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PN0689 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Caracterização das alterações bucais em crianças e adolescentes com doença renal crônica
Costa BR, Alves CMC, Almondes CMS, Moreira IMC, Couto PHB, Figueirêdo NVC, Lopes FF
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O controle de infecção de origem bucal é de extrema importância para contenção de maiores problemas clínicos decorrentes da Doença Renal Crônica (DRC). O objetivo desse estudo foi descrever as alterações bucais em crianças e adolescentes com DRC. Trata-se de um estudo descritivo transversal onde foi aplicado um questionário com questões sociodemográficas, informações clínicas, hábitos alimentares e condição bucal. Realizou-se exame intrabucal à beira leito visando detectar as alterações odontológicas (cálculo dentário, boca seca, gengivite, estomatite, halitose, xerostomia, mucosa pálida e hipoplasia de esmalte). Os dados foram apresentados através de estatística descritiva e teste exato de Fisher. Responderam ao questionário 22 pacientes, dos quais 15 (68,2%) eram do sexo masculino, 13 (59,1%) estavam na faixa etária com até 7 anos, e 20 (90,9%) pacientes eram de cor parda. A patologia mais comum entre as crianças e adolescentes com DCR foi Hidronefrose (7/31,7%). Em relação às alterações odontológicos, gengivite e cálculo dentário apresentaram igual prevalência, sendo observadas em 11 crianças (64,7%), onde o sexo masculino 9(81,8%) foi o mais acometido em relação ao sexo feminino em determinadas disfunções. O teste exato de Fisher mostrou que não houve associação entre a presença de cálculo dentário, gengivite, hipoplasia e hábito alimentar (p>0,05).
O presente estudo concluiu que a gengivite e o cálculo dentário foram os achados odontológicos mais prevalentes onde o sexo masculino foi o mais acometido em ambas as patologias.
(Apoio: FAPEMA N° 1)
PN0690 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Panorama sobre pré-natal, amamentação e dieta cariogênica de gestantes e infantes do estado do Rio de Janeiro
Motta MC, Martins ML, Marinho MFP, Souza EER, Silva RO, Fonseca-Gonçalves A
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se traçar o panorama dos atendimentos de pré-natal odontológico (PNO) e médico (PNM), amamentação e dieta cariogênica de gestantes e crianças até 23 meses do estado do Rio de Janeiro (RJ). Os dados de: pré-natal odontológico (≥ 1 consulta) e médico (≥ 6 consultas a partir da 20ª semana de gestação), amamentação exclusiva (AME) (até 6 meses) e continuada (AMC) (até 23 meses), consumo de biscoitos recheados, doces ou guloseimas e bebidas adoçadas por gestantes e crianças (de 6 a 23 meses), do período de 2019 a 2021 foram obtidos no SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) e Datasus. Os dados de 92 municípios foram agrupados de acordo com as 9 macrorregiões de saúde do estado. Os dados foram exportados para o Excel® e analisados de forma descritiva no SPSS. Os registros de PNO e PNM abrangeram todos os municípios, com cobertura média de 9% e 14,7% das gestantes, respectivamente. A AME e a AMC tiveram cobertura de 44,9% e 59,7%, sendo maior na macrorregião Centro-Sul (21,9% e 21,1%, respectivamente). Em 2020, houve um menor número de municípios com registros de crianças (n=37) e aumento no consumo de bebidas adoçadas comparado a 2019 (de 32,4% para 37,6%). Em 2021, esse consumo se manteve nos mesmos níveis de 2019 (31,3%).
Observou-se baixo percentual de PNO, PNM, AME e AMC no estado do RJ. Houve consumo de dieta cariogênica por gestantes e crianças até 2 anos, com aumento do consumo de bebidas adoçadas em 2020. É necessária a implementação de políticas de saúde durante o pré-natal, com ênfase na amamentação e orientação sobre o consumo de dieta cariogênica.
