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 2700 Resumo encontrados. Mostrando de 2651 a 2660


PMI008 - Prêmio DMG Odontologia Minimamente Invasiva
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Remineralização dentinária utilizando compósitos experimentais contendo partículas de ortofosfato de cálcio
Amanda Lopes Campos, Marina Damasceno e Souza Chiari, Gabriela de Souza Balbinot, Fabricio Mezzomo Collares, Roberto Ruggiero Braga
Biomateriais e Biologia Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do conteúdo de partículas de fosfato dicálcico di-hidratado (DCPD, CaHPO4.2H2O) em compósitos experimentais sobre a remineralização dentinária. Quatro compósitos experimentais foram formulados contendo 1 BisGMA: 1 TEGDMA (em mols) e um total de 50 vol% de partículas de DCPD e vidro de bário nas proporções 50/0, 40/10, 30/ 20 e 0/50 (em volume). Blocos de dentina (3 mm de espessura, n=8-10) foram imersos em tampão acetato (pH 5,0, 66h) para criar lesões artificiais com 140 µm de profundidade. Depois de restauradas, as amostras foram imersas em fluido corporal simulado por 8 semanas. As amostras foram seccionadas e analisadas por nanoindentação para determinação do módulo de elasticidade (ME) da dentina ao longo da lesão (DUH-211S, Shimadzu, Japão) e por MicroCT (SMX90CT - Shimadzu), onde foi determinada a porcentagem do volume dentinário em relação ao volume total da região de interesse. A liberação de Ca2+ foi determinada durante 8 semanas usando ICP-OES (n=3). Os dados foram analisados por ANOVA/Tukey (liberação e ME) e Kruskal-Wallis (MicroCT, alfa: 0,05). O ME da dentina em contato com compósitos com DCPD aumentou significativamente em comparação à lesão inicial (p<0,001), porém sem diferenças significantes entre estes grupos. A análise por MicroCT confirmou os resultados da nanoindentação. No entanto, o controle negativo foi estatisticamente semelhante tanto aos grupos com DCPD quanto à lesão inicial (p<0,05). A liberação acumulada de Ca2+ (em ppm, p<0,001) foi 42,4±0,5A (50% DCPD), 29,4±0,6B (40% DCPD) e 16,0±0,5C (30% DCPD).

É possível concluir que a remineralização dentinária não foi proporcional à fração de DCPD no compósito.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2021/09657-9  |  FAPs - FAPESP  N° 2019/04737-4)
PMI009 - Prêmio DMG Odontologia Minimamente Invasiva
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Efeitos da fotobiomodulação na sensibilidade pós-operatória e neoformação dentinária em cáries profundas: estudo clínico randomizado
Thais de Mendonça Petta, Adan Lucas Pantoja de Santana, Ana Karoline Oliveira Nunes, Giovana Monteiro Teles, Rayka Nohara Furtado Gomes da Silva, Helder Henrique Costa Pinheiro, Roberta Souza D'Almeida Couto
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo avaliou a sensibilidade pós-operatória (SPO) e a neoformação dentinária (ND) em restauração de cavidades profundas, associada à terapia de fotobiomodulação (FBM). Avaliou-se 36 dentes permanentes, pacientes de 8 a 15 anos, randomizados em 3 grupos: Controle (TMI) - remoção seletiva de cárie aplicação de laser (placebo); Laser infravermelho (IV) - remoção seletiva de cárie associada à aplicação de laser IV (10J); Laser vermelho (VE) - remoção seletiva de cárie associada à aplicação de laser VE (1J). SPO avaliada antes do procedimento (T0), após 14 dias (T14d) e 1 mês (T1m). A análise de ND foi feita por tomografia computadorizada de feixe cônico (TC) com amostra de 6 dentes realizada em T0 e seis meses após restauração (T6m) utilizando o software on demand. Foram realizadas medidas de comprimento de dentina remanescente (CDR) em milímetros (mm) no corte coronal (CO), regiões: vestibular (V), central (C) e lingual (L) e no corte sagital (SA), regiões: mesial (M), central (C) e distal (D); análise de área em mm2; além da análise da densidade mineral da dentina (DM). A SPO apresentou redução ao longo do tempo para todos os tratamentos com e sem laser. A ND foi observada em todos os cortes e tratamentos com e sem laser, exceto no corte sagital na região mesial do TMI e TMI-IV em que se notou ligeira perda dentinária. No corte coronal o CDR variou 0,14 a 1,64 mm e a área 1118 a 7304 mm2. No corte sagital o CDR variou 0,15 a 1,48 mm e a área 620 a 7928 mm2.

