03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PNc0471 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Teste de sono domiciliar para diagnóstico de apneia obstrutiva do sono em pacientes Classe III submetidos a cirurgia ortognática
Joberth Rainner Baliza de Paula , Líris Cristina Nepomuceno Pinto, Luana Karine Amaro Silva, Arthur Silva Cunha, José Augusto Mendes Miguel
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A apneia obstrutiva do sono (AOS) apresenta desafios significativos relacionados ao custo elevado e à acessibilidade limitada de seu diagnóstico. Como alternativa, métodos inovadores, como o monitoramento portátil, têm ganhado destaque, embora exijam maior validação científica. Este estudo piloto avaliou um oxímetro sem fio de alta resolução (OxistarT️, Biologix Sistemas Ltda., Brasil) em comparação com a polissonografia (PSG) convencional realizada em laboratório, no mesmo período noturno. Foram incluídos seis pacientes Classe III (idade média: 18,7 ± 2,42 anos; IMC médio: 26,5 ± 7,2 kg/m²), submetidos a PSG e monitoramento portátil antes e seis meses após cirurgia ortognática. A análise dos dados foi conduzida utilizando o método de Bland-Altman. O viés médio estimado do Índice de Apneia-Hipopneia (IAH) foi de 0,75 e 0,91 unidades, com intervalo de confiança de 95% variando entre -1,746 a 3,246 (T0) e -1,46 a 3,298 (T1). A amplitude das diferenças entre os métodos variou de -3,913 a 5,413 (T0) e de -3,531 a 5,364 (T1), com limites de confiança amplos (-8,451 a 9,951 em T0; -7,86 a 9,694 em T1). Embora os resultados indiquem que o monitoramento portátil pode ser aceitável para triagem ou acompanhamento longitudinal, sua precisão limitada pode implicar em riscos de reclassificação da gravidade da AOS, especialmente em contextos clínicos.

Nesse sentido, a validade e aplicabilidade clínica deste método pode ser fortalecida com pesquisas adicionais com uma amostra maior e mais diversa, garantindo maior confiabilidade e reprodutibilidade dos resultados.

(Apoio: CAPES)
PNc0472 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação entre medo odontológico, fatores individuais e fatores familiares via modelagem por equação estrutural
Ana Clara Ferreira de Paiva, Jéssica Madeira Bittencourt, DANIELA RABELO-COSTA, Saul Martins Paiva, Cristiane Baccin Bendo Neves
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar um modelo estrutural da associação entre medo odontológico em crianças, fatores individuais e familiares. Estudo transversal foi realizado em Carmópolis de Minas, Brasil, com 272 crianças de 4 a 6 anos de idade (CAAE: 31334720.1.0000.5149). O medo odontológico das crianças e de suas mães foi autorrelatado através dos instrumentos Children Fear Survey Scale-Dental Subscale e Dental Fear Survey, respectivamente. As mães responderam questionário sociodemográfico e de saúde. Dois dentistas calibrados examinaram as crianças quanto a cárie dentária (índice ceo-d). Foi realizada modelagem por equações estruturais. Crianças com experiência de cárie representaram 46,3% da amostra. Cárie dentária teve associação direta com maior medo odontológico da criança (β=0,145; p=0,036). Dor dentária apresentou associação indireta com medo odontológico da criança, por meio da variável última consulta ao dentista, sendo que crianças com dor dentária foram ao dentista há menos tempo (β=0,401; p=<0,001) e uma visita mais recente ao dentista foi associado ao medo odontológico (β=-0,158; p=0,037). A depressão materna foi associada com maior medo odontológico das mães (β=0,124; p=0,006), mas não houve associação entre medo odontológico das crianças e das mães (p>0,05).

Conclui-se que a presença de medo odontológico das crianças foi associada à experiência de cárie de forma direta, e à dor dentária de forma indireta, por meio da variável visita ao dentista.

