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 2700 Resumo encontrados. Mostrando de 2511 a 2520


RS026 - Painel Revisão Sistemática
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Prevalência de soroconversão para o HIV entre profissionais de saúde com exposição ocupacional: uma revisão sistemática
Ana Carolina Marques Medeiros, Lívia Guimarães Zina, Suellen da Rocha Mendes, Brune de Sousa Faria Costa, Cristiane Aparecida Menezes De pádua, Rafaela da Silveira Pinto, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática para avaliar a prevalência de soroconversão do HIV entre profissionais de saúde expostos acidentalmente a material biológico de risco. Trata-se de uma abordagem descritiva. Foi adotado o acrônimo CoCoP para estrutura da pergunta de pesquisa, conforme proposto pelo Instituto Joanna Briggs [PROSPERO CRD42023406192]. Foi realizada uma busca sem restrição de idioma/data nas bases MEDLINE, Embase, Scopus, Web of Science, Cochrane Library e LILACS, além da literatura cinzenta. Duas revisoras classificaram por títulos/resumos e, em seguida, por textos completos, de forma independente. As discordâncias foram resolvidas com o apoio de dois revisores gold-standards. Foram extraídos dados sobre características dos grupos avaliados e medidas de prevalência. Foram recuperados 1056 artigos, sendo selecionados 67 artigos. Na síntese descritiva, a maioria dos estudos está na língua inglesa (n=57, 85,1%); sendo 26 (38,8%) coortes prospectivas e 36 (53,7%) retrospectivas; a maioria foi desenvolvida no eixo Ásia-Pacífico (n=29, 43,3%); a idade dos acidentados variou de 17 a 67 anos; as mulheres foram o sexo mais exposto (n=66, 98,5%), 44 (65,7%) artigos citam a indicação da Profilaxia Pós-Exposição (PPE); o total de profissionais com exposição ocupacional variou de 13 a 2947 acidentados; a taxa de soroconversão para exposições percutâneas variou de 0,002 a 0,005%; já a taxa de soroconversão para acidentes mucocutâneos foi de 0,006%.

Apesar da baixa taxa de soroconversão encontrada nos estudos, a soroconversão para o HIV é ainda um dos desfechos mais temidos da exposição ocupacional e requer estudos e medidas específicas de profilaxia para se reduzir o risco de infecção.

(Apoio: CNPq  N° 402260/2023-6  |  CNPq/INCT Saúde Oral e Odontologia  N° 406840/2022-9  |  FAPEMIG  N° APQ-00711-23)
RS027 - Painel Revisão Sistemática
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Polimorfismos genéticos modulam a qualidade de vida relacionada à saúde bucal em pacientes com alterações orofaciais? Revisão sistemática
Thuanny Castilho, Graciane Ester Rosa de Queiroz Gomes, Ludmila da Silva Guimarães, Juliana Miranda Bonelli, Lívia Azeredo Alves Antunes, Leonardo dos Santos Antunes
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAMINAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudos revelaram que vias biológicas comuns, genes candidatos e marcadores moleculares podem estar associados a domínios de qualidade de vida. Neste enfoque, estudos já foram desenvolvidos com o objetivo de avaliar se polimorfismos genéticos podem modular a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em pacientes com doenças bucais. Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar evidências de estudos publicados para resumir as evidências de associação entre polimorfismo genético e QVRSB em pacientes com alterações orofaciais. Uma busca abrangente foi realizada em 10 de outubro de 2023, em cinco bases de dados (Medline via PubMed, Web of Science, Scopus, Embase e Lilacs - Biblioteca Virtual em Saúde). Foi realizada busca adicional na literatura cinzenta por meio do Google Acadêmico e em repositórios de teses e dissertações via Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e ProQuest. Os critérios de inclusão foram baseados no acrônimo PECO. Feito isso, dois revisores extraíram os dados de forma independente, avaliaram o risco de viés (Q-Genie) e avaliaram a certeza da evidência utilizando a abordagem GRADE. Após remoção de duplicatas e aplicação dos critérios de elegibilidade, foram incluídos 7 estudos de 2020-2023. Todos os artigos apresentaram boa qualidade metodológica.

