Resumos Aprovados 2025

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JC001 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Análise da participação do gene swan nas interações de Streptococcus sanguinis com neutrófilos humanos
Emanoeli Daniel Bessa, Eduardo Martinelli Franco, Meire Ellen Ligia Sommer Brambila, Livia Araujo Alves, Renata de Oliveira Mattos Graner
Microbiologia e Imunologia FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Streptococcus sanguinis é uma bactéria comensal oral, frequentemente associada a doenças cardiovasculares (DCV). S. sanguinis expressa o gene swan, que codifica uma exonuclease (Swan) com domínio típico de interação com integrinas de células humanas. Apesar de clivar DNA de Armadilhas Extracelulares de Neutrófilos (NETs), a influência de Swan nas interações de S. sanguinis com neutrófilos (PMN) não é compreendida. Logo, o estudo avalia o efeito da deleção de swan nas interações de S. sanguinis com PMNs de sangue humano. A cepa mutante isogênica de swan (SKswan) foi comparada à cepa parental (SK36). A mutante complementada com cópia epissomal de swan (SKswan⁺) foi usada como controle. As cepas foram inoculadas em amostras de sangue periférico humano ou com PMNs isolados em meio com soro normal (SN), soro inativado (SI) ou Phosphate-Buffered Saline (PBS). As interações de S. sanguinis com PMN foram avaliadas por microscopia óptica. A formação de NETs foi confirmada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). PMNs não desafiados com bactérias ou estimulados com Phorbol 12-Myristate 13-Acetate (PMA) foram usados como controles negativo e positivo, respectivamente. SKswan foi detectada com PMN em NETose com frequência 2,5 vezes superior à detectada com SK36 e SKswan⁺ (p<0,05). A indução de NETose em PMN isolados foi dependente de SN, sendo irrelevante em meio com SI ou PBS. Análises de MEV confirmaram as estruturas típicas de NETs.

Esses dados mostram que a inativação de swan aumenta a indução de NETose por S. sanguinis em PMN humanos, de forma dependente de fatores séricos termolábeis. Assim, o bloqueio terapêutico de Swan poderá causar ativação exacerbada de PMN e aumento da produção de NETs na circulação, fator de risco para a progressão de DCV.

(Apoio: FAPs - FAPESP N° 2023/16788-8 | FAPs - FAPESP N° 2021/130794-9 | CNPq N° 303896/2022-1)

JC002 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Inibição da Enzima Epóxi Hidrolase Reduz Nocicepção E Modula Células Gliais Em Modelo Experimental de Artrite Reumatóide
Maria Eliza Tofanin, Gisele Barreto de Freitas, Rosanna Tarkany Basting, Marcelo Henrique Napimoga, Juliana Trindade Clemente-napimoga, Henrique Ballassini Abdalla
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A artrite reumatoide (AR) pode acometer a articulação temporomandibular (ATM), levando à dor e inflamação crônica, sendo a enzima epóxi hidrolase solúvel (sEH) fator crucial nesta resposta. Assim, este estudo buscou avaliar o impacto da inibição da sEH em modelo de AR na ATM, avaliando nocicepção e ativação de células satélites gliais (SGCs). Para isto, ratos machos Wistar foram utilizados (#2019/015). A AR induzida por antígeno foi gerada em ratos utilizando mBSA diluída em adjuvante completo de Freund, seguido de injeção intra-articular de mBSA (10 µg/ATM/semana), durante 3 semanas. O inibidor da sEH (TPPU) foi administrado oralmente, na dose de 3 mg/kg/dia. Ao final do protocolo experimental, foi avaliação a hipernocipção inflamatória por teste comportamental, e o gânglio trigeminal foi coletado. GFAP foi utilizado para avaliar a ativação de SGCs por imunohistoquímica (IHC). A expressão gênica de vias inflamatórias (como TNF-α, IL-1β, IL-6, TLR2 e TRL4), bem como citocinas anti-inflamatórias (como IL-10, IL-4, IL-13 e TGF-β) foram mensuradas por RT-qPCR. A inibição da sEH foi capaz de reduzir a resposta nociceptiva induza pelo modelo de AR, tanto utilizado de forma preventiva, quanto na forma de tratamento (p < 0,05). A IHC nos revelou que a inibição da sEH reduziu o número de células imuno-positivas para GFAP, associado a uma diminuição significativa dos seus níveis gênicos (p < 0,05). Em relação as vias inflamatórias, o TPPU reduziu significativamente a expressão de TNF-α, IL-1β, IL-6, e TLR2 (p < 0,05). Por outro lado, observou-se um aumento na expressão de TGF-β (p < 0,05).

