03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PNd0768 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Validação longitudinal da versão brasileira do Dentine Hypersensitivity Experience Questionnaire (DHEQ-15) - Resultados Preliminares
Paula Mariane Figueiredo, Aline Moreira Cunha Monteiro, Isaac Portes Leão, Lara Camila Andrade, Yure Gonçalves Gusmão, José Cristiano Ramos Glória , Patricia Furtado Gonçalves, Dhelfeson Willya Douglas-de-Oliveira
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi validar longitudinalmente a versão brasileira do Dentine Hypersensitivity Experience Questionnaire (DHEQ-15). Foram incluídos pacientes com 18 anos ou mais, que apresentarem hipersensibilidade dentinária (HD) em no mínimo dois dentes não adjacentes com a resposta ≥1 na escala de Schiff. Foram excluídos os questionários que não estiveram respondidos por completos. A versão brasileira do DHEQ-15 foi respondida por 51 pacientes com HD. Em seguida, estes pacientes foram submetidos a tratamento para HD, sendo GLUMA® ou placebo. O tratamento foi randomizado por sorteio de computador e mantido oculto até o momento da intervenção, cada paciente recebeu um único tipo de tratamento. A HD foi avaliada por estímulo evaporativo e tátil. O nível de HD foi medido por meio de escala numérica. Os dados foram medidos no início do estudo (baseline) e 4 semanas após o tratamento inicial. O paciente, o operador e o avaliador foram cegados em relação ao tratamento. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e pelo teste de Wilcoxon e correlação de Spearman. A amostra foi composta por 11 homens e 40 mulheres. No grupo GLUMA, o escore inicial do DHEQ-15 foi 70,36, e houve redução estatisticamente significante após tratamento (escore final 53,0) (p<0,001). Após tratamento com Gluma, houve redução significativa do nível de HD nos estímulos evaporativo (p<0,001) e tátil (p<0,001). Houve correlação significativa moderada positiva entre o escore DHEQ-15 e o nível de HD (evaporativo rs=0,534, p=0,018; tátil rs=0,431, p=0,003).

Os resultados demonstram a responsividade do DHEQ-15 às mudanças de nível de HD e, assim, evidenciam a validação longitudinal do questionário brasileiro.

(Apoio: CNPq  N° 444029/2023  |  CAPES  |  UFVJM)
PNd0770 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

ASSOCIAÇÃO DO ALFABETISMO EM SAÚDE BUCAL E DECISÕES ALIMENTARES DOS PAIS DE CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS DE UMA ESCOLA DO ESTADO DO PARANÁ
Juliana Cardoso da Silva Bigonha, Denise Eduarda Marques Dos Santos, Lizandra Mensato, Natália Caroline Carvalho Bezerra, Gabriela Cristina Santin
Departamento de odontologogia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Considerando que, durante a infância os pais são responsáveis pelas escolhas alimentares dos seus filhos, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar se o nível do letramento em saúde bucal dos responsáveis, tem influência nas decisões alimentares para seus dependentes. Para isso, foi realizado um estudo transversal com pais/responsáveis por crianças de 4 a 6 anos, matriculadas em uma escola municipal, na cidade de Cianorte, no Estado do Paraná. Os pais responderam a um alguns questionários solicitados, sendo eles: um socioeconômico e demográfico, um sobre escolhas alimentares originalmente nomeado "Food Choice Questionnaire" (FCQ), outro chamado "Formulário de escolhas alimentares", desenvolvido pelos autores especialmente para esse estudo, e por fim, a versão brasileira do "Health Literacy in Dentistry" (Held-14), com o intuito de avaliar seu nível de alfabetismo em saúde bucal. Quanto as crianças, elas foram avaliadas clinicamente pelo índice de doença cárie "Caries Assessment Spectrum and Treatment" (CAST). Pais com maior nível de letramento em saúde bucal estiveram associados com uma maior cautela em relação a saúde das crianças, além de uma maior preocupação com questões éticas envolvendo os alimentos (p<000,1). Além disso, o nível de letramento em saúde bucal dos pais esteve associado na escolha de alimentos para seus filhos.

Assim, conclui-se que quanto maior o alfabetismo em saúde bucal do indivíduo, melhores serão as escolhas alimentares que terão para seus dependentes.

