03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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PIc0233 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito local da Vitamina C no tratamento da candidose oral induzida em modelo murino
Ludmilla Oliveira Mantovani, Cristiane Yumi Koga-ito, Noala Vicensoto Moreira Milhan
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Alguns estudos demonstraram in vitro que a vitamina C pode modular fatores de virulência de Candida albicans. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito local da Vitamina C no tratamento da candidose oral induzida em camundongos. Para isso, os animais foram imunossuprimidos com metilprednisolona e inoculados com C. albicans, em dia alternados. Os camundongos foram divididos nos grupos controle (placebo), nistatina (padrão-ouro), e vitamina C. No oitavo dia experimental, após diagnóstico clínico de candidose em língua, a vitamina C foi administrada por via intramucosa em dorso lingual. Esse procedimento foi repetido após 24 horas. Nos mesmos dias experimentais, o grupo controle recebeu injeção intramucosa de água destilada enquanto o grupo nistatina recebeu tratamento tópico com nistatina e injeção de água destilada. Escores clínicos variando de 0 a 4, referentes ao grau de candidose oral, foram atribuídos no dia seguinte ao segundo tratamento (eutanásia). Após eutanásia, as línguas foram maceradas e semeadas em ágar seletivo para contagem de unidades formadoras de colônias de C. albicans. Os escores clínicos indicativos do grau de candidose oral foram ligeiramente inferiores nos grupos nistatina e vitamina C, após os dois dias de tratamento, sem diferença estatística para o grupo controle (p>0.05). Observou-se uma tendência de redução fúngica no grupo vitamina C, que embora não tenha se diferido estatisticamente do controle, também não foi diferente do grupo nistatina (p>0.05).

Embora mais análises sejam necessárias, nossos achados indicam que a vitamina C pode ser um agente terapêutico promissor para a remissão da candidose oral, contribuindo para redução do uso de antifúngicos, associados à resistência antifúngica.

(Apoio: FAPESP  N° 2019/05856-7  |  FAPESP  N° 2021/00046-7  |  CNPq  N° 14206)
PIc0234 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Situações de emergência com o paciente infantil: os estudantes da saúde estão preparados para atuar?
Amanda Rafaela de Oliveira, Claudio Alberto Franzin, Ilma Carla de Souza, Cássia Letícia Curti Croazatto, Núbia Inocencya Pavesi Pini, Matheus Bellanda Peroni, Lucimara Cheles da Silva Franzin
odontologia ASSOCIAÇÃO MARINGÁ DE ENSINO SUPERIOR
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O odontólogo que atende o paciente infantil muitas vezes se depara com emergências, relacionadas a enfermidades sistêmicas, ou acidentes e traumas, que muitas vezes não está preparado. O objetivo foi avaliar o conhecimento de estudantes do último ano de Odontologia, sobre situações de emergências com o paciente infantil. É uma pesquisa transversal, exploratória, quantitativa, com uma amostra de 100 participantes, de uma instituição de Ensino privada do norte do Paraná. Os dados foram coletados por meio de questionário adaptado com 24 perguntas, encaminhadas pelo Google Forms, no período de agosto a dezembro de 2024. Após a coleta, os dados foram analisados por análise descritiva, porcentual, sob a forma de tabelas e gráficos. Cerca de 77% dos participantes já participara de um curso de capacitação em primeiros socorros de 8 a 20 horas, apesar disso, somente 12% se sentia preparado para prestar esses atendimentos, em especial a crianças. 42% sentia segurança emocional para realizar tal fato. Somente 22% relatou possuir conhecimento técnico para prestar atendimentos de primeiros socorros se necessário, sendo que 93% nunca havia tido esta experiência com crianças e nem com adultos (17%). 22% não sabia que serviço acionar em casos de agravo clínico de saúde ou trauma do paciente. Nem o que fazer em casos de queimadura, convulsão. 63% dos estudantes sabiam haver na clínica kits de primeiros socorros, mas somente 33% relatou saber utilizá-los. 87% sabia o que fazer em casos de engasgo infantil, conhecendo a manobra de Heimlinch.

