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 2115 Resumo encontrados. Mostrando de 841 a 850


PN0903 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Dentifrícios fluoretados, legislação e saúde coletiva
Gonçalves CS, Moimaz SAS, Saliba TA, Garbin AJI, Garbin CAS, Chiba FY
Saúde Coletiva em Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se verificar os rótulos de dentifrícios comercializados no Brasil, considerando a adequação à resolução 79/2000 e as informações disponíveis para o consumidor. Os dentifrícios foram adquiridos em mercados e farmácias de uma cidade do estado de São Paulo, em março de 2022, sem restrição de fabricante, marca ou país. Foram analisados 54 produtos destinados à população com 12 anos ou mais e 27 destinados à população infantil. Nos dentifrícios para pessoas com 12 anos ou mais, as concentrações de flúor variaram de 1000 a 1500ppm e, em 50% deles, a descrição dos componentes apresentou-se, exclusivamente, na Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI). Em relação àqueles indicados para população infantil, as concentrações de flúor variaram de 500 a 1450ppm e, em 74% deles, os componentes seguiam apenas a INCI. A apresentação dos rótulos seguindo apenas a INCI, embora siga as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pode dificultar a compreensão do consumidor quando apresenta-se apenas em idioma estrangeiro. Informações sobre composição, modo de uso e precaução apresentaram letras diminutas, com 3 rótulos ilegíveis devido ao tamanho dos caracteres. O serviço de atendimento ao consumidor esteve visível em todas as unidades avaliadas. Nos dentifrícios com concentração de flúor reduzida, tal informação não se apresentava de forma destacada na embalagem do produto.

Os rótulos dos dentifrícios avaliados enquadraram-se na resolução 79/2000, porém foram encontradas inconsistências relacionadas às informações aos consumidores.

(Apoio: CAPES)
PN0904 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Abastecimento público de água e fluoretação em 23 munícipios Macrorregião de Imperatriz do Maranhão
Santos PHB, Saliba TA, Saliba O, Saliba NA, Moimaz SAS
Saúde coletiva em Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Um dos objetivos do desenvolvimento sustentável - ODS propostos pelas Nações Unidas é alcançar até 2030 o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todos. No Brasil, a Política Nacional de Saúde Bucal define o acesso à água tratada e fluoretada essencial para garantir saúde à população, contudo essa diretriz constitui um desafio. O propósito foi investigar o acesso e a fluoretação das águas em municípios do estado do Maranhão. Pesquisa descritiva, documental direta, realizada em bases de dados governamentais, no ano de 2022, envolvendo 23 municípios do oeste maranhense pertencentes as regiões de saúde números 1 e 8, os aspectos investigados foram: população servida por água tratada; órgão responsável; fontes de água bruta e processo de fluoretação das águas. Do total, 314.944 habitantes (38,18%) têm acesso a água tratada; 12 municípios apresentam serviço executado pela Companhia de água e esgoto do Maranhão, abastecida pelo Rio Tocantins e Pindaré, essa opera mais 10 Sistemas de Abastecimento supridos por poços tubulares profundos; Imperatriz e Açailândia têm uma composição mista com SAAE de gerência municipal em funcionamento. Os outros 11 municípios têm sistemas de abastecimento gerenciados por autarquias municipais e fazem captação de poços profundos, que variam de 150 a 366 metros de profundidade.

Destaca-se que nenhum município realiza a fluoretação e não há registros de teores de flúor. Conclui-se que pequena parte da população têm acesso à água tratada, portanto a fluoretação não está garantida e o sistema de vigilância deverá ser aprimorado.

PN0905 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Obrigação de resultado e obrigação de meio na odontologia: análise de processos judiciais em meio eletrônico à luz do CPC de 2015
Viotto JRC, Fernandes CMS, Serra MC
odontologia social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O intuito deste estudo foi analisar como tem se portado o judiciário brasileiro com relação aos julgados após as alterações no Código de Processo Civil de 2015 com relação à obrigação do profissional de odontologia quanto aos tratamentos odontológicos, se de meio ou de resultado, para fins de responsabilidade civil. Para tanto, foi utilizada a legislação brasileira sobre o tema, tais como Código Civil, Código de Defesa do Consumidor e Código de Processo Civil. Também foram analisados conceitos doutrinários, estabelecidos na literatura jurídica, tendo em vista ser uma fonte do direito bastante utilizada por magistrados para fundamentação das decisões em processos judiciais. Foram analisadas decisões de tribunais de diversas regiões do Brasil.

