03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2830 Resumo encontrados. Mostrando de 601 a 610


PNa0163 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Complexidade no Atendimento Odontológico às Pessoas com Deficiência na Atenção Primária à Saúde: Estudo qualitativo
Roberto Martins de Oliveira , Vitor Rafael Gomes, Caio Vieira de Barros Arato, Michelli Caroliny de Oliveira, Carolina Dos Santos Furian, Lucas Marques Angelim, Jagne Inácio Dos Reis Marcelino, Luciane Miranda Guerra
Ciências da Saúde e Odontologia Infantil FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Pessoas com deficiência (PcD) representam 24% da população brasileira e enfrentam desafios na saúde bucal devido a barreiras clínicas, sociais e estruturais. A Atenção Primária à Saúde (APS) é responsável por esse atendimento, mas a falta de capacitação profissional e suporte institucional compromete a assistência. Além disso, fatores emocionais impactam a relação entre dentistas e pacientes, gerando insegurança, frustração e alívio ao encaminhar casos complexos. O estudo apresenta duas investigações qualitativas sobre o atendimento odontológico às PcD na APS. O primeiro analisou os significados emocionais atribuídos por 12 cirurgiões-dentistas da Estratégia Saúde da Família (ESF) em um município do sudeste brasileiro. Os resultados indicaram alívio e insegurança no encaminhamento para a atenção secundária, revelando lacunas na formação, além de frustração pela rejeição do paciente, evidenciando limitações estruturais. A segunda investigou a organização dos serviços odontológicos para PcD na APS. A pesquisa identificou desafios como falta de treinamento contínuo, inadequação dos espaços físicos e escassez de materiais, resultando em um atendimento fragmentado.

Os achados reforçam a necessidade de capacitação contínua, melhor infraestrutura e integração entre APS e atenção secundária. O fortalecimento institucional pode promover maior autonomia dos dentistas e um atendimento mais eficiente e humanizado às PcD.

PNa0164 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Tempo para o início do tratamento do câncer de boca e orofaringe no Brasil e regiões: uma análise de série temporal de 2019 a 2023
Débora Rosana Alves Braga Silva Montagnoli, Rodnei Alves Marques, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Renata de Castro Martins
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo ecológico analisou a tendência temporal do tempo para o início do tratamento (TT) do câncer de boca e orofaringe (CBO) no Brasil e nas regiões. Foram utilizados dados secundários do Painel-Oncologia do DATASUS de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. O software R foi utilizado para analisar as séries temporais, por meio dos testes: Box-Ljung, Dickey-Fuller, Mann-Kendall e Kruskal-Wallis que avaliaram autocorrelação temporal, estacionaridade, tendências monotônicas e sazonalidade das séries, respectivamente (p≤0,05). Registros de TT>30 dias foram predominantemente superiores no Brasil e em todas as regiões. No cenário nacional, a série TT<30 dias apresentou autocorrelação temporal (p=0,002) e TT>30 dias mostrou-se estacionária (p<0,001). Ambas as séries não mostraram tendência de crescimento monotônico significativo e presença de sazonalidade (p>0,05). Na região Norte, houve crescimento monotônico para TT>30 dias (p<0,001). Na região Nordeste, a autocorrelação temporal, estacionariedade e tendência monotônica estiveram presentes em ambas as séries (p<0,05). Todavia, TT<30 dias indicou tendência de queda (tau=-0,181) e TT>30 dias apresentou tendência de aumento (tau=0,227). As séries de TT das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste não apresentaram modificações significativas ao longo do tempo (p>0,05).

Registros de tempo para início do tratamento do CBO acima de 30 dias foram maioria no Brasil e em todas as regiões. As regiões Norte e Nordeste apresentaram tendência de crescimento de registros de TT>30 dias do CBO ao longo dos anos.