Observou-se que polimorfismos genéticos nos genes MTR, MTRR, ESR1, ESR2, DRD2, ANNK1, TNF-alfa, IL1A e IL6 modulam o impacto na QVRSB de pacientes com alterações orofaciais como cárie, deformidade dentofacial (classes I, II e II), mordida aberta anterior e disfunções temporomandibulares, com certeza de evidência muito baixa. Diante disto, polimorfismos genéticos modulam o impacto na QVRSB em pacientes com alterações orofaciais.

(Apoio: CNPq  |  CAPES  |  FAPERJ)
RS028 - Painel Revisão Sistemática
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Profilaxia antibiótica para endocardite infecciosa em pacientes cardiopatas submetidos a procedimentos odontológicos invasivos
Luísa Rodrigues Pereira, Caroline da Silva Rodrigues, Gisele Macedo da Silva Bonfante, Vladimir Reimar Augusto de Souza Noronha, Márcia Almeida Lana
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A endocardite infecciosa (EI) é frequente em pacientes cardiopatas e pode estar associada à disseminação microbiana após procedimentos odontológicos invasivos (POIs), justificando o uso de antibiótico profilaxia (AP). Essa prescrição tem sido reavaliada com base no risco de anafilaxia, resistência bacteriana e baixa evidência científica sobre sua necessidade. O presente estudo teve como objetivo analisar, por revisão sistemática da literatura, a eficácia da AP para prevenir a EI em pacientes cardiopatas, submetidos a POIs. Para isso, elaborou-se uma pergunta de acordo com a estratégia PICO, estabelecendo o problema a ser pesquisado, dados comparativos e o desfecho esperado. Pesquisas bibliográficas foram realizadas nas bases de dados PubMed e LILACS. Inicialmente, foram identificados 384 artigos e, após a leitura dos títulos, resumos e textos completos, 14 artigos, publicados entre 2015 e 2023, foram selecionados e categorizados em coorte (8), cruzamento de casos (2), série temporal (2) e transversal (2). Nesta revisão, não foi possível determinar um consenso em relação AP para prevenção de EI. Dos artigos encontrados, 8 mostraram que a prescrição antibiótica reduz o risco de endocardite após procedimentos odontológicos em indivíduos com alto risco. Outros 6 estudos incluídos concluíram que, com a restrição da profilaxia antibiótica recomendada pelas diretrizes internacionais, não houve aumento de EI.

Estudos mais robustos são necessários para determinar, de forma precisa, a relação entre POIs e EI, bem como a eficácia da AP na sua prevenção. A conduta dos profissionais em relação à prescrição preventiva de antimicrobianos deve ser baseada em diretrizes regionais, que retratam as reais características da população atendida.

RS029 - Painel Revisão Sistemática
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Qual é o fluxo salivar normal em adultos saudáveis? Uma revisão sistemática
Joana Rodrigues da Silva, Rafaella Cristhina Rego Marques, Fernanda de Paula E. Silva Nunes, Debora Heller, Adriano de Almeida de Lima, Cristine Miron Stefani, Nailê Damé-teixeira
Odontologia UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A hipossalivação impacta negativamente a saúde e qualidade de vida dos indivíduos. Há valores de referência amplamente utilizados para defini-la: <0,1ml/min de saliva em repouso e <0,5ml/min de estimulada. Todavia, não há evidência se esses parâmetros definem condições de normalidade. O objetivo foi estabelecer qual é o fluxo salivar em adultos que possa ser utilizado como valor de referência de normalidade. Esta revisão sistemática foi realizada de acordo com o PRISMA e a busca realizada em oito bases de dados, bem como literatura cinzenta. Critérios de inclusão consistiram em estudos que comparavam o fluxo salivar (ml/min) de um grupo sistemicamente saudável com um grupo com alguma alteração sistêmica que cause exocrinopatia e consequente hipossalivação. O risco de viés foi avaliado usando ferramentas do Joanna Briggs Institute para estudos observacionais. Análise qualitativa foi realizada quanto ao número de estudos, exocrinopatias e o método para coleta de saliva. Dos 6.407 títulos recuperados, 78 foram incluídos, compreendendo um total de 2880 pessoas saudáveis e 1790 pessoas com alguma alteração sistêmica, com idades variando entre 18 e 60 anos, que em sua maioria eram mulheres (60%). Dos 78 estudos que avaliaram fluxo salivar de pacientes saudáveis, os valores de fluxo em repouso não foram menores que 0,2 ml/min, enquanto que os valores de fluxo estimulado não foram menores que 0,9ml/min.

