03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PNe0943 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Entre Avanços e Obstáculos: Grau de Implementação e Fatores Críticos no Força Tarefa de Enfrentamento à Cárie Dentária no estado de São Paulo
Luana Camila Brisolla Ferreira, Amanda Iida Giraldes, Hadassa Barros de Pieri, Giulia Vaz da Silva, Maristela Honório Cayetano, Maria Fernanda Tricoli Montezuma, Maria Ercilia de Araujo, Fernanda Campos de Almeida Carrer
Odontologia Social UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi analisar o grau de implementação, obstáculos e facilitadores, a partir do relato de atores que implementaram o programa de enfrentamento à cárie dentária no estado de São Paulo, que inseriu a odontologia de mínima intervenção nas atividades do Programa Saúde na Escola (PSE). Para isso, foram realizados Policy Labs® remotos (oficinas síncronas), após 6 meses do início do programa, que foram gravados, transcritos e analisados por meio de análise de conteúdo. As localidades foram classificadas nas diferentes fases de implementação (Hesitação, Tomada de Decisão, Planejamento, Piloto, Escala, Sustentabilidade) e identificaram-se os fatores críticos da implementação (obstáculos e facilitadores) pela perspectiva dos participantes. Foram realizadas 16 oficinas, com 16 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) do estado de São Paulo, envolvendo 158 localidades (157 municípios e uma unidade da Secretaria de Saúde Indígena - SESAI). A maioria dos municípios estava na fase de planejamento (29,11%), seguida por fases avançadas da implementação (25,30%). Os principais obstáculos foram Recursos Humanos (62/158), Resistência dos Profissionais (32/158) e Aquisição de Produtos (30/158). Os principais facilitadores são Ações Coletivas (104/158), Adesão ao Tratamento Restaurador Atraumático (ART) nas Escolas (40/158) e Parceria com Escolas (37/158).

A implementação do programa encontra-se majoritariamente em fase de planejamento, os fatores críticos identificados revelam os obstáculos e avanços alcançados pelas localidades, evidenciando a necessidade de estratégias de apoio técnico/matricial, fortalecimento da gestão local e demonstrando o potencial de aplicação do método no Sistema Único de Saúde.

PNe0946 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Percepção do corpo no desempenho esportivo antes e após 1, 3 e 6 meses de uso do protetor bucal personalizado: resultados preliminares
Mariana Pires da Costa, Raphaella Silva de Souza, Letícia Lopes de Almeida da Silva, Maria Clara Frias Lobo Marinho, Giullie Anne de Souza Giffoni da Conceição, Tiago Braga Rabello, Marcela Baraúna Magno, Lucianne Cople Maia
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a percepção corporal no desempenho esportivo (PECOPES) antes e ao longo de seis meses de uso do protetor bucal (PB) personalizado. Foram incluídos atletas amadores entre 8 e 30 anos, que praticavam esportes no mínimo duas vezes na semana. Após anamnese, exame clínico e moldagem, foi confeccionado o PB personalizado. A PECOPES foi mensurada por instrumento validado com 20 questões (escore total de 0 a 100 pontos) e respostas em escala Likert, dividido em duas dimensões: 'física' (8 questões - maior escore indica maior exaustão) e 'técnico-tática' (12 questões - menor escore indica menor exaustão). A avaliação foi realizada antes da instalação (T0) e após 1 (T1), 3 (T2) e 6 meses (T3) de uso do PB. Aplicou-se ANOVA para medidas repetidas (α=5%) para comparação dos escores totais e por dimensão. Foram avaliados 40 atletas de diferentes modalidades esportivas (72% do sexo masculino, idade média de 18,3±6,2 anos). Não foram observadas diferenças significativas nos escores da dimensão física (T0= 25,5±5,08; T1=24,9±5,35; T2= 25,3±5,19; T3= 25±4,92; p=0,496) e técnico-tática (T0= 26±2,78; T1=25,6±3,10; T2= 25,4±2,96; T3= 25,7±2,94; p=0,588) em relação a PECOPES antes e após o uso do PB.

A percepção do corpo no desempenho esportivo físico ou técnico-tático, não foi alterada pelo uso do PB personalizado ao longo dos 6 meses de uso do dispositivo.

