03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PIe0372 - Painel Iniciante
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

USO DE ÁCIDO POLIACRÍLICO PARA INDUÇÃO DE MINERALIZAÇÃO DE HIDROGÉIS
Germano Bet, Gabrielle Prigol Flamia, Bruna Dalongaro Fritsch, Avener Andrade, Rosane Michele Duarte Soares, Luiz Eduardo Braga Bertassoni, Fabricio Mezzomo Collares, Gabriela de Souza Balbinot
LAMAD UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente trabalho teve o objetivo de desenvolver um substituto ósseo injetável a partir de hidrogel mineralizado. Foi utilizada Gelatina Metacrilada (GelMA) a 10% para a produção de hidrogéis contendo 0,2% de fenil (2,4,6-trimetilbenzoil) fosfinato de lítio (LAP) como fotoiniciador. Os hidrogéis foram polimerizados em uma impressora 3D LCD e submetidos ao processo de mineralização, tendo como agente promotor da mineralização o ácido poliacrílico (PAA) de peso molecular de 450 kDa. Para avaliar a eficácia da mineralização, foram utilizadas três concentrações (100 mg/L, 50 mg/L e 25 mg/L) do PAA, incorporado ou não ao hidrogel. Como controle, foi adicionado um grupo sem adição de PAA. A mineralização da matriz de GelMA ocorreu em solução de CaCl₂ 9 mM e K₂HPO₄ 4,2 mM em PBS a 37°C por três dias. A mineralização foi avaliada por espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) a partir dos picos 1660 cm⁻¹ (amida I) e 960 cm⁻¹ (fosfato). Para a produção de um material injetável, os grupos controle e com PAA incorporado a 100 mg/L foram impressos em formato de cilindros medindo 1 mm. Após a mineralização, foi mensurado o diâmetro das amostras impressas em um software de imagem. Como resultados, a taxa entre amida/fosfato foi maior no grupo com 100 mg/L de PAA incorporado na amostra. O índice de cristalinidade foi maior nos grupos com o PAA incorporado ao hidrogel em comparação com os demais grupos. Os microgéis impressos apresentaram diâmetro de 2,05 (0,05) mm, enquanto o controle apresentou tamanho médio de 1,69 (0,10) mm após o processo de mineralização.

O uso do ácido poliacrílico dentro dos hidrogéis promoveu a mineralização das estruturas e permitiu a produção de microgéis mineralizados injetáveis para regeneração óssea.

(Apoio: CNPq  N° #406436/2022-3  |  FAPs - FAPERGS  N° 23/2551-0000917-0)
PIe0373 - Painel Iniciante
Área: 6 - Oclusão / ATM

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação de cinesiofobia e hipervigilância em pacientes com disfunção temporomandibular: um estudo transversal
Jonas David da Silva Mello Noel, Isabelle Alves Caldara, Ricardo de Souza Tesch, Giancarlo De la Torre Canales, Esther Rieko Takamori, Leticia Vilaca Willeman Bastos Tesch, Icaro Macedo Badenes, Thayanne Brasil Barbosa Calcia
FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS - FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Disfunção temporomandibular (DTM) envolve um grupo de condições causadas por fatores biomecânicos e psicossociais. Entre eles, destacam-se a hipervigilância, (atenção exacerbada a estímulos dolorosos) e a cinesiofobia (medo excessivo e incapacitante do movimento físico por receio de dor ou lesão). Este estudo transversal investigou os níveis de hipervigilância e cinesiofobia entre indivíduos com e sem DTM. Este estudo avaliou 52 voluntários, sendo 26 com diagnóstico de DTM (mialgia e/ou artralgia), conforme os Critérios Diagnósticos para DTM (DC/TMD), e 26 controles, entre 18 e 50 anos, em 2024-2025. A amostra foi composta por 38 mulheres e 14 homens. Após avaliação clínica, todos preencheram o Pain Vigilance and Awareness Questionnaire (PVAQ); apenas os com DTM responderam também ao Tampa Scale of Kinesiophobia (TSK). A normalidade foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk, e aplicou-se o teste t de Student que apresentou maior hipervigilância no grupo DTM (p < 0,001) em comparação com o grupo controle. A variável sexo não apresentou diferença significativa quanto à hipervigilância (p = 0,421). No grupo DTM, foi realizada uma análise descritiva dos escores do TSK, pois o subgrupo com DTM não dolorosa foi composto por apenas dois participantes. Assim a média foi de 41,9 no grupo doloroso e 43,5 no não doloroso. Por fim, foi realizada a correlação entre os escores totais do PVAQ e do TSK por meio do teste de Pearson, com r = 0,385 e p = 0,052, não sendo observado significância estatística.

