03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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FC001 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Efeito da microtopografia na diferenciação osteoblástica de MSCs superexpressando BMP-9 e no reparo ósseo induzido por seu secretoma
Hiskell Francine Fernandes e Oliveira, Robson Diego Calixto, Adna Zulim Leite, Jessica Frith, Márcio Mateus Beloti, Adalberto Luiz Rosa
Bone Research Lab UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estratégias que combinem modificações de superfície com fatores de crescimento podem aumentar o potencial osteogênico de células-tronco mesenquimais (MSCs). Este estudo avaliou o efeito da microtopografia na diferenciação osteoblástica de MSCs superexpressando proteína morfogenética óssea 9 (MSCsBMP-9) e no reparo ósseo induzido por seu secretoma. MSCsBMP-9 foram cultivadas sobre superfície microtopográfica ou poliestireno convencional. Aos 5 dias, foram avaliadas a expressão gênica (n=4) e proteica (n=3) de BMP-9 e marcadores ósseos, por qRT-PCR, Elisa ou western blot, e a atividade de ALP (n=5). Defeitos de 5 mm foram criados em calvárias de ratos (n=12) e tratados com injeção local de 50 μL do secretoma dessas células, coletado após 4 h. O tecido ósseo foi avaliado por µCT imediatamente após a injeção e ao final de 2 e 4 semanas. Os dados foram comparados por teste t de Student ou ANOVA two-way (p≤0,05). A microtopografia aumentou a expressão gênica de Bmp-9, Sp7, Alp, Bsp, Oc e Opn (p≤0,006), proteica de BMP-9, ALP e OPN (p=0,001), e a atividade de ALP (p=0,003) de MSCsBMP-9 em comparação com o poliestireno. Os parâmetros morfométricos, volume ósseo, porcentagem de volume ósseo, superfície óssea, número de trabéculas, espessura trabecular e separação trabecular, não indicaram diferenças (p>0,05) na quantidade de osso formada nos defeitos tratados com o secretoma de MSCsBMP-9 crescidas sobre nanotopografia ou poliestireno.

A microtopografia aumentou a expressão de BMP-9, estimulando a diferenciação osteoblástica de MSCsBMP-9. No entanto, o secretoma dessas células não aumentou a formação óssea, sugerindo que o uso de MSCsBMP-9 crescidas sobre a microtopografia pode ser mais eficaz para promover o reparo ósseo do que seu scretoma.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/12491-0; 2023/01309-7)
FC002 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Deleção condicional de agrin em osteócitos compromete a homeostase óssea e a osseointegração de titânio
Maria Paula Oliveira Gomes, Letícia Faustino Adolpho , Alann Thaffarell Portilho de Souza, Rayana Longo Bighetti-trevisan, Robson Diego Calixto, Gustavo Pompermaier Garlet, Adalberto Luiz Rosa, Márcio Mateus Beloti
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Osteócitos modulam a homeostase óssea e osseointegração de implantes de titânio (Ti). Considerando o papel de agrin na diferenciação osteoblástica e o potencial osteoindutivo da nanotopografia, este estudo investigou a participação de agrin expresso por osteócitos na homeostase óssea e na osseointegração de implantes Ti com nanotopografia (Ti-Nano). Camundongos machos (6 semanas) com deleção condicional de agrin em osteócitos (Ocyagrin⁻/⁻) e controle (Ocyagrin⁺/⁺) foram avaliados por microtomografia (µCT) e histologia da região trabecular dos fêmures (n=6), teste de fratura e análise mineral por FTIR-ATR e por difração de raios X (XRD) (n=7). Camundongos Ocyagrin⁻/⁻ e Ocyagrin⁺/⁺ (12 semanas) receberam implantes Ti-Nano (gerado por H2SO4/H2O2) e Ti-Controle na crista alveolar maxilar, alocados aleatoriamente no lado direito ou esquerdo (n=6), analisados por µCT e histologia após 21 dias. Os dados foram comparados por teste t ou ANOVA two-way (p≤0,05). Camundongos Ocyagrin⁻/⁻ apresentaram menor formação e qualidade óssea com redução de BV, BV/TV, Tb.N, Tb.Sp, Po(tot) e BMD (p≤0,05), sem diferença no número de osteócitos (p>0,05), menor resistência à fratura e maior razão fosfato/matriz orgânica. Ambos os grupos exibiram hidroxiapatita padrão sem diferenças no tamanho dos cristais. A osseointegração dos implantes Ti-Controle foi reduzida em Ocyagrin⁻/⁻, com menor BV, BV/TV, BS, Tb.N, Tb.Sp e Po(tot) (p ≤ 0,05), mas preservada nos Ti-Nano.

