03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PN-R0249 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Conectando dados e cuidados: Os Sistemas de Informação do SUS na Assistência Pré-Natal
Cauê Pimentel Paizan, Lia Borges de Mattos Custódio, Tânia Adas Saliba, Suzely Adas Saliba Moimaz
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se analisar dados referentes às características populacionais, indicadores de saúde e assistência pré-natal. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, de análise de dados secundários referentes a 28 municípios do estado de São Paulo disponibilizados em bases do DataSUS em 2025. As seguintes variáveis foram investigadas: população dos municípios; quantidade de nascidos vivos, indicadores de morbidade e mortalidade; proporção de gestantes com a primeira consulta realizada até 120 dias, com seis consultas de pré-natal, realização dos exames básicos e proporção de atendimentos odontológicos realizados. Observou-se a população dos municípios variou entre 1.074 e 207.775 habitantes, sendo que 89,28% (n=25) continham população inferior a 50 mil. Em 2024 foram registrados 5713 nascidos vivos e 76 óbitos infantis, sendo 65,78% (n=50) neonatais e 34,21% (n=26) pós-neonatais; nenhuma morte materna foi registrada. Foram realizadas 4266 primeiras consultas de pré-natal, 81,20% (3464) até a 12ª semana de gestação e 7,68% (n=328) pacientes tiveram os exames avaliados até a 20ª semana de gestação; 25,94% (n=1107) gestantes passaram por seis ou mais consultas durante o pré-natal; 1,38% (n=59) pacientes tiveram o diagnóstico de sífilis durante a gestação; a proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado variou entre 27% e 93%, sendo que 46,42% municípios (n=13) ficaram com proporção dentro da faixa de ≥ 42% e < 60% .

O número de óbitos infantis chama a atenção, ainda que os indicadores de consultas se apresentem dentro do esperado. A proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado ficou abaixo do ideal.

(Apoio: CAPES  N° 0001)
PN-R0250 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Crenças em saúde bucal de uma população rural ribeirinha do Amazonas
Carla Gabriela Damasceno Barbosa, Diego dos Santos Cordeiro, Vitoria Fraga Martins, Carlos Augusto da Silva Araújo Júnior, Fernando Jose Herkrath, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath, Adriana Corrêa de Queiroz
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O constructo 'crenças em saúde bucal' refere-se às percepções e atitudes que indivíduos ou grupos têm em relação à importância, aos resultados e à eficácia pessoal relacionados às práticas de saúde bucal. O objetivo do estudo foi avaliar crenças em saúde bucal de uma população rural ribeirinha. Um estudo transversal de base populacional, com adolescentes e adultos (15-60 anos) foi realizado com residentes de uma comunidade rural ribeirinha do rio Negro, Manaus, Amazonas. Foram coletados dados demográficos (sexo, idade, raça/cor da pele), condição socioeconômica (escolaridade, renda mensal familiar) e as crenças em saúde bucal, por meio do instrumento de Broadbent, Thomson e Poulton. O questionário foi desenvolvido no aplicativo REDCap e foi realizada análise descritiva. Foram avaliados 61 adolescentes e adultos, com idade média de 34 anos. A média de anos de estudo foi 9,7 anos e 91% da amostra relatou saber ler e escrever. 'Visitar o dentista' e 'manter dentes limpos' foram as crenças mais valorizadas, classificadas como extremamente importantes por 96,7% e 95,1% da amostra, seguidas por 'evitar doces' e 'usar fio dental' (85,2%). Para 'uso de creme dental com flúor', 75,4% atribuíram máximo valor, enquanto beber água fluoretada foi a crença menos importante, com 37,7% classificando-a como "não muito importante".

Os resultados indicam crenças positivas, alinhadas com boas práticas de higiene bucal e consultas odontológicas, embora haja menor valorização de comportamentos relacionados ao uso de fluoretos.Como a localidade não possui fluoretação da água, é importante promover estratégias de educação em saúde que fortaleçam o valor dos comportamentos protetores da saúde bucal e assegurar o acesso universal aos serviços de saúde.

