03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PNa0168 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Prescrições odontológicas de risco em crianças e adolescentes no Brasil: um estudo transversal
Widla Emanuella Pereira Barreto Garcez, Fatemah Abdullah, Mary Angela Tavares, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal objetivou descrever medicamentos de risco prescritos por cirurgiões-dentistas a crianças e adolescentes brasileiros, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. Foram utilizados dados secundários extraídos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que monitora a dispensação de medicamentos psicotrópicos e antimicrobianos em farmácias privadas no Brasil. Foram identificados todos os indivíduos de zero a 17 anos que receberam prescrições odontológicas. Em seguida, os medicamentos foram analisados com base na KID's List (Key Potentially Inappropriate Drugs in Pediatrics), elaborada pela Pediatric Pharmacy Association, a fim de reconhecer os de maior risco de reações adversas. A análise descritiva, com cálculo de proporções, foi realizada no SPSS versão 29.0. Das 204.026 prescrições odontológicas registradas no SNGPC para pacientes com idade entre zero e 17 anos, 6.939 (3,4%) envolveram medicamentos considerados de risco, ou seja, a cada 1.000 indivíduos, 34 prescrições foram consideradas de risco. Das prescrições de risco, 62,5% foram para indivíduos do sexo masculino. Dentre as regiões geográficas, Sudeste (55,0%) e Sul (24,0%) concentraram a maioria dessas prescrições, seguidas por Centro-Oeste (9,4%), Nordeste (6,6%) e Norte (5,0%).

Dessa forma, conclui-se que crianças e adolescentes estão expostos a prescrições odontológicas de risco. A maior parte das prescrições que envolveram medicamentos considerados de risco foram feitas para indivíduos do sexo masculino e concentradas na região Sudeste. O estudo reforça a necessidade de maior atenção à prescrição odontológica para esse grupo etário no Brasil.

(Apoio: CNPq  N° 305806/2023-8  |  CAPES  N° 001  |  FAPEMIG  N° APQ-00711-23)
PNa0171 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

CONHECIMENTO EM SAÚDE BUCAL DOS PROFESSORES DE ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE INTERVENÇÃO EDUCACIONAL QUASE- EXPERIMENTAL
Juliane Carla Taufer, Taís Zacaria, Bernardo Antonio Agostini, Fernanda Ruffo Ortiz
ATITUS EDUCAÇÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O conhecimento sobre saúde bucal torna-se essencial para a vida das crianças e professores, especialmente em idades escolares, onde a prevalência de problemas dentários é alta. O objetivo deste estudo foi avaliar se uma intervenção educativa melhora ou não o conhecimento dos professores sobre saúde bucal. A amostra foi obtida através de um censo com professores do ensino fundamental de escolas públicas, de um município do estado do Rio Grande do Sul. Um questionário estruturado online foi elaborado com perguntas relacionadas às seguintes variáveis: dados demográficos; conhecimento sobre cárie dentária e doença periodontal; conhecimento sobre práticas de higiene bucal e odontologia preventiva; além de atitudes em relação à saúde bucal e à educação em saúde bucal. O instrumento foi aplicado em três momentos: antes da intervenção educacional, imediatamente após a intervenção e três meses depois. A intervenção consistiu em uma aula expositiva presencial, abordando temas relacionados à saúde bucal. Ao todo, 83 professores aceitaram participar e responderam ao questionário inicial (pré-teste). Desses, 79 completaram o pós-teste imediato, e 53 responderam aos três questionários. Os resultados indicaram que a intervenção educacional promoveu uma melhora significativa no conhecimento dos professores imediatamente após e também três meses após a intervenção (p < 0,05), especialmente em relação aos temas de cárie dentária, doença periodontal, práticas de higiene bucal e odontologia preventiva.

Assim, o estudo demonstrou que o conhecimento dos professores sobre saúde bucal foi melhorado após a intervenção.