Observou-se dificuldades dos estudantes quanto a situações de emergência na clínica odontológica, e conhecimento para algumas práticas. Assim, deve-se formular estratégias nesta área, afim de alcançar este público

PIc0235 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação do letramento em saúde bucal das mães e do consumo de açúcar com a qualidade de vida de pré-escolares e suas famílias
Gabriella Oliveira da Silva Clemente, Fabio Anevan Ubiski Fagundes, Tainá Fontes de Souza, Lucianne Cople Maia, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal avaliou associações do letramento em saúde bucal (LSB) de mães, e do consumo de açúcar (CA) por pré-escolares (PE) com a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) dos PE (CIS) e suas famílias (FIS). Participaram 29 mães de PE (0-2 anos), entrevistadas com a versão reduzida do Brazilian Oral Health Literacy Assessment Task for Paediatric Dentistry, onde quanto maior o escore (0-30), maior LSB. A QVRSB foi medida pelo Brazilian Early Child Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS), em que escores mais altos indicam maior impacto. Analisaram-se variáveis como idade, classe socioeconômica (baixa/média e alta), anos de estudo da mãe, orientação prévia sobre cárie e CA. Modelos de regressão linear bruto e com ajuste (classe, escolaridade e orientação prévia) foram aplicados para avaliar as associações do LSB e do CA com a QVRSB (CIS, FIS e B-ECOHIS total) (α = 0,05). Das mães (30±8,47 anos), 78,3% eram de classe baixa, 58,6% tinham ≤12 anos de estudo e 69% receberam orientações prévias sobre cárie. As médias encontradas foram: LSB = 22,03±4,64; B-ECOHIS total= 4,71±6,15; CIS = 2,79±4,02; e FIS = 1,92±2,60. LSB não foi associado ao B-ECOHIS total (p=0,616), nem ao CIS e FIS (p>0,05). Dos PE (14,10±8,7 meses), o CA esteve presente em 50%, causando maior impacto no B-ECOHIS total (p=0,001), CIS (p=0,002) e FIS (p=0,001). Classe baixa e menor escolaridade materna impactaram mais no CIS (p<0,05). Orientações sobre cárie não foi uma variável associada aos desfechos (p>0,20). No modelo ajustado pela classe e escolaridade, o consumo de açúcar continuou a afetar a QVRSB dos PE e de suas famílias (B-ECOHIS total: p<0,009).

Conclui-se que apenas o CA impacta a QVRSB de PE, independentemente da classe socioeconômica e escolaridade das mães.

(Apoio: CNPq  N° 310225/2020-5)
PIc0236 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Identificação, por PCR, de cepas de Estreptococos do Grupo Viridans isoladas do sangue de pacientes com Endocardite Bacteriana
Jéssica Lourençon Dubois, Daniel da Cunha Silva, Vera Lucia de Barros Barbosa, Diego Feriani, Cely Saad Abboud, Eduardo Martinelli Franco, Renata de Oliveira Mattos Graner, Livia Araujo Alves
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os Estreptococos do Grupos Viridans (EGV) estão entre os agentes mais frequentes em endocardite bacteriana (EB). O objetivo desse estudo é classificar, taxonomicamente, as cepas de Estreptococos do Grupo Viridans isoladas de pacientes com EB, por PCR, de um centro de referência em Cardiologia de São Paulo. Para isto, foram coletadas amostras de sangue de pacientes com endocardite atendidos no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - IDPC (São Paulo, Brasil) para isolamento de cepas EGV em meio MSA (Mitis Salivarius Agar). De 06/2023 até 04/2025, foram isoladas 23 cepas de EGV e foram incluídas 7 cepas de referência de cada espécie desse grupo. O DNA das 30 cepas foi extraído utilizando Kit de purificação (Epicentre Master PureT). A concentração e pureza das amostras de DNA foi verificada em Nanodrop. A concentração de DNA bacteriano apresentou altos valores de rendimento (média 4712,8 ± 2279,62 ng/µl). A integridade do DNA foi verificada por eletroforese em gel de agarose 1,0%. A classificação taxonômica das espécies de EGV foi realizada com DNA extraído e submetido a reações de PCR com primers grupo- e espécie-específicos. As espécies EGV foram identificadas através de análise qualitativa comparativa de peso molecular do produto de PCR obtido com o DNA das cepas de referência de cada espécie. Existe uma alta prevalência de espécies de EGV isoladas de pacientes com EB na população brasileira, sendo as espécies S. mutans 8,7% (n=2); S. sanguinis 13,04 % (n=3); S. salivarius 8,7% (n=2); S. gordonii 21,73% (n=5); S.mitis 13,04% (n=3) e S. mitis/S. oralis 34,79% (n=8).

Sendo assim, as espécies S. mitis/ S. oralis foram as mais identificadas por PCR entre os EGV isolados de pacientes com EB.