(Apoio: CAPES  N° 09/2021  |  FAPEMIG  N° APQ-00467-22)
PNc0473 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Tribocorrosão e resistência ao cisalhamento de selantes de fossas e fissuras após a incorporação de nanopartículas de fibroína de seda
Letícia Delgado Ferreira, Lucas Masaru Marubayashi, Rodrigo Galo, Maria Cristina Borsatto
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo investigou o impacto da adição de nanopartículas de fibroína de seda na tribocorrosão e na resistência ao cisalhamento de selantes de fossas e fissuras (Conseal F e Fluroshield). Oitenta incisivos bovinos foram divididos em oito grupos experimentais: Grupo 1 (Conseal F), Grupo 2 (Conseal F + tribocorrosão), Grupo 3 (Conseal F + fibroína), Grupo 4 (Conseal F + fibroína + tribocorrosão), Grupo 5 (Fluroshield), Grupo 6 (Fluroshield + tribocorrosão), Grupo 7 (Fluroshield + fibroína) e Grupo 8 (Fluroshield + fibroína + tribocorrosão). As nanopartículas foram sintetizadas por degomagem, dissolução, diálise, precipitação, purificação e liofilização, sendo posteriormente incorporadas aos selantes. Os corpos de prova foram submetidos a ensaio tribológico simulando 1 ano de escovação (17.800 ciclos, 1 Hertz, 2 horas e 30 minutos), seguido por teste de cisalhamento (0,5 mm/min, 50 Kgf) e análise da fratura por estereomicroscopia (40x) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados foram analisados por ANOVA e teste t, revelando diferença estatística significativa para Conseal F (p=0,02), mas não para Fluroshield, embora este último tenha apresentado aumento numérico. O padrão de fratura predominante foi adesivo, demonstrando que a força necessária para deslocar o selante ocorreu justamente na interface dente/selante.

A incorporação de fibroína revelou potencial promissor ao aprimorar as propriedades do selante, porém estudos adicionais são essenciais para sua validação clínica definitiva.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/09553-4)
PNc0474 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação tridimensional da tração maxilar com miniplacas em pacientes com e sem fissura labiopalatina unilateral
Líris Cristina Nepomuceno Pinto, David Silveira Alencar, Joberth Rainner Baliza de Paula , Rhita Cristina Cunha Almeida, Felipe de Assis Ribeiro Carvalho
Ortodontia UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As fissuras labiopalatinas (FLP) estão entre as malformações congênitas mais prevalentes da face e frequentemente comprometem o crescimento maxilar, predispondo os indivíduos a perfis faciais côncavos e má oclusão Classe III. Este estudo piloto teve como objetivo avaliar tridimensionalmente os efeitos da tração maxilar com ancoragem esquelética (TMAE), utilizando elásticos intermaxilares conectados a miniplacas instaladas na crista infrazigomática da maxila e na região mentoniana da mandíbula, em pacientes com e sem FLP unilateral enxertada, ambos com tendência à Classe III. Foram incluídos 14 indivíduos, sete em cada grupo, tratados por 12 meses com uso contínuo dos elásticos. Tomografias computadorizadas de feixe cônico obtidas antes (T0) e após o tratamento (T1) foram segmentadas e alinhadas com base no crânio para análise tridimensional de 12 regiões de interesse. Os deslocamentos espaciais dos centroides foram quantificados em coordenadas cartesianas. Houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos para o corpo mandibular esquerdo na direção lateral (p=0,038), subnasal esquerdo na direção sagital (p=0,049) e infrazigomática esquerda na direção vertical (p=0,032).

Esses resultados sugerem que a TMAE com elásticos intermaxilares promove alterações esqueléticas mensuráveis e diferenciadas entre os grupos. A presença da FLP influencia a resposta ao tratamento, destacando a importância de um planejamento individualizado para otimizar os resultados clínicos nesses pacientes. Dessa forma, a TMAE pode gerar respostas esqueléticas distintas em indivíduos com e sem fissura labiopalatina unilateral, sugerindo que a abordagem personalizada seja essencial para maximizar os benefícios do tratamento.