Variações no fluxo salivar de pessoas saudáveis são diferentes dos padrões comumente utilizados na prática clínica e na pesquisa odontológica, sugerindo a necessidade de reavaliação desses parâmetros.

(Apoio: CNPq  N° 408020/2021-0)
RS030 - Painel Revisão Sistemática
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

O impacto dos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) na saúde óssea: Uma revisão sistemática de estudos em animais in vivo
João Vitor Quadros Tonelli, Natália Couto Figueiredo, Murilo Fernando Neuppmann Feres, Irene Machowa Lubker, Subramanya Narayana Murthy Pandruvada, Ildeu Andrade Júnior, Rodrigo Villamarim Soares

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) se destacam como abordagem terapêutica preferencial para a depressão e outros transtornos de saúde mental. A presença de receptores de serotonina nas células ósseas suscita questionamentos sobre o potencial impacto do bloqueio de sua recaptação na saúde óssea. Esta revisão sistemática avaliou criticamente as evidências científicas sobre a associação entre ISRS e saúde óssea em modelos animais, bem como seus possíveis mecanismos subjacentes. Registrado no PROSPERO (CRD42021278529), este estudo seguiu as diretrizes do PRISMA. Foi realizada uma busca abrangente nas bases de dados MEDLINE, Embase, Scopus e CINAHL, além da literatura cinzenta até dezembro de 2023. O foco foi direcionado a estudos que administraram ISRS in vivo em modelos animais e investigaram desfechos relacionados ao osso. De um conjunto de 1624 artigos recuperados em todas as bases de dados, uma avaliação cuidadosa de elegibilidade resultou na inclusão de 8 estudos. A avaliação qualitativa desses estudos abrangeu análise e comparação de desenho do estudo, características da amostra, regime de medicamentos, desfechos relacionados ao osso e risco de viés.

Os resultados sugerem que a administração de escitalopram e fluoxetina impactam negativamente o tecido ósseo de roedores de forma dose e tempo-dependente, influenciando a microarquitetura óssea, propriedades biomecânicas e o comportamento das células ósseas, com os osteoblastos exibindo maior suscetibilidade do que os osteoclastos. No entanto, é fundamental reconhecer um risco crítico de viés nos estudos incluídos, exigindo cautela na interpretação das conclusões sobre saúde óssea.

(Apoio: CAPES  N° 001)
RS031 - Painel Revisão Sistemática
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Benzodiazepínicos ou Óxido Nitroso para ansiedade odontológica. Uma revisão sistemática
Camila Batista da Silva de Araujo Candido, Josilanny Araujo de Souza Alencar, Ana Julia Puppin de Campos Toledo, Roberta Priscilla Gonçalves Monteiro, Daniel Felipe Fernandes Paiva
Biociências FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo busca comparar o uso de benzodiazepínicos e óxido nitroso no controle de ansiedade em tratamentos odontológicos. Uma revisão sistemática foi conduzida com base nos buscadores eletrônicos Pubmed, Embase, Scopus, Web of Science e Cochrane Libary. Não foram utilizados filtros quanto a data ou idioma, todavia, somente ensaios clínicos e estudos observacionais foram selecionados. Os estudos incluídos deveriam comparar pelo menos o uso benzodiazepínico com o oxido nitroso em pacientes anteriormente a procedimentos odontológicos. A estratégia de busca agregou o diazepam, alprazolam, midazolam, clonazepam e bromazepam. Foram utilizados descritores que se correlacionam a procedimentos odontológicos que gerem desconforto ao paciente. 1355 documentos foram resgatados nos buscadores, desses, 35 encaixaram-se nos critérios de inclusão. Os estudos variam de 1973 até o corrente ano e utilizaram, principalmente, diazepam e midazolam como benzodiazepínicos. Boa parte dos estudos avaliaram pacientes pediátricos e o principal procedimento analisado foi exodontia. O uso associado de midazolam com óxido nitroso também possui relevância clínica.

