RESUMOS APRESENTADOS
2700 Resumo encontrados. Mostrando de 1951 a 1960
PId0360 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Odontologia em montanhas
Luiz Eduardo Pereira de Souza, Renata Gondo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A prática do montanhismo tem crescido significativamente como esporte, sendo comum a ocorrência de sintomas relacionados à altitude, como barotrauma e barodontalgia. Este estudo teve como objetivo investigar a frequência de problemas bucais em atletas de montanhismo. A pesquisa foi conduzida por meio de formulários criados na plataforma Google Forms. Vinte e sete voluntários, praticantes do montanhismo, foram convidados a preencher o questionário online, sem restrição de tempo. O processo incluiu perguntas sobre suas experiências no montanhismo e possíveis complicações odontológicas associadas. A maioria dos atletas (52%; n=14) conhecia a especialidade de odontologia do esporte. As lesões por quedas e torções foram as mais comuns. Além disso, 26% (n=7) relataram sintomas de dor ou pressão acima de 1.500 metros de altitude, afetando principalmente os dentes superiores posteriores. Quanto aos tratamentos mais adotados, a descida da montanha (43%; n=3) e o uso de medicamentos (43%; n=3) foram as opções mais frequentes.
A falta de consultas regulares ao dentista parece estar ligada a uma visão negativa da saúde bucal e pode indicar a presença de problemas dentários não resolvidos. Apesar da baixa prevalência de lesões identificada, sua ocorrência durante o montanhismo pode impedir a continuidade da escalada até o cume. A conscientização sobre a importância da saúde bucal e os cuidados odontológicos regulares são medidas cruciais para prevenir problemas que possam comprometer o desempenho dos praticantes de montanhismo.
PId0361 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação da postura ergonômica de acadêmicos de Odontologia em uma Universidade no Sul do Brasil
Lara Barcellos Vargas, Gilmar da Rosa Souza Júnior, Bruno Bonacir Coelho, Guenther Schuldt Filho, Daniela de Rossi Figueiredo
Odontologia UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo objetivou avaliar a postura ergonômica de acadêmicos na clínica de Odontologia em uma Universidade no sul do Brasil. Trata-se de um estudo transversal, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), amostra intencional e não probabilística que constava de acadêmicos presentes nas clínicas. Para avaliação ergonômica, um celular com câmera fotográfica (12 MP) foi utilizado e feito por um avaliador treinado. O acadêmico foi orientado a permanecer na mesma posição, por no mínimo de um minuto, durante o procedimento odontológico. Foram avaliadas 5 características posturais, baseadas na descrição de Naressi, Orenha e Naressi (2013): inclinação do tronco, inclinação da cabeça, inclinação do antebraço, ângulo do joelho e posição dos pés. Apresentar as 5 características posturais adequadas considerou-se "totalmente adequada"; nenhuma das características posturais "totalmente inadequada"; apresentar de 1 a 4 adequadas considerou-se "parcialmente adequada". Os escores foram analisados segundo fases do curso pelo teste de exato de Fisher, p<0,05. Foram avaliados 36 acadêmicos. A maioria dos estudantes foi classificada com postura corporal parcialmente adequada (75%); 42% apresentavam inclinação de cabeça inadequada e 50% com inclinação de braço inadequada. Houve redução significativa da postura corporal do pé adequado, entre os estudantes do 3º ano (100%) e 4º ano (56%), assim como, para a inclinação adequada do antebraço 3º (43%) e 4º ano (22%).
Foi observado que não houve uma melhora na postura corporal dos acadêmicos com o passar dos anos letivos, destacando a importância de abordagens durante a formação acadêmica para a ergonomia e prevenção de possíveis riscos ocupacionais.
