03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PN-R0185 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Prevalência da cárie dentária em crianças de 5 anos no Brasil: O efeito do contexto racial e de cobertura de saúde dos municípios
Izabela Barbosa Mazeli, Lariane Garnes Vilanova, Rafael Aiello Bomfim
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar se variáveis contextuais como a da cobertura de saúde bucal (SB) na atenção básica (AB), a concentração de negros nos municípios e presença de Centro de especialidades Odontológicas (CEO) influenciam na prevalência de cárie em crianças de 5 anos, ajustados por variáveis sociodemográficas. Utilizou-se os dados do SBBrasil 2023 para as análises. As variáveis contextuais foram 1) A cobertura de saúde bucal foi a informada pelos municípios participantes no e-gestor (dividida em tercis); 2) a concentração racial de negros (pardos e pretos nos municípios, divididos em até 40%, 40 a 60% e acima de 60%), e 3) presença de CEO nos municípios (sim e não). Foram calculadas as prevalências e seus respectivos IC95%, ponderados pelos pesos amostrais. Regressões logísticas multiníveis foram realizadas no software STATA v.14 (College Station, TX, EUA). A prevalência de cárie foi de 41.2% (IC95% 37.6; 44.8). Nos municípios com concentração acima de 60% de negros, a prevalência de cárie foi de 50.8% (IC95% 46.8;54.8) e na menor concentração (<40%) foi de 32.2% (IC95% 25.0; 40.4). As regressões mostraram que variáveis individuais (renda e raça) estiveram associadas à prevalência de cárie e o contexto teve influência. Maior cobertura de SB- AB protegeu em 32% OR 0.68 (IC95% 0.46; 0.99) e Municípios com mais negros (>60%) foi fator de risco em 41% OR 1.41 (IC95% 1.00; 2.04). A presença de CEO nos municípios não teve associação com cárie.

Tanto fatores individuais (renda e raça) quanto características dos municípios influenciam a ocorrência de cárie em crianças de 5 anos. Políticas que ampliem a cobertura de serviços de saúde bucal na atenção básica podem reduzir desigualdades, especialmente em locais com elevada concentração de população negra nos municípios.

PN-R0188 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Experiência de cárie e desempenho escolar de adolescentes de 12 anos da cidade de Manaus, AM: um estudo descritivo
William Sousa da Silva, Igor Miguel Lago Cecilio, Alessandra Maria Couto Neves, Maria Augusta Bessa Rebelo, Janete Maria Rebelo Vieira, Yan Nogueira Leite de Freitas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi descrever a experiência de cárie dentária, bem como os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e psicossociais dos escolares de 12 anos da rede pública de Manaus, Amazonas, por meio de um estudo transversal. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (Parecer n.º 6.866.971). Onze pesquisadores calibrados mensuraram a experiência de cárie dentária de acordo com os critérios do índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPO-D), nu ma amostra representativa de 789 adolescentes. As demais variáveis foram medidas por meio de questionários validados. Mais da metade da amostra é composta por escolares do sexo feminino (55%), pardos (68%), com renda familiar de até 1 salário-mínimo (63%), cujos pais concluíram o Ensino Médio (75%). O CPO-D apresentou média de 0,95 (±1,45). A média do desempenho escolar foi de 5,70 (±0,79). Além disso, mais da metade dos pais (55%) relataram ter buscado atendimento odontológico para seus filhos no último ano (42,5%), sendo que 41% foram atendidos, em sua maioria, no serviço público (45%), para consultas de limpeza, prevenção ou revisão (55%). Mais de 90% dos escolares afirmaram escovar os dentes ao menos uma vez ao dia com uso do dentifrício fluoretado. Cerca de 30% dos participantes relataram dor dentária de leve a moderada (83,59%) e 82% afirmaram ter saúde bucal boa ou regular.

O estudo reforça determinantes importantes do processo saúde-doença e do desempenho acad êmico de escolares de 12 anos, cujas associações merecem ser investigadas e ações de promoção à saúde bucal reforçadas.

