03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PN-R0228 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

Impacto na saúde mental de professores do ensino infantil em decorrência da pandemia da covid-19
Letícia Aires Rosa, Tárcia Thyele Araújo Malheiros, Andre Felipe da Silva Almeida, Luciane Zanin, Flávia Martão Flório, Arlete Maria Gomes Oliveira
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia da COVID-19 evidenciou impactos profundos na saúde mental dos profissionais de diversas áreas, assim como na educação infantil. Estudo observacional transversal realizado em escolas do município de Santa Maria da Vitória, Bahia, avaliou a saúde mental de 44 professoras do ensino pré-escolar após o período pandêmico. Um questionário semiestruturado elaborado para este estudo com base em literatura científica abordou questões sobre o perfil do participante, serviços de saúde mental acessados e condição emocional antes, durante e pós pandemia. A média de idade das participantes foi de 45,7 anos, a maioria era casada (61,4%), tinha filhos (88,6%) e possuía pós-graduação (72,7%). Quanto à percepção da saúde mental 47,7% consideraram positiva antes da pandemia, 15,9% negativa durante, e aumentando para 18,2% após esse período. Relataram sintomas de ansiedade 56,8%, 36,4% insônia e 20,5% estresse, sendo que 11,4% apresentaram simultaneamente sintomas de ansiedade, depressão, insônia e estresse. Pós-pandemia, 36,0% das participantes perceberam melhora no bem-estar, destacando a importância dos vínculos afetivos, do autocuidado e da valorização da vida. Em relação ao ensino remoto, 50,0% das participantes apontaram dificuldades tecnológicas, enquanto 20,5% mencionaram desafios relacionados ao aprendizado das crianças e ao apoio familiar.

A sobrecarga de trabalho e as dificuldades emocionais decorrentes do ensino remoto foram os principais fatores associados ao aumento do estresse e da ansiedade, evidenciando um impacto significativo na saúde mental das educadoras, com altos níveis de ansiedade, estresse e insônia.

PN-R0231 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

Estudo Descritivo Do Conhecimento De Mães Ou Cuidadores De Bebês Com Doença Falciforme Sobre Saúde Bucal Nos Primeiros Mil Dias De Vida
Elanne Cristina Garcia da Costa Félix, Katlin Darlen Maia, Jefferson da Rocha Tenorio, Márcia Pereira Alves dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo descreveu o conhecimento de mães ou cuidadores de bebês com Doença Falciforme (DF) sobre a saúde bucal nos primeiros mil dias de vida. Na primeira consulta multiprofissional em um hemocentro no Rio de Janeiro, mães e cuidadores responderam a um questionário semiestruturado, contendo perguntas adaptadas de um questionário previamente validado, sobre condição sociodemográfica, de saúde, de acesso aos serviços de saúde, cuidados bucais do bebê e amamentação. A coleta ocorreu entre junho e novembro de 2024. Dos 49 entrevistados, 59,2% tinham ensino médio completo, 75,5% se autodeclararam negros, na faixa etária entre 16 e 49 anos, 95,9% alegaram ter realizado o pré-natal médico, mas somente 28,6% realizaram o pré-natal odontológico. A maioria (81,6%) desconhece a importância do pré-natal odontológico, apesar de, durante a gravidez, 46,9% das mães relatarem ter ido ao cirurgião-dentista. Quanto aos bebês com DF, 44,9% são do sexo feminino, a maioria com a faixa de idade entre 0 e 6 meses (67,4%). Quanto à higiene bucal do bebê desdentado, 79,6% dos respondentes disseram limpar com gaze e água filtrada, e ao higienizar o primeiro dente do bebê, 49,0% afirmaram usar escova e pasta de dente sem flúor. A amamentação foi considerada importante para 81,6% dos participantes.

Esses achados mostram que há pouco conhecimento por parte de mães ou cuidadores quanto à saúde bucal nos primeiros mil dias de vida do bebê com DF.