PId0362 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Sorrisos Silenciados: Desafios na Saúde Bucal da Comunidade Trans
Andréa Márcia de Souza, Ian Augusto de Souza Ramos, Gabriela Fialho Valentim, Andreia Simões Pinto, Sindy Brito Florindo, Letícia Carla Rocha Pacheco, Giovanna Araújo Faria, Jôice Dias Corrêa
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo investigou a saúde bucal e o acesso aos cuidados de saúde entre pessoas trans. Foi criado um questionário para coletar dados sobre acesso e preconceito, e aplicado um questionário sobre qualidade de vida e saúde bucal. 27 voluntários receberam uma avaliação completa da saúde oral e foi feito o registro do índice CPOD. A maior parte dos participantes (82%) relatou utilizar o SUS para tratamentos odontológicos, tem renda familiar até 2 salários mínimos (74%), e se identificam como pretos/pardos (66,7%). Além disso, 33% são HIV positivos. A última visita ao dentista aconteceu há mais de 1 ano para 88% dos voluntários e 63% dos entrevistados já abandonaram tratamento odontológico, a maioria foi por motivos financeiros (50%) já que 70% afirma que não tem condições de pagar o tratamento odontológico e 41% dizem que é difícil conseguir atendimento na UBS de referência. Por outro lado, 62,9% relatam ter algum dente/restauração necessitando intervenção no último ano. Observamos que 63% relatam situações de transfobia, principalmente com desrespeito ao nome social. Assim, 68% já evitou atendimento em saúde bucal por situações de preconceito. Apenas 18% classificam sua saúde bucal como boa e mais de 50% afirmam que sua saúde bucal afeta negativamente atividades diárias enquanto 72% tiveram sua alimentação prejudicada em algum momento. A média do CPOD foi de 11, com elevado número de dentes perdidos.
Os resultados mostram as barreiras no acesso aos serviços de saúde bucal para as pessoas trans e que isso se reflete na sua saúde oral e na qualidade de vida dessa população, mostrando a necessidade de intervenções que combatam a transfobia nos contextos de saúde e promovam a conscientização sobre a importância da saúde oral na comunidade trans.
(Apoio: FUNDAÇÃO DE INCENTIVO À PESQUISA PUC MINAS N° 2023/27762-1S)
PId0363 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontogeriatria
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
A perda dentária como fator de risco para desnutrição em idosos: uma revisão narrativa de literatura
Ana Beatriz Silva Fernandes, Aline Tany Posch
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A perda dentária é um problema comumente enfrentado por pacientes geriátricos, o que promove efeitos negativos na qualidade de vida. O objetivo deste trabalho é apresentar, com base em uma revisão narrativa, como a perda dentária pode atuar como fator de risco para a desnutrição em idosos. A pesquisa foi realizada na base de dados Pubmed, através dos termos "elderly [Title/Abstract]", "nutrition[Title/Abstract]" e "oral health[Title/Abstract]" com o conectivo "AND" para encontrar artigos com os assuntos simultaneamente. A busca foi restringida aos últimos 10 anos (2014 a 2024) para que fossem encontrados resultados atuais. Foram encontrados 69 artigos, dos quais 17 foram selecionados após a leitura do título e abstract. Através da análise bibliográfica, percebeu-se que a distribuição e o número de dentes presentes na boca afetam diretamente a capacidade de ingerir determinados alimentos. Nesse contexto, observou-se que idosos edêntulos apresentam menor consumo de proteína de origem animal, cálcio, ferro, niacina e vitamina C, o que pode ser agravado e gerar um quadro de desnutrição.
Portanto, conclui-se que a perda dentária afeta diretamente a seleção alimentar de idosos edêntulos, uma vez que esse quadro impede o consumo de alimentos de mastigação mais complexa, como a carne vermelha. Dessa forma, é essencial que esses pacientes sejam reabilitados adequadamente com próteses dentárias e com aconselhamento nutricional para que a perda dentária deixe de ser um fator de risco para o desenvolvimento de desnutrição em idosos.
