Resumos Aprovados 2025

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PNd0614 - Painel Efetivo
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Análise da resistência à corrosão em instrumentos de NiTi com diferentes processos de usinagem e tratamentos térmicos
Paula Ribeiro Garcia, Natalia Isabel de Azevedo Lopes, Dalila Chaves Sicupira, Leandro de Arruda Santos, Ana Cecília Diniz Viana , Vicente Tadeu Lopes Buono
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência à corrosão de instrumentos endodônticos de NiTi com diferentes características estruturais e tratamentos térmicos. Foram utilizados instrumentos dos sistemas HyFlex EDM 25/.~, (EDM) HyFlex CM 30./06 (CM) e RaCe 30/.06 (RC). A composição química foi analisada por espectroscopia de energia de raios x (EDS) e as fases constituintes da liga, presentes à temperatura ambiente foram verificadas por difratometria de raios X (DRX). A análise da rugosidade superficial dos instrumentos foi realizada por microscopia de força atômica (AFM). Seis instrumentos de cada sistema (n=6) foram submetidos aos testes de resistência à corrosão determinada por teste de polarização potenciodinâmica a partir do potencial de circuito aberto, utilizando como eletrólito uma solução de hipoclorito de sódio 5,25%, a 25°C. A análise por EDS apresentou composição aproximadamente equiatômica de Ni e Ti no grupo RC e presença de Ni, Ti e O nos sistemas CM e EDM. A análise de DRX evidenciou a presença de austenita e fase-R à temperatura ambiente para os grupos CM e EDM, e apenas austenita para o grupo RC. A rugosidade superficial foi significativamente menor nos grupos CM e EDM em relação ao grupo RC. Os grupos CM apresentaram maior resistência à corrosão, seguido de EDM e RC.

De acordo com os resultados, o tratamento térmico e, consequentemente a composição química, parece ter maior influência na resistência à corrosão, independentemente do tipo de usinagem ou polimento de superfície.

(Apoio: CAPES)

PNd0619 - Painel Efetivo
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Desfecho do tratamento endodôntico utilizando hipoclorito de sódio 8,25% vs. 2,5%: Ensaio clínico randomizado com 2 anos de acompanhamento
Filipe Colombo Vitali, Pablo Silveira Santos, Gabriel Mafra, Lucas da Fonseca Roberti Garcia, Cleonice da Silveira Teixeira
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste ensaio clínico randomizado triplo-cego foi avaliar o desfecho do tratamento endodôntico utilizando hipoclorito de sódio (NaOCl) 8,25% versus 2,5% após 2 anos de acompanhamento. Para tal, 154 pacientes com indicação de tratamento endodôntico para molar inferior com diagnóstico de necrose pulpar e periodontite apical assintomática foram incluídos. Para o tratamento, os participantes foram randomizados em dois grupos, de acordo com a concentração do irrigante utilizado: NaOCl 8,25% ou 2,5%. O acompanhamento clínico e radiográfico foi realizado aos 6 meses, 1 ano e 2 anos. O desfecho foi definido como sucesso ou falha do tratamento, considerando parâmetros clínicos (sinais ou sintomas de infecção) e radiográficos (reparo dos tecidos perirradiculares, avaliado pelos Indices de Cura e Periapical). A análise de Kaplan-Meier foi empregada para estimar a taxa acumulada de sucesso ao longo do tempo, considerando a ocorrência de falhas como evento. A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste de log-rank. Adicionalmente, o efeito de variáveis independentes (tempo operatório, tamanho da lesão, nível de obturação e características dos pacientes) sobre o desfecho foi avaliado por meio de regressão de Cox (α = 0,05). Taxas de sucesso comparáveis (p > 0,05) foram observadas entre os grupos ao longo dos acompanhamentos, com taxas acumuladas de sucesso após 2 anos de 96,97% no grupo NaOCl 8,25% e 95,24% no grupo NaOCl 2,5%. Nenhuma variável independente demonstrou efeito significativo sobre o desfecho (p > 0,05).

Em conclusão, o uso de NaOCl a 8,25% ou 2,5% no tratamento endodôntico resultou em altas taxas de sucesso após 2 anos de acompanhamento, sem diferenças significativas entre os grupos.

