03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 191 Resumo encontrados. Mostrando de 1 a 10


PNe0789 - Painel Aspirante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Análise in silico da compatibilidade de primers com genes amoA de Arqueias em humanos
Jéssica Alexandra de Vasques Castro Oliveira, Jéssica Alves de Cena, Aline Belmok, Camila Pinho e Souza Coelho, Nailê Damé-teixeira
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Arqueias oxidantes de amônia (AOA) já foram descritas na pele e no trato gastrointestinal humano, sugerindo um possível papel no ciclo do nitrogênio nesses sítios. Recentemente, identificamos sequências de DNA de arqueias potencialmente oxidantes de amônia em biofilmes supragengivais e em lesões de cárie. No entanto, esses achados ainda demandam maior compreensão, além do aperfeiçoamento de protocolos para a detecção dessas arqueias no arqueoma oral. Amplamente utilizado como marcador molecular para AOA, o gene amoA codifica a subunidade A da enzima amônia mono-oxigenase. O objetivo deste trabalho foi analisar in silico a compatibilidade entre primers amplamente utilizados na literatura e sequências do gene amoA depositadas em bancos de dados públicos, com ênfase em AOA já identificadas em amostras humanas e de clados filogeneticamente próximos. Além disso, genes amoA completos obtidos de genomas referências de AOA e algumas sequências amplificadas a partir de amostras de ambientes diversos, incluindo aqueles considerados potencialmente plausíveis de apresentarem arqueias que possam estar presentes no microbioma oral, foram incluídas na análise. As análises foram realizadas utilizando-se o software Geneious Prime® 2025.1.2. Resultados preliminares identificaram que, dentre 5000 sequências incluídas, os primers Arch-AmoAF²/Arch-AmoAR² e Arch-amoAF/Arch-amoAR, usualmente empregados para detecção por qPCR e PCR convencional respectivamente, apresentaram maior cobertura, pois conseguiram ser pareados pelo menos uma vez em 75% das sequências analisadas.

Esse resultado irá embasar o planejamento de um protocolo mais sensível para a identificação molecular de arqueias em sítios orais.

(Apoio: CAPES  N° 88887.134017/2025-00)
PNe0790 - Painel Aspirante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito de substâncias com potencial prebiótico em biofilmes microcosmos in vitro
Anildo Alves de Brito Júnior, Pedro Canto Bueno, Marlise Inêz Klein
Diagnóstico Oral FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cárie é uma doença mediada por biofilme e modulada por açúcares da dieta, especialmente a sacarose. Prebióticos são substâncias que podem afetar o biofilme cariogênico. Assim, avaliou-se o efeito de substâncias com potencial prebiótico em 2 modelos de biofilme (em formação e pré-formado). Nos dois modelos, o inóculo foi feito a partir de microbiota salivar humana em meio de cultura TY + 1% sacarose, adicionado em 2 placas de poliestireno de 96 poços, uma para avaliar a biomassa (método cristal violeta) e outra a população microbiana (Unidades Formadoras de Colônias). Ambas foram incubadas (37°C; 10% CO2), por 1,5 h (para adesão de biofilme em formação) ou 24 h (biofilme pré-formado). Após, o conteúdo dos poços foi aspirado e adicionado meio com ou sem substância. Os 6 grupos foram: 1) N-acetil-glicosamina; 2) Arginina (controle prebiótico); 3) Prolina; 4) Nitrato de sódio; 5) Ureia; 6) Sem suplemento (controle negativo). As placas foram incubadas (24 h) e processadas. Em relação a biomassa, a ureia e a arginina inibiram no biofilme em formação, enquanto a prolina impediu o acúmulo no biofilme pré-formado. Em relação à microbiota total, não houve diferença nos dois modelos, mas no biofilme em formação, há mais microrganismos no grupo 1. Na microbiota acidúrica, o grupo 5 inibiu a população nos dois modelos. Para estreptococos do grupo mutans, os grupos 2 e 3 inibiram nos dois modelos, mas no modelo pré-formado os grupos 1 e 5 também inibiram essas bactérias. Em relação aos fungos, o grupo 5 inibiu nos dois modelos.

Portanto, dentre as substâncias avaliadas, prolina e ureia são promissoras no controle de biofilme microcosmo cariogênico in vitro, com resultados próximos ao do controle prebiótico arginina.