Concluímos que o TPPU modulou positivamente a dor inflamatória na ATM, regulando a resposta neuroimune periférica.

(Apoio: FAPs - FAPESP N° 2023/12659-9)

JC003 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Modulação da epóxi hidrolase solúvel como estratégia para preservação do periodonto em modelo de senescência
Gisele Barreto de Freitas, Maria Eliza Tofanin, Mariana Quirino Silveira Soares, Carlos Antonio Trindade da Silva, Juliana Trindade Clemente-napimoga, Marcelo Henrique Napimoga, Henrique Ballassini Abdalla
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A prevalência e a gravidade da periodontite aumentam com o envelhecimento, mas os mecanismos responsáveis pela maior perda óssea relacionada à idade ainda são pouco compreendidos. Mediadores lipídicos, como os eicosanoides, têm papel central na inflamação e na senescência tecidual. Epóxidos gerados pela via CYP450, embora bioativos, são rapidamente metabolizados pela epóxi hidrolase solúvel (sEH), originando mediadores pró-inflamatórios. Assim, este estudo avaliou o impacto da ausência da sEH no periodonto em modelo de senescência. Camundongos C57BL/6 (WT) e sEH-/- (KO) jovens (3 meses) e senescentes (20 meses) foram avaliados quanto à perda óssea alveolar (coloração com azul de metileno e μCT) e expressão gênica de mediadores inflamatórios (Tnfα, Il1β, Il6, Il8, Il17a, Cxcl10, Ifnγ, Tgfβ, Rankl, Mmp2) e marcadores de fenótipo secretor associado à senescência, SASP (p16, p21, p53, βgal). Os animais senescentes WT apresentaram maior perda óssea e menor densidade óssea que os demais grupos (p<0,05), com alta expressão de sEH. Nos SASP, p16, p21, p53 e βgal foram aumentados nos senescentes WT, sendo p21 e βgal reduzidos nos senescentes KO (p<0,05). Quanto aos mediadores inflamatórios, Il1β, Il6, Il8, Cxcl10, Ifnγ, Il17a, Rankl e Mmp2 foram elevados nos WT e reduzidos nos KO senescentes (p<0,05).

Em conclusão, nossos dados indicam que a sEH contribui para a inflamação associada à senescência, e sua inibição preserva o periodonto e reduz danos osteolíticos inflamatórios.

(Apoio: FAPs - FAPESP N° 2023/12079-2 )