(Apoio: CNPq  N° 310225/2020-5   |  CAPES  N° DS 001)
PNe0947 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Qualidade do sono e comportamentos durante o sono em crianças e adolescentes com provável bruxismo do sono
Larissa Soares Lima da Silva, Julia do Couto de Paula, Claudia Maria Tavares-Silva, Lucianne Cople Maia
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a qualidade e os comportamentos durante o sono em crianças e adolescentes com provável bruxismo do sono. Foram avaliadas informações referentes aos dados clínicos odontológicos de crianças entre 5-10 anos e adolescentes entre 11-16 anos de idade tais como: cronotipo, qualidade do sono, comportamento do sono (7-16 anos), inventário dos hábitos de sono (2-6 anos) e horas de sono. As associações entre qualidade do sono e gênero, comportamentos como mexer muito e falar durante o sono, pesadelos, ronco e sonambulismo foram avaliadas pelos testes X2. Foram avaliadas 28 crianças, sendo 13 (46,4%) do sexo feminino e 15 (53,6%) do sexo masculino e, 7 adolescentes, 4 (57,1%) e 3 (42,9%). Entre as crianças, 12 (42,9%) possuíam o cronotipo matutino e 16 (57,1%), nem matutino, nem noturno; e, nos adolescentes 2 (28,6%) tinham cronotipo matutino e 5 (71,4%), nem matutino, nem noturno. A média da duração do sono dos participantes foi de 8,26 (DP ±1,57) horas. A qualidade do sono dos participantes foi considerada muito boa (5; 14,3%), boa (16; 45,7%), regular (9; 25,7%) e ruim (5; 14,3%). No inventário sobre hábitos do sono, 2 (25%) crianças foram classificados como sono normal e 6 (75%) como possível distúrbio. O comportamento do sono foi classificado como possível distúrbio em 92,6% dos participantes. Não houve associação da qualidade do sono, gênero, mexer durante o sono, pesadelos e ronco (p>0,05), porém observou-se associação entre a qualidade do sono e falar (p=0,004) e qualidade do sono e sonambulismo (p=0,027).

Embora a duração e a qualidade do sono de crianças e adolescentes tenham sido consideradas majoritariamente satisfatórias, a qualidade do sono esteve associada ao falar durante o sono e ao sonambulismo.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPERJ  N° E-26/201.175/2021)
PNe0948 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

AVALIAÇÃO DA DENTIÇÃO MISTA E OCLUSÃO VIA ESCANEAMENTO DIGITAL EM CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS
Maysa Luna de Souza, Paulo Goberlânio de Barros Silva, Paulo Tárcio Aded da Silva, Fabricio Bitu Sousa, Emanuele Alves Fernandes, Isabele Vitoria de Souza Viana, Milena Régia Sousa Ferreira, Isabella Fernandes Carvalho
ODONTOLOGIA CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi descrever e avaliar a prevalência de características da dentição mista e oclusão em crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV), através de tecnologia digital. Trata-se de um estudo observacional analítico, tipo caso-controle, com 60 crianças de 7 a 9 anos, sendo 20 com SCZV e 40 controles pareados por sexo e idade. Após aprovação ética, realizou-se escaneamento intraoral, os dados foram analisados no software Meshmixer, as informações tabuladas em Excel e analisadas no SPSS 17.0, utilizando-se os testes t de Student, exato de Fisher e qui-quadrado de Pearson. %. Os resultados mostraram em relação ao estágio da dentição mista, que 85% das crianças com SCZV estavam no 1º período transitório, enquanto 65% das crianças do grupo controle estavam no período inter-transitório (p=0,000). Observou-se maior prevalência de degrau mesial e plano terminal reto no grupo estudo, enquanto a Classe I de Angle foi predominante no grupo controle para as relações molares (p=0,000). As relações caninos também tiveram maior frequência de Classes II e III no grupo estudo (p=0,000). A mordida aberta anterior foi observada em 90% das crianças com SCZV, sendo significativamente mais comum do que no grupo controle (12,5%) (p=0,000). O overjet aumentado foi registrado em 89,5% do grupo estudo e o overbite negativo em 90% (p=0,000 para ambos). O trespasse vertical foi negativo no grupo com SCZV (-7,96 ± 4,59 mm), reforçando a prevalência de mordida aberta anterior, e positivo no grupo controle (1,65 ± 1,97 mm) (p=0,000).

Conclui-se que crianças com SCZV tendem a apresentar alterações dentárias, oclusais e morfométricas, possivelmente relacionadas à hipotonia muscular, respiração bucal e atraso na erupção dentária.