PN-R0232 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DO USO DE PSICOTRÓPICOS POR DISCENTES DE ODONTOLOGIA DO BRASIL
Aléxia Caroline Leandro da Conceição, Ane Poly, Ana Flávia Almeida Barbosa, Gisele Damiana da Silveira Pereira
Clínica odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo primário desse trabalho foi gerar um instrumento de medida que avalie a prevalência do uso de psicotrópicos entre alunos de odontologia regularmente matriculados em universidades brasileiras no último ano da graduação, focando nas etapas do desenvolvimento do questionário e da evidência de validade do seu conteúdo. Para tal, após a definição do problema principal, as fases iniciais da pesquisa consistiram na definição dos objetivos do instrumento, dos domínios, do público-alvo envolvido, da construção dos itens e escores e das escalas de respostas. A estruturação do questionário, baseada na literatura sobre o tema, contou com a formulação de 23 questões abertas e fechadas, submetidas para a análise pelo comitê de juízes científicos, composto por 8 docentes e/ou pesquisadores, que foram instruídos a avaliar cada item do instrumento quanto à clareza e à representatividade. Os dados obtidos foram submetidos à análise do conteúdo, considerando um percentual de consenso entre os especialistas. Dessa forma, a concordância entre os especialistas foi considerada relevante para promover evidência de validade de conteúdo para instrumento. Posteriormente à adequação do questionário, foi realizado o pré-teste no público-alvo. Como resultado, após avaliação quantitativa e qualitativa das respostas, 2 questões sofreram alterações e seguiu-se para confecção da versão final do constructo.

Conclui-se que, através da metodologia e pesquisa utilizada para desenvolver o instrumento pode-se obter um questionário capaz de avaliar a prevalência do uso de psicotrópicos entre discentes de odontologia no Brasil. Ademais, o instrumento desenvolvido apresenta evidência de validade de conteúdo e poderá ser aplicado em pesquisas futuras.

PN-R0234 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

Panorama das auditorias em saúde no estado de Minas Gerais
Paulo Henrique Correia Lima, Daniele Lopes Leal, Lianara Marçal Peixoto Ferreira, Rosa Núbia Vieira de Moura, Najara Barbosa da Rocha, Rafaela da Silveira Pinto
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de tendência temporal, que analisou panorama das auditorias nos serviços públicos de saúde no Estado de Minas Gerais entre os anos de 2011 a 2024. Foram solicitados à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, via Lei de Acesso à Informação, o banco de dados de auditorias do período de 2011 a 2024 que já se encontravam encerradas em 2024. O banco de dados extraído do SISAUD (Sistema de Informações de Auditorias) foi organizado em Excel de forma a anonimizar os estabelecimentos e municípios auditados e os dados analisados no SPSS versão 23.0 por meio de número e frequência das atividades por macro (14 macrorregiões) e microrregião de saúde (89 microrregiões), que representam a organização da logística de saúde no estado; por regional de saúde, que é a organização administrativa (28 regionais de saúde); por porte populacional e por ano de início da atividade de auditoria. Resultados: Foram realizadas 629 atividades de auditoria no período, as quais já se encontravam encerradas em 2024. A macrorregião Sudeste foi a com maior proporção (14,1%), seguida pela Centro (10,2%). Entre as microrregiões, Pouso Alegre e Teófilo Otoni apresentaram as maiores frequências, ambas com 3,5%. Considerando as regionais de saúde, Divinópolis (7,8%) e São João del Rei (6,7%) foram as mais representadas. A maioria dos municípios (60,9%) era de pequeno porte populacional (10 mil a 100 mil habitantes). O ano de 2012 foi o que mais teve auditorias iniciadas, com 20,2% dos registros.