(Apoio: Programa Inova Fiocruz, Chamada n°04/2022 - Inova Amazônia  N° 04/2022  |  PROEP-Labs/ILMD Fiocruz Amazônia, Chamada n°025/2022  N° 025/2022  |  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM))
PN-R0253 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

PREVALÊNCIA DE DEFEITOS DE DESENVOLVIMENTO DE ESMALTE EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM MINAS GERAIS
Maria Aline Morais Souza, Lilian Resende Naves Cantarelli, Fabiana Sodré de Oliveira, Débora Souto-Souza, Marco Aurélio Benini Paschoal, Camila Fragelli, Isabel Cristina Olegário da Costa, Ana Paula Turrioni
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo objetivou determinar a prevalência de defeito de desenvolvimento de esmalte (DDE) em pacientes com deficiência atendidos em um serviço de referência em Minas Gerais e verificar as associações de DDE com fatores sistêmicos. Estudo transversal com 114 pacientes e seus cuidadores que responderam um questionário sobre o período pré-natal (saúde materna, uso de drogas, fumo e álcool na gestação), perinatal (tipo de parto, intercorrências no parto, prematuridade, peso ao nascer) e pós-natal (tipo de deficiência, história de doenças na primeira infância e uso de medicamentos). Realizou-se exames clínicos intraorais por um pesquisador previamente calibrado (k>0,87) para verificar os tipos de DDE presentes (Thylstrup & Fejerskov para Fluorose Dentária, EADP para HMI e FDI modificado para demais DDE). Foi realizado regressão de poisson (p<0,05, SPSS 25.0). Dos 114 pacientes avaliados 43,9% apresentam algum tipo de DDE. Em relação aos tipos de deficiência houve maior prevalência de DDE nos pacientes com Paralisia Cerebral (PC) (61,5%). Nos períodos pré, peri e pós-natal a maior prevalência de DDE foram entre filhos de mães mais velhas (80,0% p=0,086) que apresentaram baixo peso ao nascer (53,3% p=0,077) e que tiveram sinusite nos primeiros 3 anos de vida (9,1%, p=0,014). Entre os tipos específicos de DDE a HMI foi mais prevalente em pacientes com Transtorno do Espectro Autismo (2,6%p=0,488), hipoplasia em pacientes com PC (3,5% p=0,103) e fluorose em pacientes com síndromes raras (3,5% p=0,042) e em pacientes com PC (3,5% p=0,466).

Conclui-se que dentre as deficiências abordadas neste estudo a PC apresentou maior prevalência de DDE e ser paciente com PC cuja a mãe teve a gestação em idade avançada apresentava maior probabilidade para DDE.

PN-R0254 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Perfil clínico-epidemiológico dos lactentes submetidos à frenotomia lingual em projeto municipal no Nordeste do Brasil
Estéfany Louíse Pereira, Emykaelly Kauanne Lima Batista, Camila Menezes Costa Castelo-Branco, Lindoaldo Xavier de Sousa, Rilary Rodrigues Feitosa, Thayana Maria Navarro Ribeiro de Lima Martins, Yuri Wanderley Cavalcanti
CCS UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes submetidos à frenotomia lingual pelo Projeto Linguinha Solta JP no Instituto Cândida Vargas, no município de João Pessoa-PB, em 2024. Trata-se de um estudo transversal realizado por meio da análise de prontuários. As variáveis analisadas foram: sexo, faixa etária, município de residência, antecedentes familiares, escores do Teste da Linguinha de Martinelli, Marchesan e Berretin-Felix (2013), presença de fibrose, indicação de reabordagem e técnica cirúrgica usada. A análise estatística envolveu a distribuição de frequências e a aplicação de teste de associação. A significância estatística foi considerada pelo teste Qui-quadrado (p<0,05). Foram incluídos 179 pacientes, dos quais 67% (n=120) eram do sexo masculino. A maioria dos lactentes tinham até 90 dias de vida (81,6%, n=146) e 53,7% (n=95) residiam em João Pessoa. Em 59,5% (n=100) dos casos, havia relatos de alteração do frênulo lingual na família. O escore mais frequente na avaliação anatomofuncional foi o 7 (51,4%, n=90). O escore geral médio foi 15,4 (DP= 2.90). A técnica cirúrgica mais utilizada foi a mais invasiva (42,4%, n=73), seguida da técnica moderada (40,1%, n=69) e da técnica PIC (menos invasiva) (17,4%, n=30). A presença de fibrose foi registrada em 8,2% dos casos (n=13), e a reabordagem foi indicada em 2,5% (n=4). O teste de associação não mostrou significância estatística entre a técnica cirúrgica usada e a fibrose (p=0,417), porém, a técnica PIC teve maior proporção de fibrose (14,3%).

