03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PSUS01 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

ACS bucal: software para treinamento de Agentes Comunitários de Saúde
Maria Cardoso de Castro Berry, Francisca de Guadalupe Andrade Rodrigues, Romulo Cristovao de Souza, Moacyr Torres Junior, Andréa Lanzillotti Cardoso, Katlin Darlen Maia, Rafaela Amarante de Andrade Vieira, Maria Isabel de Castro de Souza
PRECOM UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo desenvolver um software para dispositivo móvel para qualificar os agentes comunitários de saúde (ACS) sobre a temática saúde bucal. O estudo foi aprovado pelo CEP (Parecer 5.299.656) e desenvolvido em 4 fases: Fase 1 - Seleção de temáticas baseadas em Diretrizes para Capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde em Linhas de Cuidado e sua análise através de um formulário disponibilizado em sítio eletrônico; Fase 2 - Elaboração do questionário-base para o software; Fase 3 - Análise do questionário-base por comitê de juízes em relação ao público alvo; Fase 4 - Desenvolvimento e registro do software (INPI). 41 indivíduos acessaram a pesquisa de opinião (Fase 1) de forma espontânea (23 cirurgiões-dentistas, 03 técnicos em saúde bucal, 05 gestores, 04 auxiliares de saúde bucal e 06 ACS). Baseado nas respostas, foi desenvolvido o questionário-base do software (Fase 2). A análise dos oito juízes sobre o questionário-base foi compilada através da ferramenta Power BI tendo como resultado geral para variável "perguntas": relevância - 100%, clareza para o público alvo - 87,5%, classificação adequada - 75%. Para as variáveis "fonte" e "feedback" os juízes consideraram 100% para relevância, clareza e adequação em relação ao público-alvo. O software foi desenvolvido utilizando o ionic framework, juntamente com a linguagem de programação TypeScript, HTML e CSS e registrado (BR512023000199-6).

O protótipo do aplicativo mostrou-se coerente como proposta pedagógica para qualificação dos agentes comunitários em saúde bucal, configurando como uma ferramenta de fácil manuseio, layout agradável, com metodologia inovadora e recursos pertinentes às atividades educativas.

PSUS02 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Protocolos de uso em Odontologia de Mínima Intervenção: alinhando as evidências científicas com a prática clínica na atenção básica
Mariana Gabriel, Robson Frederico Cunha, Jaqueline Silva Dos Santos, Dionatan de Oliveira, Wilson Galhego Garcia, Daniela Prócida Raggio, Mariana Minatel Braga, Fernanda Campos de Almeida Carrer
Ciências Básicas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Odontologia de Mínima Intervenção (OMI) está alinhada às melhores evidências e em consonância com a Portaria GM/MS Nº3.493, 10/04/24, que estabelece normas para cofinanciamento do Piso de Atenção Primária à Saúde (APS/ SUS). A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), preconiza o desenvolvimento de documentos normativos que estabelecem critérios, parâmetros e padrões para a utilização de uma tecnologia específica em determinada doença, denominados Protocolos de Uso (PU). Esse estudo visa descrever o desenvolvimento e aplicabilidade de PUs, voltados à prática clínica, com ênfase em atividades coletivas e OMI. A elaboração dos Pus foi baseada em sínteses das evidências científicas sobre o tema e validação com especialistas de Odontopediatria e Saúde Coletiva. Cada PU incluía breve introdução ao tema, definição do objetivo da técnica, a lista de materiais, o passo a passo do procedimento e as referências utilizadas. Os PU foram amplamente divulgados para gestores e eSB da atenção básica, sendo utilizados como material de referência das ações da força tarefa do enfrentamento da cárie no estado de São Paulo e do Projeto Sorriso Feliz na DRS II (Departamento Regional de Saúde de Araçatuba).

Os PU estão disponíveis em: https://drive.google.com/file/d/1475t-qhjL5-z-aAPc3p-GpJzJpzia7Ai/view?usp=sharing e foram bem aceito pelas eSB da atenção básica e são um excelente instrumento para alinhar as evidências à prática clínica.