(Apoio: UNIEDU)

PNd0631 - Painel Efetivo
Área: 2 - Biologia pulpar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Avaliação Biológica e Caracterização do Colágeno de Tilápia para Aplicações em Culturas Celulares 3D
Priscila Toninatto Alves de Toledo, Gustavo Gonçalves do Prado Manfredi, Vitor de Toledo Stuani, Erika Soares Bronze-uhle, Lígia Espoliar Corrêa, Lais Ciffoni Alves, Carlos Alberto de Souza Costa, Diana Gabriela Soares
Dentistica, Endodontia e Materiais UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo investiga o potencial de formação de matriz 3D do colágeno tipo I extraído da pele da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) (TS) e compara suas propriedades biológicas com o colágeno tipo I extraído do tendão da cauda de rato (RT). O colágeno TS foi extraído por um método ácido e caracterizado por eletroforese (SDS-PAGE), espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e calorimetria exploratória diferencial (DSC) para avaliar sua composição molecular, integridade estrutural e estabilidade térmica. Ensaios biológicos, incluindo viabilidade celular (teste de Live/Dead), atividade metabólica (Alamar Blue) e ensaios de adesão/espalhamento celular (F-actin), foram realizados utilizando pré-osteoblastos MC3T3 cultivados em matrizes de colágeno 3D. A quantificação do colágeno TS resultou em uma concentração de 2,23 mg/mL (~63,7% de recuperação). A eletroforese revelou subunidades alfa (~100 kDa) e beta (~200 kDa), enquanto o FTIR confirmou a presença de bandas características do colágeno tipo I. A análise por DSC indicou perda de massa a 140°C, uma transição vítrea a 158,5°C e degradação a 188°C, demonstrando estabilidade térmica adequada. A análise de cultura celular mostrou a formação bem-sucedida de hidrogéis termo-responsivos para ambas as fontes de colágeno, com as matrizes de TS exibindo maior contração (48,9%) em comparação com RT. Os ensaios biológicos demonstraram melhor adesão celular, proliferação e metabolismo no colágeno TS ao longo do tempo.

Em conclusão, o colágeno TS apresentou excelente biocompatibilidade e proporcionou um microambiente favorável para o crescimento celular, destacando seu potencial para aplicações em cultura de tecidos 3D.

(Apoio: FAPs - FAPESP N° 2024/06325-3)

PNd0652 - Painel Efetivo
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Variação da temperatura pulpar com de diferentes técnicas restauradoras utilizando três dispostivos de fotoativação distintos
Rodrigo Keigo Nakagawa, Avery Challub Neta, Ana Clara Paim Silva, Luís Fernando dos Santos Alves Morgan
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Tratamentos restauradores utilizando compostos pré-aquecidos associados aos fotoativadores de alta potência podem levar a aumento de temperatura pulpar significativos com consequente danos irreversíveis. Objetivos: avaliar as variações da temperatura pulpar em resposta a diferentes técnicas restauradoras bulk-fill associadas a diferentes dispositivos de fotoativação de alta potência. Métodos: 60 dentes bovinos foram dividos em 6 grupos (n=10). Restaurações classe V foram realizadas em incrementos único utilizando resinas Bulk convencional e Bulk pré-aquecida, em sistema de microcirculação simulada, validado. De acordo com cada grupo foram utilizados três fotoativadores distintos. Os dados referentes a temperatura pulpar em cada etapa restauradora foram analisados por análise de variância (ANOVA) (95% confiabilidade). Resultados: Todos os grupos apresentaram queda de temperatura durante o preparo cavitário (T3) e aumento progressivo durante as etapas de fotoativação. Os maiores valores foram observados utilizando Valo X. O polimento reduziu significativamente o valor de temperatura. Nenhum grupo apresentou variação maior que 5°C em relação à temperatura interna inicial.

Conclusão: apesar de aumento significativo da temperatura, nenhum grupo ultrapassou o limite seguro de 5,5°C acima da temperatura basal. O maior aquecimento ocorreu com o Valo X e a resina VisCalor. Os dispositivos de fotoativação e as modalidades restauradoras testadas não apresentaram variações alarmantes de temperatura.