Assim, foi possível notar nas jurisprudências analisadas o consenso de que nos casos de procedimentos estéticos, as obrigações de resultado são mais frequentes em relação às de meio. Já nos casos de tratamentos, a obrigação de meio acaba sendo reconhecida e em consequência disso boa parte das condenações em indenizações apenas ocorrem com a robusta prova de que houve uma má atuação do profissional. Imprescindível ao cirurgião-dentista que tenha um bom prontuário do seu paciente, com dados clínicos completos, anamnese e estudo de caso bem delimitado, minuciosamente relatado. Sem falar de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e contrato firmado de prestação de serviços odontológicos. Esses cuidados podem precaver demandas judiciais, bem como funcionar como bom lastro probatório para a defesa.

PN0906 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Impacto da pandemia de SARS-CoV-2 (COVID-19) na Síndrome de Burnout e na saúde emocional de cirurgiões-dentistas no Brasil
Castro MS, Castilho AVSS, Meira GF, Trigueiro, FH, Moreno SMR, Pinto ACS, Capela IRTCS, Sales-Peres SHC
Odontopediatria,Ortodontia e Saúde Colet UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O cirurgião-dentista (CD) enfrenta pressão e estresse na atividade laboral que podem ser ampliados pelos riscos da contaminação do SARS-CoV-2. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença ou não da Sindrome de Burnout (SB) em CD, bem como avaliar o impacto da pandemia do Sars-Cov2 na saúde mental desses profissionais. A amostra foi constituída por 302 CD que estavam atuando no período pré pandemia e responderam um questionário por meio de link em mídia social em novembro de 2020. Adotou-se o inventário validado de Burnout de Oldenburg com perguntas relacionadas ao estresse profissional, acrescido de questões sociodemográficas. Os dados foram analisados de forma descritiva e analítica, por meio do teste do qui-quadrado (p < 0,05). . Dentre os CD avaliados, 244 (80,8%) suspenderam as atividades por algum tempo, 226 (74,8%) tinham medo de se contaminar durante o trabalho, 260 (86,1%) tinham medo de transmitir o vírus a seus familiares, 91 (30,1%) já haviam se contaminado, 163 (54%) sentem medo quando ouvem notícias de mortes ocasionadas pelo SARS-CoV-2. Dos CD entrevistados, 46,35% apresentaram a SB, 16,22 % esgotamento, 15,23% o distanciamento do trabalho. A presença da SB esteve fortemente associada com a faixa etária (P=0,003), a atividade no setor privado (P=0,002), o medo de contaminar a família (P=0,003), o medo de se contaminar (P=0,004) e o medo de morrer (P= < 0,001).

Os achados deste estudo evidenciam que houve impacto da pandemia de COVID-19 na saúde emocional e na ocorrência da SB nos cirurgiões-dentistas, especialmente devido ao medo da contaminação e da morte.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0908 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Associação entre redes sociais familiar e participação em grupos comunitários e cárie dentária em adolescentes
Monteiro MCC, Rebelo Vieira JM, Leão AMN, Vettore MV, Rebelo MAB
PPGO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre redes sociais através da participação em grupos comunitários e cárie dentária em adolescentes matriculados em escolas públicas em uma zona de privação social da cidade de Manaus-AM. O estudo foi observacional transversal e questionários autoaplicáveis com os adolescentes e pais/responsáveis e exame clínico bucal (CPOD, PUFA/pufa) foram empregados. As redes sociais foram avaliadas com a versão adaptada do questionário Medical Outcomes Study (MOS). ). O estudo incluiu 406 adolescentes, sendo 57,9% do sexo feminino e 75,9% da cor parda. A média (DP) do CPOD e seus componentes cariado, perdido e obturado foi de 1,49(1,92); 0,87(1,52); 0,09(0,38); 0,50(0,85), respectivamente. O escore PUFA/pufa foi 0,28(0,72).

A experiência de cárie (CPOD) não foi estatisticamente diferente entre adolescentes que participavam de grupos religiosos (1,49±2,02), esportivos (1,36±1,89), esportivos/religiosos (0,78±0,83) e esportivos/religiosos/artísticos (1,33±1,50) e aqueles que não participavam de nenhum grupo (1,62±1,93). Regressão de Poisson ajustada para dados sociodemográficos demonstrou que adolescentes com maior número de redes sociais familiares apresentaram maior média de dentes tratados para cárie (PR 1,08 IC95% 1,02-1,13) e menor média de dentes com sequelas clínicas de cárie não tratada (PR 0,77 IC95% 0,59-0,95). ). As redes sociais familiares dos adolescentes representaram um importante fator protetor para a cárie tratada e para a ocorrência da cárie dentária grave.

