03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PSUS12 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação da satisfação dos usuários da Atenção Primária à Saúde com atendimento odontológico em um município ao sul do Brasil
Sarah Arangurem Karam, Luísa Jardim Corrêa de Oliveira, Iná da Silva dos Santos
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a associação entre resolução do problema que motivou a consulta e receber orientação sobre higiene bucal com satisfação com o atendimento odontológico, entre usuários da rede de Atenção Primária à Saúde em Pelotas. Estudo transversal tendo como unidade amostral as Unidades Básicas de Saúde do município. Os usuários foram entrevistados na sala de espera e após a realização da consulta. O desfecho (satisfação com atendimento odontológico) foi classificado em "Satisfeito", "Mais ou menos satisfeito" e "Insatisfeito". As exposições foram: resolução do problema que motivou a consulta odontológica (sim/não) e receber orientação sobre escovação (sim/não) e uso do fio dental (sim/não). Foi realizada regressão logística ordinal, mensurando Razão de Odds (RO) e Intervalo de Confiança de 95% (IC95%). Foram entrevistados 303 indivíduos, dos quais 86,1% estavam satisfeitos, 8,9% mais ou menos satisfeitos e 5%, insatisfeitos. Orientações sobre escovação e uso de fio dental foram referidas, respectivamente, por 41,9% e 43,2% dos entrevistados. Os usuários cujo motivo da consulta foi resolvido tiveram 19 vezes mais chance (RO 19,36 [IC95% 9,10; 41,20]) de estarem satisfeitos com o atendimento odontológico, em comparação com quem não teve seu problema resolvido. Os usuários que receberam orientações sobre escovação e uso do fio dental tiveram cerca de 2 vezes mais chance (RO 2,35 [IC95% 1,14; 4,88]; RO 2,17 [IC95% 1,06; 4,41], respectivamente) de relatar satisfação com o atendimento do que aqueles que não receberam essas orientações.

Neste estudo, a resolução do motivo da consulta destacou-se como fator mais fortemente associado a satisfação do que as ações educativas, reforçando a importância de um atendimento resolutivo.

(Apoio: FAPs - Fapergs   N° 24/2551-0001930-8)
PSUS13 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Evolução da oferta de próteses dentárias no município do Rio de Janeiro à luz da Política Nacional de Saúde Bucal
Renata Rocha Jorge, Márcia Maria Pereira Rendeiro, Katlin Darlen Maia, Keith Bullia da Fonseca Simas, Maria Isabel de Castro de Souza, Andréa Lanzillotti Cardoso, Celso da Silva Queiroz, Antonio José Ribeiro de Castro
PRECOM UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou a produção de próteses dentárias pelo Sistema Único de Saúde no Município do Rio de Janeiro, de 2020 a 2024. Caracterizou-se como estudo descritivo e longitudinal, utilizando dados secundários consolidados de domínio público, das 10 Áreas de Planejamento. Com base na Resolução nº 510/ 2016, do Conselho Nacional de Saúde, foi dispensada a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para a coleta dos dados, acessou-se o Departamento de Informática do SUS, sendo identificados os procedimentos: 0701070129 - prótese total mandibular (A), 0701070137 - prótese total maxilar (B); 0701070099 - prótese parcial mandibular removível (C) e 0701070102 - prótese parcial maxilar removível (D). Os períodos analisados e, dependentes da alimentação dos dados, foram: 2020 (ano completo), 2021 (ano completo), Janeiro-Junho/2022, Janeiro-Junho/2023 e Janeiro-Junho/2024. Os dados foram organizados em planilha Excel® e a análise utilizando o Python. Quanto à produção total de próteses por período verificou-se: 2020 (n=128); 2021 (n=187); 2022 (n=290); 2023 (n=1.047) e 2024 (n=2.564). Quanto ao tipo de prótese, verificou-se para A (n=1.232) e B (n=1.727), apresentando produção superior às próteses C e D. O maior crescimento percentual (tipo de prótese) ocorreu entre 2022 e 2023, com taxas variando de 200 a 300%. A produção em 2020 e 2021 foi consideravelmente menor em comparação com os anos subsequentes.