Portanto, de acordo com os dados obtidos, pode-se concluir que a hipervigilância à dor é mais presente em pacientes com disfunção temporomandibular, o que reforça a relevância de se considerarem os fatores psicossociais na abordagem clínica desses indivíduos.

PIe0374 - Painel Iniciante
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

DESENVOLVIMENTO DE SCAFFOLDS DE GELATINA METACRILADA (GelMA) COM VIDRO BIOATIVO PARA REGENERAÇÃO ÓSSEA
Gabrielle Prigol Flamia, Germano Bet, Bruna Dalongaro Fritsch, Avener Andrade, Rosane Michele Duarte Soares, Luiz Eduardo Braga Bertassoni, Fabricio Mezzomo Collares, Gabriela de Souza Balbinot
LAMAD UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi desenvolver e caracterizar um hidrogel de Gelatina Metacrilada (GelMA) com vidro bioativo (BAG) para fins de regeneração óssea. A síntese de GelMA foi realizada utilizando anidrido metacrílico. Hidrogéis contendo 0,1% em peso de fenil (2,4,6-trimetilbenzoil) fosfinato de lítio (LAP), como fotoiniciador, e 5%, 10%, 15% e 20% em peso de BAG foram impressos em 3D e comparados a um grupo controle sem adição de BAG. As amostras foram mapeadas por espectroscopia Raman para caracterização química dos espécimes em 225 pontos equidistantes. Foi realizada a análise de inchamento dos hidrogéis por meio da massa dos espécimes. Utilizou-se Micro-CT para análise tridimensional da porosidade e da densidade dos hidrogéis. A síntese de GelMA foi realizada com êxito e a incorporação de BAG no hidrogel foi viável em todas as concentrações. Os espectros Raman revelaram as bandas em 1660 cm⁻¹ (Amida I) e 1070 cm⁻¹ (Si-O-Si), atribuídas à GelMA e ao BAG, respectivamente. No mapeamento, a GelMA manteve-se estável em todos os grupos e a distribuição do BAG aumentou conforme a incorporação das partículas. O grupo controle apresentou maior inchamento que os grupos contendo BAG. A análise por Micro-CT demonstrou diminuição progressiva da porosidade dos espécimes. A densidade foi maior nos grupos contendo BAG.

Esses resultados sugerem que a combinação entre GelMA e BAG, em até 20% em peso, resultou em características estruturais favoráveis para a regeneração óssea.

(Apoio: FAPs - FAPERGS  N° 23/2551-0000917-0  |  CNPq  N° #406436/2022-3)
PIe0375 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Fatores associados ao padrão de aleitamento em neonatos submetidos à frenotomia lingual em âmbito hospitalar
Letícia Cecília Lossnitz, Luiz Ricardo Marafigo Zander, Celso Bilynkievycz dos Santos, Fabiana Bucholdz Teixeira Alves, Alessandra Reis
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A anquiloglossia pode comprometer o aleitamento materno exclusivo (AME), impactando negativamente a saúde infantil. Este estudo analisou a evolução do padrão de aleitamento em neonatos submetidos à frenotomia lingual em hospital universitário público integrado ao SUS. Trata-se de um estudo analítico, observacional e prospectivo, aninhado a uma coorte, realizado entre agosto/2020 e julho/2021, com 108 binômios mãe-bebê. As avaliações e condutas clínicas foram conduzidas por um único cirurgião-dentista responsável e ocorreram até 49 horas após o parto e cerca de dez dias após a frenotomia, utilizando instrumentos semiestruturados validados e protocolos institucionais. Na avaliação inicial, a maioria das mães relatou dor mamilar (58%), fissuras (35%), dificuldades na pega e ansiedade durante a amamentação e 63% dos neonatos apresentaram dificuldade na amamentação variando de moderada a grave. A análise por Árvore de Decisão destacou "lábios voltados para dentro" (OR = 63,44) e "queixo afastado da mama" (OR = 7,28) como preditores da dificuldade. Esses fatores também se associaram à dificuldade (OR = 3,21; p = 0,004 e OR = 2,87; p = 0,017, respectivamente). Após a frenotomia, observou-se redução significativa da dificuldade (mediana de 6,0 para 2,0; p < 0,001), com manutenção do AME em 87,96%, sendo o uso de mamadeira um fator preditivo negativo para esta prática (OR = 2,45; p = 0,029).

