03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP


Resumos Aprovados 2025

Veja o Cronograma de Apresentação Completo


Modalidade:
Área:
Autores:
Palavra-Chave:


Resultado da busca [Siglas PNa0001 a PNa0197 ]
 194 Resumo encontrados. Mostrando de 161 a 170


PNa0181 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Análise de série temporal dos registros de câncer de boca e orofaringe nas regiões brasileiras de 2019 a 2023
Jéssica Lourdes de Aguiar Gonçalves, Débora Rosana Alves Braga Silva Montagnoli, Rodnei Alves Marques, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Renata de Castro Martins
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou a tendência temporal de registros de câncer de boca e orofaringe (CBO) nas regiões brasileiras. Dados secundários do Painel Oncologia do DATASUS de janeiro de 2019 a dezembro de 2023 foram usados. Estimativas populacionais foram obtidas do IBGE para o cálculo da taxa de registros de CBO por 100.000 habitantes nas unidades federativas. O software R foi utilizado para analisar as séries temporais, por meio dos testes: Sen's Slope, Dickey-Fuller, Mann-Kendall e Kruskal-Wallis que avaliaram taxa de variação, estacionaridade, tendências monotônicas e sazonalidade das séries, respectivamente (p≤0,05). O maior número de casos foi registrado nas regiões Sudeste e Nordeste em todos os anos. Todavia, a média das taxas por 100.000 habitantes foi maior na Sul (13,74) e Sudeste (9,34) e menor na Norte (4,20). As taxas de crescimento mensal por 100.000 habitantes foram maiores nas regiões Norte (S=0,0039), Sul (S=0,0028), seguida da Nordeste (S=0,0025) e Sudeste (S=0,0023). A região Centro-Oeste não apresentou crescimento mensal significativo. Ao avaliar períodos curtos, as séries das regiões Norte (p=0,020), Nordeste (p=0,025) e Sudeste (p=0,045) se mostraram estacionárias. Ao avaliar ciclos de longo prazo, observou-se tendência monotônica significativa de crescimento positivo nas séries das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (p<0,001), sendo mais forte e consistente nas regiões Norte (tau=0,51) e Nordeste (tau=0,32). Nenhuma das séries regionais evidenciou sazonalidade no período analisado.

Maiores taxas de CBO foram encontradas nas regiões Sul e Sudeste, porém maior tendência de crescimento foi vista no Norte e Nordeste ao longo dos anos. Diferenças regionais devem ser consideradas na gestão do CBO no Brasil.

(Apoio: CAPES)
PNa0182 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS NA ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DA VERSÃO BRASILEIRA DO ADOLESCENT RESILIENCE QUESTIONNAIRE
Eliane Maria Mascarenhas da Silva, Luisa Gatti-Reis, Genara Brum Gomes, Thiago Caldeira Diniz, Matheus de França Perazzo, Saul Martins Paiva, Flávio de Freitas Mattos, Isabela Almeida Pordeus
Departamento de Odontologia Social e Pre UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar a equivalência semântica entre a versão original do Adolescent Resilience Questionnaire (ARQ), em inglês, e sua adaptação ao português brasileiro. O processo de adaptação transcultural do questionário ARQ, originalmente desenvolvido em inglês australiano, para o português brasileiro seguiu diretrizes internacionalmente reconhecidas. A equivalência semântica envolveu as seguintes etapas: 1) tradução por dois tradutores bilíngues independentes; 2) unificação das duas versões em uma versão síntese, com atenção à linguagem cotidiana dos adolescentes; 3) retro tradução por um profissional nativo da língua inglesa, sem acesso à versão original; 4) avaliação por um comitê de experts e pelos autores do ARQ original, gerando uma nova versão síntese; 5) aplicação, por meio de entrevistas cognitivas, da versão final em um grupo de 21 adolescentes de 12 a 14 anos (pré-teste). O tempo médio de preenchimento variou entre 15 e 20 minutos, o que foi considerado exaustivo pelos adolescentes. Eles também sugeriram aprimoramento na formatação do questionário, tal como a inserção de numeração sequencial dos itens (1 a 88), ausente na versão original. A principal modificação proposta referiu-se à clareza das opções de respostas em português, cuja semelhança semântica geraram dúvidas. Assim, as opções de respostas foram reformuladas para: muito raramente, raramente, algumas vezes, frequentemente e muito frequentemente, promovendo maior clareza e distinção entre as opções.

