a associação entre Infoestrutura e Telessaúde permaneceu significativa (p<0,05), reforçando a importância de avanços estruturais para a saúde digital no SUS.

Avanços estruturais em infoestrutura são essenciais para a implementação qualificada da saúde digital no SUS e, consequentemente o desenvolvimento efetivo da telessaúde.

PSUS39 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

A caracterização do município como etapa fundamental no planejamento estratégico em saúde
Sabrina Santana Cassemiro, Tânia Adas Saliba, Ana Claudia Okamoto, Suzely Adas Saliba Moimaz
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi investigar informações úteis para o Planejamento Estratégico em Saúde (PES) e apresentar um relato de caso de um município do estado de São Paulo. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, baseado em dados secundários coletados em bases públicas: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e página eletrônica da prefeitura. Foram investigadas informações básicas necessárias à fase inicial do PES e posteriormente procedeu-se à coleta de dados, que incluiu características demográficas, indicadores de saúde, estrutura da rede assistencial, planejamento orçamentário, estabelecimentos e composição dos trabalhadores. O município possui uma população estimada de 207.775 habitantes, com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de 0,788 e taxa de mortalidade infantil de 13,91 por mil nascidos vivos. Há 722 estabelecimentos de saúde, 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 4 hospitais, 547 consultórios e 35 unidades de apoio diagnóstico, onde atuam 92 equipes de saúde, sendo 46 de Saúde da Família e 25 de Saúde Bucal, com 4.006 profissionais vinculados ao Sistema Único de Saúde. Entre os cargos: 512 médicos, 414 enfermeiros, 684 técnicos de enfermagem, 273 agentes comunitários de saúde e 184 cirurgiões-dentistas. Há divergência entre o número de UBS informado na página eletrônica da prefeitura e dados do CNES. Em 2025, o município prevê investir 25,14% dos recursos próprios em saúde, com 50% das emendas impositivas destinadas ao setor.

Conclui-se que o município apresenta infraestrutura de serviços de saúde de atenção primária à terciária, com investimentos previstos e dados úteis para o PES.

(Apoio: CAPES)
PSUS40 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

ANÁLISE ESPAÇO TEMPORAL DO ACESSO AOS CENTROS DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS E SUA CORRELAÇÃO COM A COBERTURA DE EQUIPES DE SAÚDE BUCAL
Mariana Ramalho de Farias, Jefferson Willyan de Sousa Pará, Ana Karine Macedo Teixeira, Abenor Nogueira Neto, Luana Maria Dias da Silveira, Maria Fabielle Araújo Rodrigues, Paola Gondim Calvasina, Jacques Antonio Cavalcante Maciel
Departamento de Clínica Odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o impacto da cobertura de saúde bucal na atenção primária sobre a forma de acesso à atenção especializada em Odontologia nos estados brasileiros, utilizando dados do PMAQ CEO de 2014 e 2018. Foi realizado um estudo ecológico misto, com análise espacial, utilizando dados secundários sobre quantidade de equipes de saúde bucal (ESB), população, cobertura populacional, quantidade de CEO e proporção de CEO por ESB. A análise espacial foi conduzida com os softwares QGIS e GeoDa, enquanto a análise estatística descritiva e inferencial foi realizada no Jamovi. Os resultados indicaram que, em 2014, 59,3% dos estados utilizavam o modelo referenciado de acesso, enquanto em 2018, 55,6% adotavam essa modalidade. A demanda espontânea esteve presente em 14,8% dos estados nos dois anos avaliados. Observou-se uma tendência, em 2014, de associação entre maior proporção de ESB por CEO e menor chance de demanda espontânea. Em 2018, o modelo apresentou bom ajuste (R²_CS = 0,522), porém nenhuma variável independente foi significativamente associada à presença de demanda espontânea (p > 0,05). Conclui-se que, apesar dos avanços na organização da atenção especializada, a demanda espontânea persiste em alguns estados, sugerindo a necessidade de investigações futuras que considerem variáveis estruturais, organizacionais e socioeconômicas.