Conclui-se que a frenotomia lingual, quando indicada precocemente e realizada com suporte contínuo no âmbito do SUS, contribui significativamente para a melhoria do padrão de amamentação e favorece a promoção da saúde materno-infantil.

PIe0376 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Prevalência da perda precoce de dentes decíduos em escolares de 5 anos em Mato Grosso do Sul
Amanda Barbosa Oliveira, Luiza de Carli Grieleitow, Hazelelponi Querã Naumann Cerqueira Leite, Rafael Aiello Bomfim
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou a prevalência de perda precoce de dentes decíduos em escolares de 5 anos em oito municípios do interior de Mato Grosso do Sul, e fatores associados. Utilizou-se delineamento transversal, de estudo epidemiológico SBMS (que coleta dados estaduais de saúde bucal para avaliação do impacto da fluoretação da água). Foram analisadas as perdas conforme renda equivalente per capita (abaixo da linha da pobreza, entre a linha da pobreza e 1 salário mínimo [SM] e acima) e consumo alimentar saudável, medido pela média semanal dos itens, classificado como baixo (até 2x/semana), moderado (2 a 4x/semana) e alto (acima de 4x/semana). Os itens analisados vieram do questionário Sisvan do IBGE, correspondendo a: 1) salada crua, 2) legumes, 3) leite/iogurte, 4) feijão e 5) frutas frescas. Foi seguido o modelo de determinantes sociais da saúde bucal. Considerou-se como caso positivo a presença de pelo menos um dente com perda precoce (componente "e" do índice ceo-s). As análises estatísticas foram realizadas no software Stata v.14 (College Station, TX, EUA), e foram examinadas 445 crianças. A prevalência geral de perda precoce foi de 7% (IC95% 4,9-9,7). Quando categorizados pela renda, a perda precoce foi de 19,7% (IC95% 12,2-30,3) em crianças com famílias abaixo da linha da pobreza e de apenas 2,9% (IC95% 1,2-6,9) em famílias com renda acima de 1 SM. Crianças com consumo alimentar saudável alto (>4x/semana) tiveram menor perda (4,6%; IC95% 2,6-8,2), comparadas àquelas com baixo consumo saudável (10,0%; IC95% 5,5-16,0).

Conclui-se que políticas públicas voltadas à renda, alimentação e acesso a fluoretos devem priorizar a primeira infância, a fim de minimizar perdas precoces de dentes decíduos, que comprometem a qualidade de vida das crianças.

(Apoio: FUNDECT  N° 134/2024)
PIe0377 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

RELAÇÃO ENTRE DOR DENTÁRIA E A AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE DE ESCOLARES BRASILEIROS: DADOS PENSE 2019
Carolyne Silveira da Motta, Eduarda Thomé do Carmo, Luísa Jardim Corrêa de Oliveira, Iná da Silva dos Santos, Sarah Arangurem Karam
Centro de Ciências da Saúde UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre dor dentária e a autopercepção negativa de saúde em adolescentes brasileiros. Estudo transversal, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019. A variável exposição foi o relato de dor dentária nos últimos 6 meses, e o desfecho foi a autopercepção negativa de saúde. Foram consideradas como covariáveis características sociodemográficas e o uso de serviços odontológicos nos últimos 12 meses. Foram realizadas análises bivariada e multivariada com Regressão de Poisson, avaliando a Razão de Prevalência (RP) e o Intervalo de Confiança 95% (IC95%). Utilizou-se o comando "svy" para efeito de delineamento. Foram incluídos 86.344 escolares, considerando apenas aqueles com dados válidos para o desfecho. A prevalência de percepção negativa de saúde foi de 31,9% (IC95% 31,8-32,6). Adolescentes que relataram dor dentária nos últimos 6 meses apresentaram RP de 1,45 do desfecho (IC95% 1,41-1,48) em relação àqueles que não tiveram esse relato. Os escolares que foram ao dentista nos últimos 12 meses apresentaram 20% menos prevalência (RP 0,80; IC95% 0,78-0,82) de percepção negativa de sua saúde em comparação aos adolescentes que não foram ao dentista no último ano. Entre adolescentes que relataram terem ido ao dentista no último ano, ter tido dor dentária nos últimos 6 meses aumentou a prevalência de percepção negativa de saúde em 35% (RP 1,35; IC95% 1,30-1,38) em comparação aos estudantes que não tiveram dor dentária.