A metodologia empregada, incluindo as contribuições do comitê de experts e a percepção do público-alvo do instrumento, mostrou a equivalência semântica entre a versão original e a versão brasileira do instrumento ARQ.

(Apoio: CAPES  |  INCT Saude Oral e Odontologia   N° 406840/2022-9)
PNa0183 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Análise dos procedimentos odontológicos na Atenção Primária à Saúde dos municípios brasileiros
Amanda Vieira Aires, João Vitor de Azevedo Oliveira, Mariana Melo Mendonça, Izabel Campos Rodrigues, Andréa Clemente Palmier, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Renata de Castro Martins
ODONTOLOGIA SOCIAL E PREVENTIVA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo ecológico avaliou fatores associados aos procedimentos odontológicos da Atenção Primária à Saúde (APS) nos municípios brasileiros em 2023. Dados de 25 procedimentos odontológicos clínicos individuais (promoção/prevenção, clínicos, protéticos e cirúrgicos) foram coletados no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica. A variável dependente "taxa de procedimentos realizados" foi a razão entre o total de procedimentos pela população do município, dicotomizada pela mediana. As covariáveis foram socioeconômicas (Índice de Desenvolvimento Humano e de Gini; renda per capita; analfabetismo; urbanização; proporção de crianças, idosos, mulheres, plano de saúde) e de serviços de saúde (cobertura de Equipes de Saúde da Família - ESF e Saúde Bucal - ESB; presença de CEO). Os dados foram analisados por regressão logística binária simples e múltipla. Mais de 38 milhões de procedimentos foram realizados, sendo os clínicos mais frequentes (56,10%), seguidos por promoção/prevenção (24,67%), cirúrgicos (17,30%) e protéticos (1,94%). Índice de Gini, seguro privado de saúde, cobertura de ESB e ESF se associaram ao desfecho (p<0,05). Municípios com maior desigualdade socioeconômica, mensurada pelo Gini, apresentaram menor chance de produzir procedimentos acima da mediana (OR=0,23; IC95%: 0,09-0,59; p=0,002). Municípios com maior proporção de população com plano privado (OR=1,01; IC95%: 1,00-1,02; p=0,023), maior cobertura de ESB (OR=1,04; IC95%: 1,04-1,05; p<0,001) e 100% de cobertura da ESF (OR=1,79; IC95%: 1,59-2,02; p<0,001) apresentaram maior chance de realizar procedimentos acima da mediana.

Fatores contextuais de serviços de saúde e socioeconômico influenciaram a produção odontológica na APS brasileira.

(Apoio: PIC-JR_FAPEMIG  |  CAPES  |  PRPq/UFMG)
PNa0184 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Evidências para uma odontologia de precisão em pacientes com Artrite Reumatoide: parâmetros salivares
Lydia Silva Provinciali, Victória Boëchat Feyo, Laura Silva Siano Rodrigues, Clarissa Marques Silva Rocha, Fabiana Ourique da Silva, Priscila de Faria Pinto, Viviane Angelina de Souza, Gisele Maria Campos Fabri
Clínica odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar a correlação entre a atividade da Artrite Reumatoide (AR) e parâmetros salivares, comparando pacientes com AR a indivíduos saudáveis. Foram avaliados 40 participantes (25 pacientes com AR e 15 indivíduos saudáveis). Coletaram-se amostras de saliva estimulada e não estimulada para análise do pH e da capacidade tampão. A atividade da doença foi mensurada pelo Disease Activity Score in 28 joints (DAS28), a funcionalidade pelo Health Assessment Questionnaire (HAQ), além da análise da polifarmácia e do escore anticolinérgico. O pH salivar levemente alcalino (≥7) foi mais frequente em pacientes com AR do que nos controles, tanto na saliva estimulada (36% vs. 20%) quanto na não estimulada (24% vs. 6,7%), com média geral de 30% e 13%, respectivamente. Quanto à capacidade tampão, 56% dos pacientes com AR na saliva estimulada e 52% na não estimulada apresentaram aumento, achado ausente no grupo controle. Além disso, 67% dos pacientes com polifarmácia e 57% daqueles com escore anticolinérgico elevado (≥3) apresentaram aumento da capacidade tampão da saliva estimulada. No grupo com AR, 41,7% dos pacientes com atividade moderada a intensa da doença (DAS28 ≥ 3,2) e 60% daqueles com comprometimento funcional moderado a grave (HAQ > 1) apresentaram pH salivar com estímulo acima de 7.