Conclui-se que houve um aumento expressivo na produção e oferta de próteses no período analisado, podendo este ser reflexo da reorganização dos serviços já existentes, ampliação dos serviços da atenção básica, contratação de novos laboratórios e atuação efetiva na organização do fluxo. Porém, longe de contemplar as demandas reprimidas.

PSUS14 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

VIGILÂNCIA DA DOR DE DENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NOS MUNICÍPIOS BAIANOS E FATORES CONTEXTUAIS ASSOCIADOS DE 2014 A 2024
Letícia Araújo Moncôrvo Lima, Bruna Mayara da Veiga, Alcir José de Oliveira Júnior, Haroldo José Mendes, Temistocles Damasceno Silva, Manoelito Ferreira Silva-Junior
DS I UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisar os fatores contextuais associados à notificação de dor de dente na Atenção Primária à Saúde (APS) entre municípios baianos de 2014 a 2024. O estudo ecológico utilizou dados secundários de vigilância da dor de dente do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica. Além disso, foram extraídos outros dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (População), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e Índice de Vulnerabilidade Social), Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (Índice de gini) e E-gestor (Cobertura de Saúde Bucal na Atenção Básica). Após o cálculo da taxa anual municipal foi realizada a comparação das médias anuais pelo teste de Mann Whitney (p<0,05). A taxa média para os 417 municípios baianos foi de 23,4 casos notificados de dor de dente na APS por 1.000 habitantes/ano, sendo a menor taxa em 2014 (4,2 por 1.000 hab./ano) e a maior em 2023 (33,9 por 1.000 hab./ano). As taxas anuais apresentaram tendência ascendente. As maiores taxas de notificação de dor de dente na APS foram encontradas nos municípios com menor porte populacional (2016 a 2024), maior cobertura de saúde bucal na atenção básica (2016 a 2024), maior desenvolvimento humano (2016 a 2018) e maior desigualdade de renda (2014) (p<0,05). Não houve diferença com vulnerabilidade social (p>0,05).

As taxas de casos notificados de dor de dente na APS tem aumentado ao longo dos anos nos municípios baianos. Embora nos anos iniciais as maiores taxas foram encontradas em municípios com maior desenvolvimento humano e maior desigualdade de renda, nos últimos anos, tem ocorrido nos municípios de menor porte populacional e maior cobertura de saúde bucal.

PSUS15 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

DOENÇA FALCIFORME, ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NA APS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: O QUE DIZEM OS DADOS DO RIO DE JANEIRO ENTRE 2013 E 2023?
Márcia Pereira Alves dos Santos, Ana Paula da Cunha, Flávia do Bem Castilho de Almeida
Odontologia Legal e Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Doença Falciforme (DF) é uma hemoglobinopatia genética hereditária que afeta majoritariamente a população negra como um problema de saúde pública e repercussões na saúde bucal (SB). O racismo se expressa de diferentes formas, dentre elas, a fragilidade das políticas públicas para a população negra. Os sistemas de informação em saúde (SIS) subsidiam o planejamento e tomada de decisão, já que permitem sistematizar dados e obter informações individuais e coletivas para qualificar a política pública específica, e em certa medida, podem dimensionar o acesso. O estudo objetivou analisar, por meio dos SIS, o acesso dos usuários com DF a consultas odontológicas na atenção primária à saúde (APS) no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2013 e 2023. Tratou-se de um estudo ecológico com dados secundários dos SIS da Atenção Básica (SISAB), Ambulatorial (SIA) - abertos; e da SESRJ de acesso restrito (SIS Web-hemoglobinopatias, Horus e SESRJ/estadual - HEMORIO) para os CID 10 D 57, 57.0, 57.1, 52.7 e 57.8, entre 2013 e 2023, nos 92 municípios. Realizou-se um cruzamento dos dados do perfil social, condição médica, uso da hidroxiúreia, equipes de SB, cobertura das equipes de SB, consulta ambulatorial e acesso à consulta odontológica nos respectivos CID e SIS supracitados. Foram minerados 4.671 registros de casos de pessoas com DF no estado do Rio de Janeiro, o que representou 3 pessoas com DF a cada 10.000 habitantes. A razão atendimentos odontológicos na APS/pessoas com DF/ano não atingiu 01(um). Não houve qualquer registro de atendimento odontológico em 42% dos municípios que tinham pessoas com DF registrados nos SIS.

