03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2830 Resumo encontrados. Mostrando de 931 a 940


PNc0532 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Indivíduos com doenças periodontais apresentam dietas com maior potencial inflamatório do que indivíduos saudáveis
Izadora Cianfa Firmino da Silveira, Marcella Costa Ribeiro, Débora de Souza Ferreira Sávio, Ellen Cristini de Freitas, Mario Taba Jr, Daniela Bazan Palioto, Michel Reis Messora, Flávia Aparecida Chaves Furlaneto
CTBMF e Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O Índice Inflamatório Dietético (IID) é uma ferramenta que avalia o potencial inflamatório da alimentação de cada indivíduo. O objetivo deste estudo transversal foi avaliar o IID de indivíduos com saúde periodontal (SP), gengivite (G) e PE generalizada (estágios III/IV, graus B ou C). 72 pacientes foram alocados nos grupos (n=24) SP, G e PE. Exames periodontais completos foram realizados, e a ingestão alimentar foi registrada pelos pacientes por meio de um registro alimentar de 3 dias. Os dados coletados foram utilizados para o cálculo do IID e estatisticamente analisados (p<0,05). O grupo SP apresentou IID mais baixo do que G (p=0,009) e PE (p=0,002), enquanto não houve diferença entre G e PE (p=0,872). Os valores de IID foram categorizados em dois níveis: baixo e alto. Os pacientes foram classificados conforme essas categorias para aplicação de um modelo de regressão linear, com o objetivo de identificar preditores do percentual de sangramento à sondagem (SS), utilizando o IID baixo como categoria de referência. Apesar da leve violação da normalidade dos resíduos (p = 0,037), o modelo foi mantido pela robustez com amostra > 70. A regressão indicou efeito significativo do nível IID sobre o SS (R² = 0,141, F(1,70) = 11,5, p = 0,001), com o nível IID alto apresentando maiores valores de SS (β = 26,2, p = 0,001).

Dentro dos limites deste estudo, conclui-se que indivíduos com saúde periodontal apresentam dietas com menor potencial inflamatório em comparação àqueles com gengivite ou periodontite, e que dietas com maior potencial inflamatório estão associadas a maior inflamação gengival, sugerindo uma possível influência da alimentação na condição periodontal.

PNc0533 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

O aumento progressivo em alterações metabólicas sistêmicas associa-se à maior gravidade da periodontite
Débora de Souza Ferreira Sávio, Nathália Marensi Milleto, Izadora Cianfa Firmino da Silveira, Ana Carolina Punhagui Hernandes, Heitor Marques Honório, Novaes-junior ab, Michel Reis Messora, Flávia Aparecida Chaves Furlaneto
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal comparou a condição periodontal de indivíduos com Síndrome Metabólica (SM) com a de indivíduos com apenas uma ou duas alterações metabólicas sistêmicas. Foram incluídos 59 participantes com periodontite (PE) generalizada (estágios III/IV, graus B/C), divididos nos grupos SM (com 3 a 5 alterações metabólicas, n=30) e NSM (sem síndrome metabólica, mas com uma ou duas alterações metabólicas, n=29). Realizaram-se exame periodontal completo, avaliação antropométrica, aferição da pressão arterial (PA) e exames laboratoriais (glicemia de jejum, colesterol de lipoproteína de alta densidade e triglicerídeos). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente (p<0,05). O grupo SM apresentou valores maiores de perda de inserção clínica (IC) (p = 0,003) e de retração gengival (p = 0,002) e maior proporção de bolsas profundas (p = 0,001) do que o grupo NSM. Não houve diferença para profundidade de sondagem (p = 0,265) e proporção de bolsas moderadas (p = 0,186) entre os grupos SM e NSM. Na análise de regressão linear, verificou-se que, quanto maior o número de alterações metabólicas, maiores os valores de perda de IC (β = 0,286; p = 0,003; R2 = 0,145).

Dentro das limitações deste estudo, pode-se concluir que a SM está relacionada a pior condição periodontal do que a presença de uma ou duas alterações metabólicas, e que o aumento progressivo no número de alterações metabólicas sistêmicas está associado à maior gravidade de periodontite.

