03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2830 Resumo encontrados. Mostrando de 881 a 890


PNc0477 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito da exposição ao leite integral e à sacarose na perda de microdureza superficial do esmalte dentário: estudo in vitro
Daniella Malhães de Souza, Gabriele Carneiro Martins, Ana Paula Pires Dos Santos, Thaíssa do Nascimento Dias, Adilis Alexandria
Odontopediatria UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a porcentagem de perda de microdureza superficial (%PMDs) de amostras de esmalte dentário após imersão em leite integral e solução de sacarose a 10% utilizando um modelo cariogênico microbiológico. Amostras de esmalte (n=20) foram obtidos de incisivos bovinos, selecionados de acordo com a média de microdureza superficial (MDs) inicial (± 10%) e distribuídas aleatoriamente em quatro grupos (n=5): G1 = meio de cultura sem biofilme, G2 = meio de cultura com biofilme (MB), G3 = tratamento com leite integral + MB; G4 = tratamento com leite integral e sacarose a 10% + MB). Os blocos foram distribuídos em placas de poliestireno com 24 poços, esterilizados por luz UV, a formação de biofilme foi induzida com Streptococcus mutans em meio BHI por 48 h. Após esse período, os meios eram trocados diariamente. Para o G3 e G4, os blocos foram submetidos à imersão no leite por 3 min, 4x/dia, adicionalmente, para o G4, os blocos foram imersos por 3 min, 3x/dia, em solução de sacarose a 10%, em horários alternados a imersão do leite, durante 5 dias. Os dados foram submetidos à análise de normalidade, ANOVA e Tukey (p<0,05). Observou-se que todos os grupos foram diferentes do G1 (p<0,05), o G4 apresentou maior %PMDs (43,97 ± 17,28) diferindo estatisticamente dos outros grupos (p<0,05). G2 e G3 não diferiram entre si (p>0,05) com média e desvio padrão de 10,94 (±3,27) e 19,04 (±9,08), respectivamente.

Conclui-se que a imersão em sacarose promoveu maior perda de microdureza superficial do esmalte dentário em comparação à imersão isolada em leite integral.

(Apoio: CAPES  N° DS001)
PNc0479 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Bruxismo do Sono em crianças com obstrução adenoidiana: Análise Polissonográfica
Joaquina Santos Diniz, Carlos Felipe Bonacina, Leticia Maria Santoro Franco Azevedo Soster, Adriana de Oliveira Lira
ODONTOLOGIA PPGO UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O proposto trabalho visa descrever características fisiológicas do sono em uma amostra de pacientes com obstrução adenoideana, incluindo a frequência dos dois tipos de bruxismo do sono (BS). Foi realizado estudo transversal com uma amostra de 10 crianças com idades entre 4 e 8 anos (média 5,7) com obstrução adenoideana. Os pacientes foram avaliados no departamento de Otorrinolaringologia do HC da Faculdade de Medicina da USP e foram submetidos à polissonografia tipo II com polígrafo EMBLA e registro multimodal de eletroencefalograma, eletrooculograma, eletromiograma (região submentoniana e músculo tibial anterior), sensor de posição, sensor de ronco, fluxo aéreo naso-oral e termistor, esforço respiratório torácico e abdominal, saturação arterial de oxigênio (SpO2) e eletrocardiograma. O exame registrou episódios de bruxismo tônico e fásico, além de eventos de microdespertares, apneia, dessaturação, taquicardia, bradicardia, movimento de pernas e ronco. Em toda a amostra, o tempo total de registro variou entre 432 e 484,1 min e o tempo total de sono entre 335 e 443,5 min. Foram registrados 235 episódios de bruxismo tônico e 724 episódios de bruxismo fásicos. Microdespertares foram frequentes (207), com uma média de 6,14 eventos/hora. 10 eventos de apneia foram registrados, sendo a média do IAH (índice de apneia e hipopneia) foi de 2,24 eventos/hora. A média de saturação máxima foi de 97,4% e mínima de 83%. O ronco esteve presente em 80% das crianças.

Conclui-se que crianças com apneia leve do sono apresentam mais eventos de bruxismo fásico do que tônico, sendo que o ronco é um sinal clínico importante a ser observado.