O atendimento odontológico para pessoa com DF é muito limitado ou inexiste. Mostra a expressão do racismo pela negligência e barreira de acesso.

PSUS16 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Cumprimento de metas dos Centros de Especialidades Odontológicas Regionais do Ceará: análise de tendência de dez anos
Isadora Maria Paiva Simplício, Gemakson Mikael Mendes, Icaro Santiago de Aquino, Maria Beatriz Nunes Rodrigues, Antonia Karina Silva Azevedo, Mariana Ramalho de Farias, Paola Gondim Calvasina, Ana Karine Macedo Teixeira
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou realizar uma avaliação de desempenho dos CEO Regionais no estado do Ceará. Trata-se de um trabalho descritivo, observacional e quantitativo. Este estudo analisou as tendências do Índice de Cumprimento Global de Metas (ICGM) entre 2014 e 2023 nas especialidades de endodontia, cirurgia, periodontia e prótese nos 22 CEO Regionais do Ceará de acordo com as metas do Ministério da Saúde (MS). Avaliou-se também o desempenho dos serviços e a taxa de faltas de pacientes nos anos de 2019 (pré-pandemia) e 2023 (pós-pandemia), com dados do SIA/SUS e SIGES. Observou-se tendência estacionária do ICGM na maioria das especialidades, exceto a periodontia, que apresentou queda entre 2019-2021 e crescimento posterior, em 2022-2023. Endodontia e cirurgia mostraram os menores índices de cumprimento de metas, enquanto periodontia e prótese superaram a média. Ao analisar o ano de 2023, o desempenho foi inferior ao período pré-pandêmico (2019), sem ter relação com a taxa de faltas dos pacientes, pois esta permaneceu estável nestes dois anos.

Conclui-se que o desempenho das especialidades de endodontia e cirurgia foram abaixo do recomendado pelo MS, necessitando avaliar estratégias para melhoria desses serviços, desde a qualificação da gestão dos processos de trabalho e da clínica odontológica.

(Apoio: CNPq - PPSUS  |  CNPq  N° Cnpq/mcti n° 10/2023  |  PPSUS  |  PPSUS)
PSUS17 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Características da automedicação para dores odontogênicas em usuários de uma Unidade Básica de Saúde no Norte do Brasil
Jamila Johana Martins Gatinho, Djanny Nunes Maia, Caroline Milani Caldeira, Fábio Luiz Mialhe, Danielle Tupinambá Emmi
Departamento de Saúde Coletiva FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo pesquisou a prevalência e características da automedicação para dores odontogênicas realizada por pacientes do serviço odontológico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Ananindeua, PA, na região Norte do Brasil. A pesquisa, aprovada sob parecer número 7.105.739 pelo CEP da Universidade do Estado do Pará, contou com uma amostra de conveniência de 47 pacientes no período de outubro a novembro de 2024. Foram incluídos pacientes entre 18 e 65 anos, vinculados à área adscrita da UBS e que estivessem sob tratamento odontológico no momento da coleta. Dentre o total de usuários entrevistados, 89,3% (n=42) relataram acreditar que a prática da automedicação possui riscos. Contudo, 74,5% (n=35) do total de pacientes declararam realizar automedicação para casos de dor de dente. Dentre estes, 60% (n=21) afirmaram fazê-lo sempre que sentem dores odontogênicas, 20% (n=7) declararam realizar apenas quando não conseguem uma consulta com profissional cirurgião-dentista e 20% (n=7) em outros momentos. Em relação ao total de respostas acerca das classes farmacológicas utilizadas (n=36), a maioria (38,8% / n=14) correspondeu aos anti-inflamatórios. Estes foram seguidos pelos analgésicos, que compuseram 33,3% (n=12) da amostra, enquanto 8,3% (n=3) dos fármacos relatados foram antibióticos e 19,4% (n=7) pertenceram a categoria "outros", em que os pacientes não souberam ou não desejaram informar o tipo de medicamento utilizado.