PSUS03 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação de fontes de luz usadas em unidades básicas de saúde em Uberlândia, MG
Laryssa Silva da Cunha, Airin Avendano Rondon, Maryuri Del Carmen Macias Bautista, Ianca Daniele Oliveira de Jesus, Gisele Rodrigues da Silva, Carlos José Soares
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar a potência radiante (mW), a irradiância (mW/cm²) e os espectros de emissão (mW/cm²/nm) de 40 fontes de luz utilizadas em 16 unidades básicas da rede pública de saúde em Uberlândia, MG, Brasil. Foram coletados todos os aparelhos e classificados quanto a marca. A potência radiante (mW) e espectro de emissão (mW/nm) foram medidos por um espectrômetro acoplado a esfera integradora. Os perfis de irradiância foram obtidos por Beam Profile. As ponteiras das fontes de luz foram fotografadas para avaliar danos e contaminação. O diâmetro interno da ponta (mm) foi calculado e a irradiância (mW/cm²) foi calculada. Os dados foram analisados por ANOVA em fator único (α=0,05), e os espectros de emissão e perfis de feixe foram analisados descritivamente. As fontes de luz disponíveis nas UBSs eram todas de pico único: 8 LED6, 17 Prime Led 3, 4 Optilight Max, 1 LuxCler LED, 3 DB686, 6 Emitter Afit e 1 LD Max. Os valores de potência radiante diferiram significativamente entre as fontes de luz (P< 0,001). A potência radiante variou entre 94,2 e 588,2 mW, e a irradiância entre 255,8 e 1597,8 mW/cm². Os perfis bidimensionais do feixe evidenciam que a distribuição da luz não é homogênea na extremidade das pontas, e algumas apresentam pico com irradiância concentrada em pequenas áreas centrais da ponta ativa.

Fontes de luz usadas em UBSs apresentaram extremidades danificadas e/ou contaminadas por resíduos de material resultando em redução da irradiância emitida. Essa condição pode comprometer a eficiência da fotopolimerização e, consequentemente, a longevidade de restaurações.

(Apoio: FAPEMIG   N° APQ-04262-22   |  INCT- Odonto  N° N. 406840/2022-9  |  Rede Mineira de Saúde Oral e Odontologia  N° RED-00204-23 )
PSUS04 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Levantamento epidemiológico da condição labial de ambulantes das praias de Santos/SP: Campanha de Prevenção ao Câncer Labial
Alvaro Luiz Mendonça Pinheiro Barbosa, Tatiana de Almeida Bezzi, Reinaldo Oliveira Guedes jr, Vanessa Cristina de Branco Gonçalves, Sumaya Takan Bordalo, Wilson Roberto Sendyk, Luana Campos, Caio Vinicius Gonçalves Roman-Torres
UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste levantamento epidemiológico foi avaliar a prevalência de alterações labiais em ambulantes que exercem atividade laboral sob exposição solar nas praias de Santos-SP, por meio de uma campanha de prevenção. Uma equipe de 40 dentistas percorreu toda a extensão das praias de Santos abordando os ambulantes que receberam orientações preventivas e tinham acesso a um folder explicativo, caso concordassem em participar da pesquisa, assinavam o termo de consentimento livre e esclarecido, respondiam ao questionário e seus lábios e região perioral eram avaliados clinicamente, e conforme necessidade eram encaminhados ao serviço especializado. Foram avaliados 182 ambulantes, destes 47 (25,8%) do sexo feminino e 135 (74,2%) do sexo masculino. Foram observados 63 ambulantes com alteração labial (34,1% da amostra). Destes, 5 optaram por realizar a biópsia no momento, e foram direcionados à unidade móvel. Dos 58 participantes restantes, apenas 14 compareceram ao Centro de Especialidades Odontológicas. Totalizando 19 biópsias, com 9 amostras positivas para queilite actínica. A idade aparece como fator determinante nos indivíduos com atipias labiais, com odds ratio de 1,04, a cada 1 ano temos 1,04 vezes mais chances de ter alteração oral. O Tabagismo teve um odds ratio = 2,46, que nos mostra que fumantes têm 2,46 vezes mais chances de apresentarem alteração oral do que as pessoas que não fumam. Indivíduos que não utilizam protetor labial têm 8,14 vezes mais chances de desenvolver alterações labiais.

Concluímos que ambulantes não possuem informações sobre os riscos relacionados ao câncer de lábio e que políticas públicas voltadas para a atenção primária, com campanhas educativas devem ser adotadas.