PNd0771 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Autopercepção da Saúde Bucal e impacto na qualidade de vida em pacientes Transgêneros
Lara Cristina Caldeira Nunes, Hebertt Gonzaga dos Santos Chaves, Thiago Caldeira Diniz, Beatriz de Melo Silva Costa, Tales Severiano da Silva, João Ângelo Rodrigues Neto, Luciana Gravito de Azevedo Branco, Andreia Maria Araujo Drummond
OSP UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo piloto de abordagem transversal teve como objetivo avaliar a autopercepção da saúde bucal e o impacto na qualidade de vida de pessoas transgêneras. A pesquisa foi conduzida com 28 participantes atendidos pelo Projeto de Extensão "TransOdonto: Saúde Bucal Também é Direito!", vinculado à Faculdade de Odontologia da UFMG. A coleta de dados ocorreu entre agosto de 2023 e dezembro de 2024, por meio da análise de fichas clínicas e aplicação dos questionários WHOQOL-bref e OHIP-14. As informações clínicas incluíram dados sociodemográficos, hábitos de vida, condições sistêmicas e principais queixas odontológicas. Os questionários foram aplicados individualmente, em ambiente reservado e com confidencialidade. Os escores do OHIP-14 variaram de 1 a 48, com média de 19,2±12,18, indicando impacto moderado da saúde bucal, sobretudo nos domínios de desconforto psicológico (2,35) e dor física (1,75). O WHOQOL-bref indicou média de 78,03, com os menores escores nos domínios de relações sociais (2,79) e meio ambiente (2,84), sugerindo limitações no suporte social e no acesso a recursos básicos. A maioria dos participantes se identificavam como mulheres (67,86%), com média de idade de 39,6±12,94 anos. Observou-se alta prevalência de consumo de álcool (67,85%) e cigarro (64,28%), além de condições sistêmicas como portadores de HIV, transtornos mentais e uso contínuo de medicamentos. As principais motivações para o atendimento odontológico foram dor, fraturas dentárias, necessidade de prótese e estética.

Conclui-se que a saúde bucal impacta significativamente a qualidade de vida de pessoas trans e travestis, sobretudo nos aspectos emocionais e sociais, evidenciando a necessidade de um atendimento odontológico humanizado e inclusivo.

(Apoio: CAPES  N° 88887.712700/2022-00   |  FAPs - FAPEMIG)
PNd0772 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

IMPACTO DE FERRAMENTAS ASSISTIVAS NA HIGIENE BUCAL DE PACIENTES COM DEFICIÊNCIA NEUROMOTORA: UM ESTUDO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO
Sávio Carvalho Sales, Ana Clara Tapajós Pinto, Mariana Coutinho Sancas, Aline dos Santos Letieri, Gloria Fernanda Barbosa de Araujo Castro
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se investigar o impacto de ferramentas assistivas (e-book e abridor de boca) na higiene bucal de pacientes com deficiências neuromotoras (PcDNm). Realizou-se, após aprovação do CEP, um ensaio clínico controlado, randomizado, duplo-cego, com dois grupos: Grupo A (GA), que recebeu um e-book com orientações e um abridor de boca, e Grupo B (GB), que recebeu apenas o e-book. Foi realizada uma avaliação clínica em três momentos: T1 (inicial), T2 e T3 (follow-up), utilizando o Índice de Biofilme (IB) e o Índice de Sangramento Gengival (ISG). Também foi aplicado o Questionário Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (P-CPQ), em T1 e T3, para avaliar a percepção dos cuidadores sobre a qualidade de vida, e o System Usability Scale (SUS) em T3, para avaliar a usabilidade dos dispositivos fornecidos. As análises estatísticas foram realizadas usando o SPSS 21.0 (nível de significância de 5%). Ao final, ambos grupos apresentaram melhorias significativas nos parâmetros avaliados. No GA, houve redução do biofilme espesso de 75% para 12,5%, além de redução significativa no ISG com 50% dos pacientes com sangramento severo em T1 e nenhum (0%) em T3 (p=0,038). Já no GB, todos participantes apresentaram biofilme fino em T3 (100%), além de redução no sangramento gengival. GA teve melhora significativa nas percepções dos cuidadores sobre a qualidade de vida (QV), com pontuação média do P-CPQ diminuindo de 28,25 para 7,25 (p=0,000). Quanto à usabilidade dos dispositivos, GA obteve média de 75,31 no SUS, considerada aceitável, enquanto o GB teve média de 96,56, classificada como excelente.