(Apoio: CAPES  |  CAPES)
PNc0480 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação do impacto dos tratamentos odontológicos na qualidade de vida de pacientes com HMI: uso do instrumento MIHIS
Vanessa Silva da Costa, Letícia Yumi Arima, Giovanna Bueno Marinho, Bruna Cordeiro Amarante, Ana Carolina Cheron Gentile, Ana Clara Moronte Dias de Souza, Marcelo Bönecker
Odontopediatria UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI) pode impactar negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças e adolescentes, especialmente pela presença de dor, hipersensibilidade e queixas estéticas. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto do tratamento odontológico na QVRSB de pacientes com HMI. Para isso foi utilizado o instrumento condição-específica Molar Incisor Hypomineralization Impact Scale (MIHIS), desenvolvido e validado para avaliar o impacto da HMI na QVRSB. Participaram deste estudo 35 pacientes, com idades entre 6 e 14 anos, diagnosticados com HMI em diferentes graus de severidade, que buscaram atendimento na Clínica de Defeitos de Esmalte da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Os participantes responderam ao MIHIS antes e após o tratamento clínico. A severidade da HMI foi classificada como leve, moderada ou severa, segundo o índice adaptado de Mathu-Muju e Wright (2006). A diferença entre os escores do MIHIS nos dois momentos foi analisada pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas. Observou-se uma redução estatisticamente significativa no escore do MIHIS (W = 373; p = 0,015), indicando melhora na percepção da QVRSB após o tratamento odontológico. A análise de Kruskal-Wallis indicou que a diferença nos escores do MIHIS entre o início e o término do tratamento não variou de forma significativa entre os níveis de severidade da HMI (χ²(2) = 0,424; p = 0,809; ε² = 0,0125).

Conclui-se que os tratamentos odontológicos realizados contribuíram para a melhora da QVRSB dos pacientes com HMI, independentemente do grau de severidade. O MIHIS mostrou-se sensível para detectar mudanças percebidas pelos pacientes ao longo do tratamento.

(Apoio: CAPES)
PNc0481 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Município zero cárie: uma proposta de Saúde Bucal para população infantil e adolescente
Ana Carolina Alvares Dias Todt, Priscila Fernanda Schiavon Scarafissi Gregorio, Eduarda Cristina de Oliveira Benedito, Hayder Egg Gomes, Sandra Kalil Bussadori, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado
Odontopediatria UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cárie dentária é uma das doenças bucais mais prevalentes na população. Este estudo propôs um protocolo de enfrentamento à cárie adaptado à realidade da atenção básica em municípios de até 5 mil habitantes, com foco em crianças em idade escolar, utilizando os princípios da Odontologia de Mínima Intervenção. A pesquisa foi conduzida em Lucianópolis (SP), município com 2.372 habitantes, que possui estrutura diferenciada, com consultório odontológico dentro da escola, o que fortalece o vínculo entre as crianças e a equipe de saúde, reduz o medo, estimula o cuidado desde cedo e contribui para a formação de adultos mais conscientes. A intervenção utilizada propôs a técnica ART modificada, com remoção químico-mecânica do tecido cariado usando o gel Papacárie DUO®, que permite a remoção seletiva da dentina infectada com curetas, dispensando muitas vezes o uso de instrumentos rotatórios. Foram tratados dois grupos de crianças, com 28 participantes cada, sendo um com Papacárie e o outro o protocolo de remoção mecânica. As cavidades foram restauradas com cimento de ionômero de vidro. Resultados preliminares demostraram que o grupo Papacárie apresentou tempo clínico médio 38% menor em comparação ao grupo convencional (remoção mecânica), além de menor escore de dor pela escala EVA. A taxa de aceitação foi superior no grupo Papacárie (92,8%) em relação ao controle (67,9%). Ambos os grupos apresentaram melhora significativa na qualidade de vida (CPQ 8-10 e 11-14) ao longo do tempo.

A remoção químico-mecânica demonstrou ser uma alternativa eficaz, segura e bem aceita para o atendimento odontológico infantil na atenção básica, especialmente em contextos com recursos limitados, tornando-se um modelo viável e replicável para outros municípios.