TMI-IV foi o grupo que apresentou maiores ganhos tanto em CDR como em área. Observou-se aumento da DM em todos os grupos com o laser em T6m. O tratamento de mínima intervenção (TMI) em cavidades profundas reduziu a SPO, havendo ND em todos os grupos, em especial em associação com laser IV. A DM foi favorecida com o uso do laser.

PMI010 - Prêmio DMG Odontologia Minimamente Invasiva
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Efeitos da associação de infiltrante resinoso e clareamento caseiro na penetração de peróxido de hidrogênio e eficácia clareadora
Mariah Ignez Maluf Lenhani, Taynara de Souza Carneiro, Bruno Baracco, Michael Willian Favoreto, Michel Wendlinger, Gabrielle Gomes Centenaro, Laura Ceballos, Alessandro D. Loguercio
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo in vitro teve como objetivo quantificar a penetração de peróxido de hidrogênio (PH) dentro da câmara pulpar e mudança de cor em dentes humanos submetidos ao clareamento dental caseiro, com ou sem a aplicação de infiltrante resinoso (IR). Foram selecionados 60 pré-molares hígidos e extraídos, que foram primeiramente distribuídos em hígidos (30) e erosionados (30). O protocolo de indução da mancha branca foi realizado a partir de um modelo de ciclagem de pH que durou 14 dias, envolvendo exposição a um gel contendo ácido láctico e CaPO4 ajustado para pH 4,5. Após cada etapa de desmineralização, as amostras foram enxaguadas e imersas em solução remineralizante. Na sequência, os dentes de cada grupo foram novamente divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=20): apenas clareamento com peróxido de carbamida (PC) 16%; IR (1 vez condicionamento ácido) seguido do clareamento com PC e; IR (3 vezes condicionamento ácido) seguido do clareamento com PC. A concentração (µg/ mL) de PH no interior da câmara pulpar foi avaliada por espectrofotometria UV-Vis e a mudança de cor através de espectrofotômetro digital. A concentração de PH e mudança de cor foram analisadas através de análise de variância (ANOVA) dois fatores (α = 0,05). Os dados de cor inicial (WID) foram semelhantes entre os grupos (p = 0,78). Quando (ΔEab) ou (ΔE00) foram avaliados, não houve diferença significativa (p = 0,98 e p = 0,94, respectivamente). Contudo quando o (ΔWID) foi avaliado, a interação entre os fatores foi significante (p = 0,009). O procedimento de erosão diminuiu significativamente o WID.