JC004 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Avaliação clínica de protocolos de pré-aquecimento para compósito bulk-fill termoviscoso em lesões cervicais não cariosas
Guilherme Sovinski, Michael Willian Favoreto, Laryssa Mylenna Madruga Barbosa, Leticia Caroline Condolo, Kaliane Rodrigues da Cruz, Thalita de Paris Matos, Alessandra Reis, Alessandro D. Loguercio
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este ensaio clínico randomizado, duplo-cego, do tipo boca dividida e de equivalência, com 36 meses de acompanhamento, teve como objetivo comparar as taxas de retenção de uma resina composta termoviscosa do tipo bulk-fill aplicada com dois protocolos distintos de pré-aquecimento na restauração de lesões cervicais não cariosas (LCNCs). Um total de 120 LCNCs foi distribuído aleatoriamente em dois grupos (n = 60), sendo uma resina composta (VisCalor Bulk, Voco GmbH) pré-aquecida com: (1) aquecedor tipo dispenser (DH; VisCalor Caps dispenser/warmer); (2) aquecedor de bancada (BH; Caps Warmer). O grupo BH foi aquecido a 68°C por 3 min, e o grupo DH foi aquecido à mesma temperatura por 30 s. Após o pré-aquecimento, a resina foi aplicada diretamente nas LCNCs. As restaurações foram avaliadas nos períodos inicial, 6, 12, 18, 24 e 36 meses, utilizando os critérios da FDI. A equivalência entre os grupos foi testada por meio do procedimento de dois testes unilaterais (TOST-P), enquanto as taxas de retenção/fratura foram analisadas por Kaplan-Meier, com comparação de sobrevida pelo teste log-rank (α = 0,05). Após 36 meses, 106 restaurações estavam disponíveis para avaliação. Cinco falharam, sendo três no grupo DH (taxa de retenção = 94,3%; IC95%: 84,6-98,1) e duas no grupo BH (taxa de retenção = 96,1%; IC95%: 86,8-98,9). Não houve diferença significativa na retenção entre os grupos (p > 0,05), com uma razão de risco de 0,83 (IC95%: 0,26-2,72). Todos os critérios da FDI permaneceram dentro de limites clinicamente aceitáveis em ambos os grupos.

Ambos os métodos de pré-aquecimento resultaram em altas taxas de retenção clinicamente aceitáveis após 36 meses, com todos os demais critérios clínicos da FDI mantidos dentro de padrões aceitáveis em ambos os grupos.

(Apoio: CNPq N° 304817/2021-0 e 308286/2019-7 | CAPES N° 001)

JC005 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Fitas clareadoras de venda livre: Avaliação da eficácia clareadora e da penetração de peróxido de hidrogênio na câmara pulpar
Emanuel Adriano Hul, Michael Willian Favoreto, Deisy Cristina Ferreira Cordeiro, Gabrielle Gomes Centenaro, Laryssa Mylenna Madruga Barbosa, Christiane Philippini Ferreira Borges, Alessandro D. Loguercio, Alessandra Reis
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo in vitro avaliou a eficácia clareadora (EC), a penetração de peróxido de hidrogênio (PH) na câmara pulpar de dentes hígidos extraídos e a variação do pH de diferentes marcas comerciais de fitas clareadoras. Noventa e seis pré-molares foram randomizados em seis grupos (n=16), incluindo grupos controles negativo (Cn) e positivo (Cp). A EC foi mensurada com espectrofotômetro digital, utilizando os parâmetros ΔE_ab, ΔE₀₀ e ΔWI_D, antes e após 5, 10 e 14 dias de tratamento. A penetração de PH foi analisada por espectrofotometria UV-Vis, e o pH dos agentes clareadores foi mensurado com pHmetro digital, antes e após 30 minutos de aplicação. Para análise estatística, utilizou-se ANOVA de um fator e pós-teste de Tukey (α = 0,05). Na avaliação de cor, os grupos WsCt e WsUp demonstraram os maiores resultados de EC em todos os parâmetros, com diferenças significativas (p < 0,001), sendo semelhantes ao grupo Cp nas comparações finais (p > 0,05). O grupo WsLx obteve resultados semelhantes ao Cn (p > 0,05), e o grupo WsWq apresentou resultados intermediários. Em relação à penetração de PH, os grupos com maior penetração foram o Cp, seguido por WsCt e WsUp, que foram estatisticamente semelhantes entre si (p > 0,05), e, em menor grau, o grupo WsWg. Os grupos Nc e WsLx não apresentaram penetração detectável de PH. A análise do pH revelou que apenas o grupo WsLx manteve estabilidade ao longo do protocolo, com valores mais próximos da neutralidade (p > 0,05). Os outros grupos apresentaram uma redução significativa do pH após o clareamento, especialmente nos grupos WsCt e WsUp (p < 0,05). .