PNa0172 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação da saúde bucal de pacientes da unidade de AVC do hospital São Vicente de Paulo, Mafra
Maria Helena Krindges, Eugênio Esteves Costa, Paula Porto Spada, Julia Helena da Cruz Luiz, Joao Armando Brancher
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Odontologia Hospitalar desempenha um papel fundamental no cuidado integral de pacientes internados, sobretudo em unidades de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O manejo odontológico desses indivíduos exige atenção especializada devido à sua fragilidade clínica durante a internação. Este estudo transversal observacional tem como objetivo avaliar a saúde periodontal de pacientes pós-AVC e investigar sua associação com variáveis sociais, biológicas e comportamentais. A pesquisa será conduzida na Unidade de AVC (U-AVC) do Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra (SC), por meio de exames clínicos odontológicos realizados no leito ou no ambulatório do hospital. Adicionalmente, serão aplicados questionários validados para avaliar a qualidade de vida (WHOQoL-BREF), o impacto da saúde bucal na qualidade de vida (OHIP-14), traço de ansiedade (IDATE-T), e qualidade do sono (SAQ). Considerando um nível de significância de 95%, estima-se uma amostra de 40 pacientes internados na U-AVC. Como grupo controle, serão convidados 89 indivíduos em atendimento nas clínicas odontológicas da Universidade Positivo (Curitiba-PR).

Os resultados poderão subsidiar protocolos clínicos para otimizar o cuidado odontológico hospitalar, reduzindo riscos sistêmicos e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.

PNa0173 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

De miligramas a milhares: escalada de uma década nas prescrições e nos gastos com antibacterianos no SUS em Minas Gerais
Jennifer Reis de Oliveira, Alex Júnio Silva da Cruz, Widla Emanuella Pereira Barreto Garcez, Jacqueline Silva Santos, Maria Auxiliadora Parreiras Martins, Ana Cristina Borges-Oliveira, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisou-se a tendência e os gastos com antibacterianos prescritos por cirurgiões-dentistas e fornecidos pelos serviços públicos de saúde em Minas Gerais, no período de 01/2011 a 12/2021. Trata-se de uma série temporal exploratória, desenvolvida com dados secundários do Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf/SES-MG). Foram incluídas prescrições de antibacterianos sistêmicos provenientes de 53 municípios com registros contínuos no período. As variáveis analisadas incluíram a quantidade dispensada, a apresentação farmacêutica, os valores unitários e totais, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021. Registros com dados incompletos ou inválidos foram excluídos. A análise descritiva foi conduzida no software SPSS v.26. Entre 2011-2021, a quantidade de antibacterianos cresceu 349,4%, enquanto os gastos anuais aumentaram 544,5%, de R$9.856,97 para R$63.523,01. Os maiores aumentos em volume ocorreram entre as penicilinas (+307,6%) e suas combinações com inibidores de beta-lactamase (+811,3%), sendo estas últimas também responsáveis pelo maior incremento nos gastos (+565,9%). Os macrolídeos apresentaram crescimento expressivo tanto em volume (+570,7%) quanto em gastos (+2.211,5%). A mediana dos preços por unidade farmacêutica também variou, com aumento acentuado para apresentações como amoxicilina suspensão oral (der R$1,55 para R$3,33) e benzilpenicilina benzatina (de R$1,40 para R$9,87).