A aplicação do IR, independente do tempo de condicionamento não interferiu no WID em dentes hígidos, contudo produziu um aumento do WID quando comparado com o dente apenas erosionado.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 304817/2021-0   |  CNPq  N° 308286/2019-7)
PMI012 - Prêmio DMG Odontologia Minimamente Invasiva
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Efeito da aplicação tópica de fosfopeptídeo de caseína-fosfato de cálcio amorfo após microabrasão associada ao clareamento de consultório
Isabela Souza Vardasca, Michael Willian Favoreto, Leticia Caroline Condolo, Rafael Rodrigues Lima, Alessandra Reis, Carlos Francci, Alessandro D. Loguercio
Biomateriais UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo investigou in vitro o efeito da aplicação tópica de fosfopeptídeo de caseína-fosfato de cálcio amorfo (CCP-ACP) após microabrasão do esmalte associado ao clareamento em consultório imediatamente após na penetração de peróxido de hidrogênio (PH) na câmara pulpar, na eficácia clareadora e na morfologia superficial. Quarenta pré-molares saudáveis foram randomizados em quatro grupos (n=10): sem tratamento (CONT); apenas clareamento em consultório (CC); microabrasão do esmalte associada ao clareamento em consultório (ME+CC); microabrasão do esmalte com a aplicação tópica de CCP-ACP após associado ao clareamento em consultório (ME+CCP-ACP+CC). A concentração de PH na câmara pulpar foi determinada após os tratamentos por espectrofotometria UV-Vis. A eficácia clareadora foi avaliada com um espectrofotômetro digital, enquanto a morfologia superficial foi analisada por microscopia eletrônica de varredura. Os dados foram analisados por ANOVA, testes de Tukey e Dunnet (α=0,05). O grupo que recebeu ME+CC apresentou maior penetração de PH na câmara pulpar em comparação aos demais grupos (p < 0,05). Não foram observadas diferenças significativas na penetração de PH na câmara pulpar entre o grupo ME+CCP-ACP+CC e o grupo CC (p > 0,05). Todos os grupos experimentais demonstraram mudança de cor (p > 0,05), exceto o grupo CONT (p < 0,05). Os grupos que foram submetidos a microabrasão do esmalte apresentaram ranhuras na superfície do esmalte, no entanto, o grupo ME+CCP-ACP+CC, apresentou deposição de material na superfície.

A combinação de microabrasão do esmalte e clareamento em consultório pode aumentar a penetração de PH na câmara pulpar, uma alternativa para reduzir a penetração de PH é utilizar CCP-ACP após a microabrasão.

LHC001 - Prêmio LAOHA-Colgate de Apoio à Pesquisa Clínica
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 14h30 - Sala: Área dos Painéis

Coadministração oral de ibuprofeno-arginina e dexametasona em cirurgia de terceiros molares inferiores: ensaio clínico randomizado
Edson Luiz Cetira Filho, Isabelle de Fátima Vieira Camelo Maia, Deysi Viviana Wong , Roberto César Pereira Lima Júnior , Ravy Jucá Farias, Mayara Alves Dos Anjos, Paulo Goberlânio de Barros Silva, Fábio Wildson Gurgel Costa
Clínica Odontológica CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou comparar diferentes estratégias de analgesia preemptiva e preventiva envolvendo a coadministração oral de ibuprofeno-arginina (770mg)-Ib-Ar e dexametasona (8mg)-DX, e seus respectivos placebos (P-Ib-Ar e P-DX), sobre parâmetros inflamatórios e desfechos centrados no paciente após remoção de terceiros molares inferiores. Ensaio clínico randomizado, triplo-cego e controlado foi conduzido com 48 voluntários (96 extrações). Eles foram alocados dependendo do uso de Ib-Ar ou DX, 1 hora antes da cirurgia ou pós-operatório imediato, discriminando os grupos: G1 (Ib-Ar + DX), G2 (Ib-Ar + P-DX), G3 (P- Ib-Ar + DX) e G4 (P-Ib-Ar + P-DX). Os picos de dor ocorreram após 2 horas (grupo P-Ib-Ar) (p=0,003), enquanto os demais grupos apresentaram pico de dor após 4 horas (p<0,05). A amplitude inicial de abertura bucal não diferiu entre os grupos (p<0,001). Grupos tratados com P-Ib-Ar e grupo P-DX apresentaram medidas faciais significativamente reduzidas (p<0,001). Em relação aos parâmetros laboratoriais: níveis de mieloperoxidase e malondialdeído, o grupo Ib-Ar + DX (p<0,001) foi o único que apresentou redução significativa.

A utilização de estratégias de analgesia preemptiva e preventiva envolvendo a coadministração oral de Ib-Ar e DX (G1) mostrou que o uso combinado retardou o pico da dor, sem diferença no edema e trismo. O benefício da coadministração de ambas as estratégias foi superior ao uso isolado dos medicamentos.