(Apoio: CAPES  N° DS0001)
PNc0475 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

ANÁLISE IN VITRO DA INFLUÊNCIA DA CICLAGEM DE PH NA DEGRADAÇÃO DE FORÇA DE ELÁSTICOS ORTODÔNTICOS
Pedro Henrique Della Graça    , Gabriela Martins França, Ana Rosa Costa, Elisângela de Jesus Campos, Max José Pimenta Lima, Marcelo Augusto Marretto Esquisatto, Heloisa Valdrighi, Milton Santamaria-Jr
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a influência do pH na degradação da força de elásticos ortodônticos. Foram selecionadas duas marcas de elásticos de látex intermaxilares 3/16" de força média (3/16" M ou 4,8 mm): American Orthodontics (Sheboygan, EUA - AO) e Morelli (Sorocaba, Brasil - MOR). Noventa elásticos de cada marca, distendidos em 15 mm de tensão inicial, foram divididos em seis subgrupos (n=30) conforme a solução de imersão: água destilada (controle), solução pH 5,0 (ácida) e solução desmineralizante/remineralizante (DES-RE) para ciclagem com pH 4,3 e 7,0. As soluções foram trocadas a cada 24 h e os corpos de prova submetidos a ciclos de desmineralização (6 h) e remineralização (17 h). A força foi avaliada nos tempos 0, 24, 48, 72 e 96 h por meio de dinamômetro digital. Os dados foram analisados pelo teste de Tukey-Kramer (α=5%). A força dos elásticos diminuiu ao longo do tempo para todas as soluções testadas. Para o grupo MOR, a partir de 48 h, a maior degradação ocorreu na solução ácida (p<0,05). Para o grupo AO, no tempo de 48 h, a solução DES-RE causou maior degradação em relação à solução ácida (p<0,05), mas ambas não diferiram do controle (p>0,05).

Os elásticos de látex das duas marcas comerciais analisadas sofreram influência nas suas propriedades mecânicas de acordo com o meio a que foram submetidos no decorrer do tempo. Os elásticos expostos a solução ácida mostraram-se mais susceptíveis a degradação da força e o meio DES-RE não afetou as propriedades mecânicas no grupo Morelli.

PNc0476 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

O tratamento restaurador no lado preferencial de mastigação de crianças com Hipomineralização Molar-Incisivo: um estudo de braço único
Maria Vitoria Paz Roeder, Lana Cardoso-Silva, Roberta Paula de Faria Melo, Francisco Wanderley Garcia de Paula-silva, Alexandra Mussolino de Queiroz, Fabrício Kitazono de Carvalho
Clinica Infantil UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou o impacto do tratamento restaurador no ciclo mastigatório de crianças com hipomineralização molar-incisivo (HMI) unilateral. Vinte crianças entre 8 e 11 anos, com HMI unilateral grave e preferência mastigatória contralateral ao lado afetado, foram selecionadas. A avaliação do lado preferencial de mastigação foi realizada antes e após o tratamento, por meio do teste de McDonnel (2004). O tratamento restaurador atraumático (TRA) foi realizado com cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade (Fuji IXT, GC, Campinas, SP, Brasil). As avaliações ocorreram em cinco momentos, sendo o primeiro uma semana após o tratamento (T1), seguido por avaliações mensais (T2, T3 e T4). Os padrões mastigatórios foram analisados com o teste de Friedman e pós-teste de Durbin-Conover. Em T0, 100% das crianças apresentavam mastigação unilateral. Após o tratamento, 50% passaram a apresentar mastigação bilateral em T1, T2 e T4 (p<0,001); em T3, esse número caiu para 35%.

Conclui-se que o tratamento restaurador em crianças com HMI unilateral pode modificar o padrão mastigatório, favorecendo uma função bilateral e contribuindo para a reabilitação funcional precoce.