Concluiu-se que que houve um aumento contínuo na dispensação e nos gastos com antibacterianos, sugerindo pressão inflacionária sobre a assistência farmacêutica, ainda que algumas apresentações tenham mantido preços estáveis ou apresentando redução.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  FAPEMIG)
PNa0175 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Conhecimento de cirurgiões-dentistas sobre distúrbios hemostáticos em anticoagulados: análise de 389 profissionais de Minas Gerais
Liana C. Melo Carneiro Costa, Ana Cristina la Guárdia Custodio Pereira, Gilcelia Correia Santos Bernardes, Maria Das Graças Carvalho, Melina de Barros Pinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI, CAMPUS CENTRO OESTE DONA LINDU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Distúrbios hemorrágicos podem decorrer de causas adquiridas ou genéticas e demandam que o cirurgião-dentista (CD) esteja capacitado para seu diagnóstico e manejo. O uso crescente de anticoagulantes e antiagregantes, especialmente entre idosos, aumenta a complexidade dos procedimentos odontológicos e o risco de sangramento. Este estudo avaliou o conhecimento de CDs de Minas Gerais sobre doenças hemorrágicas, exames laboratoriais e anticoagulantes orais de ação direta (DOACs). Foi desenvolvido um questionário eletrônico com 19 questões, validado pelo método e-Delphi, e divulgado no Boletim Eletrônico do CRO-MG a 39.814 CDs. Foram obtidas 389 respostas válidas. Nove questões foram pontuadas (pontuação máxima: 11), classificando os participantes como "fraco" (≤6,5), "regular" (6,6-8,8) ou "bom" (≥8,9). A maioria era do sexo feminino (65,3%), formada após 2001 (55,3%) e atuante na rede particular (70,7%). Embora 87,9% já tenham atendido pacientes anticoagulados, 94,0% relataram conhecimento insuficiente sobre DOACs, 91,2% sobre antiagregantes e 55,3% desconheciam a RNI. Quanto ao escore geral, 80,4% apresentaram conhecimento fraco, 15,2% regular e apenas 4,4% bom.

Os achados evidenciam deficiências significativas na formação dos CDs quanto ao manejo de pacientes com risco hemorrágico, reforçando a necessidade de estratégias contínuas de capacitação.

(Apoio: CAPES  N° 1  |  CAPES  N° 1  |  CNPq  N° 2  |  FAPEMIG  N° 3)
PNa0176 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Estado de saúde bucal e demanda odontológica em candidatos à cirurgia cardiovascular: um estudo transversal brasileiro
Beatriz Braga Tenório, Jessica de Oliveira Vogel, Luciana Munhoz, Bruno Augusto Benevenuto de Andrade, Jefferson da Rocha Tenorio, José Alcides Almeida de Arruda
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar as condições de saúde bucal e a necessidade de tratamento odontológico em pacientes com doenças cardiovasculares (DCV) em preparo para cirurgia cardiotorácica e/ou vascular em uma população brasileira. Trata-se de um estudo transversal com adultos diagnosticados com DCV, cujos dados demográficos e cardiológicos foram obtidos de prontuários médicos. A avaliação odontológica considerou o índice de Dentes Permanentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPO-D), alterações periodontais, fontes de infecção bucal e exames radiográficos para identificar defeitos ósseos e lesões intraósseas. Foram incluídos 48 participantes (54,2% homens), com média de idade de 62,4 anos. As DCV mais prevalentes foram doença arterial coronariana (DAC) e estenose aórtica. Procedimentos de revascularização miocárdica e cirurgias de substituição valvar corresponderam a 97,9% das indicações cirúrgicas. Observou-se um alto índice médio de CPOD (18,8 ± 6,8), e os principais achados orais incluíram cálculo dentário (35,4%), recessão gengival (31,1%) e defeitos ósseos horizontais (83,3%). A DAC apresentou associação limítrofe com gengivite e/ou cálculo salivar (p = 0,063). Houve associação significativa entre cirurgia valvar e revascularização miocárdica (p = 0,019).

Os resultados evidenciam a necessidade de tratamento odontológico nessa população, destacando a importância de intervenções preventivas, restauradoras e periodontais para a redução de riscos cardiovasculares.