As ferramentas assistivas foram bem aceitas e contribuíram significativamente para melhoria da higiene bucal e a percepção dos cuidadores sobre a QV dos PcDNm.

(Apoio: CAPES)
PNd0773 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Uso de pacientes virtuais na capacitação da equipe de enfermagem no protocolo de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica
Ariane Vieira Guimarães Furtado, Heloiza Dos Santos Almeida, Gabriela Fleury Seixas, Joviano Barbosa de Castro Neto, Heloisy de Carvalho Cardoso, Iago Sarti Martins, Evandro Carlos Martinho da Fonte, Luciana Prado Maia
pós graduação em odontologia UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) representa uma das principais causas de infecção hospitalar, com mortalidade estimada em 63,7% em 90 dias. Sua profilaxia é uma área crítica de treinamento para enfermeiros e técnicos de enfermagem e a higiene bucal é parte importante do protocolo de prevenção. Este trabalho avaliou os efeitos de um programa inovador de educação continuada utilizando pacientes virtuais para capacitação da equipe de enfermagem que atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O nível de entendimento e aderência ao protocolo de prevenção da PAV foi avaliado antes e após o treinamento através de questionários de conhecimento, adesão e avaliação da "percepção do aprendizado" pela escala Likert. A amostra de 120 profissionais foi submetida a um treinamento digital com pacientes virtuais, seguido de prática presencial com manequins. Foram comparadas as notas na avaliação de conhecimento e na taxa de adesão ao protocolo de prevenção de PAV antes e após o treinamento, além da escala Likert. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste Shapiro Wilk. As variáveis contínuas dependentes foram comparadas pelo teste de Wilcoxon e as independentes pelo teste de Mann-Whitney. As proporções foram avaliadas pelo teste Z de proporções. Todos os testes foram bicaudais e com nível de significância de 0,05. Não houve diferença entre os grupos nos quesitos idade, sexo, profissão e tempo de profissão. Houve aumento na mediana da nota do questionário de conhecimento (60 vs 73 pontos; p<0,001), na adesão ao protocolo de prevenção de PAV (80% vs 84%; p<0,001) e na percepção do aprendizado (3 vs 4; p<0,001).

O treinamento proporcionou aumento do nível e percepção de conhecimento da equipe e maior adesão ao protocolo de prevenção de PAV

PNd0775 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Condições de saúde bucal em pessoas idosas no Brasil: Estudo retrospectivo
Ana Beatriz Cesnik Cardoso, Isabella de Miranda Cardoso, Fernanda Lopez Rosell, Silvia Helena de Carvalho Sales Peres, Andréa Cândido Dos Reis, Lígia Antunes Pereira Pinelli
Materiais Odontológicos e Prótese UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi analisar as condições de saúde bucal e os tratamentos realizados em indivíduos de 65 a 74 anos nas macrorregiões do Brasil, com base em dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (2023) e do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (2024) do Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo retrospectivo, que avaliou indicadores de edentulismo, uso e necessidade de próteses, necessidade de atendimento de urgência, índices de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D), de polpa visível, úlcera, fístula e abscesso (PUFA) e Índice Periodontal Comunitário (IPC), além dos procedimentos odontológicos registrados. Os dados foram sistematizados em planilha Excel e submetidos à análise descritiva. Os resultados mostraram que 36,5% dos idosos são edêntulos; 75% necessitam de próteses; 52,4% não utilizam próteses inferiores e 68,8% utilizam superiores, contudo, menos de 1% dos procedimentos na Atenção Básica focaram na reabilitação protética. O índice CPO-D mostrou que há 84% de dentes perdidos, 4% cariados e 12% restaurados, com 60% dos idosos com acometimento pulpar (PUFA), mas menos de 1% dos atendimentos envolveram terapia endodôntica. No IPC, 83% dos sextantes foram excluídos, e as raspagens e alisamentos corresponderam a apenas 0,88% dos procedimentos. A região Norte apresentou maior discrepância entre as necessidades de tratamento e o que é executado, enquanto o Sudeste, no geral, houve a menor discrepância.