É possível concluir que, no estado de Minas Gerais, as auditorias abrangeram as diversas regiões e diferentes tipificações de municípios variando o número de auditorias iniciadas ao longo dos anos.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN-R0236 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

Desenvolvimento e validação de gibi educativo sobre alimentação saudável para crianças de 0 a 5 anos
Cristiano Carvalho Soares, Luciane Zanin, Marcelo Sperandio, Flávia Martão Flório
Odontologia FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A saúde alimentar infantil deve ser uma prioridade desde a gestação, pois as ações adotadas nos primeiros anos de vida são essenciais para prevenir agravos como obesidade, doenças crônicas e transtornos psicológicos, estéticos e funcionais. Este estudo teve como objetivo desenvolver e validar um gibi educativo voltado ao público leigo sobre alimentação saudável de crianças de 0 a 5 anos. O desenvolvimento seguiu quatro etapas: (1) revisão de literatura e elaboração do roteiro; (2) criação da versão inicial, com ilustrações e diagramação; (3) validação por 14 juízes especialistas, com cálculo do Índice de Legibilidade de Flesch (IF) e do Índice de Validade de Conteúdo (IVC); (4) adequações com base nas sugestões dos especialistas, seguidas de teste piloto com 50 cuidadores e nova rodada de avaliação. Os especialistas possuíam título stricto sensu e mais de 10 anos de experiência. O público-alvo era composto majoritariamente por mulheres (82%), com ensino superior (76%). O IF da versão inicial foi 85,0% e o IVC 0,94. Após revisão, o IF foi 84,7% e o IVC 0,98. Entre os cuidadores, 98% consideraram a capa atrativa e o texto interessante, 100% aprovaram as ilustrações e 98% relataram motivação para concluir a leitura. Houve aumento significativo no conhecimento após a leitura (p<0,05).

O gibi demonstrou validade quanto à aparência, conteúdo e legibilidade, sendo um recurso promissor para ações educativas em saúde infantil.

(Apoio: FAPESP  N° 2022/02599-6)
PN-R0237 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

TRAUMATISMO DENTÁRIO E FATORES ASSOCIADOS EM INDIVÍDUOS SOCIALMENTE VULNERÁVEIS
Gabrielli Bezerra Sales, Maria Luiza Diniz Borborema, Letícia Paiva Medeiros de Melo, Eudes Marques de Lima Neto, Maria Luciene Gomes da Silva Laurentino, Alessandro Leite Cavalcanti, Alidianne Fábia Cabral Cavalcanti
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Investigar a prevalência de traumatismo dentário e os fatores associados entre adultos socialmente vulneráveis. Foi realizado um estudo transversal junto à população em situação de rua acompanhada pela equipe de consultório na rua de Campina Grande/Paraíba. Dados sociodemográficos foram coletados por meio de entrevista. O traumatismo dentário foi avaliado conforme os critérios propostos por O'Brien. A análise estatística foi realizada no software IBM SPSS, versão 21. Testes qui-quadrado e Exato de Fisher foram realizados para verificar associações entre as variáveis independentes e o desfecho (p<0,05). A amostra incluiu 118 participantes, com média de idade de 41,5 anos (±12,1). A maioria dos participantes era do sexo masculino (83,1%) e possuía entre 19 e 41 anos (54,2%). Do total, 69,5% dormiram nas ruas nos últimos 7 dias e 48,3% voltaram a viver em logradouros públicos, após um período fora das ruas. Para 46,2% dos entrevistados, a última consulta odontológica ocorreu há 3 anos ou mais. A prevalência de traumatismo dentário foi de 23,6%, com predomínio de fraturas em esmalte (48,4%) e esmalte-dentina (41,9%), seguidas de avulsão dentária (9,7%) e fraturas com envolvimento pulpar (6,5%). Dentes superiores apresentaram maior número de lesões traumáticas (72,7%). As avulsões acometeram, em sua maioria, incisivos centrais e laterais superiores. Houve associação entre fratura em esmalte, faixa etária (p=0,045) e pernoite nas ruas (p=0,015). Bem como, fratura em esmalte-dentina, retorno à situação de rua (p=0,036) e tempo desde a última visita ao dentista (p=0,006).

Quase ¼ da população foi acometida por episódios de traumatismo dentário, sendo a idade, a ida ao dentista e o contexto de vida nas ruas fatores associados à sua ocorrência.