PSUS05 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Exame preventivo na população com risco aumentado para o câncer de boca: estudo na atenção primária à saúde do município do Rio de Janeiro
Marcia Frias Pinto Marinho, Maria Clara Frias Lobo Marinho, Aline Corrêa Abrahão, Amanda Martins Dos Santos Bessa, Claudia Aparecida Serra da Cruz, Keith Bullia da Fonseca Simas, Maria Augusta Visconti, Michelle Agostini
Patologia e Diagnóstico Oral UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O câncer de boca é um problema de saúde pública no Brasil, com alta morbimortalidade devido ao diagnóstico em estágio avançado. O estudo comparou estratégias para ampliar o acesso ao exame preventivo da boca (EPB) de indivíduos com risco aumentado para a doença. Um ensaio clínico randomizado em clusters foi realizado em 35 unidades de saúde (US) da atenção primária do município do Rio de Janeiro, distribuídas em três grupos: controle (GC) e dois grupos experimentais (GE I e II). No GC, as US permaneceram realizando o exame oportunístico, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. Nos GE I e II, além do exame oportunístico, agentes comunitários foram qualificados para a promoção da saúde, com ênfase nos fatores de risco para o câncer de boca, e para a identificação e convocação de indivíduos com risco aumentado ao EPB, realizado por dentistas, médicos e enfermeiros treinados. Após 10 meses, no GE I implementou-se busca ativa em visitas domiciliares e no território dos não comparecidos; no GE II, promoveu-se campanha de conscientização e EPB durante um mês. A amostra foi composta por 3.783 indivíduos distribuídos entre os três grupos e 496 profissionais nos GE. Um ano após o início da intervenção, o EPB foi realizado em 3,63% da amostra do GC, contra 41,29% no GE I e 36,61% no GE II. Entre os efetivamente convocados, 77,19% (GE I) e 80,99% (GE II) compareceram, evidenciando a eficácia da conscientização e convocação. Nos GE foram realizadas 15 biópsias, com diagnóstico de 5 casos de câncer e 6 desordens potencialmente malignas.

A intervenção demonstrou que ações proativas são eficazes para ampliar o acesso da população com risco aumentado ao EPB, promovendo condições favoráveis à detecção precoce do câncer de boca e contribuindo para reduzir desigualdades.

(Apoio: CNPq  N° 420633/2023-5  |  FAPERJ  N° E-26/210.635/2024)
PSUS06 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Qualidade das fichas de referência para lesões bucais em um centro público de especialidades odontológicas no Brasil
Beatriz Pontim Pistolato, Lorena Gasques Contin, Hugo Sobrinho Bueno, Caroline Liberato Marchiolli, Luciana Estevam Simonato
Graduação UNIVERSIDADE BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A qualificação das fichas de referência é essencial para garantir uma abordagem clínica eficaz e oportuna. Esses documentos devem ser objetivos e conter informações relevantes para evitar atrasos no diagnóstico e no tratamento. No entanto, são escassas as investigações sobre como essas referências vêm sendo estruturadas no contexto brasileiro. Avaliar a qualidade desses registros pode subsidiar estratégias de capacitação profissional e fortalecer a comunicação entre os níveis de atenção. As fichas de referência foram analisadas a partir dos prontuários do Serviço de Estomatologia do Centro de Especialidades Odontológicas (Fernandópolis, Brasil). Os prontuários clínicos foram revisados de novembro de 2022 a outubro de 2024. Todos os dados foram analisados no Microsoft Excel. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Brasil (parecer nº 7.024.490). Este estudo analisou 369 fichas de referência recebidas por um serviço público de estomatologia no estado de São Paulo, classificadas como pobres, regulares, boas ou excelentes, com base em oito critérios clínicos. Foram observados 56 (15,18%) encaminhamentos pobres, 231 (62,60%) regulares, 80 (21,68%) bons e apenas 2 (0,54%) excelentes. Os itens mais frequentemente preenchidos foram localização da lesão (84,82%), morfologia (82,66%) e hipótese diagnóstica (70,19%). Já o tempo de evolução (12,20%), consistência (5,96%), limites (2,44%) e tamanho (1,90%) foram raramente informados.