(Apoio: CAPES N° DS001 | FAPs - FAPERJ)
PN0692 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Percepção do impacto do tratamento oncológico na Qualidade de vida durante a infância e adolescência
Silva AVMV, Santos AMC, Freitas IZ, Perazzo MF, Paiva SM
PPGO UFMG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) de crianças/adolescentes em tratamento oncológico. Realizou-se um estudo transversal com 52 crianças/adolescentes de dois a 18 anos de idade, ambos os sexos, em tratamento oncológico no Ambulatório Borges da Costa do HC da UFMG. Os dados sociodemográficos e do tratamento oncológico foram coletados por questionários. Para avaliar a QVRS dos participantes utilizou-se a versão brasileira do Pediatric Cancer Module (PedsQL 3.0). Foram realizadas análises descritivas, seguida de regressão logística binária não-ajustada e ajustada (α=5%). A maioria dos participantes era do sexo masculino (57,7%), com diagnóstico de leucemia (88,5%). A renda familiar de 90,4% era menor que dois salários mínimos brasileiros e 76,9% das mães tinham mais de 8 anos de estudo. Nenhuma das variáveis do modelo múltiplo segundo a percepção das mães sobre a QVRS dos filhos foi significativo. Já no autorrelato da criança/adolescente, a pior QVRS foi encontrada entre os participantes com idade de 9 a 18 anos (OR= 5,7416 IC 95%: 1,157-28,490), filhos de mães com escolaridade de menor de 8 anos de estudo (OR= 6,705 IC 95%: 1,282-35,070) e com linfoma (OR= 16,978 IC 95%: 1,333-216,288).
Conclui-se, que o tipo de câncer, idade da criança e escolaridade da mãe influenciaram negativamente a qualidade de vida relacionada a saúde das crianças/adolescentes.
(Apoio: CNPq N° 130103/2021-7)
PN0693 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Polimorfismos rs2228570 e rs1544410 no gene VDR contribuem para a mucosite oral grave quimioinduzida em pacientes oncopediátricos
Viana-Filho JMC, Coêlho MC, Souza BF, Reis VV, Persuhn DC, Valença AMG, Oliveira NFP
UNIESP CENTRO UNIVERSITÁRIO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foi investigada a relação dos polimorfismos genéticos rs1544410, rs2228570, rs731236 e o perfil de metilação de DNA no gene VDR (receptor de vitamina D) com mucosite oral (MO) quimioinduzida em pacientes oncopediátricos. Realizou-se um estudo transversal com 102 pacientes (5 a 19 anos) do Hospital Napoleão Laureano (João Pessoa-PB), sendo a MO avaliada pelo Oral Assessment Guide modificado. Células epiteliais bucais foram coletadas por bochecho e o DNA extraído. Polimorfismos foram analisados por PCR-RFLP (Polymerase Chain Reaction - Restriction Fragment Length Polymorphism) e a metilação do DNA por MSP (Methylation Specific PCR). Dados demográficos foram coletados em prontuários médico-odontológicos. Análise estatística foi realizada através dos testes Qui-quadrado, exato de Fisher, U de Mann-Whitney e equilíbrio de Hard-Weinberg (p<0,05). Predominou o sexo masculino (57,8%) e a média de idade foi de 10,3 anos (±4,7). A MO atingiu 84,3% dos pacientes, dos quais 53,1% desenvolveram a forma grave da doença (MOG). Houve associação do genótipo CT do polimorfismo rs2228570 com a ocorrência de MOG (OR=1,81; IC=0,58-5,66; p=0,038) e do alelo raro G do polimorfismo rs1544410 com MOG (OR=2,27; IC=1,01-5,11; p=0,040). Não houve diferença no perfil de metilação no gene VDR entre os grupos, sendo o perfil parcialmente metilado encontrado em todos os pacientes.
O genótipo CT e o alelo raro G dos polimorfismos rs2228570 e rs1544410, respectivamente, aumentam a chance de ocorrência de mucosite oral grave quimioinduzida em pacientes oncopediátricos.