PN-R0190 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Condições de saúde bucal de pessoas trans atendidas em ambulatório especializado do SUS: estudo transversal
Zeno Carlos Tesser Junior, Andreia Morales Cascaes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudos epidemiológicos em saúde bucal com foco na população trans ainda são escassos no Brasil e no mundo. Este estudo transversal analisou dados de 116 pessoas trans atendidas em um ambulatório especializado do Sistema Único de Saúde (SUS), em Florianópolis (SC), entre 2023 e 2024. Foram realizados exames bucais epidemiológicos com aplicação do Índice CPO-D (dentes cariados, perdidos e restaurados), do Índice Periodontal Comunitário (CPI) e do Índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP). A média geral do índice CPO-D foi de 4,03, com 1,20 dentes cariados, 2,23 restaurados e 0,60 perdidos. Ao menos um dente com experiência de cárie foi identificado em 76% da amostra. As médias do CPO-D foram mais elevadas entre mulheres trans (5,38), seguidas por homens trans (3,95) e pessoas não binárias (1,95). Cárie não tratada foi observada em 46% dos participantes, e perdas dentárias, em 20%. A ausência de dentes perdidos entre pessoas não binárias contrastou com a presença desse componente em 24,3% das mulheres trans e 24,6% dos homens trans, evidenciando associação estatisticamente significativa com a identidade de gênero (p = 0,035). Quanto à condição periodontal, 62% apresentaram cálculo dentário, 26% sangramento gengival e 1% bolsas periodontais.

Mesmo em contexto especializado, os achados evidenciam alta prevalência de agravos em saúde bucal, reforçando a importância de investigações epidemiológicas centradas na população trans.

(Apoio: CNPq  N° 404546/2021-8)
PN-R0192 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Dados nulos no SISAB: estudo exploratório a partir de indicadores de saúde bucal
Milena Ribeiro Gomes, Carlos Antonio Gomes da Cruz, Hernane Braga Pereira, Gizelton Pereira Alencar, Rosana Leal do Prado, Camilla Aparecida Silva de Oliveira, Raquel Conceição Ferreira, Viviane Elisângela Gomes
FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Investigou-se o percentual de municípios nos quais não foi possível calcular indicadores de saúde bucal devido à presença de dados nulos no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). Estudo ecológico com dados secundários públicos extraídos das fichas de produção individual e de atividades coletivas do SISAB, do ano de 2023. Foram analisados 7 indicadores alinhados às diretrizes da Portaria GM/MS 3493/2024 para o pagamento por desempenho das equipes de saúde bucal (eSB). Dado nulo correspondeu à ausência de registros no numerador e/ou denominador durante os 12 meses. Indicadores não foram calculados para municípios com denominadores nulos; numeradores nulos resultaram em valores zero. Os percentuais de municípios com dados nulos foram estratificados segundo Índice de Equidade e Dimensionamento (IED), Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), modelo organizativo das equipes (eSF, eAB, equivalente ou sem eSB) e porte populacional. Não houve municípios com dados nulos para três indicadores: Atendimento odontológico de gestantes, Cobertura de 1a consulta odontológica e Taxa de atendimento por dor de dente. Os percentuais de municípios com dados nulos variaram: Razão entre tratamento concluído e 1a consulta (5,23-38,65%), Proporção de exodontias (0-33,19%), Proporção de procedimentos preventivos (0-33,19%) e Práticas coletivas em saúde bucal (5,86-19,21%). Para esses 4 indicadores, os maiores percentuais foram observados para municípios com maior IVS, maior IED, com modelo equivalente e população de até 5 mil hab.

Fatores contextuais e organizacionais parecem se relacionar com a qualidade dos registros, reforçando a necessidade de qualificar a gestão da informação sobretudo em contextos mais vulneráveis.