Ambos os métodos são eficazes e seguros. Os benzodiazepínicos são alternativas para pacientes pediátricos que não aceitam com facilidade o uso das máscaras, todavia, o óxido nitroso proporciona individualização da técnica, bem como permite, ao final, que o paciente retome suas atividades cotidianas sem prejuízos neurofuncionais

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/10619-0)
RS032 - Painel Revisão Sistemática
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Manejo odontológico dos pacientes hepatopatas
Caroline da Silva Rodrigues, Luísa Rodrigues Pereira, Diele Carine Barreto Arantes, Gisele Macedo da Silva Bonfante, Márcia Almeida Lana
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Para o atendimento odontológico seguro de pacientes hepatopatas é essencial gerenciar riscos de hemorragia e considerar o cuidado na prescrição de medicamentos. O objetivo deste estudo foi analisar, por revisão sistemática da literatura, o manejo odontológico desses pacientes. Para isso, realizou-se pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed e LILACS, para esclarecer as principais intercorrências, condutas e protocolos no manejo odontológico desses pacientes. Elaborou-se uma pergunta de acordo com a estratégia PICO, estabelecendo o problema, dados comparativos e o desfecho esperado. Foram identificados 343 artigos e, após a leitura dos títulos, resumos e textos completos, 11 foram selecionados e categorizados em coorte (7), transversal (3) e caso controle (1), publicados entre 2008 e 2022. Os artigos consideraram dois aspectos principais para o manejo seguro: risco de hemorragia e prescrição de medicamentos. Para controle de sangramento, decorrentes de cirurgia oral, são necessárias técnicas atraumáticas, medidas hemostáticas locais e acompanhamento pós-operatório. Transfusão profilática de plaquetas ou fatores de coagulação requer avaliação individual e não se justifica a prescrição de antibiótico profilático. Não há consenso em relação ao Índice Internacional Normalizado e contagem de plaquetas para prevenir hemorragias. Além disso, profissionais estão menos conscientes dos efeitos adversos dos anti-inflamatórios não esteroidais e demonstram maior preocupação com a hepatotoxicidade do acetaminofeno.

O manejo odontológico seguro dos pacientes hepatopatas deve considerar a correta interpretação dos exames laboratoriais e da sua condição sistêmica, bem como a adequada prescrição medicamentosa.

RS033 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação da microbiota intestinal de crianças com síndrome da apneia obstrutiva do sono: uma revisão sistemática
Lívia Maria Alves Valentim da Silva, Wirley Gonçalves Assunção, Victor Augusto Alves Bento, Sibele de Alcântara, Victor Perinazzo Sachi, Martin Adriazola, André Pinheiro de Magalhães Bertoz
Materiais Odontológicos e Prótese UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os distúrbios respiratórios do sono promovem não apenas alterações craniofaciais desfavoráveis em pacientes pediátricos não tratados, mas também neurocognitivas, metabólicas, cardiovasculares e até sociais à longo prazo. Sendo assim, esta revisão sistemática avaliou se crianças com diagnóstico de síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) apresentam constituições de microbiota intestinal diferentes de crianças saudáveis e foi baseada nas diretrizes do PRISMA (PROSPERO: CRD42022360074). Foram selecionados 1.562 estudos clínicos publicados entre 2019 e 2023 nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Embase, Web of Science, Scopus e Cochrane Library, dos quais cinco foram incluídos na análise qualitativa, sendo três randomizados e dois prospectivos. A qualidade metodológica foi avaliada (RoB 2.0 e ROBINS-I) e todos os estudos apresentaram efeito negativo de intervenção. A privação do sono e a hipóxia intermitente em crianças com SAOS parece desencadear uma cascata de vias inflamatórias que exacerbam a resposta tecidual à liberação de espécies reativas de oxigênio e à geração de estresse oxidativo, levando à redução do fornecimento de oxigênio à mucosa intestinal e à destruição integral da barreira intestinal.