(Apoio: FAPESP  N° 2023/10623-7  |  FAPESP  N° 2023/02087-8  |  CNPq  N° 104448/2025-3)
PIc0237 - Painel Iniciante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

IMPACTO DA CICLAGEM EROSIVA NA MORFOLOGIA DE ATTACHMENTS ORTODÔNTICOS: AVALIAÇÃO INTEGRADA POR COLORIMETRIA E TRIDIMENSIONAL
Kenderson Santos, Bruna Caroline Tomé Barreto, Katherine Judith de Carvalho Macário P. Silver, Gabriela Drago Vidal, João Victor Ribeiro, Mariana da Silva Fernandes, Matheus Melo Pithon, Margareth Maria Gomes de Souza
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliou-se a coloração e a morfologia tridimensional de attachments (ATTs) ortodônticos expostos à dieta erosiva sob efeito do refrigerante sabor limão. Para isso, setenta coroas de incisivos bovinos foram preparadas e randomizadas em grupos controle (n=10) e experimental (n=60), subdivididos conforme as resinas para confecção dos ATTs Z=XT Z350, FM=bulk fill-3M ESPE, FFM=bulk fill flowable - 3M ESPE, FF=bulk fill - FGM, FFF=bulk fill flowable=FGM. A avaliação tridimensional foi realizada por sobreposição dos escaneamentos realizados antes e após a exposição ao ensaio erosivo (T0 e T1). Após a exposição à erosão, a leitura da cor dos ATTs foi realizada com auxílio do espectrofotômetro digital e comparada a cor obtida no grupo controle. Os dados foram tabulados e submetidos a testes estatísticos adotando nível de significância de 5%. O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) demonstrou concordância quase perfeita interexaminadores (0,906; (0,984) e intraexaminador (0,924) para as sobreposições. Estatísticas descritivas foram expressas em média e desvio-padrão para todas as variáveis. Para análise de cor, foi empregado ANOVA de duas vias, revelando significância (p=0,018) *a* na interação resina e controle experimental, com destaque para os grupos Ze (-1,4 (0,8)) e FFMe (-1,3(0,9)) que se apresentaram mais claro que o controle. Concernente às distâncias medidas, a menor apresentada foi de 0,000mm para todos os grupos e a maior foi relatada no grupo FF (0,277mm; (±0,075)).

Com isso, após o ensaio erosivo, concluiu-se que os espécimes apresentaram variações na luminosidade, assim como alterações na morfologia dos ATTs, porém essas diferenças não foram significativas do ponto de vista estatístico.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PIc0238 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação entre o tipo de aleitamento e a oferta precoce de alimentos açucarados a bebês: um estudo transversal
Julia Grolla de Sousa, Adriana Farah, Mariana Leonel Martins, Tainá Fontes de Souza, Juliana Depaula, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Neste estudo transversal associou-se o tipo de aleitamento (TA) à oferta precoce de alimentos açucarados (OPAA) para bebês a partir dos 6 meses, cujas mães fizeram o pré-natal na Maternidade Escola-UFRJ. Coletaram-se, por meio de entrevistas, covariáveis relacionadas às mães: classe socioeconômica (alta/ média e baixa), trabalha fora de casa (sim/não), chefe de família (sim/não), escolaridade (<12/≥12 anos de estudo), principal cuidadora (sim/não) e mãe solo (sim/não). Por meio do recordatório dos marcadores de consumo alimentar do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar, o TA até 6 meses (materno/artificial/misto) e a OPAA (sim/não) foram as variáveis independente e dependente investigadas, respectivamente. Empregaram-se o teste do X2 e modelos de Regressão de Poisson bruto e ajustado (mãe solo e nível de escolaridade), considerando p≤0,05. A maioria das 188 mães pertencia à classe baixa (93,4%), não trabalhava fora (63,3%), nem era chefe de família (63,8%) ou mãe solo (73,9%); tinha ≥12 anos de estudo (68,1%) e era a principal cuidadora de seus bebês (83%). O TA da maioria dos bebês foi o materno (52,1%), mas nenhum tipo foi associado à OPAA (p=0,290). Das covariáveis, mães com <12 anos de estudo praticaram mais a OPAA (p=0,036). Nos modelos ajustados, os resultados se mantiveram, pois TA continuou não sendo associado à OPAA e as mães com ≥12 anos de estudo têm menos chance de realizarem OPAA (p=0,05).

Conclui-se que o TA não foi associado à oferta de alimentos açucarados. Entretanto, a maior escolaridade das mães foi um fator importante para que o consumo de açúcar não seja implementado precocemente na dieta dos bebês.