PNd0655 - Painel Efetivo
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

EFEITO DO EXTRATO DE PRÓPOLIS 10% NA MORFOLOGIA, MICRODUREZA, COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ALTERAÇÃO DE COR DO ESMALTE DENTAL CLAREADO
Roberta Pimentel de Oliveira, Cíntia de Melo Silva Souza, Elma Vieira Takeuchi, Geovanni Pereira Mitre, Hilton Tulio Costi, Maria Sueli da Silva Kataoka, Jesuina Lamartine Nogueira Araújo, Cecy Martins Silva
Programa de Pós Graduação em Odontologia CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou o efeito do extrato de própolis 10% na morfologia, microdureza Knoop (KHN), composição química e alteração de cor do esmalte dental clareado com peróxido de hidrogênio 35%. Oitenta e oito incisivos bovinos foram distribuídos em 04 grupos: G1- sem tratamento, G2- extrato de própolis 10%, G3- fluoreto de sódio 2% (NaF 2%), G4- extrato de própolis 10% + NaF 2%. A rugosidade superficial foi avaliada por perfilometria óptica, a ultramorfologia por microscopia eletrônica de varredura (MEV), a microdureza por microdurômetro, a composição química por espectroscopia de energia dispersiva (EDS) e a alteração de cor foi medida por espectrofotômetro. Foram realizadas três sessões de clareamento, com intervalos de 7 dias. As análises ocorreram em T0 (baseline) e T1 (após tratamento). O teste t foi aplicado para perfilometria e KHN; ANOVA one-way para alteração de cor (ΔE); MEV e EDS foram analisados qualitativamente e por percentil. Adotou-se nível de significância de 5%. Não houve diferença estatística na rugosidade entre T0 e T1 em nenhum grupo. Na KHN, apenas G2 apresentou redução significativa entre T0 e T1. As imagens de MEV mostraram morfologia lisa e homogênea, apenas G2 exibiu discreta deposição de precipitados. O EDS indicou variação inferior a 2% na concentração de Ca, O e P entre os grupos. Todos os grupos apresentaram variação de cor intragrupo entre T0 e T1, e a média de ΔE entre os grupos experimentais não apresentou diferença estatística.

O extrato de própolis 10% não alterou a rugosidade e o clareamento, mas reduziu a microdureza, sugerindo ausência de efeito remineralizador. Assim, o extrato de própolis 10% é promissor, embora estudos adicionais sejam necessários para elucidar seus efeitos no esmalte clareado.

PNd0662 - Painel Efetivo
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Desempenho microestrutural e óptico da 3Y-TZP reciclada e infiltrada com gradientes de módulo elástico sob envelhecimento hidrotérmico
Henrico Badaoui Strazzi Sahyon , Bruna de Mello Silva, Mariana Miranda de Toledo Piza, Tiago Moreira Bastos Campos, Ernesto Byron Benalcázar-Jalkh, Larissa Marcia Martins Alves, Edmara Bergamo, Estevam Augusto Bonfante
Prótese e Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar os efeitos da infiltração vítrea e do envelhecimento hidrotérmico nas propriedades microestruturais e ópticas da zircônia 3Y-TZP reciclada minimamente processada. Discos foram prensados, sinterizados e divididos em 6 grupos, conforme infiltração de vidro (com/sem) e períodos de degradação hidrotérmica (imediato, 50h ou 100h a 134 °C, 2,2 bar). Avaliaram-se: distribuição de partículas, densidade (n=10), fases cristalinas (Raman, n=3), morfologia (MEV), composição elementar (EDS, n=3) e propriedades ópticas (razão de contraste [RC], parâmetro de translucidez [PT] e estabilidade de cor [limiares de perceptibilidade (LP) e aceitabilidade (LA)], n=10). Densidade e propriedade ópticas foram analisadas por ANOVA-medidas repetidas (1 e 2-way, respectivamente), seguidas por teste de Tukey (α=0,05). O pó apresentou tamanho médio de 1,61 μm. Densidades para os períodos imediato, 50h e 100h foram de 99,68%, 99,24% e 99,04%. Análise de Raman identificou fase tetragonal-cúbica no grupo imediato não infiltrado, enquanto os demais exibiram o predomínio de fase monoclínica. Micrografias revelaram superfícies homogêneas enquanto EDS detectou os elementos Zr, Y e Hf nos grupos não infiltrados; e Si, Al, Na, K e Ca nos infiltrados. Grupos não infiltrados apresentaram menor RC e maior PT (P<0,001). O envelhecimento não afetou os parâmetros ópticos (P>0,05), exceto no grupo infiltrado, em que o grupo imediato apresentou maior PT do que os grupos envelhecidos (P<0,001). As variações de cor foram abaixo dos LP (0,81) e LA (1,77).

Infiltração vítrea mostra potencial para aprimorar a 3Y-TZP reciclada em aplicações odontológicas. O envelhecimento hidrotérmico influenciou as propriedades microestruturais e ópticas da 3Y-TZP reciclada.