O relato de dor dentária está associado à maior prevalência de percepção negativa de saúde de adolescentes. Não houve diferença na associação entre a dor dentária e a percepção negativa de saúde entre os escolares que foram ou não ao dentista no último ano.

(Apoio: FAPs - FAPERGS  N° 24/2551-0000742-3)
PIe0378 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

PERCEPÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA E DO ENFERMEIRO SOBRE A ATUAÇÃO DO ODONTÓLOGO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Victoria Regina Ferreira Pinto, Patricia Bergamasco, Tânia Harumi Uchida, Mitsue Fujimaki
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa a qualificação e fortalecimento da Atenção Primária no SUS, mediante a atuação de equipes interprofissionais no cuidado da população. O objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção de cirurgiões-dentistas (CDs) e de enfermeiros sobre a atuação do odontólogo na equipe interprofissional em um município localizado na região Noroeste do Paraná. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado por meio de entrevistas gravadas, com roteiros semi-estruturados adequados para CDs e enfermeiros. Participaram 6 pares de CD/enfermeiro, que atuavam na mesma equipe de 6 diferentes Unidades Básicas de Saúde. As entrevistas foram transcritas e codificadas, segundo a análise de conteúdo de Bardin. Para alguns odontólogos, o trabalho interprofissional é de extrema relevância para a dinâmica do cuidado integral. No entanto, outros ainda não compreendem seu processo laboral na ESF. Quanto à percepção dos enfermeiros, a inclusão dos CDs na equipe é reconhecida como importante para um processo de trabalho contínuo, programado e resolutivo. Entretanto, algumas falas indicaram que, em certos casos, o odontólogo ainda demonstra uma visão tecnicista, se limitando ao trabalho na cadeira odontológica, isolado dos demais profissionais, prejudicando a construção coletiva.

Assim, verifica-se que ainda há lacunas na compreensão do CD sobre seu papel na ESF e uma necessidade sentida pelos enfermeiros de maior integração e aproximação do CD às equipes de saúde.

PIe0379 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Aceitabilidade ao uso de protetor bucal personalizado: análise longitudinal de 6 meses
Raphaella Silva de Souza, Mariana Pires da Costa, Giullie Anne de Souza Giffoni da Conceição, Letícia Lopes de Almeida da Silva, Breno Pereira Caetano, Tiago Braga Rabello, Marcela Baraúna Magno, Lucianne Cople Maia
D. de Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a aceitabilidade (AC) ao uso do protetor bucal (PB) personalizado por praticantes de esportes ao longo de seis meses. Foram incluídos indivíduos entre 8 e 30 anos, que praticavam esportes no mínimo 2 vezes na semana. Após anamnese, exame clínico e moldagem, foi confeccionado o PB personalizado. Informações sobre o histórico de traumatismo dentário (TD) e uso prévio de PB foram coletadas. A AC foi avaliada por um questionário com 26 questões (0 a 52 pontos - quanto menor o escore, maior a AC), incluindo os domínios 'indivíduo' (n=21) e 'PB' (n=5), aplicado antes (T0), 10 minutos após a instalação do PB (T1), e após 1 (T2), 3 (T3) e 6 (T4) meses de uso do dispositivo. Utilizou-se o teste de Friedman para comparar os escores totais de AC nos diferentes tempos e para avaliar a influência das variáveis "tipo de esporte" (luta/não luta), "histórico de TD" (sim/não) e "uso prévio de PB" (sim/não). Dos 40 participantes (18,3±6,2 anos), 72% eram do sexo masculino, 57% praticavam lutas, 22% futebol e 20% rugby; 55% relataram que já haviam sofrido TD e 57% já usavam PB, 21 do tipo II e 2 do tipo III. A AC foi influenciada pelo tempo de uso (T0=11,31±7,0; T1= 8,22±4,9; T2= 8,37±4,98; T3= 7,54±4,58; T4= 6,59±4,11; p<0,001) e pelas variáveis independentes avaliadas (p<0,001).