Embora a maioria dos usuários participantes tenha declarado acreditar nos riscos, o uso indiscriminado de medicamentos para odontalgias ainda é frequente na população analisada, praticado por cerca de três quartos desta, o que evidencia a necessidade de estratégias de educação em saúde para a temática.

PSUS18 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito moderador do PSE, ações de saúde bucal e de prevenção ao bullying na associação entre sofrer bullying e dor dentária em escolares
Orlando Luiz do Amaral Júnior, Caroline Segatto Girardon, Maria Laura Braccini Fagundes, Fernando Neves Hugo, Jessye Melgarejo do Amaral Giordani
Estomatologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo tem como objetivo avaliar o efeito moderador da participação das escolas no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações de promoção e avaliação da saúde bucal e de prevenção ao bullying, sobre a associação entre a percepção de sofrer bullying e a ocorrência de dor dentária entre escolares. Trata-se de um estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019. A amostra incluiu escolares de 13 a 17 anos do Ensino Fundamental e Médio, de escolas públicas e privadas, abrangendo níveis nacional, regional, estadual e municipal. As análises de moderação foram realizadas por regressão de Poisson, ajustadas para fatores socioeconômicos, demográficos e comportamentais. A heterogeneidade entre escolas foi considerada insuficiente para justificar a modelagem multinível, optando-se por modelos tradicionais. Foram avaliados 53.711 escolares de escolas públicas, que relataram a experiência de dor dentária nos seis meses anteriores, dos quais 23,1% referiram o problema. Após ajuste, quem relatou sofrer bullying uma única vez apresentou uma prevalência 9% maior de dor dentária (RP: 1,09; IC95%: 1,03-1,15), enquanto quem relatou ter sofrido duas ou mais vez apresentou uma prevalência 13% maior de dor dentária (RP: 1,13; IC95%: 1,06-1,19), ambos em comparação aos que não relataram tal experiência. A participação da escola no PSE e as iniciativas escolares de prevenção de saúde bucal e bullying, não apresentaram efeito moderador na associação estudada.

A participação no PSE e as ações de saúde bucal e prevenção ao bullying não moderaram a associação, indicando a necessidade de revisar e fortalecer estratégias intersetoriais de promoção e proteção da saúde dos escolares no âmbito do Sistema único de Saúde (SUS).

(Apoio: )
PSUS19 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Estudo das práticas de automedicação para dor odontogênica entre usuários de um serviço público de saúde bucal do Paraná
Pablo Guilherme Caldarelli, Rafael de Azevedo Dalefi, Karine Fatima Lyko, Maria Augusta Ramires Piemonte, Marilisa Carneiro Leão Gabardo
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A automedicação para dor odontogênica pode influenciar o acesso aos serviços de saúde, o projeto terapêutico e a longitudinalidade do cuidado. O objetivo do estudo foi avaliar as práticas de automedicação para dor odontogênica e sua relação com o acesso a um serviço público de saúde bucal. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal, realizada em uma Unidade Básica de Saúde de Londrina-PR. Para a coleta dos dados, utilizou-se um formulário com três seções: perfil do usuário, motivação para o uso do serviço odontológico e práticas de automedicação para dor odontogênica. O formulário foi aplicado presencialmente, após o atendimento odontológico, em 70 pacientes, 54(78%) mulheres e 16(22%) homens. Em relação à motivação para a busca pelo serviço, 32(46%) relataram comparecer devido à dor odontogênica. Além disso, 59(86%) apontaram ter pelo menos um episódio de dor odontogênica em algum momento de sua vida e a automedicação foi a conduta primária para 47(80%) deles. A dipirona sódica, o ibuprofeno e a amoxicilina foram indicados como os fármacos mais utilizados na automedicação para dor odontogênica. Foram apontadas 33 substâncias alternativas, como chás, plantas e substâncias químicas. A respeito de quem fez a orientação, tanto para medicação convencional (47%) quanto para substâncias alternativas (60%), os participantes responderam que foram familiares ou amigos.

Concluiu-se que, embora a dor odontogênica seja o principal motivador para busca pelo serviço odontológico, a maior parte dos usuários realiza a automedicação como primeira conduta. Há necessidade de estratégias de educação em saúde que abordem os riscos da automedicação e a importância da orientação profissional para o manejo da dor odontogênica.