(Apoio: CNPq  N° 405914/2021-0)
PNc0477 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito da exposição ao leite integral e à sacarose na perda de microdureza superficial do esmalte dentário: estudo in vitro
Daniella Malhães de Souza, Gabriele Carneiro Martins, Ana Paula Pires Dos Santos, Thaíssa do Nascimento Dias, Adilis Alexandria
Odontopediatria UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a porcentagem de perda de microdureza superficial (%PMDs) de amostras de esmalte dentário após imersão em leite integral e solução de sacarose a 10% utilizando um modelo cariogênico microbiológico. Amostras de esmalte (n=20) foram obtidos de incisivos bovinos, selecionados de acordo com a média de microdureza superficial (MDs) inicial (± 10%) e distribuídas aleatoriamente em quatro grupos (n=5): G1 = meio de cultura sem biofilme, G2 = meio de cultura com biofilme (MB), G3 = tratamento com leite integral + MB; G4 = tratamento com leite integral e sacarose a 10% + MB). Os blocos foram distribuídos em placas de poliestireno com 24 poços, esterilizados por luz UV, a formação de biofilme foi induzida com Streptococcus mutans em meio BHI por 48 h. Após esse período, os meios eram trocados diariamente. Para o G3 e G4, os blocos foram submetidos à imersão no leite por 3 min, 4x/dia, adicionalmente, para o G4, os blocos foram imersos por 3 min, 3x/dia, em solução de sacarose a 10%, em horários alternados a imersão do leite, durante 5 dias. Os dados foram submetidos à análise de normalidade, ANOVA e Tukey (p<0,05). Observou-se que todos os grupos foram diferentes do G1 (p<0,05), o G4 apresentou maior %PMDs (43,97 ± 17,28) diferindo estatisticamente dos outros grupos (p<0,05). G2 e G3 não diferiram entre si (p>0,05) com média e desvio padrão de 10,94 (±3,27) e 19,04 (±9,08), respectivamente.

Conclui-se que a imersão em sacarose promoveu maior perda de microdureza superficial do esmalte dentário em comparação à imersão isolada em leite integral.

(Apoio: CAPES  N° DS001)
PNc0479 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Bruxismo do Sono em crianças com obstrução adenoidiana: Análise Polissonográfica
Joaquina Santos Diniz, Carlos Felipe Bonacina, Leticia Maria Santoro Franco Azevedo Soster, Adriana de Oliveira Lira
ODONTOLOGIA PPGO UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O proposto trabalho visa descrever características fisiológicas do sono em uma amostra de pacientes com obstrução adenoideana, incluindo a frequência dos dois tipos de bruxismo do sono (BS). Foi realizado estudo transversal com uma amostra de 10 crianças com idades entre 4 e 8 anos (média 5,7) com obstrução adenoideana. Os pacientes foram avaliados no departamento de Otorrinolaringologia do HC da Faculdade de Medicina da USP e foram submetidos à polissonografia tipo II com polígrafo EMBLA e registro multimodal de eletroencefalograma, eletrooculograma, eletromiograma (região submentoniana e músculo tibial anterior), sensor de posição, sensor de ronco, fluxo aéreo naso-oral e termistor, esforço respiratório torácico e abdominal, saturação arterial de oxigênio (SpO2) e eletrocardiograma. O exame registrou episódios de bruxismo tônico e fásico, além de eventos de microdespertares, apneia, dessaturação, taquicardia, bradicardia, movimento de pernas e ronco. Em toda a amostra, o tempo total de registro variou entre 432 e 484,1 min e o tempo total de sono entre 335 e 443,5 min. Foram registrados 235 episódios de bruxismo tônico e 724 episódios de bruxismo fásicos. Microdespertares foram frequentes (207), com uma média de 6,14 eventos/hora. 10 eventos de apneia foram registrados, sendo a média do IAH (índice de apneia e hipopneia) foi de 2,24 eventos/hora. A média de saturação máxima foi de 97,4% e mínima de 83%. O ronco esteve presente em 80% das crianças.

Conclui-se que crianças com apneia leve do sono apresentam mais eventos de bruxismo fásico do que tônico, sendo que o ronco é um sinal clínico importante a ser observado.