PNa0177 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Tratamento multidisciplinar de paciente com necessidades especiais com anomalia dentária em CEO no município de São Paulo
Francisco Perinni Netto, Luiz Adriano Teixeira do Rego Barros, Tatiana Steinhauser, Rodrigo Nanini, Sandra Bernardi, Fabiana Martins
Doutorado UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Política Nacional de Humanização do SUS propõe a transformação do cuidado em saúde, priorizando a escuta qualificada, o acolhimento e o respeito às singularidades dos usuários. Essa diretriz torna-se ainda mais crucial quando se trata da atenção à saúde bucal de Pacientes com Necessidades Especiais (PNE), que demandam cuidados específicos e uma abordagem multiprofissional integrada. Este trabalho relata o acompanhamento odontológico de D.P.B., 28 anos, melanoderma, com deficiência visual congênita e deficiência intelectual, realizado no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de São Mateus. A paciente apresentava um quadro complexo: comprometimento estético severo, maloclusão por apinhamento dentário em ambas as arcadas, macrodontias, cáries, raízes residuais, dentição decídua retida, cálculo e biofilme dentário. Diante da gravidade do caso, foi elaborado um plano de tratamento envolvendo cinco especialidades odontológicas endodontia, cirurgia, periodontia, ortodontia e atendimento a PNE, com acompanhamento por 10 meses.

Os resultados foram significativos: com ótima colaboração da paciente, além da reabilitação estética e funcional, houve melhora na mastigação, fonética, autoestima e qualidade de vida. O caso evidencia, de forma contundente, a urgência de fortalecer e ampliar os serviços especializados em saúde bucal, garantindo a integralidade do cuidado, o trabalho interdisciplinar e o acesso equitativo. A articulação entre profissionais e o compartilhamento de saberes e tecnologias são essenciais para a efetiva resolutividade dos casos, especialmente dos mais complexos. A atenção humanizada não é apenas uma diretriz é uma necessidade inadiável.

PNa0178 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

O impacto da saúde bucal na qualidade de vida de crianças: mudanças na percepção após palestra educativa
Vanessa Cristina de Branco Gonçalves, Ângela Cristina de Jesus Pereira, Ana Gabriela Schiefelbein da Silva, Nilton Rodrigues Alves Peres Domingues, Alvaro Luiz Mendonça Pinheiro Barbosa, Gustavo Antonio Correa Momesso, Marcia Hiromi Tanaka, Caio Vinicius Gonçalves Roman-Torres
Odontologia UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A presença de cárie na infância é uma das condições de saúde mais sérias e dispendiosas, e as doenças bucais não tratadas podem limitar a capacidade de comer, sorrir, falar, bem como a saúde mental ou social da criança. O Questionário de Percepções de Criança (CPQ8-10) avalia o impacto das doenças bucais na qualidade de vida, abrangendo os 4 domínios de saúde: 1) Sintomas bucais; 2) Limitações funcionais; 3) Bem-estar emocional; 4) Bem-estar social. Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção de crianças quanto à saúde bucal antes e após uma atividade sobre higiene bucal. Foram incluídas no estudo 85 crianças com 8 anos de idade oriundas de uma Escola Pública Municipal de São Paulo, que foram avaliadas clinicamente para os índices ceo-d/CPO-D e responderam o CPQ8-10. As crianças participaram de uma palestra interativa sobre educação em saúde bucal e receberam uma cartilha ilustrativa sobre higiene bucal e um kit de escova e pasta dental com flúor. Após 3 meses da palestra educativa foi aplicado novamente o CPQ8-10, e realizados exames clínicos. Quando comparados os momentos pré e pós (3 meses) da palestra para os resultados clínicos avaliados não houve diferença estatisticamente significativa, sendo que a média do ceo-d foi de 1,38, a média de CPO-D foi de 0,06. A média do CPQ 8-10 geral foi de 15,08 antes da palestra e de 12,09 após, foi observada diferença estatística para o domínio limitação funcional. Para a distribuição das frequências relativas em cada uma das 27 questões do questionário, as diferenças significantes foram observadas nas questões 7, 9 e 17.

Houve mudanças na percepção das crianças indicando associação entre a condição bucal com sintomas bucais, limitações funcionais e bem-estar emocional.