Os dados indicam que agrin derivada de osteócitos regula a homeostase óssea e sua ausência compromete a osseointegração de implantes Ti, o que é atenuado pela nanotopografia. Portanto, agrin pode ser alvo terapêutico no restabelecimento da homeostase óssea, favorecendo a osseointegração.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2020/14950-4; 2021/03204-2; 2021/04824-4  |  CNPq  N° 405939/2021-3; 305033/2022-0)
FC003 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

Óxidos bioativos em matrizes impressas de gelatina metacrilada: uma estratégia promissora para regeneração óssea
Lígia Espoliar Corrêa, Ester Alves Ferreira Bordini, Vitor de Toledo Stuani, Ruan Henrique Delmonica Barra, Ester Oliveira Santos, Carlos Alberto de Souza Costa, Juliano Milanezi de Almeida, Diana Gabriela Soares
Dentística UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se o desenvolvimento de biotintas de gelatina metacrilada (GelMA) funcionalizada com óxidos de magnésio (MgO) e silício (SiO) aplicadas à engenharia tecidual óssea. Hidrogeis de GelMA 15% funcionalizados com diferentes concentrações dos óxidos foram inicialmente formulados para selecionar dosagens citocompativeis. Formulações específicas foram submetidas a uma extensa caracterização físico-química e biológica para selecionar dosagens bioativas sobre pré-osteoblastos in vitro. Biotintas contendo GelMA a 15% (p/v), com ou sem a adição de 0,05% (p/v) dos óxidos (<50 nm), foram preparadas e utilizadas na produção de scaffolds injetáveis ou impressos por extrusão. As formulações foram avaliadas quanto à injetabilidade (extrusão), printabilidade (rodamina B) e caracterização biológica com pré-osteoblastos em cultura 3D (on-a-chip), por meio dos ensaios de viabilidade celular (Live/Dead), proliferação (Alamar Blue), expressão de colágeno e deposição de matriz mineralizada (Alizarin Red). Os scaffolds foram implantados em defeitos críticos na calvária de ratos e analisados após 42 dias por histologia (ANOVA;Tukey. p<0.05). As formulações apresentaram injetabilidade e foram compatíveis com bioimpressão por extrusão, resultando em scaffolds porosos e bem organizados. In vitro, os hidrogéis com óxidos promoveram maior migração e infiltração celular, além de aumentos significativos na expressão de colágeno e mineralização. In vivo, os scaffolds impressos contendo óxidos mostraram maior taxa de neoformação óssea, com fechamento quase completo do defeito.

Conclui-se que a incorporação de MgO e SiO à GelMA é uma estratégia promissora para o desenvolvimento de biotintas bioativas para regeneração óssea.

(Apoio: FAPESP  N° 2023/08880-1  |  CAPES  N° 001  |  FAPESP  N° 2022/05888-9)
FC004 - Fórum Científico
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