(Apoio: CNPq  N° 445286/2023-7  |  FAPEMIG - Programa de Pesquisa Para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde-PPSUS  N° APQ-00763-20)
PN-R0193 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Avaliação dos insumos e do armazenamento de escovas dentais em comunidade ribeirinha do Amazonas
Mikele Paz Soares, Luciane Zanin, Arlete Maria Gomes Oliveira, Flávia Martão Flório
Campinas FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A promoção da saúde bucal em comunidades ribeirinhas da região amazônica é desafiada por barreiras geográficas, econômicas e estruturais, que podem impactar o acesso a insumos e a adoção de práticas adequadas de higiene. Este estudo observacional, transversal e quantitativo avaliou a disponibilidade de insumos para higiene bucal e os cuidados relacionados ao armazenamento de escovas dentais entre moradores de uma comunidade ribeirinha no estado do Amazonas. Foram entrevistados 226 chefes de família, a partir de amostragem representativa. Aplicou-se um questionário estruturado abordando práticas de higiene bucal, aquisição e armazenamento de materiais, além de inspeção direta do local de acondicionamento das escovas. Após a tabulação dos dados, foi realizada análise exploratória. A maioria dos participantes era do sexo masculino (81%), com média de idade de 49,4 anos (±16,3). Verificou-se que 87,2% escovavam os dentes duas vezes ao dia, 98,2% utilizavam escova dental e 98,7% faziam uso de dentifrício. Apenas 27,0% relataram uso regular de fio dental. As escovas eram majoritariamente armazenadas em recipientes coletivos (84,5%), com contato entre as cerdas em 57,1% das residências. Os critérios mais influentes para a escolha da escova foram o preço (69,5%) e a dureza das cerdas (68,1%), enquanto a marca foi o fator predominante na escolha do dentifrício (74,8%).

Apesar do acesso a insumos básicos, persistem fragilidades nas práticas de higiene bucal, especialmente quanto ao uso do fio dental, às condições domiciliares e ao armazenamento inadequado das escovas, o que evidencia a necessidade de ações educativas e estratégias eficazes de promoção da saúde bucal.

PN-R0194 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Panorama dos Serviços para Transtornos Alimentares no Brasil: Uma Lacuna na Saúde Bucal
Samanta Pereira de Souza, Thiago de Raphael Nogueira, Bruna Kreutz Ames, Bruna Leticia Endl Bilibio, Iris Dechechi Batista, Iara Peixoto de Oliveira, Raíssa Antunes Pereira, Wanderson Roberto da Silva

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os transtornos alimentares (TAs) podem causar sérios danos à saúde bucal, como erosão dentária, cáries e lesões orais. Além disso, dores orofaciais e infecções odontológicas podem dificultar a alimentação, agravando ainda mais a saúde geral dos pacientes. No entanto, a atuação do cirurgião-dentista (CD) no atendimento a pacientes com TAs, em serviços especializados, ainda é pouco explorada. O objetivo deste estudo transversal e exploratório foi investigar a presença de CDs em serviços especializados no tratamento de TAs no Brasil. Os dados foram coletados por questionários estruturados via RedCap e analisados com os softwares JAMOVI e R. Dos 32 serviços participantes, a maioria (n=22, 68.8%) está localizada na região Sudeste, e apenas um deles (3.1%), um hospital-escola público na região Sudeste, conta com cirurgiões-dentistas na equipe. Fica evidente a escassez de CD nos serviços especializados em TAs, embora sejam fundamentais para o atendimento multidisciplinar. O fato do único serviço que conta com CD na equipe ser um hospital-escola em um centro urbano de grande porte sugere que este tipo de instituição tem maior conscientização sobre a importância de uma abordagem integrada para promover a saúde do paciente.

Os resultados destacam a necessidade de mais estudos para entender essa lacuna na saúde bucal e de conscientizar os serviços da necessidade de incluir o cirurgião-dentista nos atendimentos a TAs. É importante intensificar a divulgação aos profissionais da saúde sobre os impactos bucais nestes transtornos para melhor qualidade do atendimento, pois a alimentação, a saúde bucal e o bem-estar físico geral são essenciais para um melhor prognóstico de pacientes com TAs.