(Apoio: CAPES  |  CAPES)
PNc0480 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação do impacto dos tratamentos odontológicos na qualidade de vida de pacientes com HMI: uso do instrumento MIHIS
Vanessa Silva da Costa, Letícia Yumi Arima, Giovanna Bueno Marinho, Bruna Cordeiro Amarante, Ana Carolina Cheron Gentile, Ana Clara Moronte Dias de Souza, Marcelo Bönecker
Odontopediatria UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI) pode impactar negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças e adolescentes, especialmente pela presença de dor, hipersensibilidade e queixas estéticas. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto do tratamento odontológico na QVRSB de pacientes com HMI. Para isso foi utilizado o instrumento condição-específica Molar Incisor Hypomineralization Impact Scale (MIHIS), desenvolvido e validado para avaliar o impacto da HMI na QVRSB. Participaram deste estudo 35 pacientes, com idades entre 6 e 14 anos, diagnosticados com HMI em diferentes graus de severidade, que buscaram atendimento na Clínica de Defeitos de Esmalte da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Os participantes responderam ao MIHIS antes e após o tratamento clínico. A severidade da HMI foi classificada como leve, moderada ou severa, segundo o índice adaptado de Mathu-Muju e Wright (2006). A diferença entre os escores do MIHIS nos dois momentos foi analisada pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas. Observou-se uma redução estatisticamente significativa no escore do MIHIS (W = 373; p = 0,015), indicando melhora na percepção da QVRSB após o tratamento odontológico. A análise de Kruskal-Wallis indicou que a diferença nos escores do MIHIS entre o início e o término do tratamento não variou de forma significativa entre os níveis de severidade da HMI (χ²(2) = 0,424; p = 0,809; ε² = 0,0125).

Conclui-se que os tratamentos odontológicos realizados contribuíram para a melhora da QVRSB dos pacientes com HMI, independentemente do grau de severidade. O MIHIS mostrou-se sensível para detectar mudanças percebidas pelos pacientes ao longo do tratamento.

(Apoio: CAPES)
PNc0481 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Município zero cárie: uma proposta de Saúde Bucal para população infantil e adolescente
Ana Carolina Alvares Dias Todt, Priscila Fernanda Schiavon Scarafissi Gregorio, Eduarda Cristina de Oliveira Benedito, Hayder Egg Gomes, Sandra Kalil Bussadori, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado
Odontopediatria UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cárie dentária é uma das doenças bucais mais prevalentes na população. Este estudo propôs um protocolo de enfrentamento à cárie adaptado à realidade da atenção básica em municípios de até 5 mil habitantes, com foco em crianças em idade escolar, utilizando os princípios da Odontologia de Mínima Intervenção. A pesquisa foi conduzida em Lucianópolis (SP), município com 2.372 habitantes, que possui estrutura diferenciada, com consultório odontológico dentro da escola, o que fortalece o vínculo entre as crianças e a equipe de saúde, reduz o medo, estimula o cuidado desde cedo e contribui para a formação de adultos mais conscientes. A intervenção utilizada propôs a técnica ART modificada, com remoção químico-mecânica do tecido cariado usando o gel Papacárie DUO®, que permite a remoção seletiva da dentina infectada com curetas, dispensando muitas vezes o uso de instrumentos rotatórios. Foram tratados dois grupos de crianças, com 28 participantes cada, sendo um com Papacárie e o outro o protocolo de remoção mecânica. As cavidades foram restauradas com cimento de ionômero de vidro. Resultados preliminares demostraram que o grupo Papacárie apresentou tempo clínico médio 38% menor em comparação ao grupo convencional (remoção mecânica), além de menor escore de dor pela escala EVA. A taxa de aceitação foi superior no grupo Papacárie (92,8%) em relação ao controle (67,9%). Ambos os grupos apresentaram melhora significativa na qualidade de vida (CPQ 8-10 e 11-14) ao longo do tempo.

A remoção químico-mecânica demonstrou ser uma alternativa eficaz, segura e bem aceita para o atendimento odontológico infantil na atenção básica, especialmente em contextos com recursos limitados, tornando-se um modelo viável e replicável para outros municípios.




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