(Apoio: Ebserh)
PIc0239 - Painel Iniciante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito da Infiltração com Resina Icon® na Microdureza do Esmalte após Desmineralização e Envelhecimento Simulado: Estudo Piloto In Vitro
Ana Carolina Marques Corrêa de Oliveira, Beatriz Portela Teixeira da Silva, Fernanda Oliveira Miranda Tavares, Bruna Caroline Tomé Barreto, Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, Luciana Rougemont Squeff
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O Icon® tem sido proposto como alternativa para reforço estrutural do esmalte, por sua capacidade de infiltrar lesões incipientes e potencialmente aumentar sua microdureza. Este estudo in vitro teve como objetivo avaliar a variação da microdureza do esmalte após desmineralização e tratamento com Icon®, bem como o impacto do envelhecimento simulado. Foram utilizados 6 incisivos bovinos hígidos, seccionados em blocos de 5×5 mm e incluídos em resina acrílica. Os corpos de prova foram submetidos à desmineralização por 72 horas e, posteriormente, à aplicação do Icon®. A microdureza foi avaliada em quatro momentos: inicial (T0), após desmineralização (T1), infiltração (T2) e envelhecimento (T3), utilizando microdurômetro (HMV Micro Hardness Tester). As amostras foram divididas em dois grupos: E1 e E3 (n=3), submetidos à termociclagem simulando um (1.000 ciclos) e três anos (3.000 ciclos) de envelhecimento, respectivamente, entre 5 °C e 55 °C. Os dados foram analisados pelo teste de Friedman e pós-teste de Durbin-Conover, com nível de significância de 5%, utilizando o software Jamovi (v.2.3). Os resultados de T0 (E1: 313 KNH [290-323]; E3: 328 KNH [297-343]) e T1 (E1: 107 KNH [42-206]; E3: 122 KNH [64-226]) indicaram redução significativa da microdureza após desmineralização (p<0,001). Após o tratamento com Icon®, os valores aumentaram (E1: 341 KNH [323-561]; E3: 335 KNH [334-367]), aproximando-se de T0. Em T3, observou-se nova redução significativa (E1: 327 KNH [308-355]; E3: 300 KNH [290-301]) (p<0,001).

Conclui-se que a resina infiltrante Icon® demonstrou eficácia na recuperação da dureza do esmalte desmineralizado, embora os efeitos do envelhecimento possam comprometer parcialmente sua estabilidade mecânica ao longo do tempo.

(Apoio: PIBIC UFRJ)
PIc0240 - Painel Iniciante
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Validação da atividade enzimática de mutanase comercial: Confiabilidade e precisão para estudos antibiofilme
Pedro Vandré Seraphim, Jéssica Silva Peixoto Bem, Ana Cristina Morseli Polizello, Carolina Patrícia Aires
Departamento de Ciencias Biomoleculares FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DE RIBEIRÃO PRETO - USP
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A mutanase é uma enzima hidrolítica capaz de degradar o polissacarídeo extracelular insolúvel (mutano), um dos principais componentes estruturais do biofilme formado por Streptococcus mutans, microorganismo fortemente associado à etiologia da cárie dental. Considerando a ampla utilização de enzimas comerciais em pesquisas e a possível discrepância entre os valores de atividade fornecidos pelos fabricantes e os obtidos experimentalmente, este estudo teve como objetivo validar a atividade específica (U/mg) da mutanase de Trichoderma harzianum (Creative Enzymes, Shirley, NY, EUA), cuja especificação técnica indica 0,8 U/mg. A iniciativa se justifica pela diversidade de métodos para determinação da atividade, muitos dos quais não consideram a insolubilidade do substrato nem asseguram a saturação enzimática, o que compromete a precisão dos dados. A reação foi conduzida com a enzima a 0,02 mg/mL e substrato em concentrações finais de 6, 5, 4, 3, 2 e 1 mg/mL. As reações foram conduzidas por 60 minutos a 40 °C em termomixer a 550 rpm. Após centrifugação, 100 µL do sobrenadante foram coletados para quantificação dos açúcares redutores pelo método do ácido 3,5-dinitrosalicílico (DNS). A absorbância foi convertida em µmol de produto por meio da curva padrão, possibilitando o cálculo da atividade em U/mg. Observou-se formação de platô nas maiores concentrações de substrato, indicando saturação e confirmando a atividade de 0,8 U/mg informada pelo fabricante.

Essa validação experimental é essencial para assegurar a precisão de ensaios com essa enzima em formulações antibiofilme e estudos voltados à prevenção da cárie, evitando distorções nos dados por sub ou superestimação da atividade.