TGF-β1: um elo entre a Periodontite de indivíduos com ou sem Diabetes Mellitus tipo 2?
Renata Cristina Lima Silva, Maurício Gandini Giani Martelli, Francois Isnaldo Dias Caldeira, Ingra Gagno Nicchio, Silvana Regina Perez Orrico, Paulo Sérgio Cerri, Fábio Renato Manzolli Leite, Raquel Mantuaneli Scarel-Caminaga
Morfologia e Clínica Infantil UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A inter-relação Diabetes Mellitus tipo 2 (T2DM) e Periodontite (P) tem sido amplamente investigada, buscando conhecer aspectos moleculares comuns, e o impacto da terapia periodontal (TP) sobre eles. Avaliamos se a presença concomitante de T2DM e P influenciam os níveis locais e sistêmicos de TGF-β1 (Fator de Crescimento Transformador Beta 1), molécula-chave para re-epitelização e cicatrização, até 180 dias pós-TP. Foram submetidos a exames bioquímico, físico e periodontal 156 indivíduos, divididos em: T2DMdescompensado+P; T2DMcompensado+P; T2DMdescompensado_semP; T2DMcompensado_semP; P; C (Controle). Níveis de RNAm em leucócitos (RT-qPCR) e proteicos no fluido crevicular (GCF) (ELISA), foram avaliados nos tempos Inicial (Z), 90 e 180 dias pós-TP. Biópsias gengivais foram avaliadas por hematoxilina e eosina e imunohistoquímica. Houve incomum correspondência entre expressão gênica e proteica em todos os períodos, tendo ambos grupos T2DM+P (independente da compensação metabólica) e o grupo P, semelhante maior expressão de TGF-β1. Após 90 dias TP, RNAm aumentou 3 níveis, retornando para o nível basal após 180 dias. Em 90 dias T2DMdescompensados (com ou sem P) foram significativamente mais resistentes à elevação de TGFB1 (RNAm), demorando mais para demonstrar efeitos positivos da TP. Nos grupos com P (independente do T2DM) houve mais células endoteliais TGF-β1-positivas e diversos componentes inflamatórios, comparado ao C.

Conclui-se que TGF-β1 comporta-se como um elo entre Periodontite e T2DM por sua maior expressão nesses grupos, consistente em RNAm e proteína, tanto sistemicamente quanto localmente, sem efeito aditivo entre as duas doenças, ou compensação metabólica.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2022/06607-3  |  FAPs - Fapesp  N° 2020/12788-5)
FC005 - Fórum Científico
Área: 2 - Biologia pulpar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Sala Turquesa 4

A infecção endodôntica está associada a biomarcadores da resposta imune inata e disfunção metabólica em adolescentes: estudo populacional
Randerson Silva Araújo, Susilena Arouche Costa, Cadidja Dayane Sousa do Carmo, Cecilia Claudia Costa Ribeiro, Soraia de Fátima Carvalho Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As infecções endodônticas têm sido implicadas ao aumento de risco de doenças crônicas, notadamente o diabetes mellitus tipo II. A inflamação sistêmica, decorrente da resposta imune persistente, poderia ser um mecanismo explicativo subjacente para esta relação. Neste estudo, investigamos a infecção endodôntica em associação aos biomarcadores da inflamação sistêmica e disfunção metabólica em adolescentes. Trata-se de estudo populacional com delineamento transversal, com amostra aleatória complexa, representativa de escolares aos 17 e 18 anos da rede pública, em São Luís (n=405). A infecção pulpar foi inferida pelo PUFA, índice que avalia complicações como exposição pulpar (P), ulceração de mucosa (U), fístula (F) e abscesso (A). A inflamação sistêmica foi estimada pela razão neutrófilo/linfócitos, representando a resposta imune inata. Os níveis séricos de resistina foram estimados como biomarcador da interface entre inflamação, disfunção metabólica e resistência insulínica. Os biomarcadores foram categorizados em quintis. As associações foram estimadas por Modelagem de Equações Estruturais, em modelo ajustado para Situação Socioeconômica (renda, escolaridade e classe socioeconômica), excesso de peso e sexo do adolescente. Adolescentes com infecção endodôntica apresentaram maiores quintis de neutrófilo/linfócitos [Coeficiente padronizado (CP)=0,142; p=0,007]. Além disso, a infecção endodôntica associou-se com os maiores quintis da resistina (CP=0,047; p=0,012), pela via aumento de neutrófilo/linfócitos.

Nossos resultados mostram relação da infecção endodôntica com processos fisiopatológicos aumentando a resposta imune inata e sinalizando risco futuro para disfunções metabólicas em adolescentes.

(Apoio: FAPs - FAPEMA  N° PRONEM-2012  |  FAPs - FAPEMA  N° UNIVERSAL-2017.)



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