(Apoio: CNPq  N° 409095/2021-4  |  CAPES  N° 88887.758631/2022-00)
PNc0534 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Impacto do laser de baixa potência na dor e cicatrização da área doadora após remoção do enxerto gengival livre: ensaio clínico randomizado
Diego Guimarães Marotta Campos, Patrícia Barcelos Bastos, Bárbara Lopes Freire, Fernando de Oliveira Costa, Luís Otávio de Miranda Cota, Rafael Paschoal Esteves Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este ensaio clínico randomizado cego avaliou o efeito do laser de baixa potência na na área doadora em cirurgias de enxerto gengival livre. A amostra foi composta por 40 indivíduos com indicação de aumento da faixa de mucosa ceratinizada. Os participantes foram alocados aleatoriamente nos grupos teste e controle. No grupo teste, o laser foi aplicado na área doadora imediatamente após o procedimento cirúrgico e novamente após 24, 48 e 72 horas. No grupo controle, foi realizada uma simulação da aplicação do laser. Dados biológicos, sociais e comportamentais foram coletados. A dor foi avaliada por meio de escala visual analógica em 14 tempos até o sétimo dia após o procedimento cirúrgico. A epitelização da ferida palatina, a presença de sangramento e eritema também foram analisados no pós-operatório.

Após o tempo de avaliação de uma hora da cirurgia, o grupo teste apresentou escores significativamente menores de dor para todos os tempos de avaliação. Aos 14 dias, a porcentagem de indivíduos com epitelização completa foi significativamente maior no grupo teste. Não houve diferença quanto a sangramento ou eritema. O laser de baixa potência reduziu significativamente a dor pós-operatória e acelerou a epitelização da ferida cirúrgica palatina.

(Apoio: FAPs - FAPEMIG)
PNc0535 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

AVALIAÇÃO DE MEDIADORES INFLAMATÓRIOS APÓS USO DO PRODUTO NATURAL DESPLAC® NA GENGIVITE
Nathália de Freitas Figueiredo, Givelton Coimbra da Luz Filho, Sabrina França Cardoso, Daniele Ferreira Da Cruz, Eder Gonzaga de Oliveira, Bruno Bueno-Silva, Luciene Cristina de Figueiredo, Tamires Szeremeske de Miranda
Periodontia UNIVERSIDADE GUARULHOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O desenvolvimento e uso de produtos naturais tem crescido demasiadamente. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar níveis de 4 mediadores inflamatórios (IL-1β, IL-6, IL-10 e INF-𝛾) após o uso do produto DESPLAC® (Gel Oral Premium), composto por Aloe Vera, Extrato de Própolis, Chá Verde, Cranberry e Calêndula, no controle da gengivite. Foram selecionados 40 indivíduos com gengivite e, distribuídos em 2 grupos: Teste- DESPLAC® e Controle- Oral B ProGengiva, com recomendação de uso 2x/dia durante escovação dos dentes, manhã e noite. Todos os pacientes receberam controle de biofilme e instrução de higiene. Os exames clínicos e as coletas de fluido gengival foram realizados no início, aos 3 e 6 meses. De acordo com os resultados, ambos os grupos exibiram melhoras no controle da gengivite, evidenciados pela redução de sítios com Índice Gengival e Índice de Placa escore 2 e aumento do escore 0 (Teste ANOVA, p<0,05). Na avaliação imunológica (Imunoensaio Multiplex), INF-𝛾 e IL-6 apresentaram menores médias quando comparado o tempo inicial com os 6 meses, no grupo controle (Mann-Whitney, p<0,05). A IL-1 apresentou menores níveis em 3 meses no grupo teste quando comparado com o grupo controle (Mann-Whitney, p<0,05). A IL-10 correlacionou positivamente com o Índice Sangramento a Sondagem em 3 meses no grupo teste (Correlação de Spearman, p < 0,05).

Em conclusão, o uso do DESPLAC® pode ser considerado uma alternativa eficaz no auxílio à higiene oral e no controle da inflamação gengival.

(Apoio: CAPES)
PNc0536 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Prevalência de acidentes de trabalho com exposição a material biológico no estado da Bahia
Carolyne Brito Lopes, Tânia Adas Saliba, Suzely Adas Saliba Moimaz, Ronald Jefferson Martins
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Acidentes de trabalho que envolvem exposição a material biológico representam uma preocupação significativa na prática odontológica e consistem em um sério risco à saúde ocupacional dos profissionais. O objetivo do estudo foi verificar a prevalência e características dos acidentes envolvendo material biológico entre cirurgiões-dentistas do estado da Bahia, no período de 2019 a 2024. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo de dados secundários presentes nas notificações compulsórias de acidentes com material biológico. Coletaram-se os dados no DATASUS, que foram transcritos em uma planilha Excel e analisados por meio do programa Epi Info 7.2. Observaram-se 623 ocorrências, com predominância do sexo feminino (71,3%) e faixa etária de 20-34 anos (80%). O sangue foi o material biológico mais envolvido (79%), sendo os acidentes mais comuns ocorridos durante procedimentos odontológicos (76%). As agulhas com lúmen foram os agentes causadores mais frequentes (44%). O uso de EPIs foi elevado para luvas (90%) e menor para máscara facial (70,1%) e óculos de proteção (46%). Em relação à imunização, a maioria dos profissionais estava vacinada contra hepatite B (75%), com baixos índices de contaminação. A maior parte dos acidentes ocorreu com clínicos gerais (69%).