(Apoio: CNPq  N° 406840/2022-9  |  CNPq  N° 315479/2021-3)
LHC002 - Prêmio LAOHA-Colgate de Apoio à Pesquisa Clínica
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 14h30 - Sala: Área dos Painéis

Dor pós-operatória após tratamento endodôntico utilizando hipoclorito de sódio 8,25% versus 2,5%: Ensaio clínico randomizado duplo-cego
Filipe Colombo Vitali, Pablo Silveira Santos, Gabriel Mafra, Lucas da Fonseca Roberti Garcia, Cleonice da Silveira Teixeira
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi comparar a dor pós-operatória após tratamento endodôntico utilizando hipoclorito de sódio (NaOCl) 8,25% versus 2,5%. Adicionalmente, verificar o efeito que diferentes variáveis relacionadas aos pacientes podem exercer na dor pós-operatória. Previamente ao tratamento, os participantes (n=154) responderam a um questionário, a fim de mensurar preditores de dor pós-operatória, tais como nível de ansiedade e medo odontológico, senso de coerência (SOC), experiências negativas prévias e endodontia prévia. Para o tratamento, os participantes foram randomizados em dois grupos, de acordo com o irrigante utilizado: NaOCl 8,25% ou 2,5%. A dor pós-operatória foi avaliada por meio da Escala de Estimativa Numérica, num período de 3 horas a 30 dias. Os escores gerais de dor foram comparados por modelos de regressão binominal negativa (α=.05). O efeito das variáveis relacionadas aos pacientes foi avaliado por meio de equações estruturais. O uso de NaOCl 8,25% aumentou em 3,48 vezes os escores de dor pós-operatória ao longo dos tempos avaliados (IRR 3,48; IC95%1,57-7,67). Ainda, a incidência de dor foi maior no grupo tratado com NaOCl 8,25% durante o período de 12 horas a 3 dias, com escores nesses tempos sendo de 2,21 (IRR 2,21; IC95%1,35-3,62) a 10,74 (IRR 10,74; IC95%3,74-30,87) vezes maiores. O modelo de equações estruturais revelou que a ansiedade (p<.01) e o medo (p=.02) exerceram efeito direto na dor pós-operatória. O SOC (p=.01) e as experiências negativas prévias (p=.04) exerceram efeito indireto.

O uso de NaOCl 8,25%, em comparação ao 2,5%, resultou em maior dor pós-operatória. As medidas de dor foram influenciadas diretamente pelo nível de ansiedade e medo dos pacientes, e indiretamente pelo SOC e experiências negativas prévias.

LHC003 - Prêmio LAOHA-Colgate de Apoio à Pesquisa Clínica
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 14h30 - Sala: Área dos Painéis

Desempenho do tratamento endodôntico não-instrumental com a pasta CTZ em molares decíduos: Um ensaio clínico randomizado multicêntrico
Pablo Silveira Santos, Natalia Matsuda de Oliveira, Tatiane Ramos Dos Santos Jordão, Filipe Colombo Vitali, Tatiana Kelly da Silva Fidalgo, Carla Miranda Santana, Fausto Medeiros Mendes, Mariane Cardoso
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente estudo foi comparar o desempenho clínico e radiográfico do tratamento endodôntico não-instrumental em molares decíduos, utilizando a pasta CTZ, ao procedimento convencional de pulpectomia, com instrumentação manual dos canais radiculares e utilizando óxido de zinco e eugenol (OZE) como material obturador. Realizou-se um ensaio clínico, randomizado, de não-inferioridade e multicêntrico. O estudo foi realizado em três universidades coparticipantes: Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Inicialmente, 179 crianças, de 3 a 9 anos, foram alocadas a um dos grupos experimentais: GCTZ ou GOZE. O tempo clínico para a realização dos procedimentos foi mensurado em minutos. Ademais, avaliações clínicas e radiográficas foram realizadas após 6 e 12 meses, a fim de determinar o desempenho dos tratamentos. As taxas de sucesso foram comparadas entre os grupos utilizando o método de Miettinen e Nurminen, considerando um limite de não-inferioridade de 15%. O tempo clínico foi comparado entre os grupos utilizando o teste t de Student. Após 12 meses de acompanhamento, 159 pacientes foram reavaliados (80 do GOZE e 79 do GCTZ). As taxas de sucesso foram 68,35% no GCTZ e 66,25% no GOZE, resultando em uma diferença de -2,1% (90%CL: -14,29% a 10,15%; P=0,01). Consequentemente, o GCTZ apresentou taxa de sucesso não-inferior ao GOZE. O tempo clínico do GCTZ (36.8 ± 9.88 minutos) foi inferior ao GOZE (64.7 ± 16.2 minutos) [P<0,01].