Concluiu-se que há uma alta perda dentária entre idosos brasileiros e baixa cobertura de recuperação e reabilitação, o que mostra a importância de revisar a organização do trabalho e atentar para esses indicadores no sentido de orientar políticas públicas equitativas.

PNd0776 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Fotobiomodulação previne trismo associado à radioterapia de cabeça e pescoço: um ensaio clínico randomizado, triplo-cego e controlado
Tayane Oliveira Gonçalves, Paulo Goberlânio de Barros Silva, Ana Clara Rodrigues Antunes, Cássia Maria Fernandes Gomes Pereira, Marcela Maria Fontes Borges, Weslley Nilson Oliveira de Sousa, Ana Mirian da Silva Cavalcante, Thinali Sousa Dantas
Odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo objetiva avaliar a eficácia da terapia de fotobiomodulação (PBMT) com o Laser de baixa intensidade na prevenção de trismo em pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço (CCP) em tratamento radioterápico, por meio de um ensaio clínico de fase II, randomizado, triplo cego e placebo controlado. Foram incluídos 46 pacientes submetidos à Radioterapia (RT), alocados aleatoriamente em grupos PBMT e PBMT placebo. Utilizou-se o laser infravermelho (~808nm), potência de 0,1W, energia de 3J, 30s (107J/cm 2 ) por ponto, aplicado extraoral nos músculos temporal (MT), masseter (MM) e articulações temporomandibulares (ATM) e intraoral no pterigóideo medial (MP), bilateralmente, totalizando 18 pontos. Os pacientes foram avaliados diariamente, mensurando abertura bucal (AB), dor à abertura bucal e dor à palpação dos músculos mastigatórios pela Escala visual Analógica por 35 dias e mensalmente por 6 meses. Os dados foram submetidos ao teste de Kolmogorov-Smirnov e comparados por meio dos testes t de Student ou Mann-Whitney e análise de regressão linear (p< 0,05). Os pacientes do PBMT apresentaram menor perda de AB (-0,15±4,51 vs -3,75±3,69 mm, p=0,005) em comparação ao placebo, maior redução da dor à palpação em músculos mastigatórios (MM direito: -32,4% (p< 0,001), MM esquerdo: - 49,3% (p=0,003), MT direito: -48,1% (p=0,003), MT esquerdo: -46,6% (p=0,001), PM direito: -62,5% (p< 0,001), PM esquerdo: -51,3% (p=0,002), ATM direito: -58,9% (p<0,001), ATM esquerdo: -57,4% (p=0,267)) e menor prevalência de trismo grave (graus 1 e 2, p=0,002) em comparação ao placebo.

No período pós-tratamento de até seis meses não houve diferença na AB. A PBMT foi eficaz na prevenção do trismo e dor nos músculos mastigatórios durante o tratamento radioterápico.

PNd0778 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Fissuras Labiopalatinas e Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal de Crianças de até 3 anos
Kamila Rodrigues Junqueira Carvalho, Jéssica Madeira Bittencourt, Bianca Longo Polo, Saul Martins Paiva
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto das fissuras labiopalatinas (FLP) na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças, por meio da percepção dos cuidadores. Trata-se de um estudo transversal, realizado em um centro de referência de anomalias craniofaciais, com 161 crianças de até 3 anos de idade com diagnóstico de FLP e seus cuidadores. Os cuidadores responderam a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS) e um questionário sociodemográfico semiestruturado. O tipo de fissura foi diagnosticado com base na Classificação de Spina, modificada por Silva-Filho, que é dividida em 3 grupos: I: pré-forame incisivo, II: transforame incisivo e III: pós-forame incisivo. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e regressão de Poisson não ajustada e ajustada, com variância robusta (p<0,05) no Programa SPSS versão 25. A maioria das crianças era do sexo masculino (68,4%) e possuía fissura transforame (45,3%). A maioria dos questionários foram respondidos pelas mães (85,7%)) que eram as principais cuidadoras da criança (93,2%). O modelo de regressão final demostrou que mães de meninas relataram maior impacto negativo na QVRSB de suas filhas em comparação às mães de meninos (RP=1,42; IC 95%: 1,01-2,00). Além disso, crianças com fissura trasforame apresentaram 2,36 maior probabilidade de apresentar impacto negativo na QVRSB quando comparadas àquelas com fissura apenas pré forame ou apenas pós forame (IC 95%: 1,09-5,12).