PNd0669 - Painel Efetivo
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Análise da resistência de união de cimentos resinosos com diferentes protocolos adesivos à cerâmica de dissilicato de lítio
Andrea Freire, Patricia Camila Raffel de Almeida Borges, Luana Ribeiro Dos Santos, João Felipe Besegato
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da aplicação e da fotoativação de sistemas adesivos na resistência de união (RU) imediata e após envelhecimento de uma cerâmica vítrea reforçada por dissilicato de lítio, associada a diferentes cimentos resinosos duais. Sessenta amostras cerâmicas (IPS e.max CAD) foram confeccionadas e divididas em três grupos (n=20/grupo) conforme o cimento resinoso: RelyX ARC (ARC), RelyX Ultimate (ULT) e RelyX U200 (U200). Cada grupo foi subdividido conforme a estratégia adesiva: sem adesivo (s), adesivo fotoativado (af) e adesivo não fotoativado (a); ARC/ Scotchbond MU, ULT e U200/ Scotchbond Universal. Após condicionamento com ácido fluorídrico 10% por 20 segundos, limpeza em ultrassom e aplicação da estratégia adesiva, inseriu-se o cimento e realizou-se a fotoativação por 40 segundos. A RU foi avaliada por microcisalhamento, imediatamente e após termociclagem (10.000 ciclos), posteriormente realizou-se a análise de falhas (adesiva, mista, coesiva). A análise estatística envolveu ANOVA a 2 critérios (cimento e estratégia adesiva) e Tukey, após confirmação de normalidade e homogeneidade. Na RU imediata, ARC apresentou maiores valores, independente da estratégia adesiva (s= 40,99; af= 41,77; a=33,52 MPa). Nos cimentos ULT e U200 a estratégia adesiva impactou a RU, reduzindo a mesma quando o adesivo não foi fotoativado. A termociclagem influenciou a RU considerando o cimento (p=0,005), sendo ARC e U200 semelhantes e com maior RU que ULT. Todas as falhas ocorreram na interface adesiva, com predominância de falhas mistas.

A presença do adesivo não aumentou a RU à cerâmica vítrea; entretanto, a fotoativação do sistema adesivo universal minimizou a incompatibilidade com os cimentos ULT e U200.

PNd0682 - Painel Efetivo
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Efeito da incorporação de pentóxido de nióbio (Nb₂O₅) na resistência flexural e rugosidade de resina de impressão 3D à base de PMMA
Enrico Coser Bridi, Tiago Artur Bittencourt Navega, Mayara zaghi Dal Picolo, João Pedro Rangel Coelho, Jéssica Nespolo Martins, Vagner Leme Ortega, Vicente Castelo Branco Leitune, Vanessa Cavalli Gobbo
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a influência da incorporação de pentóxido de nióbio (Nb₂O₅) em diferentes concentrações (0,5%, 1% e 2,5%) na resistência flexural e rugosidade de superfície de uma resina de impressão à base de poli(metil metacrilato) (PMMA). Corpos de prova foram confeccionados via impressão 3D (Phrozen Sonic Mini 8K) com design CAD e parâmetros padronizados. Para o ensaio de resistência flexural (n = 10), barras de 25 × 2 × 2 mm (ISO 10477) foram confeccionadas. Para análise de rugosidade (n = 10), foram produzidos discos de 5 mm de diâmetro × 2 mm de espessura. A lavagem prévia à pós-cura foi feita com álcool isopropílico por 5 min, utilizando equipamento Wash and Cure (Anycubic). A pós-cura foi realizada no mesmo equipamento (405 nm, 60 W, 30min). A resistência flexural foi determinada em máquina de ensaio (Emic) com dispositivo de três pontos a 0,5 mm/min. A rugosidade foi medida em triplicata (Ra, μm) em rugosímetro (Surftest SJ-210, Mitutoyo). Os dados apresentaram distribuição normal (Shapiro-Wilk) e homogeneidade de variância (Bartlett), permitindo ANOVA e teste de Tukey (α = 0,05). O grupo Controle (CTR) apresentou maior resistência flexural (124,4 ± 7,37 MPa), diferindo de todos os grupos com Nb₂O₅. NB05 e NB1 apresentaram valores semelhantes (113,3 ± 4,14 e 113,9 ± 3,68 MPa), superiores a NB25 (98,73 ± 2,56 MPa). Para rugosidade, CTR teve maior valor (0,6110 ± 0,0747 µm), seguido de NB05 (0,4440 ± 0,1284 µm), superiores a NB1 (0,2500 ± 0,0451 µm) e NB25 (0,2170 ± 0,1376 µm), sem diferença entre os dois.