(Apoio: FAPESP  N° 2021/06801-1  |  FAPESP  N° 2022/15038-2  |  FAPESP  N° 2024/05965-9)
PNe0791 - Painel Aspirante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Alizarina: um possível antifúngico com efeitos no crescimento, patogenicidade e perfil proteômico de Candida dubliniensis
Patrícia Michelle Nagai de Lima, Ganeshkumar Arumugam, Bruno Montanari Borges, Flávio Vieira Loures, Maíra Terra Garcia, Uilla Barcick, André Zelanis, Juliana Campos Junqueira
Biociências e Diagnóstico Bucal INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Candida dubliniensis é uma espécie fúngica comum na cavidade bucal de indivíduos com HIV/aids. Entretanto, pesquisas sobre terapias voltadas para essa espécie são escassas. O objetivo foi investigar o potencial da alizarina, uma antraquinona natural extraída de plantas, sobre o crescimento, virulência e perfil proteômico de C. dubliniensis. A partir de cepas de referência e isolado clínico de candidíase bucal, foram determinados os valores de concentração inibitória (CIM) em ensaios de microdiluição, efeitos sinérgicos com antifúngicos em teste checkerboard e capacidade de filamentação em soro fetal bovino. A seguir, foi realizado um estudo no modelo in vivo Galleria mellonella para investigar a citotoxicidade em células animais e eficácia de tratamento na candidíase experimental. Por fim, o perfil proteômico de C. dubliniensis, antes e após exposição à alizarina, foi determinado por proteômica Shotgun via cromatografia líquida acoplada à espectroscopia de massa. Os resultados demonstraram atividade antifúngica para ambas as cepas estudadas, com CIM de 16 µg/mL. Em combinação com fluconazol, a alizarina teve efeito sinérgico, reduzindo as concentrações de fluconazol em até 99%. A alizarina também reduziu a ocorrência de filamentação para ~6%, em comparação a ~66% no grupo não tratado. Em G. mellonella, a alizarina não apresentou toxicidade e aumentou a sobrevida dos animais por diminuir as células fúngicas circulantes. O tratamento com alizarina modulou significativamente o perfil de expressão proteica de C. dubliniensis, regulando negativamente proteínas envolvidas na síntese e integridade da parede celular.

Concluiu-se que a alizarina pode ser um agente antifúngico promissor contra infecções por C. dubliniensis.

(Apoio: CAPES  N° 88887.890668/2023-00)
PNe0792 - Painel Aspirante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Impactos da contaminação mercurial na saúde bucal e bioquímica salivar de povos tradicionais na Amazônia brasileira: um estudo transversal
Zuleni Alexandre da Silva, Wallacy Watson Pereira Melo, Leonardo Oliveira Bittencourt, Iolane Cristina de Brito Pereira, Heloisa do Nascimento de Moura Meneses, Marília Afonso Rabelo Buzalaf, Renata Duarte de Souza-rodrigues, Rafael Rodrigues Lima
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Ao ser absorvido pelo organismo humano, o mercúrio pode causar sérios danos sistêmicos. Estudos pré-clínicos mostraram que sua presença está associada a alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais em glândulas salivares, saliva e osso alveolar, no entanto não há relatos sobre os efeitos em humanos expostos permanentemente a esse toxicante. Este estudo objetivou investigar os níveis séricos de mercúrio e possível associação com a condição de saúde bucal e bioquímica salivar de populações ribeirinhas vulneráveis à contaminação mercurial. Para isso foram analisadas comunidades ribeirinhas do oeste do Estado do Pará, regiões historicamente reconhecidas pelos altos níveis de mercúrio ambientais. Foram coletados sangue para quantificar os níveis séricos de mercúrio, dados para o índice CPO-D e saliva para dosagem de proteínas totais, análise da capacidade antioxidante total e peroxidação lipídica, importantes marcadores toxicológicos da contaminação mercurial. Nossos resultados evidenciaram níveis de mercúrio alarmantes nessas populações, atingindo 8,964 µg/ml, superior ao aceitável pela OMS (0,0092 µg/ml). Apesar disso, a média do CPO-D foi de 0,634, considerado muito baixo (OMS: 0,1-1,1). A saliva mostrou-se como importante elemento de monitoramento da contaminação mercurial, com diminuição dos níveis de proteína e da capacidade antioxidante total e aumento peroxidação lipídica, proporcionais aos altos níveis de mercúrio diagnosticados.

Nossos resultados evidenciam que a exposição mercurial na Amazônia brasileira está associada a altos níveis de mercúrio nas populações investigadas, com a saliva servindo como importante elemento de monitoramento dos danos toxicológicos do mercúrio.