Conclui-se que os acidentes envolveram predominantemente exposição ao sangue, por meio de agulhas com lúmen e ocorreram na maioria com o sexo feminino. Entretanto, a prevalência de acidentes foi baixa, visto o número de profissionais inscritos no CRO-BA no período analisado, o que sugere ter havido a subnotificação dos casos.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PNc0537 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Uso e percepção de riscos dos cigarros eletrônicos entre jovens no carnaval do Rio de Janeiro: desafios para a prevenção em saúde pública
Patricia Heras Vinas, Mariana Frias Lobo Marinho, Maria Clara Frias Lobo Marinho, Flavio Veiga do Pilar Cobra, Marcia Frias Pinto Marinho, Rodrigo de Souza Prado, Michelle Agostini, Keith Bullia da Fonseca Simas

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os cigarros eletrônicos (VAPE) surgiram como uma alternativa ao consumo de tabaco, sendo amplamente utilizados, especialmente entre os jovens. Este estudo teve como objetivo analisar o uso de VAPE entre os foliões do Carnaval do Rio de Janeiro e avaliar o nível de conhecimento sobre os riscos associados ao uso desses dispositivos. Realizou-se um estudo observacional durante o Carnaval de 2025, em blocos de rua, onde os foliões foram convidados a escanear um QR Code e responder, no próprio celular, um questionário estruturado via Google Forms, contendo 11 perguntas fechadas validadas.Participaram 151 indivíduos, sendo 49,7% com idades entre 18 e 24 anos, 27,9% entre 25 e 34 e o restante acima de 35 anos. Dentre eles, 36,2% eram usuários ou ex-usuários de VAPE. Os principais motivos para início do uso foram curiosidade (42,6%), atratividade de aromas (29,6%) e influência de amigos (14,8%). A maioria afirmou ter adquirido por meio de amigos ou conhecidos (55,6%), seguido de compra em lojas físicas (20,4%) e online (14,8%). Dentre os participantes, 83,3% reconheceram o VAPE tão prejudicial quanto o cigarro convencional, 14,8% menos prejudicial e 1,9% o julgaram seguro. A influência social (37,2%) e o aroma (37,2%) foram as principais motivações de uso, seguidas pela aparência moderna e facilidade de acesso (ambas com 14,8%).

O estudo revelou alta prevalência de percepção correta dos riscos associados ao VAPE, mas destacou a influência social e o apelo sensorial como fatores de iniciação e manutenção do uso, reforçando a necessidade de estratégias educativas na atenção primária à saúde direcionadas à população jovem, com foco na prevenção do consumo de cigarros eletrônicos e na promoção de ambientes festivos mais seguros.

PNc0538 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Evolução do Mercado de Trabalho Odontológico no Espírito Santo: análise entre 1960 e 2024
Antônio Lopes Junior, Karina Tonini dos Santos
Pós-graduação em Ciências Odontológicas UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi analisar a evolução do mercado de trabalho odontológico no estado do Espírito Santo. Trata-se de uma pesquisa transversal, fundamentada em dados secundários referentes ao período de 1960 e 2024. Foram consideradas variáveis como população residente (IBGE), número de cirurgiões-dentistas (CFO), oferta de serviços odontológicos públicos (DATASUS e CNES), privados (CNES) e dados da saúde suplementar (ANS). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, considerando as frequências absolutas e relativas. Observou-se um crescimento populacional de 823.815 para 3.833.710 habitantes entre 1960 e 2022, acompanhado por um expressivo aumento no número de cirurgiões-dentistas, que passou de 35 para 8.746, resultando na redução da razão profissional/habitante de 1:23.537 para 1:369. A cobertura da Atenção Primária à Saúde ampliou-se de 67,45% em 2010 para 88,7% em 2024, enquanto a cobertura de saúde bucal evoluiu de forma mais lenta, de 59,17% para 63,59%. No setor privado, os serviços especializados não vinculados ao SUS cresceram de 602 para 1.102 entre 2012 e 2024. Simultaneamente, o número de beneficiários de planos odontológicos passou de 228.681 para 860.598, com incremento na taxa de cobertura populacional de 6,4% para 20,9%.

Conclui-se que o mercado de trabalho odontológico no Espírito Santo apresentou expansão significativa no período analisado, com aumento no número de profissionais, na oferta de serviços e na cobertura assistencial.