Os achados evidenciam falhas importantes na comunicação clínica e reforçam a necessidade de protocolos padronizados que promovam referências mais completas, favorecendo o diagnóstico precoce de lesões bucais.

PSUS07 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Evolução de indicadores de saúde bucal e atenção básica no Brasil: Análise temporal de 2007-2023
Maria de Lara Araujo Rodrigues, Angelo Santiago Pião, Tatiane Abadia de Oliveira, Eduarda Betiati Menegazzo, Álex Moreira Herval, Jaqueline Vilela Bulgareli
Saúde Coletiva e Odontologia Legal UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo propôs avaliar a trajetória histórica dos indicadores relacionados à cobertura de saúde bucal e atenção básica no Brasil. Estudo ecológico com dados secundários da de indicadores de Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família (ESFSB) e da Atenção Básica (SB-AB), obtidos do Sistema de Informação e Gestão da Atenção Básica (e-Gestor/SISAB) e do DATASUS - SIA/SUS, referentes aos últimos 16 anos (2007 a 2023). As variáveis analisadas foram: municípios, regiões e macrorregiões de saúde, Indicador de Cobertura da ESFSB/SB-AB e o Indicador de Cobertura de Primeira Consulta Odontológica Programática (CPCO) para as 27 Unidades Federativas do Brasil. A análise de tendência utilizou a variação percentual anual (VPA). Observou-se tendência constante da cobertura da CPCO em todos os estados. A cobertura da ESFSB apresentou tendência de crescimento em 20 estados, com destaque para o Distrito Federal (DF) (VPA=249,23; p=0,011). Na Cobertura de Atenção Primária à Saúde, 13 estados apresentaram aumento significativo, especialmente no DF (VPA=62,77; p=0,002) e no Pará (VPA=39,93; p=0,002), enquanto Paraíba (VPA=1,62; p = 0,033) e Sergipe (VPA=-0,29; p = 0,037) apresentaram redução. Os dados revelaram uma queda da CPCO nos anos iniciais, entre 2007 e 2013, seguida de uma estabilização a partir de 2014, com discreta recuperação em 2023.

A análise reforça as desigualdades regionais e evidencia que, apesar dos avanços em algumas áreas, o acesso ao cuidado odontológico segue desafiador.

PSUS08 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Iniquidades na distribuição de cirurgiões-dentistas de atenção primária à saúde no Brasil entre 2005 e 2015
João Victor Inglês de Lara, Doralice Severo da Cruz, Tatiana Natasha Toporcov
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo analisou as iniquidades socioeconômicas na distribuição de cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS em municípios brasileiros entre 2005 e 2015. Trata-se de estudo ecológico com dados públicos dos anos de 2005 e 2015, tendo os municípios como unidade de análise. Os dados sobre a distribuição dos cirurgiões-dentistas foram analisados por razão de 10 mil habitantes (DENTAPS/HAB), e relacionada a variáveis socioeconômicas Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), taxa de analfabetismo, proporção de pessoas com baixa renda e Índice de Gini. Aplicaram-se as medidas complexas de desigualdade Slope Index of Inequality (SII) e Relative Index of Inequality (RII), usando quintis do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) como exposição e razão DENTAPS/HAB como desfecho. De 2005 a 2015, a razão DENTAPS/HAB aumentou em municípios com IDH-M muito baixo (1,8 para 2,0) e muito alto (0,8 para 1,7), manteve-se no IDH-M baixo (2,7) e reduziu nos estratos médio (3,1 para 2,9) e alto (3,6 para 2,7), com variações regionais no Brasil. O SII caiu de 2,03 para 0,88 e o RII de 1,92 para 1,31 (p<0,001), indicando redução das iniquidades. Ainda assim, municípios pertencentes aos extremos do IDH-M concentraram as maiores iniquidades, conforme análise dos índices complexos de desigualdade relacionados a análise dos indicadores socioeconômicos.

Conclui-se que a reorganização da saúde bucal na APS, impulsionada pela PNSB, contribuiu para reduzir iniquidades na distribuição de cirurgiões-dentistas. Persistem, no entanto, desigualdades relevantes em áreas com menor desenvolvimento humano, destacando a necessidade de políticas que garantam acesso equitativo aos serviços odontológicos no SUS.