(Apoio: CNPq  N° 408329/2022-0)
PNe0793 - Painel Aspirante
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

CÁRIE DENTÁRIA EM ESCOLARES DE 12 ANOS DE IDADE: ANÁLISE DE SÉRIE TEMPORAL DOS LEVANTAMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS BRASILEIROS
Anderson Christian Ramos Gonçalves, José Lima Silva Júnior, Maria Luísa de Assis Braga, Matheus de França Perazzo, Ramon Targino Firmino, Ana Flávia Granville-garcia
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Realizar uma análise de tendência temporal dos índices de cárie dentária e atendimentos odontológicos em escolares de 12 anos, entre 1986 e 2023. Trata-se de um estudo ecológico, observacional, de série temporal, utilizando dados disponíveis dos inquéritos epidemiológicos SB Brasil realizados nos anos de 1986, 1996, 2003, 2010 e 2023. Foi analisado o índice de dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPO-d), médias regionais e nacional de CPO-d, dentes afetados pela cárie dentária, população sem a presença de cárie e atendimento odontológico no último ano. O teste de Wilcoxon foi utilizado para comparação entre grupos (p ≤ 0,05) e o teste t (p ≤ 0,05) para os períodos. No primeiro levantamento em 1986, a média do CPO-D foi de 6,65 a qual foi reduzindo significativamente nos inquéritos: 3,06 (1996), 2,78 (2003), 2,07 (2010) e 1,67 (2023), (p = 0,043). As regiões Sudeste e Sul apresentaram os menores índices de CPO-D, com 5,95 e 6,31 em 1986 para 1,25 e 1 em 2023, respectivamente. A partir do SB Brasil 2003, foram apresentados dados relacionados ao número de escolares com a presença de um ou mais dentes cariados, e nesta perspectiva 58,27% dos escolares com 12 anos estavam acometidos pela cárie dentária, 54,10% em 2010 e 36,86% em 2023. Em relação a ida ao dentista no último ano, foi verificado que em 2003 48,55% da população foi o dentista, 56,6% e 49,38% em 2010 e 2023, respectivamente (p = 0,002).

Houve uma redução evidente da cárie dentária observada ao longo dos levantamentos epidemiológicos realizados e as regiões sul e sudeste foram as que apresentaram menor índice de cárie no período analisado. Em relação a ida ao dentista, aproximadamente a metade das amostras analisadas frequentou o dentista no último ano em todos os levantamentos analisados.

PNe0794 - Painel Aspirante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito Sinérgico da Própolis com Fármacos de Referência no Tratamento e Prevenção de Doenças Bucais e Sistêmicas: Revisão Sistemática
Gabriela Tiburcio, Jovânia Alves Oliveira, Isabela Silva Costa, Maria Eduarda Pereira de Almeida, Suzane Cristina Pigossi, Marcelo Franchin
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar o efeito sinérgico da própolis combinada com fármacos de referência no tratamento de doenças bucais e sistêmicas. A revisão foi registrada na plataforma INPLASY (INPLASY202540095). Realizaram-se buscas eletrônicas em cinco bases de dados para publicações até junho de 2024. De um total de 1.724 estudos identificados, 83 foram incluídos, sendo 10 estudos clínicos, 45 in vitro e 28 com modelos de experimentação animal. Os estudos clínicos envolveram 237 indivíduos e abordaram áreas como infectologia, cirurgia, odontopediatria, microbiologia e oncologia. A própolis utilizada teve origem, predominantemente, no Irã, Brasil e Sérvia, e os fármacos de referência incluíram N-acetilcisteína, óxido de zinco com eugenol, clorexidina, fluconazol, entre outros. Nos estudos in vitro, destacaram-se as atividades antibacterianas, anti-inflamatórias e imunomoduladoras. A própolis mais investigada nesses estudos foi proveniente do Brasil, Polônia e Itália, sendo combinada a antibióticos, quimioterápicos, antifúngicos, anti-inflamatórios, antivirais e antidiabéticos. Nos estudos com modelos animais, avaliaram-se condições infecciosas, autoimunes, neurológicas e neoplásicas, utilizando camundongos, ratos e coelhos. As amostras de própolis mais utilizadas nesses modelos foram oriundas da Croácia, Brasil e Malásia.

A análise conjunta dos estudos revelou que a maioria demonstrou efeitos benéficos com a associação entre própolis e fármacos de referência, evidenciando um potencial sinérgico nas abordagens terapêuticas. Tais achados destacam a própolis como um valioso adjuvante no desenvolvimento de terapias mais eficazes e integradas.