(Apoio: CAPES  N° 88887.995432/2024)
PN-R0240 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

Fatores associados à prevalência de trauma dentário em escolares de 12 anos em Manaus, Amazonas
Mariana Oliveira da Silva Freitas, Fernando Jose Herkrath, Maria Augusta Bessa Rebelo, Juliana Vianna Pereira, Janete Maria Rebelo Vieira, Adriana Corrêa de Queiroz, Mario Vianna Vettore, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar a associação de fatores sociodemográficos à prevalência de traumatismo dentário (TD) em escolares de 12 anos de idade. Foi realizado um inquérito transversal, incluindo adolescentes com 12 anos de idade, de ambos os sexos, matriculados na rede de ensino público do município de Manaus, Amazonas. O traumatismo dentário foi mensurado por meio do índice O´Brien. Após análise descritiva, realizou-se regressão logística múltipla para identificar os fatores associados com o TD. As análises consideraram o delineamento amostral do estudo. Foram avaliados 792 escolares. Destes, 53,6% eram do sexo feminino e 69,08% autodeclararam-se pardos. Os pais dos adolescentes tinham, em média, 11,6 anos de estudo (IC95% 11,3-11,8) e 64,7% tinham renda familiar mensal de até 1 salário-mínimo. A prevalência de TD foi 27,0% e de TD severo (que envolveu dentina ou polpa dentária) foi 2,9%. Adolescentes do sexo feminino (OR=0,64; IC95%=0,45-0,90) e aqueles que se autodeclararam brancos (OR=0,56; IC95%=0,35-0,89) apresentaram menor chance de trauma dentário. Renda familiar e escolaridade dos pais não se mostraram associadas ao TD.

Os resultados do estudo evidenciam uma prevalência elevada de traumatismo dentário entre escolares, ressaltando a importância da implementação de ações preventivas, inclusive em ambientes escolares, voltadas especialmente para os grupos mais vulneráveis, considerando as diferenças demográficas observadas.

(Apoio: CAPES)
PN-R0241 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

PERIODONTITE SEVERA E DEPRESSÃO NO MARANHÃO (1990-2021): ANÁLISE TEMPORAL A PARTIR DO GLOBAL BURDEN OF DISEASES
Amanda Vieira da Silva de Oliveira, Silas Alves-Costa, Amanda Medeiros Lopes de Sousa, Susilena Arouche Costa, Lorena Lúcia Costa Ladeira
Odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo investigou a associação entre periodontite severa e desordens depressivas em jovens adultos de 20 a 24 anos no estado do Maranhão, no período de 1990 a 2021. Trata-se de um estudo observacional de séries temporais, utilizando dados secundários extraídos do Global Burden of Disease Study 2021, referentes à prevalência anual dessas condições. As análises estatísticas foram realizadas no software RStudio, por meio de correlação de Pearson (r), com nível de significância de p≤0,05. Em 2021, a prevalência de periodontite severa foi de 2,7%, com proporções semelhantes entre os sexos. As desordens depressivas apresentaram prevalência mais elevada entre mulheres (7,0%) do que entre homens (3,2%). Observou-se correlação moderada entre a prevalência de periodontite severa e desordens depressivas em ambos os sexos (r=0,47; p=0,006), com correlações mais fortes entre homens (r=0,59; p=0,001) do que entre mulheres (r=0,43; p=0,013). Os achados sugerem uma associação relevante entre as duas condições, especialmente em um contexto marcado por desigualdades sociais como o do Maranhão.

Fatores comportamentais e biológicos, como higiene oral inadequada, uso de álcool, tabaco e alterações imunológicas associadas à depressão, podem contribuir para a gravidade da periodontite.Os resultados ressaltam a importância de políticas públicas que integrem ações em saúde mental e saúde bucal, especialmente para populações jovens em contextos vulneráveis.