(Apoio: ICV-UFMG  |  CAPES  N° 88887.653549/2021-00   |  CNPq  N° PIBIC)
PNa0165 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação entre as consequências clínicas da cárie dentária não tratada e a frequência escolar de adolescentes: um estudo transversal
Igor Miguel Lago Cecilio, Alessandra Maria Couto Neves, Marilia Gabriela Silva Marinho, Iana Nogueira Rego, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath, Maria Augusta Bessa Rebelo, Janete Maria Rebelo Vieira, Yan Nogueira Leite de Freitas
FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi investigar a associação entre as consequências clínicas da cárie dentária não tratada e a frequência dos escolares de 12 anos da rede pública de Manaus, Amazonas, por meio de um estudo transversal. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (Parecer n.º 6.866.971). Onze pesquisadores calibrados mensuraram as consequências clínicas da cárie de acordo com os critérios do Pulpar, Fistula, Ulceration, Abscess Index (PUFA/pufa) numa amostra representativa de 789 adolescentes. A frequência escolar foi obtida por meio dos boletins dos participantes. Também foram mensurados os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais, psicossociais e ambientais por meio de questionários validados. Mais da metade da amostra é composta por escolares do sexo feminino (55%), pardos (68%), matriculados em escolas estaduais (62%). A média do PUFA/pufa foi de 0,21 (± 0,58) e a média de horas de aulas perdidas foi de 37,45 (± 34,00). Após ajustes pela Regressão de Poisson, permaneceram associadas à menor frequência escolar: maior PUFA/pufa (RPa = 1,22 IC 95% [1,01-1,41]); menor escolaridade dos pais (RPa = 1,27 IC 95% [1,12-1,44]); pior percepção de saúde geral (RPa = 1,22 IC 95% [1,05-1,41]); baixa autoestima (RPa = 1,18 IC 95% [1,04-1,34]) e estar matriculado em escolas estaduais (RPa = 1,25 IC 95% [1,10-1,41]).

O estudo contribuiu para a compreensão das complexas relações existentes entre a saúde bucal e frequência escolar. Apesar dos achados revelarem uma baixa prevalência das consequências da cárie não tratada, eles apontam determinantes importantes nesse processo e que necessitam de atenção das políticas de saúde e educação.

PNa0166 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Aplicações de inteligência artificial e tecnologias imersivas na educação odontológica: uma revisão sistemática
Gustavo Raime Santos, Bruno Daniel Nader Marcos, Rodrigo Diniz Gomes, Newton Sesma, Emily Vivianne Freitas da Silva, Marcio Katsuyoshi Mukai
Prótese UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A educação em odontologia tem avançado com a incorporação da inteligência artificial (IA) e de tecnologias imersivas, como a realidade virtual e realidade aumentada (RV/RA), para o desenvolvimento de habilidades motoras e diagnósticas. No entanto, há desafios relacionados à padronização metodológica de novas implementações destas tecnologias. Esta revisão tem como objetivo avaliar o impacto da IA e RV/RA na educação odontológica prática e na qualidade do ensino e aprendizado. Foram seguidas as diretrizes PRISMA com registro PROSPERO. As bases de dados consultadas foram Medline PubMed, Scopus, Embase, Web of Science e Lilacs. Foi utilizado o software Rayyan por 3 revisores independentes para responder à pergunta PICO: "Qual é a influência das ferramentas de inteligência artificial e das tecnologias imersivas no desempenho educacional de estudantes de odontologia?". De acordo com critérios de inclusão e exclusão os estudos foram selecionados para a revisão. Foram identificados 7003 artigos, com 1255 duplicados removidos. Foram incluídos 10 trabalhos (κ=0.97) dos quais foram extraídos o número de participantes, características metodológicas, resultados, conclusões e riscos de viéses de acordo com o desenho do estudo (ROBINS-I, ROB.2.0 e ROBVIS).

Aplicações de IA mostraram melhorias nas habilidades de comunicação e diagnóstico, com ganhos quantitativos discretos. Simuladores RV/RA ajudam no desenvolvimento motor e aumentam a confiança dos estudantes, mas sem melhorias significativas na aprendizagem técnica. Essas tecnologias devem ser complementares aos métodos tradicionais, com integração pedagógica cuidadosa e uso estratégico no contexto educacional.