PN-R0195 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Cárie dentária, autopercepção da saúde bucal e necessidade de tratamento em adolescentes do Rio de Janeiro: dados da Pesquisa SBBrasil2023
Michelle Alonso Coutinho, Amanda Pires Vidal, Marcela Baraúna Magno, Aline Borburema Neves Veloso, Patricia Nivoloni Tannure, Andréa Vaz Braga Pintor
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2023) iniciou em 2022, foi encerrada em 2024 e em março de 2025 os dados tornaram-se públicos. A partir desse banco de dados, objetivou-se caracterizar as condições socioeconômicas da amostra de adolescentes de 15-19 anos da cidade do Rio de Janeiro e analisar dados relacionados à cárie dentária, à autopercepção da saúde bucal e da necessidade de tratamento. Dados relativos às condições socioeconômicas, doença cárie (índices de dentes cariados, perdidos e obturados - CPOD e dentes com polpa visível, úlcera, fístula e abscesso - PUFA referente aos dentes 16, 26, 36 e 46) e a autopercepção de adolescentes foram analisados pelo programa SPSS 22.0 por meio dos testes ꭕ2 e Kruskal-Wallis (p≤0,05). A amostra foi composta por 196 adolescentes, na sua maioria homens (53,1%), pardos (42,9%), com ensino médio incompleto (48,5%), acesso à internet (83,7%) e renda familiar média de R$ 2.553,85 (±1.642,60). Mais da metade (56,1%) apresentavam dentição hígida, consideravam sua saúde bucal "muito boa" ou "boa" (73,5%) e relataram precisar de tratamento dentário (49,5%). O índice CPOD foi de 2,57(±5,12) e o PUFA para primeiros molares foi de 0,29 (±1,31). Nos últimos 6 meses, 27 (13,8%) adolescentes tiveram dor de dente. Observou-se associação significativa entre o CPOD e a autopercepção sobre a saúde bucal (p=0,01) e a autoavaliação sobre a necessidade de tratamento (p=0,01), quanto maior o número de dentes com cárie, pior a percepção dos adolescentes e maior a necessidade de tratamento relatada.

Conclui-se que 56,1% dos adolescentes da amostra estavam livres de cárie e apresentaram uma autopercepção de sua saúde bucal e da necessidade de tratamento condizente com sua real condição analisada através do índice CPOD.

(Apoio: CAPES  N° PROSUP 88887.894282/2023-00  |  FAPERJ  N° 204.517/2024  |  Funadesp  N° 54-1534/2022)
PN-R0196 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

IMPÁCTO DE VARIÁVEIS CLÍNICAS E COMPORTAMENTAIS NO BRUXISMO EM VIGÍLIA EM CRIANÇAS NA DENTADURA MISTA
Aline Rocha Tinoco Gonçalves, Heloisa Valdrighi, Mário Vedovello Filho, Marcelo de Castro Meneghim, Patrícia Rafaela dos Santos
odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo é associar os hábitos bucais deletérios, tempo de tela, ansiedade e a presença de provável bruxismo em vigília em crianças. Estudo realizado com crianças de escolas públicas de Itaperuna (Rio de Janeiro, Brasil), totalizando 270 crianças em fase de dentadura mista, de ambos sexos na faixa etária de 8 a 10 anos. A avaliação do provável bruxismo em vigília foi baseada na presença de desgaste dentário e relato da criança em apertar ou ranger os dentes durante o dia. Os hábitos bucais foram avaliados por meio do questionário direcionado aos pais além do tempo de tela diária. Os níveis de ansiedade foram obtidos por meio de questionário direcionado a criança (MASC). Foram obtidos modelos de regressão logística simples e ajustados e estimados os odds ratios brutos e os respectivos intervalos de 95% de confiança, permaneceram no modelo final aquelas variáveis que com p≤0,05 após os ajustes para as demais variáveis. Foi observado a prevalência do provável bruxismo de 13,3%, quanto aos hábitos bucais deletérios, 35,2% afirmaram quem roem unha, chupam dedos ou chupeta e 38,9% que rangem os dentes. O tempo médio de tela entre os participantes é de seis horas diárias. Observa-se maior chance de presença de bruxismo entre os participantes que apresentam o hábito de roer unhas, chupar dedos ou chupeta (OR=3,15; IC95%: 1,48-6,89). Além disso, pode-se observar maior chance de bruxismo entre os participantes com menos tempo de tela (até 6 horas), OR=0,29 (IC95%: 0,11-0,69), p<0,05.

Conclui-se que a presença de hábitos bucais deletérios como chupar chupeta de roer unha em crianças na fase de dentadura mista e o menor tempo de exposição a telas esteve associado a presença do provável bruxismo em vigília.