Mais investigações baseadas em evidências são necessárias para otimizar a identificação de possíveis alterações na microbiota intestinal de pacientes pediátricos, tendo em vista que sua composição pode ser influenciada pela qualidade do sono do paciente e, consequentemente, pela SAOS, apresentando-se alterada quantitativamente e qualitativamente em comparação à encontrada em indivíduos saudáveis.

(Apoio: CAPES  N° 001)
RS034 - Painel Revisão Sistemática
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Bacteriófagos como agentes terapêuticos no controle de bactérias periodontopatogênicas: Uma revisão sistemática
Felipe Gomes Dallepiane, Malena Alejandro Coimbra Nogueira, Lucas Menezes Dos Anjos, Gilberto de Souza Melo, Ariadne Cristiane Cabral da Cruz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Bacteriófagos são vírus capazes de infectar bactérias, com potencial terapêutico para manejo de infecções bacterianas (fagoterapia). Por meio desta revisão sistemática, objetivou-se analisar a eficácia da fagoterapia no controle do crescimento de bactérias periodontopatogênicas. Foram realizadas buscas em 7 bases de dados eletrônicas, conduzidas em 21 de novembro de 2023. Dos 10.266 artigos identificados, restaram 3.956 após a exclusão de duplicatas. A seleção dos estudos foi realizada em duas fases. Na primeira, 43 estudos foram selecionados para leitura completa. Na segunda, sete artigos preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluídos nesta revisão, sendo todos estudos in-vitro. No total, quatro bactérias periodontopatogênicas foram analisadas, incluindo Aggregatibacter actinomycetemcomitans (n=3), Fusobacterium nucleatum (n=2), Streptococcus gordonii (n=1) e Actinomyces odontolyticus (n=1). Foram descritos sete tipos de bacteriófagos diferentes. O método predominante para avaliar o crescimento bacteriano foi a mensuração da densidade óptica (n=5) e a análise antimicrobiana (n=2). Dentre os estudos incluídos, seis mostraram redução ou eliminação da carga bacteriana periodontopatogênica.

Concluiu-se que a fagoterapia foi eficaz na redução ou eliminação de bactérias periodontopatogênica in-vitro e pode representar uma terapia promissora para periodontites, entretanto, mais estudos in-vivo e clínicos são necessários para validar esses achados.

RS035 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Quantidade de dentifrício utilizada durante a escovação influencia os níveis intraorais e ingestão de fluoreto: uma revisão sistemática
Bianca Tiemi Uehara Lima, Caio Sampaio, Tamires Passadori Martins, Thayse Yumi Hosida, Beatriz Díaz Fabregat, Douglas Roberto Monteiro, Alberto Carlos Botazzo Delbem, Juliano Pelim Pessan
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliou-se a influência da quantidade de dentifrício usada durante a escovação sobre os níveis intraorais e ingestão de fluoreto (F). O estudo foi conduzido seguindo a estratégia PICO, segundo a qual: P = crianças, adolescentes ou adultos, I = utilização de quantidades reduzidas de dentifrício, C = utilização de quantidades altas ou quantidades regulares de dentifrícios, O = retenção intraoral (saliva, compartimentos do biofilme, mucosa, esmalte, dentina) e ingestão de F. Buscas na literatura foram conduzidas, sem restrição de data ou idioma de publicação em 7 bases de dados (PubMed/MEDLINE, Scopus, Web of Science, Embase, Cochrane Library, Lilacs e OpenGrey), resultando na inclusão de nove estudos para análise qualitativa. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado por meio do qualificador Cochrane para ensaios clínicos randomizados (ECRs), evidenciando baixo (2 estudos), moderado (6 estudos) e alto (1 estudo) risco de viés. Os níveis salivares de F e a ingestão do íon durante a escovação estiveram diretamente relacionados à quantidade de dentifrício aplicada na escova. Em acréscimo, estudos avaliando a intensidade do tratamento (quantidade de dentifrício × concentração de F no produto) demonstraram que intensidades comparáveis resultam em desfechos comparáveis (i.e., concentração de F na saliva e ingestão de F).

Conclui-se que a recomendação de uso de quantidades reduzidas de dentifrício durante a escovação reduz a ingestão de F pela criança, mas pode reduzir os níveis salivares de F, com possíveis efeitos sobre sua efetividade clínica.

(Apoio: CAPES  N° 001)