Em conclusão, a técnica de tratamento endodôntico não-instrumental, utilizando a pasta CTZ, possui desempenho não-inferior à técnica convencional de pulpectomia após 12 meses de acompanhamento.

(Apoio: FAPESC  N° 2021TR329  |  FAPESP  N° 420458/2018-2  |  UNIEDU  N° 001)
LHC004 - Prêmio LAOHA-Colgate de Apoio à Pesquisa Clínica
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 14h30 - Sala: Área dos Painéis

Influência das técnicas de preparo sobre a saúde periodontal de dentes restaurados com laminados cerâmicos: estudo clínico randomizado
Vivian Espirito Santo Massi Paschoalino, Eliseu Aldrighi Münchow, Bruno Juste Paschoalino, Enda Maria de Paula Andrade, Amanda Andrade Pitman, Beatriz de Pedro Netto, Thais Venturini de Oliveira, Laísa Araujo Cortines Laxe
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta pesquisa foi comparar a perda de inserção periodontal em dentes restaurados com laminados cerâmicos a partir de diferentes técnicas de preparo, com término cervical em chanferete (controle - GC) ou em lâmina de faca (GE), através de um estudo randomizado controlado de boca dividida, duplo-cego. A partir do cálculo amostral, 10 pacientes saudáveis com indicações para laminados cerâmicos anteriores superiores foram incluídos ao estudo, totalizando 60 dentes (6 dentes/paciente) divididos aleatoriamente, de acordo com cada grupo GC (n=30) e GE (n=30), pelo método da boca dividida. Seguiu-se as diretrizes do CONSORT 2010. A variável primária, profundidade de sondagem (PS), e as variáveis secundárias, índices de depósito de placa (IDP) e de sangramento sulcular (ISS), foram verificadas nos seguintes períodos: baseline, após 30 dias, 3 e 6 meses, a partir da cimentação adesiva padronizada das restaurações em dissilicato de lítio. Os dados foram submetidos à ANOVA, teste Tukey post-hoc e teste de Fisher, considerando-se 5% de probabilidade de erro (alfa=0,05). Após 3 e 6 meses, o GE exibiu PS maior que o GC (p<0,001). Esta diferença não foi observada ao baseline (p=0,317) nem após 30 dias (p=0,561). Houve aumento de placa visível à sondagem (IDP-1) de 10% para 46,7% no GC e de 20% para 60% no GE, após 6 meses. Houve aumento de 7% do ISS para o GC e de 23% para o GE após 6 meses. Entretanto, não existiu associação significativa de IDP (p=0,894) nem de ISS (p=0,238) com as diferentes técnicas de preparo testadas.

Portanto, a definição do término cervical em chanferete permitiu menor perda de inserção periodontal após 6 meses de acompanhamento quando comparado ao término em lâmina de faca.

LHC005 - Prêmio LAOHA-Colgate de Apoio à Pesquisa Clínica
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 14h30 - Sala: Área dos Painéis