PNc0482 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Impacto na Qualidade de vida de crianças com HMI tratadas com Booster/REFIX® e de suas famílias
Priscila Fernanda Schiavon Scarafissi Gregorio, Ana Carolina Alvares Dias Todt, Eduarda Cristina de Oliveira Benedito, Hayder Egg Gomes, Sandra Kalil Bussadori, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A hipomineralização molar-incisivo (HMI), hipomineralização molar decíduo (HMD) e a hipomineralização de outros dentes permanentes (HOPT), são condições que afetam o desenvolvimento do esmalte dentário, comprometendo estética, função mastigatória e causando dor. Estes defeitos do esmalte dentário (HMI) ocorrem na maioria da população infantil e jovem e pode ser considerada um agravo de Saúde Pública. Este estudo tem como objetivo avaliar o impacto clínico do uso do gel dessensibilizante Booster Tecnologia REFIX/Dentalclean® sobre a sensibilidade dentária e na qualidade de vida de escolares diagnosticados com HMI. Trata-se de um estudo clínico randomizado que irá acompanhar 35 sujeitos aleatoriamente selecionados, com idades entre 6 e 16 anos. Os pacientes foram submetidos ao protocolo de aplicação profissional do gel dessensibilizante, sendo 4 aplicações semanais e 5 aplicações mensais num período de 6 meses, associado ao uso caseiro de dentifrício específico que tem na composição a mesma tecnologia. Para a avaliação da qualidade de vida foram utilizados os CPQ8-10, CPQ11-14 e P-CPQ antes, durante e após o tratamento.

Até o momento, foram atendidas 12 crianças diagnosticadas com HMI. Todas apresentaram melhora significativa da sensibilidade dentária após o início do protocolo dessensibilizante com o Booster/Refix®, sendo acompanhadas clinicamente de forma contínua. Os resultados parciais indicam resposta positiva ao tratamento em 100% dos casos, sem relatos de efeitos adversos.

PNc0483 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efetividade do acetaminofeno comparado ao ibuprofeno no controle da dor em pacientes ortodônticos: revisão sistemática e metanálise
Nycole Mariana Neves, Ádelin Olívia Lopes Joly Rodrigues, Giuliana Martina Bordin, Ingrid Gomes Perez Occhi-Alexandre, Juliana Schaia Rocha, Marilisa Carneiro Leão Gabardo, Francielle Topolski
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta revisão sistemática e metanálise foi comparar a efetividade do acetaminofeno e do ibuprofeno no controle da dor em pacientes ortodônticos. Foram incluídos estudos sem restrição de data de publicação e idioma, com uso da estratégia PICO. As bases de dados PubMed, EMBASE, Scopus, BVS/LILACS, Web of Science e Cochrane Library foram consultadas, junto com a literatura cinzenta, até outubro de 2024. A qualidade metodológica foi avaliada com a ferramenta Cochrane Risk of Bias 2. A metanálise foi conduzida no software R. Em casos de heterogeneidade moderada ou alta, realizaram-se análises de subgrupos (protocolo de administração da medicação: antes ou antes/depois) e análise de sensibilidade leave-one-out. Dos 1097 estudos identificados, 13 foram incluídos. A idade dos participantes variou entre 9 e 30 anos, com inclusão de indivíduos de ambos os sexos. A maioria dos estudos era duplo-cego. A movimentação dentária foi induzida por aparelho fixo ou separador. Dois estudos tiveram alto risco de viés e os demais, moderado. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as medicações em repouso nos tempos de 24h e 48h, ou em mastigação nos tempos de 6h, 24h e 48h (p>0,05). A heterogeneidade entre os estudos foi baixa, exceto para o desfecho de dor durante a mastigação em 24h (I²=68,7%; t2=1,24; p=0,02). Nesse desfecho, o subgrupo "antes" apresentou heterogeneidade nula, enquanto o "antes/depois" manteve alta heterogeneidade (I²=84,3%; t2=3,38; p=0,011) e a análise leave-one-out não alterou o efeito combinado, mas indicou um estudo como principal fonte de heterogeneidade.

Concluiu-se que não há diferença entre o acetaminofeno e o ibuprofeno no controle da dor em pacientes submetidos à movimentação dentária ortodôntica.