PId0364 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Análise dos atendimentos odontológicos no sistema prisional brasileiro: um estudo transversal
Lucas Gonçalves de Sousa, Pedro Henrique Mota Rodrigues, Artur Freitas Riccioppo, Naessa Santos Borges Zure, Álex Moreira Herval
FOUFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo teve como objetivo analisar os atendimentos odontológicos realizados no sistema prisional brasileiro entre os anos de 2014 a 2022. Foi realizado um estudo transversal com dados secundários dos relatórios gerados pelo Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (tamanho da população prisional, à quantidade de cirurgiões-dentistas) e pelo Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (procedimentos odontológicos primários realizados) em cada ano incluído no estudo. Os dados foram tabulados e analisados com o Software Jamovi. Os procedimentos foram separados em exodontias e demais procedimentos, sendo feita a razão entre esses dois grupos (indicador do tratamento mutilador). Foram aplicadas análises descritivas e os Testes de Wilcoxon e Spearman. Exceto na comparação entre os anos de 2019 e 2020, todos os demais anos apresentaram aumento dos dois agrupamentos de procedimentos. O indicador de tratamento mutilador apresentou variação (redução) estatisticamente significante apenas na comparação entre 2020 e 2021. O número de cirurgiões-dentistas aumentou progressivamente a partir de 2014, com variações positivas e significativas entre 2015-2016 e 2021-2022. Contudo, não observaram-se correlações estatisticamente significantes do indicador de tratamento mutilador com a proporção de cirurgiões-dentistas em relação a população prisional ou com a proporção de consultas odontológicas pela população prisional.
Apesar do incremento de cirurgiões-dentistas no sistema prisional no período analisado, esse aumento não acompanhou o crescimento da população encarcerada e, assim, não impactou na redução do indicador de tratamento mutilador, mesmo com o aumento do volume de procedimentos realizados.
(Apoio: FAPs - FAPEMIG | CAPES)
PId0365 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Percepção de docentes sobre equidade de gênero em um curso centenário de graduação em Odontologia
Luana Frigerio Bonatti, Gabriel Goveia Schiavetto, Patrícia Petromilli Nordi Sasso Garcia, Juliana Alvares Duarte Bonini Campos, Lívia Nordi Dovigo
Odontologia Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
As mulheres ainda são sub-representadas em algumas profissões, embora tenha havido crescimento da ocupação de espaços profissionais e acadêmicos considerados redutos masculinos. Nas Ciências da Saúde, a proporção de mulheres matriculadas nos cursos de graduação aumentou, mas o Censo de 2021 indicou o sexo masculino como o perfil docente no Brasil. Esse estudo avaliou a participação das mulheres na docência em um curso centenário de Odontologia, por meio da caracterização dos docentes do momento do centenário quanto às suas carreiras e o impacto da diversidade de gênero em sua atuação profissional. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, com uma etapa de natureza quantitativa e outra quali-quantitativa. O delineamento amostral adotado foi o não-probabilístico, com amostra composta por docentes atualmente em atividade na faculdade selecionada, de ambos os sexos que concordaram em participar de livre e espontânea vontade. Resultados foram analisados com estatística descritiva e classificação hierárquica descendente (α=0,05). Até a década de 1990, a maioria das contratações foi de docentes do sexo masculino; a partir do ano 2000 o comportamento se modificou havendo maior número de professoras. Até o momento, 14 entrevistas foram concedidas, sendo 50% de docentes mulheres. Entre os resultados destaca-se que apenas um docente do sexo masculino relatou ser o principal responsável por cuidados familiares e afazeres domésticos. Os principais desafios relatados foram a sobrecarga materna e a conciliação entre via pessoal e profissional.
Apesar da carreira universitária proporcionar salários e oportunidades iguais, notou-se que as mulheres vivenciam mais obstáculos para se atingir as mesmas metas que os homens.