Os achados sugerem que pacientes com AR, especialmente com alta atividade inflamatória, comprometimento funcional e uso de anticolinérgicos, mostram desequilíbrios no pH e na capacidade tampão. Enquanto, por um lado, há uma proteção quanto a atividade de desmineralização do esmalte dentário, pode favorecer o crescimento de bactérias periodontopatogênicas e o comprometimento das funções salivares, com potencial aumento do risco de complicações orais e sistêmicas.

(Apoio: CAPES  N° 88887.006707/2024-00)
PNa0185 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Alterações orofaciais associadas à apneia do sono em adultos com acromegalia
Mila Roselaine Lima de Assunção, Luís Gustavo Souza Santos, Jessilene Ribeiro Rocha, Priscilla Maria Fernandes Abdala de Alencar, Renata Carvalho Campelo, Vandilson Pinheiro Rodrigues
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A acromegalia é uma doença rara causada pelo excesso do hormônio do crescimento (GH) e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). É caracterizada pela fácies acromegálica e pelo desenvolvimento de comorbidades, incluindo distúrbios respiratórios. Diante deste contexto, o estudo teve como objetivo investigar a associação entre alterações orofaciais e apneia obstrutiva do sono (AOS) em adultos com acromegalia. Foi conduzido um estudo transversal com 34 adultos diagnosticados com a doença, no qual foram coletados dados sociodemográficos e antropométricos, incluindo a circunferência cervical. As alterações orofaciais foram avaliadas por meio de exame clínico extra e intraoral. A presença e o risco de AOS foram investigados por meio do questionário STOP-Bang. Para a análise estatística, utilizaram-se a razão de prevalência (RP) e o coeficiente de correlação de Spearman (rho), adotando-se um nível de significância de 5%. Observou-se uma forte correlação positiva entre a circunferência cervical e o escore de risco para AOS (Rho = 0,741; p < 0,001). Além disso, indivíduos que apresentavam diastema (p = 0,003) e mordida cruzada anterior (p = 0,004) demonstraram maior prevalência de AOS, sugerindo uma associação significativa entre alterações orofaciais e risco aumentado para apneia do sono.

Os achados indicam que adultos com acromegalia que apresentam alterações orofaciais mais acentuadas, como diastema e mordida cruzada anterior, possuem maior estreitamento das vias aéreas superiores, o que pode contribuir para uma maior prevalência de apneia obstrutiva do sono. Esses resultados reforçam a importância da avaliação orofacial em pacientes com acromegalia como estratégia complementar na triagem e manejo da AOS.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPEMA  N° 06621/22)
PNa0186 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Sustentabilidade dos Serviços de Saúde Bucal: Uma Revisão de Mapeamento
Diego Rodrigues de Aguilar, Nathalia Sernizon Guimarães, Alex Júnio Silva da Cruz, Isabela Almeida Pordeus, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
odontologia social e preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os serviços de saúde têm impactos ambientais significativos em escala global, com emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes frequentemente associados a esse setor. Os serviços de saúde bucal compartilham características semelhantes, mas as evidências resumidas ainda são limitadas. O objetivo da revisão de mapeamento foi identificar a qualidade metodológica e os desfechos mensurados em revisões sistemáticas e de escopo, com ou sem metanálise sobre a sustentabilidade em serviços de saúde bucal. A partir de registro na Open Science Framework (OSF: ht tps://osf.io/b2jke), foram analisadas revisões narrativas, de escopo e sistemáticas, excluindo opiniões e estudos primários. Buscas em 14 bases (PubMed, Scopus, Cochrane, dentre outras) identificaram 16 revisões (8 narrativas, 4 de escopo, 4 sistemáticas). Dois pesquisadores selecionaram os artigos via Rayyan, resolvendo discrepâncias por consenso. A qualidade metodológica foi avaliada com AMSTAR-2 modificado com 12 itens. Três revisões tiveram pontuação >80% (baixo viés), 1 entre 60-80%, e 12 <60% (alto viés). Os temas predominantes envolveram os 4R's - reduzir, reutilizar, reciclar, repensar (92%), gestão de resíduos (23%) e barreiras, oportunidades e políticas (15%), havendo possibilidade de uma revisão abordar mais de um tema. A maioria (54%) não relatou o local de pesquisa, sendo que clínicas odontológicas e hospitais/atenção primária (46%) foram os ambientes mais comumente citados.