(Apoio: CNPq N° 434392/2018-9 | FAPESQ-PB N° 17/2021)
PN0694 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Potencial dentinogênico de membranas fibrilares incorporadas com hidróxido de cálcio para aplicação sobre o tecido pulpar exposto
Pires MLBA, Mota RLM, Mendes-Soares IP, Anselmi C, Fernandes LO, Ribeiro RAO, de-Souza-Costa CA, Hebling J
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo investigou o potencial dentinogênico de membranas fibrilares (MFs) de policaprolactona (PCL) incorporadas com hidróxido de cálcio (HC) sobre células pulpares humanas (HDPCs) visando desenvolver um biomaterial citocompatível e bioativo para aplicação sobre o tecido pulpar vital exposto. Soluções de PCL (10% m/v) foram incorporadas com HC (PCL+HC; 0,5% m/v) ou não (PCL; controle) para confecção de MFs por eletrofiação. Morfologia e incorporação de HC foram analisadas por MEV/EDS. Solubilidade foi avaliada por 6 meses e liberação de cálcio por 140 dias. HDPCs foram semeadas sobre as MFs e avaliadas quanto à viabilidade (alamarBlue e Live/Dead); adesão e espalhamento (F-actina); expressão gênica de marcadores da dentinogênese (RT-qPCR); e formação de matriz mineralizada (Alizarin Red) por até 21 dias. Os dados foram analisados com ANOVA e post-hocs (n=8; α=5%). A incorporação de HC aumentou o diâmetro das fibras e a porcentagem de espaços interfibrilares. As MFs de PCL+HC demonstraram um padrão de degradação mais rápido que o controle, com liberação de cálcio significativa e constante. Aumento da viabilidade, adesão, espalhamento e expressão de ALPL, DSPP e DMP1 por HDPCs foi observada para PCL+HC, que aumentou o potencial de mineralização em até 9× mesmo sem suplementação odontogênica.
Em conclusão, MFs de PCL+HC apresentaram perfil de degradação lento, liberação de cálcio constante, citocompatibilidade e estimularam a dentinogênese por HDPCs, sendo estratégias bioativas promissoras para aplicação sobre o tecido pulpar vital exposto.
(Apoio: FAPs - Fapesp N° 2019/26672-1 | FAPs - Fapesp N° 2019/16473-1)
PN0695 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Conhecimento materno sobre saúde bucal durante a gravidez e o pós-parto
Barbosa MCF, Rocha NB, Gomes HS, Ferreira FM, Oliveira EJP, Oliveira DSB, Fernandes LA, Lima DC
Saúde da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo objetivou investigar o conhecimento materno sobre a saúde bucal de mães e filhos durante a gravidez e após o parto, bem como fatores associados. Trata-se de um estudo realizado com 98 mulheres participantes de um programa público de pré-natal odontológico no Brasil, em duas etapas distintas. Na primeira etapa, as gestantes responderam um questionário sobre à própria saúde bucal e na segunda etapa, após o parto, as mães foram avaliadas quanto à saúde bucal do filho. O examinador atribuiu uma pontuação do conhecimento materno para os dois questionários, considerando as alternativas ideais no contexto da promoção da saúde bucal. A análise estatística incluiu os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (P<0,05) (IBM SPSS versão 26.0). As mulheres apresentavam idade média de 26,27 anos (±6,51), com escolaridade maior ou igual a 8 anos (58,9%) e eram multigestas (58,2%). Observou-se que o maior conhecimento materno foi associado à não acreditar em mitos sobre saúde bucal (P<0,01), considerar importante o tratamento odontológico durante a gestação (P=0,03) e a ausência do hábito de sucção não nutritiva (P<0,01) e mamadeira (P=0,03) no recém-nascido. Por sua vez, o maior conhecimento foi associado ao fato de ter sido orientada sobre saúde bucal durante a gestação (P<0,01) e após o nascimento do bebê (P=0,02).