PNc0485 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Modulação da reabsorção dentária inflamatória na reativação de forças ortodônticas
Rebeka Bahia Rodrigues, Bruno Calsa, Mariana Sarmet Smiderle Mendes, Maria Aparecida Neves Jardini, Camila Lopes Ferreira, Milton Santamaria-Jr
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A movimentação dentária induzida pode desencadear inflamação e reabsorção dentária, agravadas por reativações mecânicas. O estudo avaliou a expressão gênica de marcadores inflamatórios e osteoclásticos no osso alveolar e no primeiro molar de ratos submetidos à movimentação dentária, considerando a reativação do dispositivo e a aplicação de laser de diodo (GaAlAs), de baixa potencia. Ratos Wistar foram divididos em quatro grupos experimentais: grupo controle (GM), grupo com reativação (GR), grupo com laser (GL) e grupo com reativação + laser (GRL). Após 21 dias, o osso alveolar e o primeiro molar movimentado foram dissecados. A expressão gênica de Ctsk, Rankl, Nfkb, Il1b, Il6, Tnfa e Dspp foi avaliada por RT-qPCR. Os dados foram analisados por ANOVA com pós-teste de Tukey (p<0,05). No primeiro molar movimentado, o grupo GRL apresentou redução significativa na expressão de Ctsk, Rankl, Il6 e Tnfa, sugerindo menor atividade osteoclástica e inflamação. O aumento da expressão de Dspp nos grupos GL e GRL sugere um efeito protetor do laser sobre os odontoblastos, favorecendo a integridade dentinária durante a movimentação dentária. Em contraste, o grupo GL demonstrou aumento de Rankl e Il1b no osso alveolar, sugerindo estímulo à remodelação óssea. O grupo GRL também apresentou menor expressão de Tnfa no osso alveolar, reforçando o efeito anti-inflamatório do laser em combinação com a reativação.

Pôde se concluir que o laser modulou a resposta inflamatória e osteoclástica no microambiente da movimentação ortodôntica, especialmente quando associado à reativação. Esses achados indicam um possível efeito protetor do laser de baixa potência contra a reabsorção dentária associada à movimentação ortodôntica.

PNc0486 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Consumo de açúcar, depressão e indicadores periodontais em adolescentes: estudo de base populacional
Alessandra Fialho Nascimento, Lorena Lúcia Costa Ladeira, Lorena Azevedo de Maria, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz, Cláudia Maria Coêlho Alves, Cecilia Claudia Costa Ribeiro
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Comportamentos alimentares e condições psicossociais podem impactar a saúde periodontal de jovens, mas ainda pouco explorados com abordagens analíticas integradas. Este estudo investigou as associações entre fatores comportamentais e psicossociais com desfechos periodontais em adolescentes. Estudo de base populacional, representativo de adolescentes aos 18-19 anos (n=2515), participantes do consórcio de coortes RPS, São Luís. O consumo de açúcares foi obtido pelo Questionário de Frequência Alimentar QFA, contendo 106 itens da dieta, analisado em g/dia (>25g/dia). A depressão foi baseada no diagnóstico dos eventos depressivos maiores (M.I.N.I. Mental). O desfecho foi representado por indicadores periodontais em três modelos distintos: gengivite (ISG>30), periodontite classificada (critério CDC/AAP) e periodontite inicial (variável latente composta por sangramento à sondagem, profundidade ≥4mm e inserção clínica ≥3mm). Os modelos foram ajustados para situação socioeconômica (SES) e índice de placa visível (IPV), e analisados por Modelagem de Equações Estruturais. Todos os modelos apresentaram bom ajuste estatístico (RMSEA<0,05; CFI>0,95), indicando robustez analítica. O consumo de açúcar aumentou o IPV (β=0,055; p=0,010). O IPV, por sua vez, foi via de mediação na associação dos açúcares com os desfechos periodontais: gengivite (β=0,504; p<0,001), periodontite classificada (β=0,440; p=0,020) e periodontite inicial (β=0,092; p<0,001). A depressão esteve associada à gengivite (β=0,053; p=0,050).

Os achados destacam o papel central do açúcar e da saúde mental na saúde periodontal de adolescentes, reforçando a importância de estratégias preventivas interdisciplinares na atenção à saúde bucal de jovens.