PSUS09 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Atenção odontológica à gestante no SUS: O papel do Previne Brasil no acesso ao Pré-natal Odontológico
Francisca Marília Cruz Brasileiro, Maria Gerusa Brito Aragão, Guido Artemio Marañón-vásquez, Andrea Domingues Ribeiro Toneto, Caroline Amaro da Silva, Mariné Olmos Villagomez, Francisco Wanderley Garcia de Paula-silva
Odontopediatria UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo visa analisar, de forma descritiva, as mudanças no acesso ao Pré-natal Odontológico (PNO) no Brasil, tanto em nível regional quanto nacional, antes e após a implementação do programa Previne Brasil (PB), entre os anos de 2018 e 2024. Além disso, foram coletadas informações sobre ações de aplicação tópica de flúor (ATF) e escovação bucal supervisionada (EBS) lideradas por cirurgiões-dentistas. Para a coleta de dados, foram utilizadas informações disponíveis publicamente no Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB), extraídas em fevereiro de 2025. A análise estatística descritiva revelou um aumento no percentual de gestantes com acesso ao PNO ao longo do período avaliado. Comparando os dados de PNO em três quadrimestres (Q1, Q2 e Q3) nos anos de 2018 e 2023, observou-se uma notável progressão nas taxas de cobertura em nível nacional: 2018 (12%, 14%, 14%) e 2023 (58%, 62%, 59%). Embora houvesse um ligeiro aumento no número de atividades de ATF (de 1.450 em 2018 para 1.665 em 2024), observou-se uma queda no número de gestantes participantes (de 31.591 em 2018 para 24.850 em 2024). O mesmo padrão de redução foi identificado nas atividades de EBS, que registraram 2.144 atividades em 2018 e 1.745 em 2024, com a participação de gestantes diminuindo de 39.683 para 25.585 durante o mesmo período.

Os resultados demonstram que o PNO, como um indicador de saúde bucal no contexto do PB, contribuiu para ampliar o acesso das gestantes à atenção à saúde bucal no Brasil. Este avanço ressalta a importância do SUS na promoção de políticas de saúde que priorizam o cuidado integral das gestantes.

PSUS11 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Facilitadores e barreiras à implementação do MonitoraSB na gestão estadual de saúde bucal: estudo qualitativo baseado no CFIR
Raquel Conceição Ferreira, Viviane Elisângela Gomes, Elisa Lopes Pinheiro, Rosana Leal do Prado, Antônio Paulo Gomes Chiari, Mitsue Fujimaki, Tânia Harumi Uchida, João Henrique Lara Amaral
Odontologia Social e Preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O MonitoraSB é uma iniciativa de monitoramento dos serviços de saúde bucal baseada em indicadores calculados com dados do e-SUS APS e no uso de ferramentas digitais. Objetivou-se avaliar facilitadores e barreiras à sua implementação na gestão estadual de saúde bucal de seis estados brasileiros (AM, BA, MS, MG, RJ, SC). A coleta de dados foi realizada por entrevistas individuais com profissionais das Secretarias Estaduais de Saúde (SES), seguindo roteiro baseado nos domínios e construtos do Consolidated Framework for Implementation Research, para caracterizar o cenário interno à implementação. As entrevistas, gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo, envolveram seis coordenadores estaduais de saúde bucal, três diretores de Atenção Primária à Saúde e uma referência administrativa. Entre os facilitadores, destacaram-se o comprometimento dos gestores com a organização dos serviços, o investimento em setores específicos de tecnologia da informação, monitoramento e avaliação e a valorização da saúde bucal como área transversal. Entre as barreiras, sobressaíram a fragilidade de vínculos e instabilidade das equipes, a baixa autonomia das coordenações, a fragmentação da gestão e a assimetria de poder. Observou-se uma cultura incipiente de monitoramento e avaliação, embora o MonitoraSB tenha gerado expectativas positivas quanto ao acesso a dados qualificados e à maior visibilidade da saúde bucal. O Monitoramento e Avaliação foram associados, principalmente, à ampliação da cobertura dos serviços e ao financiamento.

Há um consenso discursivo sobre a necessidade e a importância do monitoramento e avaliação, mas a prática ainda enfrenta grandes desafios - ou, em alguns casos, encontra-se ausente - no campo da saúde bucal.

(Apoio: CNPq  N° 445286/2023-7)



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