PSUS20 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Custo-efetividade de restaurações de amálgama versus resina composta em molares posteriores no SUS
Vinicius Queiroz Miranda Cedro, Bianca Lima de Araujo, Antonio Carlos Pereira, Karine Laura Cortellazzi, Augusto Cesar Sousa Raimundo, Vanessa Gallego Arias Pecorari
ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SAÚDE PÚBLICA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Nas últimas décadas, observou-se uma redução relevante no uso do amálgama como material restaurador odontológico, embora este ainda seja amplamente empregado no serviço público de saúde no Brasil, por seu baixo custo, menor tempo clínico e maior longevidade. Com o objetivo de avaliar a atual força dessa prática, foi realizada uma avaliação econômica em saúde para analisar a relação de custo-efetividade das restaurações em amálgama comparadas às de resina composta para dentes posteriores no Sistema Único de Saúde (SUS). Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, com buscas nas bases PubMed, MEDLINE e LILACS para identificar estudos que apresentassem desfechos sobre o custo, tempo clínico e longevidade dos materiais restauradores. Os dados extraídos dos estudos selecionados subsidiaram o cálculo da Razão de Custo-Efetividade Incremental (RCEI) e do Impacto Financeiro (IF) para um horizonte temporal de 7 anos e 10.000 restaurações. Foram incluídos quatro artigos, publicados entre 1999 e 2021, sendo duas revisões sistemáticas, um estudo de microcusteio e um ensaio clínico randomizado. Os resultados revelaram que, para cada 10.000 restaurações, a tecnologia baseada em resina composta resultou em um gasto adicional de R$ 385.900,00 e apresentou 881 falhas a mais em comparação ao amálgama. A RCEI foi negativa, indicando que o amálgama é dominante por apresentar menor custo e melhor longevidade.

Conclui-se que o amálgama permanece como a alternativa mais custo-efetiva para restaurações de dentes posteriores no SUS. Contudo, ressalta-se a importância de implementar protocolos rigorosos de descarte do mercúrio, em conformidade com as diretrizes da Convenção de Minamata, a fim de mitigar os potenciais riscos ambientais.

PSUS21 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Análise preditiva de exames radiológicos realizados no Super Centro Carioca (SMS/RJ) com uso de inteligência artificial
Maria Isabel de Castro de Souza, Marcia Soares Cardoso, Celso da Silva Queiroz, Renata Rocha Jorge, Márcia Maria Pereira Rendeiro, Luciana Freitas Bastos, Keith Bullia da Fonseca Simas
PRECOM UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente estudo foi analisar dados referentes a realização de exames radiológicos. Foram consideradas as variáveis: motivação para o exame, tempo de espera, unidades de saúde, risco do paciente e exames não realizados para auxílio na tomada de decisão de gestão em saúde pública (Comitê de Ética Parecer 6.810.160). Os dados coletados de 555 registros de exames radiográficos foram aplicados na inteligência artificial (IA) Manus® para correlações e análise preditiva. 56,9% dos exames não foram realizados. As maiores taxas e tempo médio de espera de 671 dias foram encontrados nas unidades de saúde da Área Programática 5. As maiores taxas de não realização foram as de "não classificado" (87,5%) e gengivite/doença periodontal (83,5%). Houve associação estatisticamente significativa entre o nível de risco e a realização de exames (teste qui-quadrado; p-valor <0,0001). A análise de variância (ANOVA) resultou em um p-valor<0,0001, indicando diferença estatisticamente significativa no tempo de realização. Entre os níveis de risco e a correlação entre nível de risco e tempo, pacientes com maior risco tendem a ter tempos de espera mais curtos (correlação negativa moderada - 0,2825). Foram identificadas variações na taxa de realização por dia da semana e mês (quinta-feira = 48,2% e março = 63%).

A IA mostrou-se eficiente nas análises para o serviço de saúde, sugerindo: previsão de realização de exames com foco no risco, diagnóstico e unidade solicitante, previsão de estimativa de tempo de espera para realização do exame, identificação precoce de paciente de alto risco com maior probabilidade de não realização de exame, otimização de recursos e priorização de unidades de saúde para implementação de estratégias específicas.

(Apoio: Faperj)



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