(Apoio: FAPEMIG   N° 5.14/2022)
PNe0795 - Painel Aspirante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Impacto da terapia periodontal não cirúrgica na microbiota de pacientes HIV-1: comparação entre sítios saudáveis e comprometidos
Filipe Santos Ferreira Mendes, Diana Estefania Ramos Peña, Rafael Dos Santos Bezerra, Ana Carolina Fragoso Motta, Celso Augusto Lemos
Estomatologia e Radiologia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a estabilidade da microbiota subgengival em 18 pessoas que vivem com o HIV-1 submetidos à terapia periodontal não-cirúrgica. Foram analisadas 108 amostras de biofilme subgengival coletadas em sítios clinicamente saudáveis e doentes nos tempos T0 (baseline), T1 (30 dias) e T2 (90 dias). A diversidade alfa foi mensurada pelo índice de Shannon e sua variação intraindividual foi expressa pelo desvio-padrão e coeficiente de variação (CV). As comparações foram realizadas por meio do teste ANOVA de medidas repetidas ou teste de Wilcoxon pareado. No T0, a diversidade média nos sítios saudáveis foi de 3,75 ± 0,42 e nos sítios doentes, 3,21 ± 0,48. Aos 30 dias, os valores foram 3,40 ± 0,50 (saudáveis) e 3,35 ± 0,52 (doentes); aos 90 dias, 3,58 ± 0,45 e 3,47 ± 0,49, respectivamente. O CV intraindividual foi significativamente maior nos sítios saudáveis (12,4 %) em comparação aos sítios doentes (9,6 %; p < 0,05), indicando menor estabilidade ecológica nesses locais.

Esses achados sugerem que, mesmo após a terapia periodontal não-cirurgica, sítios clinicamente saudáveis podem apresentar maior instabilidade microbiana em indivíduos imunocomprometidos, o que reforça a necessidade de estratégias de manutenção periodontal mais rigorosas e individualizadas para esta população.

(Apoio: FAPESP  N° N° 2016/22476-5  |  FAPESP  N° N° 2016/22476-5  |  FAPESP  N° N° 2016/22476-5)
PNe0796 - Painel Aspirante
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Tecnologias fluoretadas na prevenção do desgaste erosivo do esmalte: uma avaliação comparativa in vitro
Anderson Gomes Forte, Elizabeth Barreto Galvão de Sousa, Juliellen Luiz da Cunha, Arthur Felipe de Brito Andrade, Marcel Alves Avelino de Paiva, Fabio Correia Sampaio, Ana Maria Barros Chaves Pereira, Andressa Feitosa Bezerra de Oliveira
ODONTOLOGIA RESTAURADORA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou in vitro a eficácia de dentifrícios fluoretados bioativos na proteção do esmalte dental frente à erosão ácida. Sessenta blocos de esmalte bovino hígido foram distribuídos aleatoriamente em cinco grupos (n = 12/grupo): RGS (REFIX® - 1450 ppm NaF); SRP (Opti-flúor® - 1425 ppm NaF); SnF₂ (fluoreto de estanho, 1100 ppm F⁻); CN (controle negativo - sem princípio ativo), CP (controle positivo - 1100 ppm NaF). Os espécimes foram submetidos à ciclagem de pH durante sete dias, com três desafios erosivos diários (90 s cada). Após o primeiro e o último ciclos de cada dia, os blocos foram tratados, com slurries de dentifrícios (1:3), por 2 min em uma máquina de escovação padronizada. Foram avaliadas: microdureza superficial (SH0, SH1, %SMHc), perda de fluorescência induzida por luz (ΔF e ΔFmax), rugosidade superficial (Sa) e perda de esmalte (Step). Os dados foram analisados por ANOVA One-way e teste de Tukey (p<0,05). Todos os grupos analisados apresentaram alterações nas propriedades do esmalte após o desafio erosivo. Os dentifrícios RGS e SnF₂ apresentaram os melhores resultados, com maior preservação da dureza superficial, menores perdas minerais e profundidade da lesão (ΔF e ΔFmax), maior lisura superficial e menor perda superficial do esmalte (p < 0,05). O grupo CN teve o pior desempenho em todos os parâmetros (p<0,05). Os grupos SRP e CP demonstraram eficácia intermediária, com proteção moderada frente à erosão.

Os dentifrícios fluoretados associado a tecnologia REFIX® e o fluoreto de estanho (SnF₂) mostraram-se mais eficazes na proteção contra desgaste erosivo do esmalte bovino, superando os demais grupos testados.