Dessa forma, observou-se que as fitas com maior eficácia clareadora também apresentam maior penetração de peróxido e redução de pH ao final do tratamento.

(Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 304817/2021-0 | CNPq N° 308286/2019-7)

JC006 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Inibição Seletiva de TRK como Estratégia Terapêutica Promissora no Carcinoma Espinocelular de Boca: um estudo in vitro
Alexia Antunes Deluca, Tuany Rafaeli Schmidt, Lauren Frenzel Schuch, Rafael Roesler, Emily Ferreira Salles Pilar, Manoela Domingues Martins
Patologia Oral UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O carcinoma espinocelular apresenta um dos piores prognósticos em 5 anos e baixa resposta à quimioterapia. Buscou-se avaliar o papel de inibidores seletivos de Trk em linhagem celular de carcinoma espinocelular oral (OSCC) em desfechos de alteração do padrão de senescência e agressividade tumoral. Para tal, as linhagens celulares de queratinócitos HaCaT e de carcinoma espinocelular oral Cal 27 e SCC-9 foram cultivadas em DMEM com soro fetal bovino 10%, penicilina e estreptomicina em seis grupos experimentais: controle, cisplatina, ANA-12, ANA12+cisplatina, GW e K252a. Os experimentos foram realizados em triplicata (SRB assay, o ensaio de múltiplas esferas e o ensaio clonogênico) e em quadruplicata (ensaio de migração celular). A marcação com ALDH por citometria de fluxo foi utilizada para avaliar o impacto dos inibidores nas células-tronco tumorais. Em 24 horas, o tratamento alterou a formação de esferas múltiplas em SCC-9 para os inibidores de TRK em relação aos demais grupos. A SCC-9 apresentou diminuição na marcação em todos os grupos de tratamento (p ≤ 0,03), exceto para a cisplatina. No ensaio de migração celular, os tratamentos atrasaram o fechamento da ferida em comparação ao controle. No ensaio clonogênico, os tratamentos reduziram a formação de colônias nas células SCC-9 e Cal 27. Nos ensaios de esferas, houve uma redução no número de esferas formadas, especialmente nos grupos tratados com GW e K252a. Logo, os inibidores de Trk demonstraram efeito antitumoral significativo em OSCC.

Os dados indicam uma possível relação entre a via BDNF/TRK e o processo carcinogênico nesse tipo de neoplasia em fatores relacionados à manutenção de agressividade tumoral, sendo necessários mais estudos para a aplicabilidade clínica terapêutica.

(Apoio: CAPES | FIPE- HCPA N° (2019-0452) | FAPERGS N° 19/2551-0001716-2)

JC007 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Distúrbios na expressão sérica de miR-27a, miR-27b e miR-24 em indivíduos com caquexia por carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço
Francineude Bento Moraes, Lorena Daiza Aquino Ferraz, Marcos Vinícius Santos Pinto, Luciana Mara Barbosa Pereira, Victor Hugo Dantas Guimarães, Juciane Fagundes Durães Benitez, Desirée Sant Ana Haikal, Alfredo Mauricio Batista de Paula
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A caquexia relacionada ao câncer (CRC), se caracteriza por perda de massa corporal, especialmente músculo esquelético e tecido adiposo branco, afeta significativamente a sobrevida de pacientes oncológicos, e está presente em cerca de 50% dos indivíduos com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP). Os miRNAs, pequenos RNAs não codificantes que atuam no silenciamento gênico pós-transcricional, têm surgido como potenciais biomarcadores por sua estabilidade e sensibilidade a alterações fisiológicas.Este estudo objetivou quantificar a expressão sérica de miR-27a, miR-27b, miR-24, miR-21 e miR-32 em indivíduos com CECP de acordo com o diagnóstico de CRC. Participaram 31 pacientes com CECP diagnosticados com CRC, 29 com CECP sem CRC e 15 indivíduos clinicamente saudáveis selecionados aleatoriamente a partir de um banco de 160 amostras. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, antropométricos e bioquímicos. A expressão dos miRNAs foi analisada por PCR em tempo real (qPCR). A média de idade foi de 62,3±10,5 anos, sendo 71,7% do sexo masculino. O diagnóstico de caquexia foi confirmado em 51,7% da amostra. Houve predominância de lesões em regiões posteriores do trato aerodigestivo superior (70%). Indivíduos com CRC apresentaram menores circunferências do braço (p<0,0001) e da panturrilha (p<0,0001), força de preensão manual reduzida (p<0,001) e níveis elevados de proteína C-reativa (p<0,0001). Em pacientes com CECP diagnosticados com CRC, observou-se redução na expressão sérica de miR-27a (p<0,0001) e miR-27b (p<0,01), mas aumento na expressão de miR-24 (p<0,05).