Resina composta pré-aquecida apresenta melhor desempenho clínico em lesões cervicais não cariosas? Ensaio clínico randomizado
Michael Willian Favoreto, Taynara de Souza Carneiro, Romina Ñaupari-Villasante, Michel Wendlinger, Kaliane Rodrigues da Cruz, Thalita de Paris Matos, Alessandro D. Loguercio, Alessandra Reis
Odontologia UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este ensaio clínico randomizado de equivalência, duplo-cego e boca dividida, com acompanhamento de 30 meses, comparou a equivalência da taxa de retenção e fratura de uma resina composta pré-aquecida (PA) em comparação com uma resina composta não aquecida (NA) em lesões cervicais não cariosa (LCNC). Foram realizadas 120 restaurações em LCNC em 60 participantes, sendo randomizadas: ou utilizando PA ou utilizando NA. A estratégia adesiva utilizada foi adesivo universal com condicionamento seletivo do esmalte. No grupo PA, o aquecimento foi realizado a 68°C utilizando um aquecedor de bancada, enquanto, no grupo NA não foi realizado aquecimento. Ambos os materiais são apresentados em cápsulas e foram inseridos na cavidade utilizando uma pistola. As restaurações foram avaliadas no início, 6, 12, 18, 24 e após 30 meses utilizando os critérios da World Dental Federation (FDI). O estudo utilizou teste TOST-P para avaliar a equivalência dos grupos, análise de Kaplan-Meier para taxa de retenção e fratura, teste log-rank para distribuições de sobrevivência de desfechos secundários, todos com significância nível de 5%. Após 30 meses foram avaliadas 108 restaurações. Sete restaurações foram perdidas (duas para o grupo PA e cinco para o grupo NA), as taxas de retenção (intervalo de confiança [IC] de 95%) foram de 96% (81-99) para o grupo PA e 90% (81-96) para o grupo NA, equivalentes e sem diferenças estatísticas entre eles (p > 0,05). O risco absoluto (IC 95%) foi de 0,52 (0,27 a 1,01), sem diferença significativa entre os grupos (p > 0,05). Todos os outros parâmetros da FDI avaliados as restaurações foram consideradas clinicamente aceitáveis.

Independente do aquecimento as resinas compostas apresentaram equivalência e altas taxas de retenção após 30 meses.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 304817/2021-0  |  CNPq  N° 308286/2019-7)
LHC006 - Prêmio LAOHA-Colgate de Apoio à Pesquisa Clínica
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 14h30 - Sala: Área dos Painéis

Descendentes de pais com periodontite apresentam maior permeabilidade oral e intestinal: uma análise multi-ômica
Hélvis Enri de Sousa Paz, Mabelle de Freitas Monteiro, Camila Schmidt Stolf, Leticia Sandoli Arroteia, Enilson Antonio Sallum, Nagihan Bostanci, Renato Corrêa Viana Casarin
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Filhos de pais com afetados por periodontite severa já apresentam alterações microbianas orais. Porém, ainda não se conhece a relação entre perfil proteômico do hospedeiro e taxômico-funcional microbiano, nem seu impacto no ambiente intestinal. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a relação parental do eixo oral-sistêmico através de análises multi-ômicas e marcadores de permeabilidade intestinal. Saliva, biofilme, fluido crevicular gengival (FCG), fezes e urina, além de dados clínicos periodontais foram coletados de 80 pacientes, correspondendo a quatro grupos (Pais Perio, Pais Controle, Filhos Perio, Filhos Controle; n=20/grupo). Foi realizado análise proteômica e metaproteômica do FCG, análise de microbioma da saliva, biofilme e fezes, bem como quantificação de marcadores na urina (claudina-2,-3,-4 e haptoglobina), lactoferrina salivar e calprotectina salivar e fecal. Todas as análises estatísticas consideraram p<0.05. A análise diferencial mostrou que o grupo Filhos Perio, mesmo sem exibir perda de inserção clínica, seguiram o padrão parental oral, apresentando maior colonização por periodontopatógenos, maior expressão dos genes de virulências FimA e elongation fator G, regulação positiva de vias inflamatórias, negativa de vias relacionadas a barreira epitelial e menores níveis de lactoferrina. A microbiota fecal revelou diferenças significativas na β-diversidade em relação aos grupos controle, com similaridade parental significativa, maior abundância de Prevotella copri e maior expressão de claudina-2.

A aquisição precoce de periodontopatógenos está relacionada a alterações moleculares orais subclínicas e modulação da microbiota intestinal, aumentando tanto a permeabilidade oral quanto sistêmica

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CAPES  N° 8887.717561/2022-00  |  FAPs - FAPESP  N° 2019/09740-3)