Conclui-se que houve predomínio de lactentes do sexo masculino submetidos à frenotomia lingual até os três meses de vida, e que não houve associação entre a técnica cirúrgica e a ocorrência de fibrose.

PN-R0255 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Déficit mastigatório, edentulismo, uso de próteses totais e Declínio cognitivo: análise do Elsi-Brasil
Amanda Silva Passos, Marcela Mayana Pereira Franco, Elisa Miranda Costa, Maria Jhany da Silva Marques, Geovanna Sousa de Oliveira, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz, Cláudia Maria Coêlho Alves
CCBS UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Declínio Cognitivo (DC) é um estágio de transição entre o envelhecimento saudável e a demência com evolução anual de 10%. O objetivo do estudo foi testar a associação entre DC, quantidade de dentes, uso de prótese total dupla e Déficit Mastigatório (DM). Estudo transversal (n=9.949) que utilizou dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI, Brasil). A variável DC foi definida pela pontuação dos participantes em teste baseado no Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Aqueles com DC, tiveram pontuações de -1 ponto dp abaixo da média do seu grupo normativo. A variável DM foi assim categorizada: Com DM: < 20 dentes e edêntulos sem prótese total. Sem DM: ≥ 20 dentes ou uso de prótese total dupla. Modelos de regressão logística foram utilizados, estimando-se os Odds Ratios (OR) não ajustados e ajustados. Um gráfico acíclico direcionado (Directed Acyclic Graph) indicou como ajuste a escolaridade, idade, quantidade de dentes e gênero. O nível de significância foi de 0,05 e intervalo de confiança (IC) de 95%. A prevalência de declínio cognitivo foi de 12.70%. Na análise não ajustada, o edentulismo (OR= 1,55; P <0,001 IC95% 1.31-1.83) e DM (OR =1,48; P <0,05 IC95% 1.06-2.06) foram associados ao DC. A reabilitação protética não foi associada ao DC (OR = 1.07; P =0.59 IC95% .83-1.37). Após ajustes, apenas o edetulismo se manteve associado ao DC (OR = 1,33; P <0,05 IC95% 1.02-1.72). Dentre o grupo de edêntulos, usar prótese total não teve associação significante com o risco de DC.

Pode-se concluir que o edentulismo aumentou as chances da ocorrência de declínio cognitivo em brasileiros com mais de 50 anos. Esses resultados revelam a importância da manutenção dos dentes naturais para prevenir desfechos desfavoráveis nessa população.

(Apoio: CAPES  N° Finance code 001)
PN-R0259 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Condições de saúde bucal de pré-escolares residentes em localidades rurais ribeirinhas de Manacapuru, Amazonas
Camila Valente Smith, Erilam Grijó da Silva, André Max da Silva Carvalho, Carlos Augusto da Silva Araújo Júnior, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath, Fernando Jose Herkrath
DASPAM FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar as condições de saúde bucal de pré-escolares residentes em localidades ribeirinhas. Trata-se de um estudo transversal, que incluiu seis localidades rurais ribeirinhas do Paraná do Paratari, afluente do rio Solimões, no município de Manacapuru, Amazonas. A população do estudo foi composta por todos os pré-escolares com idade de 3 a 5 anos, de ambos os sexos, residentes nas localidades. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionários, incluindo aspectos relacionados ao uso dos serviços de saúde bucal e consumo alimentar, e pelo exame clínico intrabucal, avaliando a experiência da cárie dentária (índice ceo-d), suas sequelas clínicas (índice pufa) e a necessidade de tratamento. Os dados foram submetidos à análise descritiva. Foram avaliados 45 pré-escolares. O ceo-d médio foi 3,0 (DP=3,7), com participação quase exclusiva do componente cariado. Apresentaram ceo-d>0 55,6% dos pré-escolares, todos estes necessitando de algum tipo de tratamento, com 33,3% apresentando envolvimento pulpar em pelo menos elemento dentário. Dos pré-escolares, 73,3% nunca haviam ido ao dentista A dor dentária e a exodontia foram as principais motivações da utilização dos serviços, tendo sido observada ocorrência de dor dentária nos últimos 6 meses em 37,8% das crianças. O consumo de guloseimas e refrigerante nos últimos sete dias foi elevado (68,2% e 57,8%).