Conclui-se que a mensuração da expressão sérica de miR-27a, miR-27b e miR-24 pode contribuir para a identificação precoce da CRC em pacientes com CECP.

(Apoio: FAPEMIG N° APQ: 1412-23, 1644-24, e 4800-24 | CNPq - FAPEMIG N° Proc. No 441306/2023-3 | Estudante na atividade de Iniciação Científica pelo PIBIC-CNPq-AF)

JC008 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Aspectos químicos e georreferenciamento das fontes de água engarrafadas da Região Metropolitana de Belém do Pará: um alerta para Amazônia
Joanne Brasil Araujo, Ana Karoline Oliveira Nunes, Andrea Fernandes Costa, Helder Henrique Costa Pinheiro, Roberta Souza D'Almeida Couto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo foi analisar o potencial hidrogeniônico (pH), a concentração do íon fluoreto e a localização geográfica das fontes das águas comercializadas na Região Metropolitana de Belém do Pará (RMB). Analisou-se três lotes de 16 marcas comerciais de águas envasadas de até 500ml. Os valores de pH foram obtidos em triplicata com pHmetro de bancada calibrado, e os íons fluoreto quantificados em duplicata com eletrodo íon-específico. O georreferenciamento foi realizado no software QGIS com as coordenadas das fontes de água. Das 16 marcas analisadas, os valores de pH variaram entre 4,5 a 9,75; dentre elas, seis apresentaram valores ácidos (<6,0) abaixo do parâmetro de potabilidade para consumo humano. Em relação ao fluoreto, todas as marcas apresentaram valores inferiores a 0,26 mg F/L, insignificantes para produzir benefícios ou malefícios à saúde bucal. Apenas seis marcas informaram os valores de fluoreto nos rótulos, e dentre essas, duas apresentaram concentrações abaixo do declarado. A análise geográfica evidenciou que as águas que apresentaram maior acidez eram provenientes da região Norte do Brasil situadas no Pará. A densa cobertura vegetal e a decomposição de matéria orgânica presentes no solo da região Amazônica, pode ser o fator responsável pela acidez apresentada nas águas envasadas ofertadas no mercado da RMB. Assim, todas as águas engarrafadas comercializadas na RMB têm níveis de fluoreto sem efeito protetor anticárie, e as provenientes de fontes localizadas na Região Norte são ácidas.

Infere-se, portanto, a vulnerabilidade da população amazônica ao potencial efeito erosivo e os baixos níveis de fluoreto que são insuficientes para efeito protetor anticárie, o que pode influenciar a saúde bucal dos consumidores.