PNa0167 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação Bucal em Pacientes com Raquitismo Hipofosfatêmico Ligado ao Cromossomo X: Uma Série de Casos
Victor Luiz de Castro Santos, Maria Carolina Botelho Pires de Campos, Jaqueline Buzato, Thais Vilalba Paniagua Machado do Nascimento, Debora Cristina Cardozo Bueno, Natanael Henrique Ribeiro Mattos, Camila Paiva Perin, Liliane Roskamp
Odontologia UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH) é uma doença rara, genética e hereditária causada por mutação no gene PHEX (endopeptidase reguladora do fosfato), que leva ao aumento do Fator de Crescimento de Fibroblastos 23, resultando em hipofosfatemia e hiperfosfatúria. Indivíduos com XLH apresentam retardo de crescimento, deformidades esqueléticas, baixa estatura, perda auditiva e alterações odontológicas, como abscessos periapicais espontâneos sem evidência de cárie ou trauma, taurodontia, raízes fusionadas, doença periodontal e atraso na erupção dentária. Este estudo avaliou a condição bucal de 17 pacientes com diagnóstico clínico, laboratorial, de imagem e genético de XLH, com idades de 4 a 61 anos, mediante exames clínicos e radiográficos. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente. Doze (70,59%) relataram abscessos dentários durante a vida, periodontite foi identificada em 10 (76,92%) pacientes. Dois edêntulos totais relataram perda dentária progressiva. Sinais de taurodontia foram observados em cinco (29,45%) pacientes e raízes fusionadas em dois (18,18%). O índice Cariado, Perdido e Obturados (CPOD) médio foi 14, acima da média nacional.

Observou‑se elevada prevalência de alterações odontológicas em indivíduos com XLH, especialmente periodontite e abscessos periapicais espontâneos, o que reforça a necessidade de formulação de diretrizes clínicas específicas e de protocolos preventivos odontológicos. Estes devem contemplar exames periódicos, intervenções precoces e monitoramento radiográfico, além da implementação de estratégias de capacitação e divulgação entre profissionais da odontologia, visando favorecer o diagnóstico precoce e condutas terapêuticas mais adequadas.

PNa0168 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Prescrições odontológicas de risco em crianças e adolescentes no Brasil: um estudo transversal
Widla Emanuella Pereira Barreto Garcez, Fatemah Abdullah, Mary Angela Tavares, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal objetivou descrever medicamentos de risco prescritos por cirurgiões-dentistas a crianças e adolescentes brasileiros, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. Foram utilizados dados secundários extraídos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que monitora a dispensação de medicamentos psicotrópicos e antimicrobianos em farmácias privadas no Brasil. Foram identificados todos os indivíduos de zero a 17 anos que receberam prescrições odontológicas. Em seguida, os medicamentos foram analisados com base na KID's List (Key Potentially Inappropriate Drugs in Pediatrics), elaborada pela Pediatric Pharmacy Association, a fim de reconhecer os de maior risco de reações adversas. A análise descritiva, com cálculo de proporções, foi realizada no SPSS versão 29.0. Das 204.026 prescrições odontológicas registradas no SNGPC para pacientes com idade entre zero e 17 anos, 6.939 (3,4%) envolveram medicamentos considerados de risco, ou seja, a cada 1.000 indivíduos, 34 prescrições foram consideradas de risco. Das prescrições de risco, 62,5% foram para indivíduos do sexo masculino. Dentre as regiões geográficas, Sudeste (55,0%) e Sul (24,0%) concentraram a maioria dessas prescrições, seguidas por Centro-Oeste (9,4%), Nordeste (6,6%) e Norte (5,0%).