Os achados mostram uma prevalência elevada de cárie precoce na infância, assim como consumo elevado de alimentos cariogênicos. São necessárias estratégias para ampliar o acesso aos serviços de saúde bucal pelos pré-escolares, ao mesmo tempo em que é evidente a necessidade de ações ampliadas de promoção, proteção e recuperação da saúde bucal.

(Apoio: CAPES  |  Fapeam)
PN-R0260 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Perfil epidemiológico e características craniofaciais de vítimas de violência física infantojuvenil em Cascavel, 2012-2013
Janine Vidotti, Andressa Bortolini, Natalia Gomes do Vale, Maria Daniela Basso de Souza
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisar laudos periciais de 595 vítimas de violência física contra crianças e adolescentes (0-19 anos) em Cascavel (PR), referentes a 2012-2013, excluindo acidentes de trânsito, lesões autoprovocadas e abuso sexual. Os dados contemplaram sexo, raça/cor (branco e não branco [pardos, pretos, amarelos e indígenas]), faixas etárias, instrumentos de lesão, etiologias e tipos de lesão; lesões intraorais e de cabeça e pescoço receberam subclassificações anatômicas detalhadas. A análise estatística descritiva dos dados foi realizada com o software Jamovi 2.4.1. O perfil epidemiológico mostrou predominância de adolescentes (13-19 anos), do sexo masculino (62,8%) e brancos (63,5%). Não foram relatadas lesões intraorais; entre 59 casos com achados extraorais, 89,8% apresentaram comprometimento de tecidos moles, notadamente nos lábios, e 3,4% apresentaram lesões combinadas de tecidos moles e dentes. Escoriações (24,2%) e equimoses (14,87%) foram as mais prevalentes, indicando predominância de traumas superficiais e por impacto. Instrumentos contundentes foram responsáveis por 85,1% das lesões e agressão física foi registrada como principal etiologia em 90,9% dos casos, segundo terminologia médico legal. Limitações incluem a ausência de dados sobre agressores e a predominância de linguagem legal nos laudos.

Adolescentes do sexo masculino e brancos foram os mais acometidos, prevalecendo as lesões únicas, craniofaciais e traumas labiais extraorais. Ressalta-se a importância de estratégias preventivas direcionadas, abordagens multidisciplinares e fortalecimento de políticas públicas intersetoriais para proteção desse grupo vulnerável. Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIOESTE (parecer nº 3.244.277).

PN-R0265 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Sorriso MAIOR: política pública de saúde bucal para crianças livres de cárie até os 12 anos em município de médio porte no Ceará
Carla Teixeira Peixoto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O Programa Sorriso MAIOR foi desenvolvido no município de Eusébio-CE como uma estratégia contínua de promoção da saúde bucal desde o pré-natal até os 12 anos de idade, com foco na prevenção da cárie dentária e formação de uma geração mais saudável. As gestantes são acompanhadas com consultas odontológicas trimestrais, integradas ao pré-natal, recebendo orientações sobre amamentação, higiene oral e alimentação. O mesmo Cartão Sorriso MAIOR acompanha a criança até completar 12 anos, garantindo consultas semestrais. Nas escolas públicas, são realizadas atividades educativas, escovação supervisionada, aplicação de flúor e exames clínicos. A coleta de dados gera relatórios epidemiológicos por turma, com listagens nominais de estudantes que necessitam de tratamento, organizados por prioridade. Esses alunos são encaminhados para atendimento nas UBS com prazo máximo de agendamento de sete dias. Em 2023, levantamento com 587 estudantes de 12 anos mostrou que 74,5% estavam livres da doença cárie, índice superior à média nacional de 49,3% (SB Brasil 2020). O sucesso da experiência resultou na aprovação da Lei Municipal nº 2156/2023, que institucionalizou o programa como política pública, com metas e incentivos financeiros às equipes de saúde bucal.