Esta revisão de mapeamento destaca um corpo de evidências limitado, porém crescente, abordando a sustentabilidade nos serviços de saúde bucal. Os estudos incluídos focaram principalmente na gestão de resíduos e na implementação de práticas sustentáveis baseadas nos 4R's.

(Apoio: CNPq  N° 20501  |  CAPES  N° 001  |  FAPEMIG  N° 237)
PNa0189 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação da discriminação em serviços de saúde e desistência de atendimento odontológico em pessoas trans na cidade de Florianópolis/SC
Igor Santos Araujo, Helena Moraes Cortes, Zeno Carlos Tesser Junior, Carolina Kroth, Mateus Andrade Rocha, Gabriel Schmitt da Cruz, Gabriela Bampi, Andreia Morales Cascaes
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O acúmulo de experiências discriminatórias sofridas por pessoas trans promove um fenômeno de evitação do uso dos serviços. Este estudo teve como objetivo investigar a associação entre experiências de discriminação em serviços de saúde e a desistência de buscar atendimento odontológico por pessoas trans. Trata-se de uma análise de dados do estudo epidemiológico transversal 'Transbucal Floripa', realizado entre 2023 e 2024. Participaram 182 pessoas trans de 18 anos ou mais usuárias de um serviço público especializado, o Ambulatório Trans, de Florianópolis/SC. O desfecho foi a desistência, em algum momento, de procurar atendimento odontológico e a exposição principal foi a experiência percebida de discriminação nos serviços de saúde. Variáveis socioeconômicas e demográficas e de acesso e uso de serviços odontológicos foram as covariáveis. Foi realizada análise de Regressão de Poisson, estimando a razão de prevalências (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) no programa Stata 19. Do total, 54% relataram já ter desistido de atendimento odontológico, e 70% já sofreram discriminação em serviços de saúde. A experiência de discriminação esteve significativamente associada à desistência (RP = 1,23; IC95%: 1,07-1,40), independentemente de gênero, raça/cor, orientação sexual, escolaridade, renda, ter plano odontológico e ter consultado com dentista.

Os achados sugerem que a experiência de discriminação sofrida nos serviços de saúde por pessoas trans pode atuar como um fator de evitação para consulta com o dentista, refletindo a realidade preocupante de violência institucional e exclusão que sofrem as pessoas trans. Faz-se necessário a promoção de abordagens mais acolhedoras, respeitosas e (trans)inclusivas.

(Apoio: CNPq  N° 404546/2021-8)
PNa0190 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Impacto do tratamento endodôntico na qualidade de vida, dor dental e autopercepção de saúde bucal de escolares de 12 anos em Manaus
Jefferson Calixto Carvalho, Pedro Henrique Duarte Franca de Castro, Mario Vianna Vettore, Yan Nogueira Leite de Freitas, Fernando Jose Herkrath, Maria Augusta Bessa Rebelo, Janete Maria Rebelo Vieira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo de coorte prospectivo avaliou o impacto do tratamento endodôntico na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) e intensidade de dor dental em escolares com consequências clínicas da cárie não tratada (CCCNT). A amostra foi composta por 816 escolares com 12 anos de escolas públicas da cidade de Manaus. Foram identificados escolares com CCCNT, por meio do índice clínico PUFA. A QVRSB e a dor dental foram avaliadas antes e um mês após o tratamento endodôntico, utilizando o instrumento Child Perceptions Questionnaire 11-14 (CPQ11-14) e dor autorelatada. Observou-se que 99 (12,1%) dos escolares apresentaram CCCNT na linha de base. Desses, 26 passaram por tratamento endodôntico. A maioria dos escolares com CCCNT era do sexo feminino (60,6%) e de cor parda (63,9%). Observou-se a redução da dor dental após o tratamento endodôntico, onde 80,8% relataram ausência ou dor de intensidade baixa nos três meses anteriores, aumentando para 96,2% no período pós-tratamento. Na autopercepção da saúde bucal, antes da intervenção, 88,5% dos escolares avaliaram sua saúde bucal como ruim, reduzindo para 80,8% após o tratamento. O score do CPQ11-14, indicou melhora na QVRSB, com redução do escore de 35,38 para 25,27.

