Resumos Aprovados 2025

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PE022 - Pesquisa em Ensino
Área: 6 - Prótese

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Identificação digital de planos guias e áreas retentivas para Prótese Parcial Removível por estudantes de Odontologia
Míria Rafaelli Souza Curinga, Lucas Cavalcante de Sousa, Pamela Tayná Matias Bezerra, Maria Clara Fialho Oliveira, Maíra Cardoso Novais, Walter yu Hang Lam, Adriana da Fonte Porto Carreiro
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a capacidade de estudantes de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em identificar planos guias e áreas retentivas em modelos parcialmente desdentados, utilizando métodos convencionais e digitais, bem como suas percepções sobre as técnicas. Participaram 30 estudantes, e o protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética (nº 4.745.226). Utilizou-se um manequim simulando arco Classe III modificação 1, do qual foram obtidos 30 modelos de gesso, sendo um escaneado para obtenção de arquivo STL. A análise convencional foi feita com delineador e pontas calibradoras, e a digital com o software DWOS, ambas de forma padronizada. Os estudantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: CON-DIG (convencional primeiro e depois o digital) ou DIG-COM (ordem oposta), com intervalo de 15 dias entre as avaliações. Foi aplicado um questionário abordando plano guia, área retentiva e percepção dos participantes. O tempo de execução foi registrado. Aplicaram-se estatísticas descritivas, teste de Wilcoxon para comparação dos métodos e Spearman para correlação (α = 0,05). Não houve diferença significativa na identificação dos planos guias (p = 0,640), mas a técnica digital apresentou maior precisão para as áreas retentivas (p = 0,046) e menor tempo de execução (p<0,05). Observou-se correlação positiva entre a complexidade percebida no método convencional e o desempenho no digital (p = 0,009; r = 0,466).

A maioria dos estudantes (56,67%) preferiu o método digital, que se mostrou uma ferramenta promissora na educação odontológica, melhorando a velocidade e a precisão no planejamento protético e sendo o método preferido entre os estudantes.

(Apoio: CAPES N° 001)

PE023 - Pesquisa em Ensino
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Inteligência Artificial na Educação: Efeito de um Tutor Acadêmico Virtual em estudantes da Área da Saúde
Rocio Geng-Vivanco, Wanderley Tunquipa Chacon, Alexandra Rosy Camarena-fonseca, Miguel Angel Saravia-rojas
Académico de Clínica Estomatológica UNIVERSIDAD PERUANA CAYETANO HEREDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou o impacto de um Tutor Acadêmico Virtual (TAV) com inteligência artificial (IA) na motivação, engajamento e desempenho acadêmico de estudantes de Odontologia, Enfermagem e Medicina matriculados em uma disciplina de IA para Ciências da Saúde. Participaram 87 estudantes que submeteram redações sobre conteúdos da disciplina em três fases (pré-TAV, pós-primeiro feedback do TAV e pós-correções finais) e, na sequência, responderam a um questionário anônimo do tipo Likert de 12 itens (escala 1-5) sobre sua percepção do TAV. A evolução das notas foi verificada por paired t-test. Não houve diferença entre a nota pré-TAV (M = 16,0 ± 1,2) e a após o primeiro feedback (M ≈ 16,0; p = 0,45), porém a nota final aumentou significativamente (M = 17,6 ± 1,1; p < 0,01; Cohen's d = 0,59). As pontuações médias para motivação (M = 4,00 ± 0,76) e engajamento (M = 4,01 ± 0,75) demonstraram alta aceitação e percepção positiva da ferramenta. A análise de correlação revelou associação muito forte entre motivação e engajamento (Pearson r = 0,90; Spearman ρ = 0,81; p < 0,001), e regressão linear mostrou que motivação explicou 81 % da variância do engajamento (R² = 0,81). Além disso, 84% dos estudantes relataram alta satisfação, redução do estresse acadêmico e desejo de uso do TAV em outros cursos.