PNe0949 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Estudo de prevalência de más-oclusões em comunidade de Guiné-bissau
João Paulo Mota de Paulo, Antônio Sérgio Teixeira de Menezes, Paulo Goberlânio de Barros Silva, Fabricio Bitu Sousa, Diana Araujo Cunha
Saúde CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Guiné-Bissau, um país da África Ocidental com um baixo Índice de Desenvolvimento Humano, enfrenta desafios significativos no desenvolvimento de políticas de saúde pública eficazes devido à falta de dados abrangentes sobre saúde bucal. Este estudo observacional transversal preliminar teve por objetivo avaliar em crianças de 6 anos ou mais a relação entre cárie dentária, má oclusão e sua relação com o suporte educacional e nutricional. Após o processo de consentimento, os dados foram coletados por exames clínicos e questionários estruturados, avaliando: apinhamento, diastemas e chave de oclusão, comparando as que receberam suporte nutricional e educacional de uma organização não governamental (ONG), com aquelas que não receberam. A presença de má-oclusão de Classe I foi significante nas crianças não amparadas 69,6% vs 47,7%, quanto má-oclusão Classe II crianças que receberam apoio apresentaram maior incidência de (44,9%) comparados a crianças sem suporte (21,1) e não houve diferenças estatísticas na Classe III. Outros achados estatisticamente significativos foram: presença de diastema (48,7% crianças sem suporte vs 28,3% com suporte), além de ausência de apinhamento (57,4% sem suporte vs 77,7% com suporte) e incidência de apinhamento nos 2 arcos (27,9% sem suporte vs 7,1% com suporte).

Tais achados preliminares despertam a necessidade de futuras avaliações quanto ao impacto positivo da combinação de intervenções nutricionais e educacionais na saúde oral, estimulando possíveis políticas integradas de saúde pública para melhorar a qualidade de vida em populações carentes.

(Apoio: CAPES)
PNe0950 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Diagnóstico e perfil dos PNE atendidos no CEAPE UNIP Indianópolis-SP, segundo classificação, características e histórico odontológico
Júlia de Jesus Capez, Guilherme Pires de Campos Cardoso, Wagner dos Santos e Santos, Gabriel Casemiro Quicoli, Carolina Vendramin Barretto, Caio Paulino Laporta, Elcio Magdalena Giovani
Instituto de Ciências da Saúde UNIVERSIDADE PAULISTA - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudo observacional transversal, com anonimato garantido, iniciado após aprovação do Comitê de Ética da UNIP. Foram avaliados prontuários de pacientes atendidos no CEAPE UNIP Indianópolis entre 2000 e 2022. Coletaram-se dados demográficos, hábitos, medicamentos, tipo de intervenção, procedência e classificação PNE. As informações foram sistematizadas em planilha, analisadas descritivamente e estatisticamente, e apresentadas em gráficos e tabelas. Dos 206 pacientes, 50% tinham até 18 anos; média de idade: 27; mediana: 39; mínima: 2; máxima: 84. Dos 147 com registro de cor de pele, 73% eram leucoderma, 14% feoderma e 13% melanoderma. Houve 115 homens e 91 mulheres. Classificações PNE mais encontradas: IVa, I, IIId e II1. Procedimentos A1, A2 e A3 foram realizados em 204 pacientes; B2 em 116; A4 em 91 e D1 em 83. A maioria (88%) era residente em São Paulo. No total, foram executados 1.158 procedimentos, incluindo diagnósticos, prevenção, restaurações, endodontias, cirurgias e próteses.

Conclui-se que os pacientes são diagnosticados conforme sua patologia de base, acolhidos e recebem condutas e protocolos individualizados, que são posteriormente executados. A maioria dos procedimentos é diagnóstica: A1 (acolhimento), A2 (formação do vínculo) e A3 (exame clínico), aplicados em 204 pacientes (99,02%). O segundo mais realizado é a profilaxia dental, evidenciando a busca por prevenção e rotina. Foram realizados 1.158 procedimentos, incluindo diagnóstico, prevenção, periodontia, restaurações, endodontia, cirurgias e próteses. Os pacientes retornam ao serviço para continuidade e conclusão dos tratamentos. A UNIP oferece atendimento de referência aos pacientes com necessidades especiais.