PNe0797 - Painel Aspirante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Influência de compostos naturais da própolis vermelha brasileira na terapia sistêmica para modulação da periodontite experimental in vivo
Aline Paim de Abreu Paulo Gomes, Lucas Daylor Aguiar da Silva, Tatiane Tiemi Macedo, Gustavo Cicero Dudu Silva, Arthur Rodrigues Oliveira Braga, Manuela Rocha Dos Santos, Luciene Cristina de Figueiredo, Bruno Bueno-Silva
UNIVERSIDADE GUARULHOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A busca por compostos naturais, com propriedades antiinflamatórias e antimicrobianas, como estratégia terapêutica no controle da periodontite impulsionou este estudo que avaliou o efeito dos neovestitol e vestitol (NV) sobre o perfil microbiano da periodontite experimental induzida em ratos Wistar por inoculação de P. gingivalis e uso de ligadura nos primeiros molares inferiores. Os animais foram divididos em grupos (n=6) cujo tratamento foi realizado por 14 dias, sendo: CON-LIG (ligadura + veículo), NV por via oral (ligadura + NV, 20 mg/kg), METRO (ligadura + metronidazol, 100 mg/kg) e SHAM (sem ligadura). No 15º dia, as ligaduras foram coletadas para análise do biofilme por hibridização DNA-DNA, avaliando 40 espécies bacterianas. O grupo NV apresentou 60% de redução enquanto o grupo METRO obteve 40%, tendo assim um desempenho superior na redução da contagem total do biofilme em comparação ao grupo CON-LIG (p ≤ 0,05). Na análise entre a proporção dos complexos bacterianos, o grupo NV reduziu significativamente a proporção do complexo laranja, e ambos os tratamentos (NV e METRO) promoveram a redução do complexo vermelho comparados ao CON-LIG (p≤0,05), grupos associados à doença periodontal. Na contagem média por espécie, houve redução de sete espécies patogênicas, destacando-se P. gingivalis, P. intermedia, F. nucleatum vincentii e E. nodatum. Na comparação entre os tratamentos (NV e METRO), NV demonstrou maior eficácia na redução de S. intermedius, A. odontolyticus, F. nucleatum vincentii e E. nodatum (p<0,05).

Os dados sugerem que os compostos NV por via oral apresentam ação moduladora na disbiose periodontal em modelo animal, consolidando-se como uma abordagem promissora na terapêutica sistêmica no tratamento da periodontite.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2019/19691-0)
PNe0798 - Painel Aspirante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Segurança e Eficácia de Microagulhas Revestidas com Tramadol para Liberação Transdérmica na ATM
Fernanda Elisa Ferreira Ananias, João Pedro Hübbe Pfeifer, Ganesh Kesav Venkatesa Prabhu, Harvinder Singh Gill, Antônio Sérgio Guimarães, Marcelo Henrique Napimoga, Henrique Ballassini Abdalla, Juliana Trindade Clemente-napimoga
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As disfunções temporomandibulares (DTMs) representam um importante causa de dor orofacial, com opções terapêuticas limitadas. Este estudo propôs o uso de microagulhas revestidas com tramadol (MNs-TR) para liberação transdérmica na articulação temporomandibular (ATM). Para isto, as MNs-TR foram padronizadas e otimizadas in vitro, quanto a sua eficiência de delivery e estabilidade. Avaliou-se o impacto da esterilização por óxido de etileno no conteúdo de tramadol. Para avaliar a segurança das MNs-TR, peles humanas foram bioimpressas, e histologicamente avaliadas. O sobrenadante foi coletado para dosagem do total de TR e quantificação da PGE2. Em estudo clínico, 11 participantes com mialgia, segundo critérios DC/TMD, foram submetidos a testes sensoriais, avaliação da força de mordida, eficiência mastigatória e inspeção de eventos adversos. Nossos dados demonstram que as MNs-TR com solução de TR-30% apresentou melhor eficiência de delivery (p<0,05). A esterilização com óxido de etileno não afetou o revestimento de TR e apresentou durabilidade de 120 dias (p<0,05). Na avaliação da pele humana bioimpressa, a MNs-TR não alterou a estrutura da derme e epiderme, e não aumentou os níveis do PGE2, um importante mediador inflamatório (p>0,05). Em relação a inspeção visual, a aplicação das MNs-TR apresentou eventos leves, como eritema (18,8%) e sangramento (9,09%). Nos testes quantitativos sensoriais, a aplicação das MNs-TR não alterou o limiar de dor dos participantes (p>0,05), no entanto, foi observado melhora significativa na força de mordida e na eficiência mastigatória (p<0,05).

Em conclusão, a aplicação das MNs-TR mostrou-se segura e eficaz em melhorar a eficiência mastigatória e força de mordida.

(Apoio: FAPESP  N° 2017/22334-9  |  FAPESP  N° 2019/04276-7)



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