PId0366 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Associação entre oferta drogas ilícitas na escola e autorrelato de saúde bucal de adolescentes
Giullie Anne de Souza Giffoni da Conceição, Lucas Alves Jural, Marcela Baraúna Magno, Ismê Catureba Santos, Antonio José Ledo Alves da Cunha, Patrícia de Andrade Risso, Saul Martins Paiva, Lucianne Cople Maia
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se verificar se existe associação entre o contato com a oferta de drogas ilegais na escola (ODI) com o autorrelato de problemas de saúde bucal (PSB) por adolescentes Brasileiros. A ODI foi investigada por meio de 01 item do inquérito Youth Risk Behavior Surveillance System, traduzido e validado para jovens brasileiros. Dentre os PSB coletados por meio de um inquérito virtual, estão: cárie/gengivite/halitose/trauma/lesões em mucosa/bruxismo/maloclusão/dentalgia. O questionário foi divulgado por meio de redes sociais e incluiu adolescentes com idade entre 15 e 19 anos que estivessem cursando ou concluído o ensino médio. Os dados foram submetidos ao teste de X² (p<0,05) e a razão de chance (OR) foi estimada nas análises bivariadas entre ODI e PSB. Adicionalmente, um modelo de regressão logística ajustado por fatores socioeconômicos foi executado, a fim de confirmar as associações previamente identificadas. Incluíram-se 417 participantes oriundos de todas as regiões brasileiras, sendo 52,8% estudantes ou egressos de escolas públicas e com idade média de 16,6 anos. Dentre os participantes, 9,8% relataram ter recebido a oferta de venda ou doação de drogas ilegais no espaço escolar. As análises bivariadas identificaram associação de ODI com gengivite (OR 2,09; IC 95% 1,041-4,202) e lesões em mucosas (OR 2,57; IC 95% 1,31-5,04), o que foi confirmado após ajustes (OR 2,29; IC 1,15-4,57 e OR 2,62; IC 95% 1,37-5,06).
A ODI foi associada ao autorrelato de desfechos negativos na saúde bucal, indicando a necessidade de fortalecer políticas públicas de educação em saúde no espaço escolar, tanto em relação às medidas de prevenção ao uso de drogas, quanto à identificação de problemas de saúde bucal nessa população.
(Apoio: CAPES N° DS-01 | CNPq N° 310225/2020-5)
PId0367 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Análise do pH e concentração do íon fluoreto das águas engarrafadas comercializadas na região metropolitana de Belém do Pará
Joanne Brasil Araujo, Giovana Monteiro Teles, Ana Karoline Oliveira Nunes, Leticia Victoria Pereira Crisostomo, Iure Feitosa Guedes, Isabella Rayza Soares Dos Santos, Helder Henrique Costa Pinheiro, Roberta Souza D'Almeida Couto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo avaliou o pH (potencial hidrogeniônico) e as concentrações de íon fluoreto nas águas minerais engarrafadas não gaseificadas comercializadas na região metropolitana de Belém-Pará. Três lotes de sete marcas comerciais de águas engarrafadas disponíveis nos principais supermercados da área urbana foram analisadas. Para o pH foram realizadas três leituras em triplicata com eletrodo acoplado a um pHmetro e os íons fluoretos foram analisados em duplicata com eletrodo íon-específico e os resultados expressos em ppm F. Os valores de pH variaram de 4,53 a 10,25 e três marcas comerciais apresentaram pH com padrão ácido e duas delas abaixo do pH crítico de 5,5. As concentrações de fluoreto variaram de <0,05* a 0,26 ppm F e todas as marcas comerciais apresentaram valores que classificam como água fluoretada por apresentarem valores a partir de 0,02 ppm F, porém sem efeito na prevenção de cárie e sem risco de fluorose. Para as duas marcas comerciais com pH variando entre 4,53 a 4,96 com concentração abaixo de 0,05ppmF representam risco a perda de estrutura dental por desmineralização.
Concluindo, as águas minerais engarrafadas não gaseificadas comercializadas na região metropolitana de Belém-Pará não oferecem risco de fluorose, mas também não promovem proteção contra a cárie dentária. Duas marcas comerciais apresentaram risco de desgaste dental. Os rótulos deveriam informar aos consumidores sobre o potencial efeito no consumo da água fluoretada engarrafada em relação aos riscos e benefícios à saúde bucal. *Valores abaixo do limite de sensibilidade do eletrodo, de aproximadamente 0,05 ppm F.