Conclui-se que, apesar dos avanços na organização da atenção especializada, a demanda espontânea persiste em alguns estados, sugerindo a necessidade de investigações futuras que considerem variáveis estruturais, organizacionais e socioeconômicas.

PSUS41 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Manejo clínico da Pessoa com Deficiência submetida à anestesia geral
Lidia Aguiar Pascoalino, Júlia França da Silva, Raquel D´´aquino Garcia Caminha, Paulo Sérgio da Silva Santos
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A decisão de realizar tratamento odontológico sob anestesia geral em pessoa com deficiência (PcD) é complexa, exigindo avaliação criteriosa de fatores médicos, odontológicos e comportamentais. Em resposta à demanda da Diretoria Regional de Saúde - VI (DRS-VI), foi implantado em 2023 um serviço de atendimento odontológico para PcD sob anestesia geral no Hospital das Clínicas de Bauru (HCB). Para seleção do perfil dos pacientes atendidos, foram analisados prontuários eletrônicos deste grupo entre outubro/2023 e dezembro/2024. Durante este período, foram atendidos 22 pacientes, em sua maioria homens, com média de 33 anos. Destes, 14 (63,64%) foram encaminhados a partir da Atenção Primária e 12 (54,55%) após uma ou nenhuma tentativa de atendimento ambulatorial. O diagnóstico mais frequente foi o transtorno do espectro autista (TEA), 11 (50%), frequentemente associado a comorbidades. Devido à dificuldade de manejo, apenas 6 (27,3%) permitiram a realização do exame físico. Dentre as intervenções realizadas, o tratamento periodontal foi particularmente frequente, em 19 (86,36%) pacientes, juntamente com 46 restaurações dentárias e 113 extrações dentárias. Os resultados sugerem significativa demanda por atendimento odontológico sob anestesia geral em pessoas com deficiência, especialmente diagnosticadas com TEA.

A elevada taxa de encaminhamentos da Atenção Primária e a prevalência de procedimentos invasivos revelam a necessidade de aprimorar estratégias de prevenção e manejo em estágios iniciais dessas condições bucais. É necessário estruturar e expandir os serviços especializados de atenção secundária e terciária, como os iniciados no HCB, para garantir acesso equitativo e atendimento odontológico sustentado a PcDs.

PSUS42 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Vivência do cuidador sobre o acesso a um serviço odontológico do Paciente com Necessidades Especiais
Regiane Cristina do Amaral, Sueli Aguiar Pereira Araujo, Alina Lúcia Oliveira Barros, Marcia Helena Machado Nascimento
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo teve como objetivo analisar a vivência dos cuidadores de pacientes com necessidades especiais (PNE) sobre acessibilidade ao atendimento odontológico realizado na Unidade de Diagnóstico Oral e Odontologia para Pacientes Especiais (UDOPE) em Aracaju/SE. Trata-se de um estudo de análise qualitativa realizado entre maio a junho de 2024. As entrevistas foram gravadas, transcritas, organizadas e analisadas por meio da análise de conteúdo com auxílio do Interface R e do Software IRAMUTEQ. Entrevistou-se 41 cuidadores dos PNE. Na análise de Reinert identificou-se 7 classes temáticas, entre elas: estrutura de acesso, dificuldades encontradas, transporte sanitário e especificidades das necessidades especiais. O teste Qui-quadrado (χ2) apontou maior grau de significância estatística para as palavras na classe 3 com a palavra "apoio", seguida pela classe 1 com a palavra "marcar", mostrando associacição entre as palavras. Realizou-se Análise de Similitude, com a finalidade de analisar a relação e a conexão entre as palavras. O resultado apresentou cinco agrupamentos de palavras, centralizada a partir da palavra "não", relacionadas ao transporte. Ao se realizar a núvem de palavras dos relatos dos usuários a palavra predominante foi transporte.

Apesar dos cuidadores alegarem que é oferecido transporte todos os dias para os mesmos virem ao atendimento, estes alegam problemas como tipo de transporte oferecido, lotação dos mesmos e demora para retornarem ao municipio de origem, além de questões específicas de cada necessidade.

(Apoio: FAPs - FAPITEC)



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