De forma geral, observou-se que as orientações sobre saúde bucal para mulheres durante a gestação e após o nascimento influenciam em um conhecimento materno mais adequado quanto aos cuidados com a própria saúde bucal e do seu filho.
(Apoio: CAPES)
PN0696 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Efeitos das cirurgias primárias em crianças com fissura labiopalatina operadas de lábio aos 3 e 9 meses de vida: análise aos 5 anos
Peixoto YCTM, Jorge PK, Ambrosio ECP, Carrara CFC, Machado MAAM, Rando GM, Quagliato DR, Oliveira TM
ODONTOPEDIATRIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O propósito foi avaliar os efeitos das cirurgias primárias, realizado pelo reparo de lábio aos 3 e aos 9 meses em crianças com fissura labiopalatina aos 5 anos. 87 modelos dentários digitalizados no arco dentário superior foram avaliados e divididos nos grupos, Grupo 1 (G1): reparo cirúrgico labial aos 3 meses de vida; Grupo 2 (G2): reparo cirúrgico labial aos 9 meses de vida; Grupo (G3): sem fenda orofacial. Foram avaliados cinco parâmetros angulares (CIC', ICM, IC'M', CMM' e C'M'M) e três lineares (C-C', c-c' e M-M'), sendo canino representado pela letra "C", molar pela letra "M" e incisivo pela letra "I". A confiabilidade metodológica foi avaliada pelo Coeficiente de Correlação Interclasse. Análise de Variância seguido pelo teste de Tukey e Kruskall-Wallis seguido pelo teste de Dwass-Steel-Critchlow-Fligner foram aplicados na análise dos dados (α=5%). O parâmetro ICM foi estatisticamente menor em G1 em relação a G3 (p=0.005), enquanto IC'M' foi estatisticamente inferior em G3 (p<0.001). O ângulo C'M'M foi estatisticamente menor em G1 (p<0.001). As distâncias C-C' e c-c' foram significantemente menores em G1 comparado aos outros grupos (p<0.001, em ambas).
Conclui-se, que os participantes que efetuaram a cirurgia reparadora labial aos 3 meses de vida apresentaram uma tendência de haver mais restrições no desenvolvimento palatino.
PN0697 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Experiência de cárie dentária em crianças/adolescentes com Transtorno do Espectro Autista e fatores comportamentais dos pais/cuidadores
Tavares MC, Procopio SW, Carrada CF, Ribeiro RA, Scalioni FAR, Paiva SM
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a experiência de cárie dentária em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e fatores comportamentais dos pais/cuidadores. Participaram deste estudo transversal 60 indivíduos com TEA, com idade de três a 16 anos, atendidas pelo Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente da Prefeitura de Juiz de Fora, Brasil, e seus pais/cuidadores. O exame intrabucal das crianças/adolescentes foi realizado para avaliar a experiência de cárie dentária (CPO-D/ceo-d). Os pais/cuidadores responderam a questionários que versavam sobre informações socioeconômicas, Lócus de Controle Parental na Saúde (LoC) e Senso de Coerência (SoC-13). A análise descritiva mostrou que a média da idade das crianças/adolescentes foi de 6,7 (± 3,4) anos e a maioria era do sexo masculino (88,3%). A prevalência de cárie dentária foi de 46,7%. O CPO-D/ceo-d médio foi de 1,6 ± 2,8, sendo que o componente cariado foi o mais prevalente (72,5%). A maioria dos pais/cuidadores (95,0%) possuíam LoC externo, acreditando que a saúde dos seus filhos é controlada por fatores externos, tais como acaso ou sorte. Mais da metade dos pais/cuidadores (55%) possuíam baixo SoC, mostrando dificuldade em se adaptar a situações estressantes do dia a dia.
Conclui-se que crianças/adolescentes com TEA apresentam necessidade de tratamento concentrada em dentes com lesões cavitadas não tratadas. Os pais/cuidadores acreditam que a saúde dos seus filhos não depende de suas própias atitudes e a maioria dos pais possuem dificuldade em se adaptar a situações estressantes.