O tratamento endodôntico promoveu melhora na qualidade de vida relacionada à saúde bucal, redução da dor dental e melhora na autopercepção da saúde bucal entre escolares com consequências clínicas da cárie não tratada, reforçando a importância da atenção precoce às lesões de cárie.

PNa0191 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

RELAÇÃO DOS PROBLEMAS BUCAIS NA QUALIDADE DE VIDA DE ENFERMEIROS COM ESTRESSE LABORAL
Sabrina Oliveira Varela, Julia Saraiva de Almeida Barbosa, Maiara Campos Linhares Sampaio, Elizabeth Pimentel Rosetti
CCS UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A saúde bucal é um processo dinâmico influenciado por fatores fisiológicos, socioeconômicos e psicológicos, que afetam diretamente a Qualidade de Vida (QV). Profissionais da saúde, como a equipe de enfermagem, também estão sujeitos a esses fatores. Alterações emocionais, como estresse, comprometem a saúde bucal, caracterizando uma relação bidirecional (GARCIA; SIQUEIRA, 2023; SANTANA; FERREIRA; SANTANA, 2020; PATRÍCIO et al., 2022). Este estudo transversal randomizado, realizado no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM), envolveu 565 técnicos de enfermagem e enfermeiros. Com base em uma prevalência de 30% e nível de confiança de 95%, a amostra foi de 111 participantes, selecionados por aleatorização, com reposição em caso de recusa ou indisponibilidade. Avaliou-se o impacto de problemas bucais na QV, a partir da aplicação dos questionários Oral Health Impact Profile (OHIP)-14, sociodemográfico e Escala Bianchi de Estresse. Utilizaram-se o teste exato de Fisher (p<0,05), odds ratio (OR) e método de Mantel-Haenszel. A prevalência do impacto foi de 51,4%, sendo as dimensões mais afetadas: dor física (37,8%) e desconforto psicológico (35,1%). Houve maior impacto em profissionais acima de 50 anos (OR=5,769; IC95%=1,806-18,431) e com renda de até 5 salários-mínimos (OR=2,353; IC95%=1,080-5,127). Na relação entre estresse e o impacto de saúde bucal houve significância estatística nas dimensões deficiência (p=0,021), incapacidade social (p=0,022) e incapacidade psicológica (p=0,045).

Diante disso, as condições de saúde bucal impactam na qualidade de vida da equipe de enfermagem hospitalar, sendo os técnicos os mais afetados, especialmente conforme idade, estado civil, escolaridade, renda e estresse.

(Apoio: FAPs - FAPES)
PNa0192 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Uma década de reclamações na Agência Nacional de Saúde Suplementar: panorama atual da Odontologia brasileira
Samara Valêncio de Melo Araruna Pereira da Silva, Ademir Franco
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), instituída pela Lei no 9.961 de 28 de janeiro de 2000, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Saúde, dentre suas atribuições, destacam-se a regularização e a fiscalização dos planos de saúde. Sua atividade ganhou destaque na última década, tendo em vista a crescente comercialização de planos odontológicos no Brasil. Este estudo objetivou levantar os dados abertos da ANS relacionados a cooperativas odontológicas e à odontologia de grupo. Foram investigados, em endereços eletrônicos (https://dados.gov.br/dados/conjuntos-dados/demandas-dos-consumidores--reclamacoes-de-beneficiarios e https://www.ans.gov.br/anstabnet/), o número de beneficiários, tipos de contratação, reclamações, meio de atendimento, motivos das reclamações e operadoras reclamadas no período de 2014 a 2024. Os resultados demonstraram que há um crescimento contínuo de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos. No ano de 2014, 7,37% da população brasileira possuía esta modalidade de plano de saúde, aumentando para 9,29% (aproximadamente 20 milhões de brasileiros) em 2024, no último ano, uma única operadora de odontologia de grupo possuía 41,45% dos benificiários do setor odontológico. As principais reclamações estão relacionadas às regras para acesso aos atendimentos (18,65%), questões contratuais (suspensão/rescisão:17,29%; reembolso:16,19%) e rede de cobertura de atendimentos (12,22%).

Percebe-se um expressivo aumento no número de reclamações em face das operadoras de saúde, nas quais destacam-se itens relacionados à comunicação com os beneficiários - fator que ressalta a importância de órgãos e mecanismos de vigilância preparados para a atual expansão do mercado.




.