(Apoio: CNPq  N° 423309/2016-1  |  CAPES)
PN0909 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Estudo sobre a correlação entre doenças sistêmicas, cárie, doença periodontal e lesões periapicais em pacientes adultos
Tiradentes N, Silva RM, Bresciani E, Lopes SLPC, Silva EG, Gomes APM
Odontologia Restauradora INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse trabalho foi investigar se há correlação entre doenças sistêmicas (Diabetes Melittus, Obesidade e Hipertensão arterial) e doenças bucais (cárie, doença periodontal e lesões periapicais). Foram avaliados 150 pacientes entre 18 e 80 anos de um Pronto Socorro Odontológico. A metodologia foi constituída pela anamnese, exame clínico, aferição da pressão arterial pré e pós atendimento odontológico, dosagem de glicemia capilar prévia à intervenção, análise da radiografia panorâmica e radiografias periapicais, determinação do peso e altura do paciente e avaliação das patologias bucais e sistêmicas. Os resultados foram analisados utilizando o Teste de Qui-Quadrado com significância de 0,05. Ao se avaliar Diabetes Melittus e doenças bucais, o grupo feminino de 46 a 60 anos e o masculino de 61 a 85 anos apresentou maior número de indivíduos diabéticos e com maior número de lesões periapicais. Com relação à Hipertensão arterial e doenças bucais, mulheres e homens idosos, pré-hipertensos e hipertensos respectivamente, apresentaram CPOD mais alto, com o grupo feminino tendo a maior área de lesão periapical e o masculino com o maior número de lesões. Quanto à Obesidade, os resultados evidenciaram mulheres obesas dos 46 aos 60 anos, com maior número de lesões periapicais e maior área da lesão e homens com CPOD mais alto e maior número de lesões periapicais foram os idosos (61 a 85 anos), com sobrepeso.

Existe correlação fraca entre algumas doenças sistêmicas e doenças bucais considerando a idade e sexo dos pacientes, porém outros estudos ainda são necessários.

PN0910 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

A saúde bucal de crianças acompanhadas dos 06 aos 60 meses
Ramirez GTV, Saliba TA, Moimaz SAS, Okamoto AC
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cárie é uma doença multifatorial, mas pode ser prevenida com ações de promoção e educação em saúde. Neste sentido, o trabalho ora apresentado tem por objetivo verificar a saúde bucal de crianças que foram acompanhadas aos 06 meses, 30 e 60 meses de idade, por uma equipe de saúde bucal. Trata-se de um estudo longitudinal que acompanhou 42 crianças aos 06, 30 e 60 meses de idade, de um munícipio da região noroeste do estado de São Paulo. A pesquisa ocorreu entre os anos de 2016 a 2019. Para análise estatística foi realizado o teste de exato de Fisher, ao nível de significância de 5%. Em visita domiciliar as mães foram entrevistadas quanto às características socioeducacionais e foi realizado o exame clínico nas crianças em cada período. A cada visita eram realizadas práticas de promoção e educação em saúde bucal com a família. A amostra é caracterizada por mães com idade média de 29,57 anos, com predominância da cor (autodeclarada) parda (43,24%) e amasiada (50%), com pelo menos 11 anos de estudo e renda familiar de até 2 salários mínimos (45,24%). A média de ceo-d aos 06 meses foi de 0, aos 30 meses foi de 0,26 e aos 60 meses foi de 1,24, sendo o componente cariado o de maior valor em ambas idades. A presença de cárie esteve associada a renda familiar (p= 0,0002), e ao nível de baixa escolaridade materna (p=0,0004).