(Apoio: FAPEMIG | CAPES)
PN0700 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Associação entre Qualidade de Vida Relacionada a Saúde Bucal e condições orais em adolescentes brasileiros
Baldiotti ALP, Freitas GA, Moreira PR, Scariot R, Martins RC, Paiva SM, Ferreira FM
Saúde Bucal da Criança e Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) avalia o impacto das condições bucais nas atividades diárias e no bem-estar dos indivíduos. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre condições bucais (cárie dentária, dentes perdidos e obturados, traumatismo, maloclusão, bruxismo do sono e vigília, desgaste dentário, língua geográfica, fluorose, HMI e erosão) e o impacto negativo na QVRSB durante a adolescência. Este estudo transversal foi realizado com adolescentes (n=90), de 13 a 18 anos, que frequentavam a clínica da Faculdade de Odontologia da UFMG no ano de 2019. A QVRSB foi avaliada pelo OHIP-14 e as condições bucais por critérios reconhecidos internacionalmente. Os dados foram submetidos à análise estatística com um nível de significância de 5%. Nenhuma variável foi estatisticamente associada frente aos domínios de Limitação Funcional, Incapacidade Física e Incapacidade Social (p<0,05); já o impacto no domínio Dor Física esteve associado com a presença de dentes cariados (p=0,03); e o domínio Desconforto Psicológico apresentou associação com HMI (p=0,005). O domínio de Incapacidade Psicológica se associou a presença de dentes perdidos (p=0,002) e provável bruxismo do sono (p=0,048). Por último, no domínio de Desvantagem Social houve associação com HMI (p=0,041) e erosão (p=0,025).
Conclui-se que existe associação entre condições bucais e impacto negativo na QVRSB de adolescentes brasileiros, sendo que os domínios mais afetados foram Incapacidade Psicológica e Desvantagem social.
(Apoio: CAPES)
PN0701 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Fatores relacionados à pandemia de COVID-19 podem levar ao desmame precoce?
Souza DM, Santos APP, Lenzi MM, Reis MS, França TC, Alexandria A
Odontopediatria UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi identificar fatores relacionados à pandemia de COVID-19 que podem levar ao desmame precoce. Após aprovação no Comitê de Ética (n. 4.095.149), a coleta de dados foi realizada através de questionários on-line respondidos por mães de crianças nascidas em 2020, recrutadas em mídias sociais através da busca por meio de hashtags e da técnica "bola de neve" para ampliar o alcance a respondentes com o perfil desejado. Os questionários foram respondidos antes e após os seis meses de vida da criança, identificando aspectos vividos pela mãe na pandemia, tempo de aleitamento materno exclusivo (AME) e estresse percebido. Realizou-se análise de regressão logística com α≤0,05. Coletaram-se 1.132 respostas, o tempo de AME foi 125,85 dias (σ=74,28). Observou-se que as mulheres que relataram ter medo de amamentar após diagnóstico ou sintomas de COVID-19 apresentaram maior chance (Odds Ratio, OR) de desmamar precocemente (OR:1,74; IC95%:1,31-2,33), assim como as que retornaram ao trabalho de forma presencial durante a pandemia (OR:2,05; IC95%:1,24-3,37). Aquelas que declararam conhecer as recomendações da OMS sobre amamentação e COVID-19 apresentaram menor chance de desmame precoce (OR:0,52; IC95%:0,40-0,68). Entretanto, ao avaliar o estresse materno e o relato de sintomas de COVID-19 no momento da resposta não encontrou-se associação com o desmame precoce (OR:1,01; IC95%:0,99-1,03 e OR:1,45; IC95%:0,99-2,15).
O medo de amamentar com COVID-19 e o retorno ao trabalho presencial estão associados com o desmame.
(Apoio: FAPs - FAPERJ)