PId0368 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Modelo de Machine Learning na Inteligência Artificial (IA) prevê o medo e a ansiedade odontológica infantil
César Augusto Moreira Domingues, Lara Evangelista Orlandi, Maria Eugênia Domingueti Rabelo Ribeiro, Rodrigo Rodrigues, Leandro Araújo Fernandes, Daniela Coêlho de Lima, Gabriel Rodrigo Gomes Pessanha, Heloisa de Sousa Gomes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O medo e a ansiedade odontológica descrevem estados psicológicos multifatoriais de natureza complexa, o que faz com que seja desafiador diagnosticá-los em crianças, especialmente naquelas que apresentam dificuldades em expressar seus sentimentos. Assim, o objetivo desse trabalho é o desenvolvimento de modelos de redes neurais artificiais para a detecção de medo e ansiedade odontológica infantil. Os dados foram coletados em uma pesquisa realizada com 153 crianças de 04 a 12 anos de idade que buscaram atendimento na Clínica de Odontopediatria da Universidade Federal de Alfenas com as escalas B-ECOHIS, P-CPQ, Questionário Socioeconômico de JARMAN, Escala Comportamental de FRANKL, B-CFSS-DS e FIS. Após o processamento, a amostra final de 127 crianças foi submetida à normalização e tratamento para maximizar o desempenho da RNA. Através da arquitetura de multilayer perceptron e do algoritmo de gradiente descendente com aprendizagem supervisionada no software RStudio, foram treinados os modelos para previsão de medo e ansiedade odontológica. Em seguida, todos os modelos foram testados, aprimorados e tabulados para análise comparativa. No que diz respeito à previsão de medo, o modelo que apresentou melhores resultados exibiu acurácia de 82,05%, precisão de 80,00%, recall de 100,00% e um F1-Score de 88,89%. Já para a previsão de ansiedade, o melhor modelo alcançou uma acurácia de 61,5%, precisão de 66,7%, recall de 66,7% e F1-Score de 66.7%.
Os resultados destacam a eficácia do modelo de medo odontológico de crianças, se revelando uma ferramenta diagnóstica muito útil para o cirurgião-dentista. No entanto, o desempenho menos robusto do modelo para ansiedade odontológica infantil sugere que ainda pode existir uma margem para aprimoramento.
(Apoio: CNPq N° 155948/2023-7)
PId0369 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Análise da ansiedade dos alunos de odontologia da UNIFAL-MG comparando as diferentes especialidades odontológicas
Elissa Edaurada de Flório Amaro, Alice Lima Levenhagen Ferreira, Davi Figueiredo Valadares, Jhiullia Luize Oliveira Freire, Maria Eduarda Domingues Ferreira, Paula Miranda Henriques, Leonardo Amaral Dos Reis, Camila Soares Lopes
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi comparar a influência das especialidades odontológicas nos sintomas de ansiedade, durante os atendimentos odontológicos, nos alunos de graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Trata-se de um estudo observacional transversal com delineamento amostral não probabilístico por conveniência envolvendo alunos cursando do 5° ao 9° no primeiro trimestre de 2024. Um questionário estruturado usando a plataforma digital Google Forms foi preenchido por 164 alunos. O nível de ansiedade foi avaliado utilizando a Escala de Ansiedade, Depressão e Estresse (DASS-21) e Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) adaptada. Os dados foram submetidos aos testes estatísticos de Kruskal-Wallis e Dunn (α=0,05). Foram observadas diferenças significativas durante os atendimentos na clínica Cirurgia I e Integrada I quando relacionados à sintomatologia de ansiedade: sensação de pânico, aperto no estômago e tensão, além de coração acelerado sem a realização de um esforço físico, dificuldade em acalmar-se e frio na barriga (p<0,05). Os alunos relataram sensação de boca seca com maior frequência durante os atendimentos na clínica de Cirurgia III e Integrada I (p<0,05).
Conclui-se que as especialidades analisadas demandam um conhecimento aprofundado e uma competência técnica sólida para garantir um tratamento adequado, além disso, a Clínica integral I é o primeiro contato do aluno simulando o atendimento de um clínico geral. Deste modo, os estudantes enfrentam um aumento significativo do estresse. Os dados levantados respaldam a implementação de diretrizes psicológicas voltadas para a prevenção da intensificação e o surgimento dessas tensões.