PNc0539 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Literacia em saúde e saúde bucal de professores de escolas públicas
Gabriela Bampi, Darclé Cardoso, Gabriel Schmitt da Cruz, Igor Santos Araujo, Andreia Morales Cascaes, Ana Lúcia Schaefer Ferreira de Mello
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Literacia em Saúde (LS) é a capacidade de acessar, compreender e utilizar informações sobre saúde. Objetivou-se estimar o grau de literacia em saúde e em saúde bucal (LSB) de professores de escolas públicas, Rio do Sul (SC). Estudo transversal, com 181 professores (35% de resposta) e dois instrumentos validados: Health Literacy Europe Survey (HLS-EU-Q16) e Health Literacy in Dentistry Scale (HeLD-14), com escala variando entre 4 (muito fácil) e 0 (não sei). As análises estatísticas descritivas foram realizadas no software STATA 14.1, calculando-se valores médios e IC 95%. Os professores apresentaram médias elevadas nos graus de LS (2,85-2,98) e LSB (3,48-3,62). Não houve associação estatisticamente significativa com características sociodemográficas. Na LS, destacou-se a compreensão sobre a necessidade de realizar exames de saúde (3,11-3,25), enquanto maior dificuldade foi relatada para encontrar informações sobre gestão de problemas de saúde mental (2,59-2,81). Na LSB, destacou-se a compreensão de informações escritas sobre saúde bucal (3,77-3,9) e maior dificuldade de ter condições financeiras para pagar consultas odontológicas (2,69-3,02).

Apesar das dificuldades de acessar algumas informações em saúde e restrições financeiras para manter sua saúde bucal, os professores reportam boa capacidade de compreensão e uso das informações em saúde e saúde bucal, podendo contribuir para boas práticas de autocuidado que reflitam positivamente, também, no contexto escolar.

PNc0541 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

OFERTA DE PROCEDIMENTOS DE IMPLANTE DENTÁRIO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS): um estudo ecológico de tendências temporais
Yago Warles Silva Pereira, Ana Carolina Ávila de Alcantara, Cristiane Maria da Costa Silva, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Rui Barbosa de Brito Junior, Álex Moreira Herval, Luiz Renato Paranhos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi analisar a evolução da oferta de implantes dentários osseointegrados realizados pelo SUS em municípios brasileiros, entre 2011 e 2023, e a relação com variáveis socioeconômicas em nível municipal. Este é um estudo ecológico de tendências temporais sobre a oferta desses procedimentos, utilizando dados secundários do Departamento de Tecnologia da Informação do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e informações sobre variáveis socioeconômicas coletadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Análise descritiva e regressões lineares generalizadas de Prais-Winstens foram utilizadas para análise de séries temporais. O nível de significância considerado foi de 5%. A região Sul apresentou o maior número de procedimentos, seguida pela região Nordeste, com todas as regiões mostrando tendências estacionárias na oferta de implantes. Municípios com maior Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) tiveram menores taxas de implantes, enquanto aqueles com menor desigualdade entre os municípios apresentaram maiores taxas.

Conclui-se que a Implantodontia no serviço público não demonstra uma expansão consistente em sua oferta, com o aumento da produção de implantes sendo estável ao longo do período analisado, sem variações significativas entre as regiões brasileiras.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  |  FAPs - Fapemig)
PNc0542 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Acesso à consulta odontológica por pessoas idosas acamadas no Brasil
Gabriel Schmitt da Cruz, Elaine Caroline Ferreira, Gabriela Bampi, Luiza Souza Schmidt, Igor Santos Araujo, Eduardo Dickie de Castilhos, Andreia Morales Cascaes, Ana Lúcia Schaefer Ferreira de Mello
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudo transversal com 20.756 idosos ≥60 anos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 investigou fatores associados à realização de consultas odontológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre pessoas idosas, no último ano. Modelos de Poisson ajustados por variáveis sociodemográficas (idade, sexo, raça, renda), acesso à Equipe de Saúde da Família (ESF) e comorbidades mostraram que pessoas idosas acamadas (4,6% da amostra) tiveram maior probabilidade de consultar o dentista pelo SUS (RP=1,56) em comparação às não acamadas. Ter acesso à ESF (RP=1,51), ser preto (RP=1,42) ou pardo (RP=1,24), apresentar hipertensão (RP=1,23), bem como ser do sexo masculino, ter menor renda, menor escolaridade e idade aumentaram a probabilidade de utilização do SUS para consultas odontológicas (p<0,001).

A maior prevalência de consultas odontológicas feitas no SUS por pessoas idosas acamadas, bem como suas características, aponta para equidade no acesso aos serviços públicos odontológicos, considerando as precárias condições de vida, saúde e saúde bucal desse grupo. Iniquidades relacionadas a determinantes sociais reforçam a necessidade de estratégias focalizadas para garantia do cuidado à saúde bucal no SUS.

(Apoio: FAPs - FAPESC  N° 3247/2024  |  CNPq  N° 402673/2023-9)



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