JC009 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

Modelo preditivo de caquexia no carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço: Preditores de fácil acesso no serviço público de saúde
Cristina Silva Santiago, Luciana Mara Barbosa Pereira, Cleiane Gonçalves Oliveira, Juciane Fagundes Durães Benitez, Victor Hugo Dantas Guimarães, Luiza Haikal de Paula, Desirée Sant Ana Haikal, Alfredo Mauricio Batista de Paula
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A caquexia relacionada ao câncer (CRC) é uma síndrome paraneoplásica multifatorial complexa caracterizada por perda de peso corporal progressiva e involuntária devido ao balanço energético negativo em múltiplos órgãos, associada a desfechos de saúde desfavoráveis 1. Este estudo desenvolveu e validou um modelo preditivo de CRC em indivíduos com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP). Estudo transversal analítico (2019-2024) recrutou 160 adultos com CECP antes do tratamento antineoplásico. Foram analisados dados sociodemográficos, avaliações antropométricas, características tumorais, dados clínicos e laboratoriais. Um modelo de regressão logística binária identificou preditores de CRC. A validação interna foi realizada por bootstrap (n=1000). Prevalência de caquexia 61.8%. O modelo apresentou acurácia de 0.789, sensibilidade de 0.872, especificidade de 0.655 e escore F1 de 0.837. A AUC-ROC foi de 0.877 e Hosmer-Lemeshow 0.857. Ser do sexo feminino (OR=0.083), apresentar menor circunferência muscular do braço (OR=0.718) e circunferência da panturrilha (OR=0.813), maior relação albumina/globulina (OR=0.513), risco de disfagia orofaríngea (OR=2.594) e metástase cervical (OR=2.093) predisseram CRC em indivíduos com CECP.

Conclui-se que a identificação rápida de CRC em indivíduos com CECP e o uso de ferramentas acessíveis e de baixo custo podem contribuir para identificar precocemente pacientes que necessitam de maior suporte clínico durante terapia antineoplásica.

(Apoio: FAPEMIG N° APQ: 1412-23, 1644-24, e 4800-24 | CNPq N° Proc. No 441306/2023-3). | Discente em atividade de Iniciação Científica BicUni-UNIMONTES)

JC010 - Prêmio Jaime Aparecido Cury
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 17h30 - Local: Salão Cinza

ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO ENTRE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
Ana Julia Coxev de Souza, Fernanda Lanay da Silva, Lorraynne Dos Santos Lara, Luiz Carlos Guimarães Dos Santos, Ivan Onone Gialain, Andreza Maria Fábio Aranha, Alexandre Meireles Borba, Luiz Evaristo Ricci Volpato
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a prevalência e os fatores associados ao uso de cigarro eletrônico (CE) entre alunos de graduação em odontologia da Universidade de Cuiabá. Esse é um estudo observacional transversal descritivo, que utilizou um questionário autoaplicado, estruturado, com 25 perguntas. Avaliou-se idade, gênero, fatores socioeconômicos, culturais, frequência e o motivo do uso de CE. Participaram do estudo 247 alunos, com idade média de 23,62 anos, com predomínio do gênero feminino 68,02%. A maioria relatou se dedicar somente aos estudos 53,01%, morar com familiares 65,99%, não conviver diariamente com fumantes 54,25%, afirmam ter sentido vontade de experimentar CE 63,16%, confirmam já ter experimentado CE e cigarro convencional (CC) pelo menos uma vez 72,47%, acham o CE extremamente prejudicial à saúde 92,31%, não o consideram menos prejudicial que CC 45,38%. A maior parte não se identifica como fumante 150 (60,73%), dentre os 97 que relataram fumar CE, 30,93% afirmaram ter usado o CE de 20 a 30 dias no último mês. A maioria dos fumantes de CE 48,45%, relataram usar com a finalidade de diversão, 82,47% tentaram parar de fumar, 61,86% tiveram sintomas de abstinência, 59,79% já se sentiram viciadas no CE; 40,21% relataram dificuldades em evitar o uso em locais onde não é permitido e 96,91% alunos afirmaram que tendem a fumar quando ingerem bebidas alcoólicas. Apesar de apenas 97 assumirem o habito de usar CE, ao serem questionados 105 relatam fumar em momentos de lazer com os amigos ou quando se sentem sozinhos.

A prevalência de fumantes de CE encontrada foi relativamente baixa. No entanto, apesar da maioria não se considerar fumante, alguns relatam ter o hábito, o que indica uma possível subestimação do vício entre os participantes.