PNe0951 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA MÓVEL DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE AMAMENTAÇÃO E ODONTOLOGIA
Mariana Silva Quemel, Paulo Patrik Siqueira Barbosa, Antonio José da Silva Nogueira, Marcos César da Rocha Seruffo, Artur Luiz da Costa da Silva, Miki Taketomi Saito
Programa de pós graduação UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar um aplicativo de educação em saúde enquanto recurso educacional sobre amamentação e odontologia para lactantes. Trata-se de um estudo transversal, de avaliação da usabilidade e do conteúdo, aparência e adequação cultural de um aplicativo móvel para a promoção de saúde bucal. O aplicativo conta com recursos informativos sobre a importância da amamentação e sua relação com a odontologia no desenvolvimento do sistema estomatognático da criança. Foi desenvolvido e disponibilizado gratuitamente por meio do sistema operacional Android. Participaram do estudo juízes técnicos da área de computação, especialistas da área da saúde e lactantes (n=36). A amostra foi selecionada via análise de currículos na Plataforma Lattes e técnica "snowball". As lactantes foram recrutadas aleatoriamente em UBS do município de Belém. O instrumento de pesquisa utilizado para a validação da usabilidade do aplicativo foi o System Usability Scale (SUS) e para a validação do conteúdo, aparência e adequação cultural foi o Suitability Assessment of Materials (SAM). Para análise estatística descritiva utilizou-se o software Jamovi. Quanto à usabilidade, o aplicativo alcançou um score médio de 89,2% de aprovação, sendo classificado como de excelente usabilidade. 94,4% dos juízes consideraram o aplicativo fácil de usar e 79,9% relataram que voltariam a usar o aplicativo. Quanto à avaliação da adequação do app, para 85,8%, o design, layout, imagens e linguagem eram agradáveis. O item melhor avaliado foi o conteúdo, alcançando uma aprovação de 89,2%.

Ademais, os juízes destacaram a importância do conteúdo abordado e a facilidade de uso do aplicativo, sugerindo a inclusão de maiores recursos interativos como forma de potencializar o engajamento dos usuários.

PNe0952 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Relação entre alterações estéticas dentárias e bullying em escolares de 12 anos de Manaus, Amazonas
Marilia Gabriela Silva Marinho, Fernando Jose Herkrath, Igor Miguel Lago Cecilio, Yan Nogueira Leite de Freitas, Maria Augusta Bessa Rebelo, Juliana Vianna Pereira, Adriana Corrêa de Queiroz, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath
Faculdade de Odontologia - FAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar a relação entre alterações estéticas dentárias e vitimização por bullying. Realizou-se estudo transversal, com adolescentes de 12 anos, matriculados na rede de ensino público de Manaus, Amazonas. Aplicou-se questionário e realizou-se exame clínico. O bullying foi avaliado por meio de questões adaptadas do questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019. As alterações estéticas dentárias causadas por cárie dentária, traumatismo dentário, fluorose dentária e má oclusão foram mensuradas por meio dos índices de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados, O´Brien, Thylstrup e Fejerskov e de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (componente estético), respectivamente. Após análise descritiva, realizou-se regressão logística múltipla. Foram avaliados 789 escolares. Destes, 48,1% relataram ter sofrido bullying nos últimos 30 dias e 5,1% apontaram os dentes como motivo. A prevalência de dentes anteriores cariados ou perdidos foi 4,2%, de fluorose foi 29,6%, de traumatismo dentário foi 27% e de má oclusão foi 10,7%. Traumatismo em dentina ou polpa dentária (OR=6,29, IC95% 1,95-20,37) e pior condição oclusal (OR=1,19, IC95% 1,01-1,40) foram associados à maior chance de bullying, enquanto ter pais com ensino superior completo foi associado à menor chance (OR=0,14, IC95% 0,03-0,68).

A proporção de vitimização por bullying por causa dos dentes foi baixa. Sua associação com traumatismo dentário e má oclusão evidenciam que as alterações estéticas dentárias, além dos já reconhecidos impactos negativos, estão associadas à maior chance de sofrer violência, o que reforça a necessidade da integralidade na atenção à saúde, com abordagens ampliadas, sem dissociação da saúde bucal da geral.