PNa0179 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Prevalência de hipominerazalição de molares decíduos e de hipominerazação molar-incisivo em escolares em Mato Grosso do Sul
Isabela Ficagna Oshiro, Luiza de Carli Grieleitow, Mariane Emi Sanabe, Rafael Aiello Bomfim
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou a prevalência de Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI) em adolescentes de 12 anos e de Hipomineralização de Molares Decíduos (HMD) em crianças de 5 anos em oito municípios do interior de Mato Grosso do Sul. Utilizou-se delineamento transversal, seguindo os critérios da 5ª edição da OMS. Foram examinadas 445 crianças e 391 adolescentes. Dados sociodemográficos, comportamentos de saúde e consumo alimentar foram coletados conforme o modelo de determinantes sociais na saúde bucal. Nos adolescentes, foram avaliados molares e incisivos; nas crianças, molares decíduos e incisivos decíduos. Considerou-se como caso positivo a presença de pelo menos um dente com opacidade demarcada, restauração atípica, fratura de esmalte pós-eruptiva ou cárie atípica. As análises estatísticas foram realizadas no software Stata v.14 (College station, Tx, EUA). O estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética (CAAE 85647518.4.0000.0021). A prevalência geral de hipomineralização foi de 21,1% (IC95% 18,4-24,0), sendo 24,9% de HMD (IC95% 21.1; 29.2) e 16,6% de HMI (IC95% 13.2; 20.7). Observou-se maior prevalência nos dentes decíduos (p<0,05) e em indivíduos com renda per capita abaixo da linha da pobreza (28,7%; p<0,05). Raça, gênero, dieta não saudável e fluoretação das águas não se associaram significativamente à condição.

Famílias em condição de vulnerabilidade (renda abaixo da linha da pobreza per capita) estiveram associadas à prevalência de HMI. Além disso, políticas públicas voltadas ao diagnóstico e manejo precoce da hipomineralização se fazem necessárias, pois afeta mais as crianças em estágio de desenvolvimento da dentição, visando organizar a linha de cuidado infantil e minimizar impactos na qualidade de vida.

(Apoio: CNPq  N° 402403/2021-5)
PNa0180 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Heterocontrole da fluoretação das águas em Mato Grosso do Sul: panorama da qualidade e implicações na equidade racial em saúde bucal
Luiza de Carli Grieleitow, Isabela Ficagna Oshiro, Keila Roberta Ferreira de Oliveira, Paulo Frazão, Amanda Barbosa Oliveira, Rafael Aiello Bomfim
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a adequação dos níveis de fluoreto em amostras de água coletadas em escolas públicas do interior de Mato Grosso do Sul, após a empresa estadual de saneamento decidir implementar a fluoretação em cinco cidades, com base nas faixas ótimas preconizadas (0,55 a 0,84 ppm), além de discutir seu papel na promoção da equidade racial em saúde bucal. Participaram do estudo nove municípios, sendo cinco com fluoretação declarada (Anastácio, Aquidauana, Miranda, Guia Lopes da Laguna e Sidrolândia) e quatro sem fluoretação (Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Bodoquena e Ribas do Rio Pardo). As coletas foram realizadas em quatro períodos distintos entre 2024 e 2025 e as amostras foram analisadas em duplicata no Laboratório de Bioquímica Oral da FOP/UNICAMP. Anastácio, Miranda, Aquidauana e Guia Lopes apresentaram fluoretação consistente (0,55 a 0,84 ppm), beneficiando diretamente cerca de 75.000 pessoas negras e indígenas, evidenciando o impacto direto sobre populações historicamente vulnerabilizadas. Por outro lado, Sidrolândia, apesar de oficialmente declarada como cidade fluoretada, apresentou ausência de flúor nas amostras (<0,1 ppm), deixando de beneficiar cerca de 30.000 pessoas negras e indígenas. Os outros municípios apresentaram ausência ou níveis subótimos de fluoretação.

Embora persistam desigualdades na implementação da fluoretação no estado, os municípios com fluoretação efetiva demonstraram o potencial transformador dessa política pública ao beneficiar de forma direta populações negras e indígenas. O fortalecimento da capacidade técnica local e o comprometimento político são fundamentais para garantir que a fluoretação cumpra seu papel como estratégia de equidade racial em saúde bucal.

(Apoio: CNPq  N° 402403/2021-5)



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