Conclui-se que a presença de fissura transforame repercutiu negativamente no bem-estar das crianças, além de que os impactos negativos nas meninas foram mais percebidos pelas mães.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  N° 205043/2018-6   |  INCT)
PNd0779 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Programa "Sorria SP" e a paradoxal desvalorização profissional: Salários Baixos para Dentistas em Municípios Prioritários
Maryana Carmello da Costa, Giovanna Veiga Lemos Bello, Mariana Gabriel, Maria Ercilia de Araujo, Fernanda Campos de Almeida Carrer, Antonio Carlos Frias, Maristela Honório Cayetano
Odontologia Social UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A má distribuição da mão de obra em saúde bucal reflete desigualdades históricas, apesar de estratégias recentes, como o programa estadual "Sorria São Paulo". Este estudo analisou a distribuição de vagas para cirurgiões-dentistas no serviço público paulista e sua relação com os municípios do programa "Sorria São Paulo". Foi realizado um estudo transversal, descritivo e exploratório, através da busca de editais de concursos públicos ou processos seletivos para inserção de Cirurgião-Dentista no Estado de São Paulo, que ocorreram em 2023, por meio de dados secundários de um Banco de concursos online. Para análise de associação entre as variáveis, utilizou-se o teste do qui-quadrado, com cálculo do odds ratio (IC95%) e valor de p (<0,05). Foram analisados 138 editais e 268 vagas. Dos editais, 59% eram provenientes de municípios participantes do programa "Sorria São Paulo", no entanto, apresentaram remunerações inferiores às de outros municípios (p<0,001; OR= 2,2). Observou-se uma concentração de vagas em regiões metropolitanas (p<0,001), que coincidiram com melhores salários. As médias salariais não foram condizentes com o piso estabelecido pela Lei Nº 3.999/1961.

Os dados sugerem que a baixa remuneração nos municípios mais vulneráveis do estado podem ser fator que dificulta a fixação e engajamento dos profissionais ao SUS. A valorização salarial é essencial para garantir assistência odontológica equitativa no SUS.

(Apoio: CAPES  N° 88887.937926/2024-00  |  CNPq  N° 2805)
PNd0780 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Influência de fatores sociodemográficos no funcionamento familiar de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista
José Gabriel Victor Costa Silva, Saul Martins Paiva, Fabiana Vargas-ferreira, Júnia Maria Cheib Serra-negra, Raquel Gonçalves Vieira-Andrade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar o funcionamento familiar de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA) e os fatores sociodemográficos associados. Foi conduzido um estudo transversal com mães de crianças e adolescentes com TEA em uma instituição pública de apoio a pessoas com deficiência em João Pessoa, Paraíba. As mães responderam a um formulário de dados sociodemográficos e de características dos seus filhos. O funcionamento familiar foi avaliado pela escala FACES III (Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales), que classifica as famílias em risco baixo, médio ou alto para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. Os dados obtidos passaram por análises descritiva, bivariada e regressão de Poisson não ajustada e ajustada (RP; IC95%; p < 0,05). Um total de 50 mães foram entrevistadas. Entre as crianças e adolescentes com TEA, 84% (n = 42) eram do sexo masculino e 56% (n = 28) eram nível 1 de suporte. Entre as mães, 62% (n = 31) estavam desempregadas ou exerciam trabalho doméstico não remunerado, 70% (n = 35) tinham renda familiar menor que dois salários mínimos e 86% (n = 43) viviam em áreas urbanas. Os escores de coesão e adaptabilidade familiar mostraram funcionamento familiar de médio ou alto risco em 64% (n = 36) das famílias. No modelo ajustado final, esse risco apresentou associação com mães sem ocupação formal (RP: 0,47; IC95%: 0,25-0,89; p = 0,02), residência em zona rural (RP: 2,61; IC95%: 1,51-4,52; p = 0,001) e com o maior número de filhos (RP: 1,66; IC95%: 1,02-2,79; p = 0,04).

O risco do funcionamento familiar de crianças e adolescentes com TEA foi menor em famílias com mães desempregadas ou com ocupação doméstica não remunerada e maior em famílias que residiam na zona rural e com dois ou mais filhos.

(Apoio: CAPES  N° 88887.907730/2023-00)



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