(Apoio: CAPES)
PNe0953 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Perdas dentárias, redução de unidades dentárias funcionais e risco de disfagia orofaríngea são preditores de desnutrição em adultos idosos
Carla Dayana Durães Abreu, Hérika Maria Silveira Ruas, Luciana Mara Barbosa Pereira, Juciane Fagundes Durães Benitez, Sherydan Azevedo Vasconcelos, Alan Klevison Antunes Martins, Vitor Adones Magalhães Santos, Alfredo Mauricio Batista de Paula
Ciências da saúde UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A maior longevidade alcançada pela população global vem sendo acompanhada por uma maior incidência de condições patológicas crônicas que afetam a composição corporal, propiciando risco de desnutrição. Um pobre estado de saúde bucal tem sido associado com um pior estado nutricional em idosos. Este estudo transversal e analítico investigou preditores de desnutrição em adultos idosos. Uma amostra de adultos idosos (idade média 75.9 ± 8.0 anos, relação homem/mulher: 1:1.62), não-institucionalizados, com autonomia funcional, foi selecionada. Diagnóstico de desnutrição foi estabelecido com a ferramenta mini-avaliação nutricional. Exame das condições de saúde bucal (índice CPOD, quantificação de unidades dentárias funcionais [UDF], diagnóstico de edentulismo e uso de prótese dentária) e do risco de disfagia orofaríngea realizado com o teste de deglutição de água modificado foram realizados. A desnutrição foi diagnosticada em 47,4% dos participantes. A média de dentes presentes e perdidos na amostra foi de 5.91 (±7.90) e 26.09 (±7.89), respectivamente. A quantidade média de UDF foi de 6.53 (± 5.51). A média de indivíduos com risco de disfagia orofaríngea foi de 4.76 (±0.51). No modelo final de regressão logística binária foi mostrado que o diagnóstico de desnutrição foi predito pelo menor número de dentes naturais remanescentes (OR=0.96, IC95%=0.97-0.99), redução de UDF (OR=0.95, IC95%=0.92-0.98) e maior risco de disfagia orofaríngea (OR=0.51, IC95%=0.36-0.75).

Um pior estado de saúde bucal e a ocorrência de risco de disfagia orofaríngea devem impactar negativamente sobre processos fisiológicos da mastigação e da deglutição de alimentos e devem atuar como preditores de desnutrição de adultos idosos.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPEMIG  N° 237)
PNe0954 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Rastreamento e Diagnóstico Clínico de Disfunção Temporomandibular em Pessoas com Deficiência Intelectual
Amanda Kerin Alves Cavalheiro, Laís Fernanda Alves Pires, Nathália Souza Pinto Nogueira, Amanda Antunes Peller, Giselle Emilaine da Silva Reis, João Rodrigo Sarot, Priscila Brenner Hilgenberg Sydney, Yasmine Mendes Pupo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar a prevalência de Disfunção Temporomandibular (DTM) em indivíduos com deficiência intelectual, sua associação com sexo, idade tipo e nível de deficiência, e a correspondência entre as perguntas do 3Q/TMD e o diagnóstico clínico obtido pelo DC/TMD. Estudo transversal observacional, que incluiu indivíduos ≥15 anos, com mediana de 24 anos (15 - 56 anos), matriculados em três instituições de educação especial vinculadas ao projeto. A triagem para DTM utilizou o questionário 3Q/TMD validado. Foram rastreados 234 indivíduos, desses, 86 obtiveram ao menos uma resposta positiva e foram elencados para realizar o exame clínico completo com o DC/TMD. As análises foram feitas no SPSS, com p<0,05. Entre os triados positivamente, 71,6% tiveram DTM confirmada, com associação significativa entre triagem e diagnóstico clínico (p<0,001). A frequência dos diagnósticos de DTM foram: mialgia (32,9%), dor miofascial referida (20,7%), artralgia (14,6%), cefaleia atribuída à DTM (19,5%), deslocamento de disco com redução (14,6%), com travamento (1,2%), sem redução com limitação (4,9%) ou sem limitação (2,4%), doença degenerativa (4,9%) e subluxação (1,2%). Não houve associação entre diagnóstico e as variáveis sexo (p=0,213), idade (p=0,447), tipo de deficiência ou nível de deficiência intelectual (leve: p=0,122; moderada: p=0,137).

A triagem 3Q/TMD demonstrou bom valor preditivo positivo (71,6%) e pode ser útil na identificação inicial de DTM em pessoas com deficiência intelectual. No entanto, a confirmação diagnóstica requer a aplicação do protocolo clínico DC/TMD. Não foram observadas associações estatisticamente significativas entre a presença de DTM e as variáveis sexo, idade ou nível de deficiência intelectual.

(Apoio: CAPES)



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