PN-R0197 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Intenção de ofertar mamadeira entre gestantes do interior paulista e fatores associados: estudo transversal
Caroline Meronha de Lima, Letícia Santos Alves de Melo, Lorena Fonseca Silva, Mayra Sanmiguel Souza, Caroline Correa de Oliveira, Marília Narducci Pessoa, Giovanna Torqueto Castilho, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro
Odontologia Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a intenção materna de ofertar mamadeira e sua associação com variáveis sociodemográficas, biológicas, familiares, relacionadas a gestação, a prática do aleitamento materno, à assistência a saúde e hábitos. Gestantes no 3º trimestre de gestação (n=653), atendidas em uma maternidade pública de direito privado situada no interior do estado de São Paulo, completaram um questionário autoadministrado e a Escala Infant Feeding Intention, traduzida e adaptada ao português do Brasil. Os dados foram analisados de forma descritiva e por testes de χ2, considerando a variável "intenção de oferecer mamadeira" (sim/não/não sei) como desfecho, e adotando o nível de significância de 5%. Foi observado que 45,1% das gestantes apresentaram intenção de oferecer mamadeira ao bebê, apesar da alta intenção materna de amamentar (mediana = 16, em uma escala de 0 a 16). Idade materna (p<0,001), paridade (p=0,014), conhecimento dos benefícios do aleitamento materno para o bebê (p<0,001), intenção de oferecer chupeta (p<0,001) e crença na superioridade do leite materno apresentaram associação significativa com o desfecho.

Conclui-se que, apesar da elevada intenção de amamentar, quase metade das gestantes declarou a intenção de oferecer mamadeira, que esteve associada a variáveis sociodemográficas, ao conhecimento e crenças sobre o aleitamento materno, e ao comportamento futuro.

(Apoio: CAPES  N° DS 001)
PN-R0198 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 01/09 - Horário: 08h30 - 12h30 - Zoom Sala: 14

Cárie dentária e condições nutricionais de adolescentes em Moçambique
Tainah Aiko Hayashi Vitório, Ida Regina Tomaz Carvalho da Silva Capela, Marta Artemisa Abel Mapengo, Adriana Maria Fuzer Grael, Brian Otávio de Melo Rodrigues, Marcelo Salmazo Castro, Gabriela de Figueiredo Meira, Silvia Helena de Carvalho Sales Peres
Ortodontia e Saúde Coletiva UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivo deste estudo foi avaliar prevalência de cárie dentária e condição nutricional, em Moçambique. Trata-se de um estudo transversal composto por uma amostra de adolescentes de 12 anos de idade, residentes em Maputo. A prevalência da cárie dentária foi avaliada por meio do Índice CPO-D. Os adolescentes foram medidos e pesados para mensuração do Índice de Massa Corporal (IMC). Foi aplicado um questionário da Organização Mundial de Saúde (OMS STEPwise), para verificar a qualidade de vida. Os dados foram analisados por meio do Teste Exato de Fisher e Correlação de Spearman (p<0,05). Foram avaliados 314 adolescentes, de ambos os sexos. Entre os participantes, 196 (62,42%) residiam em área urbana e 117 (37,58) na área suburbana. A média do CPO-D entre os participantes foi de 0,17 ± 0,5, sendo que a média de dentes hígidos foi 27,8 ± 0,55, o que representa 278 (88,5%) indivíduos livres de cárie dentária e 36 (11,5%) com experiência de cárie. Adolescentes residentes na área urbana apresentaram maior prevalência de dentes hígidos (p<0,05). Houve correlação positiva e significativa entre o IMC e dentes livres de cárie (rs=0,227; IC95% 0,025- 0,24; p<0,001). Adolescentes que consumiam refrigerantes, apresentaram o CPOD>0, quando comparados aos que não consumiam (p<0,05). Adolescentes que apresentaram lesões de cárie dentária evitaram sorrir (p<0,05).

Concluiu-se que a prevalência de cárie foi muito baixa e relacionou-se com as condições nutricionais dos adolescentes em Maputo, Moçambique. A população menos favorecida economicamente residia na área suburbana e apresentou maior CPO-D.

(Apoio: CAPES  N° 88881.284220/2018-01)



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