O uso continuado do TAV com IA é eficaz na promoção da motivação e no fortalecimento do compromisso acadêmico. Além disso, a progressiva melhora das notas indica que o TAV contribui significativamente para a aprendizagem e consolidação de conteúdos.

PE024 - Pesquisa em Ensino
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Curso autoinstrucional online aprimora diagnóstico e autoconfiança em lesões bucais entre estudantes de Odontologia
Vinicius Coelho Carrard, Samara Andreolla Lazaro, Liliana Wolf Braun, Vivian Petersen Wagner, Ana Paula Borngraber Correa, Marco Antonio Trevizani Martins, Manoela Domingues Martins, Roberto Nunes Umpierre
Departamento de Odontologia Conservadora UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Dentistas frequentemente se mostram pouco seguros para diagnosticar lesões bucais. Este estudo avaliou o impacto de um curso online autoinstrucional nas habilidades diagnósticas e na autoeficácia de estudantes de graduação em Odontologia para distinguir doenças bucais que se manifestam como lesões na mucossa bucal. Tratou-se de um estudo quase-experimental com amostra por conveniência de 28 alunos do primeiro ano e 36 do quinto ano. O curso, com 30 horas, foi oferecido via plataforma MOODLET. Na Fase 1, os participantes realizaram testes antes e após o curso, analisando 30 casos clínicos e classificando as lesões como benignas, potencialmente malignas ou malignas. Após o curso, observou-se aumento significativo na acurácia diagnóstica (19,8% e 14,9% nos grupos de primeiro e quinto anos, respectivamente; p < 0,01) e redução na propensão a encaminhamentos para especialistas (32,6% e 19,7%, respectivamente; p < 0,01). Na Fase 2, realizada três anos depois, um teste semelhante com novos casos foi aplicado. Estudantes que realizaram o curso superaram colegas da mesma turma que não o haviam realizado em avaliações de diagnóstico e autoeficácia. Este é o primeiro estudo a demonstrar, de forma integrada, melhora no diagnóstico, autoconfiança e retenção de conhecimento a longo prazo em lesões bucais por meio de curso remoto autoinstrucional.

A estratégia educacional mostrou-se eficaz para qualificar o reconhecimento de lesões bucais. Iniciativas como essa deveriam ser implementadas em ações de educação continuada para fortalecer a rede de atenção a saúde em relação ao câncer bucal.

PE025 - Pesquisa em Ensino
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Impacto de uma intervenção educacional sobre cigarros eletrônicos entre dentistas e estudantes de odontologia
Bruna Caroline da Silva de Souza, Lígia Ângelo Tavares, Janete Dias Almeida, Tiago Luís Herpich, Juliana Romanini, Vinicius Coelho Carrard
Odontologia conservadora UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A popularização dos cigarros eletrônicos entre jovens gera preocupações sobre seus efeitos tóxicos, o risco de dependência e o consumo posterior de cigarros convencionais. Apesar de comercializados como alternativas mais seguras, evidências apontam danos significativos. Este estudo quase experimental avaliou o conhecimento e as percepções de cirurgiões-dentistas e estudantes de odontologia sobre cigarros eletrônicos, antes e após uma intervenção educacional. Utilizou-se um questionário autoaplicável (pré e pós-intervenção) via Google Formulários, abordando efeitos do uso, aceitação social e indicação como estratégia de cessação do tabagismo. Participaram 32 dentistas e 8 estudantes que assistiram a uma entrevista transmitida no YouTube, em seminário realizado pelo TelesaúdeRS e Projeto Maio Vermelho (UFRGS). Os participantes demonstraram conhecimento satisfatório sobre os riscos dos dispositivos. A intervenção reduziu o percentual de sujeitos que consideravam os dispositivos úteis para cessação (p=0,04, Wilcoxon) e aumentou a confiança para orientar pacientes de 27% para 54% (p<0,01, Wilcoxon). Após a atividade, 97% dos participantes manifestaram interesse em receber mais informações.

Conclui-se que intervenções pontuais melhoram o conhecimento e a segurança dos profissionais, indicando a necessidade de ampliar iniciativas educacionais sobre cigarros eletrônicos.