(Apoio: FAPs - Fapesp (Auxílio à Pesquisa - Regular))  N° 2023/08432-9  |  FAPs - Fapesp (Auxílio à Pesquisa - Temático)  N° 2022/03521-0  |  FAPs - Fapesp (Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico)  N° 2023/15647-1)
PIc0241 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Continuous exposure to chlorhexidine increases metabolic status in Streptococcus mutans
Luiza Bittencourt de Borba, Leonardo Libardi Pagotto, Fernanda Cristina Petersen, Antônio Pedro Ricomini Filho
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

In Streptococcus mutans, metabolic status is directly related to the expression of lactate dehydrogenase (ldh) gene, which plays a central role in the ATP-generating pathways. The expression of ldh is an indicator of virulence and an exposure to antimicrobials can alter its expression. Therefore, this study aimed to evaluate the effect of continuous exposure to chlorhexidine (CHX) on ldh expression in S. mutans. An isogenic mutant containing a luciferase reporter in the promoter regions of the ldh gene was used. Culture stocks were prepared and frozen at optical density (OD600 ) 0.5. The stocks were diluted and distributed in 96-well plates and then exposed for 7 days to three different concentrations of CHX (0, 1.8 and 2 µg/mL). After the pre-exposure, cultures (n=4) were re- distributed to plates, followed by the addition of 1 mM D-luciferin and 10 µM CSP. The plates were incubated at 37ºC for 20 h in a multi detection microplate reader, during which growth (OD 600 ) and ldh expression (luminescence) were measured every 30 min. Luminescence data was normalized by OD 600 values and the area under the curve (AUC) was calculated. AUC data was analyzed by one-way ANOVA followed by Tukey's test. α significance was set at 5%. Key findings include: ldh expression increased when exposed to 1.8 and 2 µg/mL of chlorhexidine (756544 ± 97130 and 792332 ± 69170 RLU/OD 600 x h, respectively), compared to no exposure (600171 ± 17514).

Results demonstrate that continuous exposure to chlorhexidine can increase the expression of a gene related to metabolic activity in S. mutans, potentially boosting virulence capacity.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° #2024/14419-8)
PIc0242 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

ESTUDO COMPARATIVO DA IMUNOPATOGÊNESE NAS INFECÇÕES ORAL E SUBCUTÂNEA POR Trypanosoma cruzi
Erica Roberta Macedo de Carvalho Barbosa, Elida Cristina Monteiro de Oliveira, Anna Clara Azevedo Silveira, Cecilia Luiza Pereira, Jhoan David Aguillón Torres, Caroline Martins Mota, Tiago Mineo, Claudio Vieira da Silva
ICBIM UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomíase Americana, causada por Trypanosoma cruzi, apresenta diversas vias de infecção que modulam a resposta imune do hospedeiro. Comparamos a imunomodulação em camundongos BALB/c infectados com a cepa Y de T. cruzi por via subcutânea (VS) ou oral (VO). Aos 30 dias pós-infecção (dpi), foram realizadas análises de expressão gênica, dosagem de citocinas e histopatologia. A infecção oral levou à regulação positiva de Arginase, LAMP-1 e YM1, genes associados à resposta regulatória e anti-inflamatória, indicando ativação de macrófagos do fenótipo M2 e reparo tecidual. Em contrapartida, a infecção subcutânea resultou na indução da expressão de IL-6, MCP-1 e TNF-α, citocinas reconhecidamente pró-inflamatórias, o que sustenta a observação de infiltrados inflamatórios no tecido cardíaco, associado a um risco potencial de lesão tecidual crônica. Notavelmente, ambas as vias modularam marcadores do tráfego vesicular. Houve aumento da expressão dos genes RAB5 e RAB7 e redução de Syntaxin 18 (SYT18). O aumento de LAMP-1 (via oral), RAB5 e RAB7 indica intensificação da atividade fagolisossomal e endossomal. Isso sugere vias alteradas de internalização do parasita e processamento/apresentação antigênica, potencialmente mais eficientes ou direcionadas para perfis distintos (inflamatório vs. regulatório) dependendo da rota. A redução de SYT18 pode impactar o tráfego ER-Golgi, afetando a secreção de citocinas e outros mediadores, contribuindo para a assinatura imunológica distinta de cada via.

Assim, a modulação diferencial do tráfego endossomal/secretor (LAMP-1, RABs, SYT18) parece contribuir para as distintas respostas imunes e perfis de patogênese observados na infecção por T. cruzi.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPEMIG  N° 001)



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