Dessa forma, conclui-se que crianças e adolescentes estão expostos a prescrições odontológicas de risco. A maior parte das prescrições que envolveram medicamentos considerados de risco foram feitas para indivíduos do sexo masculino e concentradas na região Sudeste. O estudo reforça a necessidade de maior atenção à prescrição odontológica para esse grupo etário no Brasil.

(Apoio: CNPq  N° 305806/2023-8  |  CAPES  N° 001  |  FAPEMIG  N° APQ-00711-23)
PNa0171 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

CONHECIMENTO EM SAÚDE BUCAL DOS PROFESSORES DE ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE INTERVENÇÃO EDUCACIONAL QUASE- EXPERIMENTAL
Juliane Carla Taufer, Taís Zacaria, Bernardo Antonio Agostini, Fernanda Ruffo Ortiz
ATITUS EDUCAÇÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O conhecimento sobre saúde bucal torna-se essencial para a vida das crianças e professores, especialmente em idades escolares, onde a prevalência de problemas dentários é alta. O objetivo deste estudo foi avaliar se uma intervenção educativa melhora ou não o conhecimento dos professores sobre saúde bucal. A amostra foi obtida através de um censo com professores do ensino fundamental de escolas públicas, de um município do estado do Rio Grande do Sul. Um questionário estruturado online foi elaborado com perguntas relacionadas às seguintes variáveis: dados demográficos; conhecimento sobre cárie dentária e doença periodontal; conhecimento sobre práticas de higiene bucal e odontologia preventiva; além de atitudes em relação à saúde bucal e à educação em saúde bucal. O instrumento foi aplicado em três momentos: antes da intervenção educacional, imediatamente após a intervenção e três meses depois. A intervenção consistiu em uma aula expositiva presencial, abordando temas relacionados à saúde bucal. Ao todo, 83 professores aceitaram participar e responderam ao questionário inicial (pré-teste). Desses, 79 completaram o pós-teste imediato, e 53 responderam aos três questionários. Os resultados indicaram que a intervenção educacional promoveu uma melhora significativa no conhecimento dos professores imediatamente após e também três meses após a intervenção (p < 0,05), especialmente em relação aos temas de cárie dentária, doença periodontal, práticas de higiene bucal e odontologia preventiva.

Assim, o estudo demonstrou que o conhecimento dos professores sobre saúde bucal foi melhorado após a intervenção.

PNa0172 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação da saúde bucal de pacientes da unidade de AVC do hospital São Vicente de Paulo, Mafra
Maria Helena Krindges, Eugênio Esteves Costa, Paula Porto Spada, Julia Helena da Cruz Luiz, Joao Armando Brancher
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Odontologia Hospitalar desempenha um papel fundamental no cuidado integral de pacientes internados, sobretudo em unidades de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O manejo odontológico desses indivíduos exige atenção especializada devido à sua fragilidade clínica durante a internação. Este estudo transversal observacional tem como objetivo avaliar a saúde periodontal de pacientes pós-AVC e investigar sua associação com variáveis sociais, biológicas e comportamentais. A pesquisa será conduzida na Unidade de AVC (U-AVC) do Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra (SC), por meio de exames clínicos odontológicos realizados no leito ou no ambulatório do hospital. Adicionalmente, serão aplicados questionários validados para avaliar a qualidade de vida (WHOQoL-BREF), o impacto da saúde bucal na qualidade de vida (OHIP-14), traço de ansiedade (IDATE-T), e qualidade do sono (SAQ). Considerando um nível de significância de 95%, estima-se uma amostra de 40 pacientes internados na U-AVC. Como grupo controle, serão convidados 89 indivíduos em atendimento nas clínicas odontológicas da Universidade Positivo (Curitiba-PR).

Os resultados poderão subsidiar protocolos clínicos para otimizar o cuidado odontológico hospitalar, reduzindo riscos sistêmicos e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.