Conclui-se que a adição de Nb₂O₅ diminuiu a resistência flexural, mas melhorou a rugosidade superficial da resina, especialmente nas concentrações de 1% e 2,5%, sugerindo que concentrações entre 0,5%-1% podem ser promissoras em novos estudos.

PNd0687 - Painel Efetivo
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

EFEITO ANTIBACTERIANO DE RESINAS BIOATIVAS CONTENDO PARTÍCULAS S-PRG
Mayara zaghi Dal Picolo, João Pedro Rangel Coelho, Enrico Coser Bridi, Flavia Lucisano Botelho do Amaral, Kamila Rosamilia Kantovitz , Roberta Tarkany Basting
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi investigar o efeito de resinas compostas bioativas contendo partículas S-PRG de diferentes viscosidades quanto à atividade antibacteriana de S. mutans. Discos (2 mm x 4 mm) de resinas compostas bioativas (baixa viscosidade: Beautiful Flow Plus F00/ BP0 e Beautiful Flow Plus F03/ BP3; alta viscosidade: Beautiful II/ BII, Beautiful LS/ BLS e Beautiful Bulk Restorative/ BR) foram comparadas a uma resina composta convencional de alta viscosidade (Filtek Z350 XT/ Z350) quanto à contagem de unidades formadoras de colônia (UFC/mL) de Streptococcus Mutans (n=6) após 24 horas e 5 dias de incubação. Os dados obtidos em cada tempo foram analisados por ANOVA um fator seguido de teste pos-hoc de Tukey (α= 5%). Em 24 horas, não houve diferença estatística significativa entre os grupos, exceto entre BII e BP3 (p=0,0112), sendo que BII apresentou maior UFC/mL e BP3 apresentou menor UFC/mL. Após 5 dias, não houve diferença entre Z350, BP0 e BP3, as quais apresentaram maior UFC/mL, seguidos de BLS, BR e BII (p=0,0001); BLS não diferiu estatisticamente de BP3, nem de BR e BII, os quais foram semelhantes entre si.

A atividade antibacteriana foi influenciada pela viscosidade da resina composta. Em 24 horas, resinas fluidas com S-PRG mostraram menor adesão de S. mutans, mas após 5 dias, resinas de alta viscosidade com S-PRG apresentaram menor adesão bacteriana.

(Apoio: CAPES N° 88887.947061/2024-00)

PNd0688 - Painel Efetivo
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Sete anos de avaliação clínica de facetas de dissilicato de lítio: influência das técnicas CAD e Press
Ana Flávia Sanches Borges, Naiara Araújo de Oliveira, Idiane Bianca Lima Soares Rusu, Paulo Henrique Martins Fernandes, Thaís Ferreira Rodrigues Mota, Joao Paulo de Souza Borba, Linda Wang, Heitor Marques Honório
Dentística Endodontia e Materiais Odonto UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este ensaio clínico randomizado, do tipo boca dividida, avaliou 178 facetas de dissilicato de lítio, comparando dois métodos de processamento: fresadas (CAD) e prensadas (Press), ao longo de 7 anos. Trinta e três pacientes (27 mulheres, 6 homens; 18-60 anos) receberam 89 facetas por grupo nos dentes anteriores superiores. As avaliações ocorreram no início, aos 6 meses e anualmente até 7 anos (exceto no 3º ano, devido à pandemia), seguindo critérios modificados do USPHS por dois avaliadores calibrados. As análises de Kaplan-Meier e teste Log-rank (α=0,05), com Análise por Intenção de Tratar (AIT), foram realizadas no software JAMOVI (v2.3, 2022). Aos 7 anos, observou-se: adaptação marginal com Taxas de Sobrevivência (TS) de 94,3% (CAD) e 95,5% (Press), sem diferença significativa (p=0,732); alteração de cor em 1 faceta por grupo (p=1,0); descoloração marginal em 16 facetas CAD (TS 82%) e 30 Press (TS 66%), com diferença significativa (p=0,022); fraturas em 7 CAD (TS 91%) e 1 Press (TS 98%), com significância (p=0,017), todas reparáveis. Aos 72 meses, ocorreu uma falha absoluta (decimentação, CAD), recimentada. O desgaste do antagonista mostrou TS de 96% (CAD) e 95% (Press), sem diferença significativa (p=0,701).

Após 7 anos de acompanhamento clínico, o grupo CAD apresentou melhor desempenho no quesito descoloração marginal e pior desempenho no quesito fratura da restauração.

(Apoio: FAPESP N° 15/01436-2)