PN-R0242 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

Atenção á saúde bucal para a população em situação de rua : relato do primeiro ano de um projeto de extensão
Isabella de Paula Faria, Gustavo Lottermann Lorenz, Guilherme Alves Braz, Wesley Carvalho de Almeida, Gabriel de Vasconcelos Viana Barbosa, Fernando Silva-Oliveira, Rosana Leal do Prado, Najara Barbosa da Rocha
Pós Graduação Mestrado Profissional UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A população em situação de rua (PSR), que enfrenta vulnerabilidade extrema, tem a saúde bucal como um dos aspectos mais negligenciados. Nesse cenário, o projeto de extensão "INCLUSÃO: Promoção de Saúde Bucal da População em Situação de Rua - Odonto POP Rua", da Faculdade de Odontologia de uma universidade federal, foi idealizado para suprir a carência de atendimento odontológico a essa população e contribuir para formação de profissionais qualificados. Objetivou-se descrever as atividades resultados do primeiro ano do projeto. Semanalmente, a atenção odontológica foi realizada no Centro POP e clínica da faculdade, com participação de estudantes, monitores, pós-graduandos e docentes. Os procedimentos se concentraram na atenção básica, sendo mais comuns restaurações, polimentos, raspagens, exodontias e próteses provisórias. As atividades envolveram levantamento de necessidades, distribuição de kits de higiene bucal, rodas de conversa e ações educativas. O projeto também promoveu intervenções interprofissionais com outros projetos e instituições, além de participação em eventos como Tenda da Saúde. As diretrizes da extensão universitária foram incorporadas, promovendo interação dialógica, interdisciplinaridade e impacto na formação discente. O projeto gerou produções científicas apresentadas em congressos e um manual de atenção odontológica à PSR, demonstrando sua relevância extensionista articulada ao ensino e à pesquisa.

Concluiu-se que o primeiro ano de atividades contribuiu efetivamente para ampliar o acesso à saúde bucal da PSR, fortalecendo o vínculo com os serviços de saúde e promovendo melhorias concretas na formação discente e na qualidade de vida dos usuários atendidos.

PN-R0244 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 16

Relação entre mastigação e fragilidade em idosos: uma revisão sistemática
Arthur Marques Andrade, Lethicia Isabelle Matias Pinto, Yuri Wanderley Cavalcanti, Mayara Abreu Pinheiro
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esta revisão sistemática teve como objetivo investigar a relação entre a função mastigatória e a fragilidade física em idosos, sintetizando todas as evidências disponíveis sobre o tema. Seguindo as diretrizes PRISMA-ScR, foram identificadas 567 publicações nas bases PubMed, Web of Science, Scopus e Cochrane Library, sem restrição quanto ao período de publicação ou idioma. Dois revisores calibrados e independentes realizaram a seleção dos estudos, com um terceiro pesquisador resolvendo eventuais discordâncias. Após triagem, 23 artigos preencheram todos os critérios de elegibilidade e foram incluídos na análise final. A avaliação do risco de viés utilizando a ferramenta ROBINS-E revelou que 6 estudos apresentaram baixo risco de viés, 15 risco moderado e 2 alto risco. A respeito dos instrumentos utilizados, os critérios de Fried foram mais frequentes para avaliação da fragilidade, enquanto testes com gomas colorimétricas e mensuração da força oclusal ou de mastigação são os métodos predominantes para avaliar a função mastigatória. Os resultados demonstraram consistência entre os estudos transversais e longitudinais, indicando que idosos com função mastigatória reduzida apresentaram maior prevalência de fragilidade. Fatores como idade avançada, sexo feminino, baixa escolaridade, depressão e comorbidades atuaram como intensificadores dessa relação. Adicionalmente, a fragilidade oral, que engloba problemas mastigatórios, mostrou-se um preditor significativo para fragilidade física.

Conclui-se que os achados evidenciam que a função mastigatória comprometida representa um marcador relevante do estado de fragilidade em idosos, com impactos multidimensionais que abrangem aspectos físico, cognitivos e sociais.




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