PNa0173 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

De miligramas a milhares: escalada de uma década nas prescrições e nos gastos com antibacterianos no SUS em Minas Gerais
Jennifer Reis de Oliveira, Alex Júnio Silva da Cruz, Widla Emanuella Pereira Barreto Garcez, Jacqueline Silva Santos, Maria Auxiliadora Parreiras Martins, Ana Cristina Borges-Oliveira, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisou-se a tendência e os gastos com antibacterianos prescritos por cirurgiões-dentistas e fornecidos pelos serviços públicos de saúde em Minas Gerais, no período de 01/2011 a 12/2021. Trata-se de uma série temporal exploratória, desenvolvida com dados secundários do Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf/SES-MG). Foram incluídas prescrições de antibacterianos sistêmicos provenientes de 53 municípios com registros contínuos no período. As variáveis analisadas incluíram a quantidade dispensada, a apresentação farmacêutica, os valores unitários e totais, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021. Registros com dados incompletos ou inválidos foram excluídos. A análise descritiva foi conduzida no software SPSS v.26. Entre 2011-2021, a quantidade de antibacterianos cresceu 349,4%, enquanto os gastos anuais aumentaram 544,5%, de R$9.856,97 para R$63.523,01. Os maiores aumentos em volume ocorreram entre as penicilinas (+307,6%) e suas combinações com inibidores de beta-lactamase (+811,3%), sendo estas últimas também responsáveis pelo maior incremento nos gastos (+565,9%). Os macrolídeos apresentaram crescimento expressivo tanto em volume (+570,7%) quanto em gastos (+2.211,5%). A mediana dos preços por unidade farmacêutica também variou, com aumento acentuado para apresentações como amoxicilina suspensão oral (der R$1,55 para R$3,33) e benzilpenicilina benzatina (de R$1,40 para R$9,87).

Concluiu-se que que houve um aumento contínuo na dispensação e nos gastos com antibacterianos, sugerindo pressão inflacionária sobre a assistência farmacêutica, ainda que algumas apresentações tenham mantido preços estáveis ou apresentando redução.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  FAPEMIG)
PNa0175 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Conhecimento de cirurgiões-dentistas sobre distúrbios hemostáticos em anticoagulados: análise de 389 profissionais de Minas Gerais
Liana C. Melo Carneiro Costa, Ana Cristina la Guárdia Custodio Pereira, Gilcelia Correia Santos Bernardes, Maria Das Graças Carvalho, Melina de Barros Pinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI, CAMPUS CENTRO OESTE DONA LINDU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Distúrbios hemorrágicos podem decorrer de causas adquiridas ou genéticas e demandam que o cirurgião-dentista (CD) esteja capacitado para seu diagnóstico e manejo. O uso crescente de anticoagulantes e antiagregantes, especialmente entre idosos, aumenta a complexidade dos procedimentos odontológicos e o risco de sangramento. Este estudo avaliou o conhecimento de CDs de Minas Gerais sobre doenças hemorrágicas, exames laboratoriais e anticoagulantes orais de ação direta (DOACs). Foi desenvolvido um questionário eletrônico com 19 questões, validado pelo método e-Delphi, e divulgado no Boletim Eletrônico do CRO-MG a 39.814 CDs. Foram obtidas 389 respostas válidas. Nove questões foram pontuadas (pontuação máxima: 11), classificando os participantes como "fraco" (≤6,5), "regular" (6,6-8,8) ou "bom" (≥8,9). A maioria era do sexo feminino (65,3%), formada após 2001 (55,3%) e atuante na rede particular (70,7%). Embora 87,9% já tenham atendido pacientes anticoagulados, 94,0% relataram conhecimento insuficiente sobre DOACs, 91,2% sobre antiagregantes e 55,3% desconheciam a RNI. Quanto ao escore geral, 80,4% apresentaram conhecimento fraco, 15,2% regular e apenas 4,4% bom.

Os achados evidenciam deficiências significativas na formação dos CDs quanto ao manejo de pacientes com risco hemorrágico, reforçando a necessidade de estratégias contínuas de capacitação.

(Apoio: CAPES  N° 1  |  CAPES  N° 1  |  CNPq  N° 2  |  FAPEMIG  N° 3)



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