Concluiu-se que a cárie dentária se intensificou com o tempo e de acordo com o aumento do número de dentes e, houve uma polarização de sua ocorrência.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0911 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Influência da saúde bucal e fatores sociais nas relações familiares de crianças pré-escolares mineiras
Pereira CJG, Pereira AG, Oliveira MLA, Rodrigues PA, Paula JS, Zina LG
Faculdade Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre fatores socioeconômicos, comportamentais, psicossociais e de saúde bucal com as relações familiares de crianças pré-escolares, no município de São Francisco, região norte de Minas Gerais. Foi conduzida uma pesquisa de desenho transversal, com amostra representativa de 247 crianças de 5 anos de idade e respectivas mães. Os dados foram coletados a partir de questionários validados autoaplicáveis direcionados às mães, e exames intrabucais nas crianças por meio do índice ceo-d. Os exames foram realizados por uma examinadora treinada e calibrada. As relações familiares foram avaliadas por meio da escala de coesão familiar. Foi utilizado software SPSS para análises estatísticas bivariadas, com nível de significância de 5%. Crianças com baixa coesão familiar apresentaram mais chance que crianças com média coesão de experiência de cárie, baixa frequência de escovação da criança/mãe, baixa escolaridade materna e mães não casadas (p< 0, 05). Já crianças com alta coesão familiar apresentaram menores chances de presença de cárie, de terem mães adolescentes quando nasceram e de não utilização de dentifrício pela mãe quando comparadas às crianças com média coesão familiar (p< 0, 05).

Assim, variáveis socioeconômicas, comportamentais e de saúde bucal mostraram-se associadas à coesão familiar de crianças aos 5 anos de idade e suas mães, demonstrando a necessidade de um cuidado participativo e integral da família para a promoção da saúde e bem-estar de seus filhos.

(Apoio: CNPq  N° 05/2021   |  PRPQ-UFMG  N° 07/2021)
PN0912 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Percepção de estresse de estudantes de odontologia no retorno presencial durante a pandemia de COVID-19
Pazos JM, Ferreira FS, Garcia PPNS
odontologia social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo identificar as percepções de estudantes de odontologia sobre o estresse ao retornar ao treinamento clínico presencial após o ensino remoto exigido pela pandemia de COVID-19. Tratou-se de um estudo observacional qualitativo. A amostra foi composta por alunos de graduação (n=47) do último ano da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. Os dados foram coletados através de um questionário do Google Forms e analisados utilizando a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Observou-se que mais da metade dos alunos (63,8%) relatou sentir estresse na transição do ensino remoto para o treinamento clínico. Segundo eles as principais causas desse estresse foram o medo de infecção por COVID-19 (31,5%) e a insegurança em suas habilidades clínicas após tanto tempo sem treinar (25,5%). Metade dos alunos (51,1%) apresentou pelo menos um sintoma relacionado ao estresse. Para a maioria deles (70,2%) o ensino remoto foi insuficiente para prepará-los para o retorno às atividades clínicas presenciais. A realização de atividades laboratoriais antes do treinamento clínico foi a sugestão mais citada pelos alunos (25,5%) como forma de diminuir o estresse causado pelo retorno presencial. As principais estratégias de enfrentamento adotadas pelos alunos no retorno presencial foram aproveitar ao máximo o treinamento clínico, planejar casos e estudar temas relevantes antes do atendimento (48,9%).

Foi possível concluir que os estudantes avaliados perceberam altos níveis de estresse durante a transição do ensino remoto para o treinamento clínico.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2019/15609-7)
PN0914 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Experiência de discriminação e autopercepção de saúde bucal entre adultos
Vieira RV, Gomes VE, Cruz CAG, Ramos TMC, Ferreira RC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Investigou-se a associação entre a experiência de discriminação de qualquer natureza e autopercepção de saúde bucal entre adultos brasileiros. Dados de uma amostra probabilística por conglomerado de adultos > 18 anos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 foram utilizados. A variável dependente foi autopercepção da saúde bucal, agrupada em três categorias (muito boa + boa; regular; ruim + muito ruim). A discriminação de qualquer natureza incluiu os motivos: raça/cor, classe social, renda, ocupação, doença, preferência sexual, religião, sexo, idade. As covariáveis incluíram dados sociodemográficos, condições de saúde bucal, acesso aos serviços de saúde, hábitos, saúde mental e participação em atividades sociais e/ou religiosas. Os dados foram analisados por meio de Modelos de Regressão Logística Ordinal para odds não proporcionais, considerando pesos amostrais e amostra complexa. Um total de 60.202 adultos participaram, 5,84% apresentaram autopercepção em saúde bucal ruim + muito ruim. A prevalência de experiência de discriminação de qualquer natureza foi 10,62%. A chance de autopercepção negativa entre adultos que sofreram discriminação de qualquer natureza foi maior do que a observada entre aqueles que relataram não ter sofrido discriminação (muito ruim + ruim vs regular + muito boa + boa; OR: 1,39; 95% CI: 1,25;1,54 / muito ruim + ruim + regular vs muito boa + boa; OR: 1,29; 95% CI: 1,07;1,55).

Os resultados sugerem que a experiência de sofrer discriminação deve ser considerada entre os determinantes sociais de saúde bucal.