O Programa Sorriso MAIOR provou ser uma política eficaz, articulando educação em saúde, vigilância e cuidado contínuo. Seu fortalecimento institucional reforça o compromisso do município com a saúde bucal infantil e com a meta de alcançar 95% de adolescentes livres de cárie até 2030.

PN-R0267 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE EM MINAS GERAIS: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E DESAFIOS PARA A EQUIDADE E UNIVERSALIDADE DO SUS
Rafaela Gama Reis Marques, Stefany de Lima Gomes, Norma Sueli Gonçalves Reche, Luciane Miranda Guerra, Marcelo de Castro Meneghim, Rodrigo Almeida Bastos, Cristiane Aparecida Costa Tavares, Jaqueline Vilela Bulgareli
Saude Coletiva FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Foi realizada uma pesquisa exploratória qualitativa que examina a judicialização da saúde em Minas Gerais, sob a perspectiva de juízes, promotores e defensores públicos de primeira instância de uma região específica. Utilizando entrevistas semiestruturadas, realizadas de forma remota, busca-se entender a atuação dos atores judiciais e as implicações de suas decisões na política pública de saúde. Parte-se do pressuposto de que o fortalecimento do ativismo judicial e da judicialização, aliado à perda de competência técnica, desestrutura a política de saúde e compromete o acesso universal, equânime e integral. Revelaram-se temas como ativismo judicial, reserva do possível e princípios constitucionais do SUS. Embora a judicialização garanta direitos, ela também evidencia lacunas no planejamento e na alocação de recursos, aprofundando desigualdades. O estudo destaca os impactos das decisões judiciais que não equilibram direitos individuais e sustentabilidade e a necessidade de capacitação dos operadores de direito, fortalecimento do diálogo interinstitucional e desenvolvimento de políticas públicas para reduzir a dependência da judicialização. Essas ações são fundamentais para promover um SUS mais eficiente, sustentável e equitativo.

O estudo revela que, apesar dos avanços na garantia de direitos, persistem desafios para a sustentabilidade e gestão do SUS. A judicialização, embora amplie o acesso a tratamentos negados, também evidencia fragilidades estruturais e operacionais, aprofundando desigualdades e ameaçando os princípios do SUS. Pesquisas futuras devem considerar variados contextos socioeconômicos e institucionais e propor estratégias de capacitação para operadores do direito e gestores de saúde.

PN-R0256 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 17

Fatores Associados à Dor Orofacial em Adolescentes Brasileiros
Veruska Medeiros Martins Bernardino, José Lima Silva Júnior, Monalisa da Nóbrega Cesarino Gomes, Ana Isabella Arruda Meira Ribeiro, Matheus de França Perazzo, Edja Maria Melo de Brito Costa, Ana Flávia Granville-garcia
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo analisar os fatores associados à dor orofacial em adolescentes brasileiros. Para isso, utilizaram-se os dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal de 2023 (SB Brasil 2023). A amostra foi composta por 6.754 adolescentes entre 15 e 19 anos, excluindo-se os que utilizavam aparelho ortodôntico. Foram consideradas variáveis sociodemográficas, condições de saúde bucal e os componentes da escala Oral Impact on Daily Performance (OIDP). Razões de prevalência brutas e ajustadas foram estimadas por meio de regressão de Poisson com variância robusta (α = 0,05). A prevalência de dor orofacial em adolescentes foi de 14,67% (IC 95%: 12,45 - 16,89). A intensidade média da dor, numa escala de 0 a 10, foi de 6,3 (IC 95%: 5,94 - 6,66). A análise multivariada revelou associação da dor orofacial com raça/cor não branca (RP: 1,20; IC 95%: 1,01 - 1,40), autoavaliação da saúde bucal como regular, ruim ou muito ruim (RP: 1,40; IC 95%: 1,10 - 1,80), dificuldade para comer (RP: 1,60; IC 95%: 1,30 - 1,90), nervosismo ou irritação relacionados a problemas bucais (RP: 1,30; IC 95%: 1,01 - 1,60) e vergonha de sorrir (RP: 1,20; IC 95%: 1,01 - 1,40).

Conclui-se que a dor orofacial em adolescentes brasileiros foi influenciada pela raça/cor não branca, pela percepção negativa da saúde bucal e pelos autorrelatos de dificuldade para comer, nervosismo ou irritação relacionados a problemas bucais, além de vergonha ao sorrir.




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