Houve aumento progressivo da aceitabilidade ao longo dos tempos de uso, sendo esta também influenciada pelo tipo de esporte praticado, histórico prévio de TD e uso anterior de PB.

(Apoio: CNPq  N° 310225/2020-5  |  CAPES  N° DS 001  |  CNPq  N° 174738/2024-2)
PIe0380 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Influência de diuréticos em parâmetros salivares de pessoas idosas hipertensas
Higor Gabriel Andrade Sarmento, Luan Handal Oliveira do Nascimento, Maria Luiza Diniz de Sousa Lopes, Kenio Costa de Lima
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi identificar os parâmetros salivares em pessoas idosas com hipertensão arterial sistêmica e analisar o efeito do uso de diuréticos e de outros fatores sobre esses parâmetros. Trata-se de um estudo transversal, cuja amostra foi composta por 160 pessoas idosas hipertensas, que usavam ou não diuréticos. Foram coletados, por meio de questionário, dados sociodemográficos, estado de saúde geral, uso de medicamentos, edentulismo, uso de prótese e xerostomia. A saliva foi estimulada por cinco minutos, coletada para aferição do fluxo salivar (mL/min) e, em seguida, utilizada para avaliação do potencial hidrogeniônico (pH) e da capacidade tampão (CT) com fitas colorimétricas. A análise estatística incluiu os testes qui-quadrado, regressão linear e logística, com nível de confiança de 95%. Na amostra, o fluxo salivar apresentou mediana de 0,6 mL/min, o pH foi 7,0 e a CT foi 5,5. O uso de diuréticos não exerceu influência significativa sobre os parâmetros salivares nem sobre a xerostomia. O fluxo salivar foi significativamente menor em indivíduos com artrite (p = 0,045). Nas análises multivariadas, a CT esteve associada ao edentulismo (p = 0,007) e à obesidade (p = 0,001); o pH foi significativamente mais baixo em pessoas edêntulas (p < 0,001), e a xerostomia apresentou associação com polifarmácia (p = 0,018).

Conclui-se que, embora os diuréticos não tenham alterado os parâmetros salivares, condições como artrite, edentulismo, obesidade e polifarmácia demonstraram associação com alterações salivares e xerostomia, evidenciando a complexidade das interações entre saúde sistêmica e bucal em pessoas idosas hipertensas.

PIe0381 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Grau de conhecimento dos estudantes de Odontologia de Maceió-AL quanto ao uso dos enxaguatórios bucais
Maria Amélia Tavares de Vasconcelos, Ligia Maria Coelho Morais, Joyce Rayanne Holanda Gomes, Breno Fernandes Monteiro Malta, Raphaela Farias Rodrigues, Larissa Silveira de Mendonça Fragoso, Rafaela Andrade de Vasconcelos, Dayse Andrade Romão
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os enxaguatórios bucais atuam como agentes coadjuvantes na higiene bucal e o conhecimento obtido durante a formação acadêmica desempenha papel relevante no uso racional desses produtos. Desta forma, este estudo avaliou o grau de conhecimento dos estudantes de Odontologia de Maceió-AL sobre o uso de enxaguatórios bucais. Foi realizado um estudo transversal com a participação de 156 alunos de Odontologia de três instituições de ensino superior de Maceió-AL, matriculados nos 1º, 5º e 10º períodos, no primeiro semestre de 2025. Foi aplicado um questionário online composto por 18 perguntas objetivas. Os dados coletados foram tabulados e organizados em planilhas do Microsoft Excel® para análise estatística descritiva, com frequências absolutas e relativas. Observou-se que o uso de enxaguantes bucais foi mais frequente entre os alunos do 1º período (71,43%), que demonstraram menor conhecimento e priorizaram o uso cosmético. Já os alunos dos períodos mais avançados usam menos (45,31% no 5º e 48% no 10º), mas demonstram maior compreensão sobre a ação terapêutica, riscos e aplicações clínicas. A clorexidina foi o princípio ativo mais citado (57,1%), seguida pelo fluoreto de sódio (41%) e álcool (39,1%). As principais indicações relatadas foram halitose (63,5%), cuidados pré/pós-operatórios e gengivite (60,3%) e controle do biofilme dental (56,4%).

Os resultados sugerem uma evolução no conhecimento sobre o uso de enxaguatórios bucais ao longo da graduação em Odontologia.




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