(Apoio: DECIT  |  FAPEMA  |  CNPq)
PNc0487 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Impacto do uso de elásticos intermaxilares de Classe II no desenvolvimento de disfunções temporomandibulares
César Henrique Fukuji Fuziy, Gregorio Bonfim Dourado, Renata Rodrigues de Almeida-pedrin, Thais Maria Freire Fernandes, Felicia Miranda, Silvio Augusto Bellini-Pereira, Camila Massaro, Ana Claudia de Castro Ferreira Conti
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Cole UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo clínico prospectivo teve como propósito investigar a associação entre o uso de elásticos intermaxilares de Classe II e o aparecimento de sintomas relacionados às disfunções temporomandibulares (DTM), bem como avaliar fatores biopsicossociais que poderiam influenciar a manifestação desses sintomas. A amostra foi composta por 24 indivíduos (7 do sexo masculino e 17 do feminino), com média etária de 18,37 anos, todos em tratamento ortodôntico com uso de elásticos de Classe II. Para a avaliação, foram utilizados o protocolo DC/TMD, para detecção de sinais e sintomas de DTM, e a Escala Analógica Visual (EAV), para quantificação da intensidade de dor na articulação temporomandibular (ATM), musculatura mastigatória e dentes, em quatro momentos distintos, inicial (T0) e três períodos seguidos (T1, T2 e T3). No tempo T0, foram aplicados questionários com o intuito de analisar estresse, ansiedade, catastrofização, hipervigilância da dor e expectativas em relação ao tratamento ortodôntico. As análises estatísticas incluíram a Correlação de Spearman e a Regressão Múltipla, adotando-se nível de significância de p<0,05. Os achados do DC/TMD indicaram que o uso dos elásticos não desencadeou sintomas de DTM. A dor observada teve, majoritariamente, origem dentária, apresentou intensidade leve e caráter transitório, com auge no primeiro dia e regressão nos momentos subsequentes. Ansiedade e dor dentária foram os únicos preditores significativos para dor na ATM e nos músculos mastigatórios.

Conclui-se que os elásticos intermaxilares de Classe II não induzem sintomas de DTM, embora possam ocasionar desconforto dentário leve e temporário, sendo a ansiedade um fator relevante na modulação da dor percebida.

PNc0488 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Saúde Bucal no contexto da Oncologia Pediátrica: um estudo qualitativo
Hélida Maria Moraes Lima, Thayana Maria Navarro Ribeiro de Lima Martins, Ana Beatriz Rodrigues Moura, Paula Maria Maracajá Bezerra, Eliane Batista de Medeiros Serpa, Talitha Rodrigues Ribeiro Fernandes Pessoa, Ana Maria Gondim Valença, Simone Alves de Sousa
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se compreender a percepção de cuidadores de crianças e adolescentes com câncer sobre a saúde bucal e o atendimento odontológico recebido no hospital de referência em oncologia da Paraíba. Realizou-se um estudo qualitativo, com entrevistas semiestruturadas conduzidas por três pesquisadoras no referido cenário. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática, com coleta de dados até a saturação. Emergiram três categorias: percepções sobre os efeitos do tratamento oncológico na saúde bucal; percepções sobre o atendimento odontológico durante o tratamento; e perspectivas sobre a assistência odontológica oferecida. Participaram 15 responsáveis, a maioria mães (n=14), entre 19 e 50 anos (x̄=34,6; ±7,8); grande parte havia concluído o ensino médio e não residia na cidade do hospital. As crianças tinham entre 2 e 17 anos (x̄=6,7; ±4,8), predominando meninos diagnosticados com leucemia, (x̄=11,5 meses; ±12,8). Uma única criança havia realizado radioterapia, além da quimioterapia. As cuidadoras apresentaram pouco conhecimento prévio sobre os impactos bucais do tratamento, obtendo informações principalmente através da equipe odontológica ou por vivência de complicações, como a mucosite oral (MO). Relataram sentimentos de ansiedade, tristeza e impotência diante do sofrimento dos filhos, especialmente quanto à alimentação. Demonstraram valorizar a assistência odontológica por sua ação preventiva, orientação e acolhimento, mesmo com limitações no acesso, em especial nos finais de semana e nas cidades de origem.

Complicações bucais impactam a rotina dos pacientes e ressaltam a importância do cirurgião-dentista no tratamento oncológico e a necessidade de aprimorar o atendimento.




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