RESUMOS APRESENTADOS
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FC018 - Fórum Científico
Área: 7 - Imaginologia
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Cerejeira
Redução de artefatos de tomografia computadorizada de feixe cônico por meio da rede neural adversaria generativa
Amanda Pelegrin Candemil, Hugo Gabrielidis, Filippo Gatti, Benjamin Salmon, Matheus Lima de Oliveira, Jardel Francisco Mazzi-Chaves, Elsa Vennat, Manoel Damião Sousa-neto
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi de avaliar o desempenho de uma rede neural adversaria generativa na redução de artefatos de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Uma mandíbula humana coberta com Mix-D e quarenta dentes unirradiculares inferiores foram utilizados. Todos os dentes foram instrumentados endodônticamente e inseridos nos alvéolos dos primeiros pré-molar e molar esquerdos. Imagens de TCFC foram obtidas com campo de visão de 5×5 cm, 90 kVp, 3 mA, tamanho de voxel de 0,08 mm e 9 s. Em seguida, duas condições clínicas com materiais de alta densidade foram simuladas (I. material obturador + pino intracanal e II. I + implantes de titânio adjacentes aos dentes de interesse) e imagens adicionais foram realizadas. A rede neural foi desenvolvida com base na literatura e adaptada para usar as imagens de TCFC para validação, treinamento e teste. O índice de similaridade estrutural (SSIM), relação sinal-ruído de pico (PSNR), erro absoluto médio (MAE) e raiz do erro quadrático médio (RMSE) foram calculados. Em seguida, o ruído e a relação sinal-ruído (SNR) foram medidos nos terços cervical, médio e apical da raiz do segundo pré-molar esquerdo. Todas as condições foram comparadas por meio de ANOVA two-way com nível de significância de 5%. Os resultados mostraram um aumento significativo de SSIM (1,10>0,69) e PSNR (60,01>18,06) e uma diminuição significativa dos valores de MAE (0,01<0,15) e RMSE (0,002<0,29) pela rede neural ao comparar imagens corrigidas versus originais. Além disso, as imagens corrigidas apresentaram ruído significativamente menor (5,8<17,3) e valores de SNR significativamente mais elevados (20,08>1,88).
Em conclusão, a rede neural desenvolvida tem desempenho promissor para a redução de artefatos de TCFC.
(Apoio: FAPs - FAPESP N° 2021/01623-8)
FC019 - Fórum Científico
Área: 7 - Imaginologia
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Cerejeira
Exatidão da ressonância magnética no planejamento de implantes dentais
Fernanda Pretto Zatt, Hian Parize, João Victor Cunha Cordeiro, Ricardo Armini Caldas, Dalva Cruz Laganá, Newton Sesma, Fábio Munhoz, Lauren Bohner
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do presente estudo foi avaliar a exatidão da ressonância magnética para planejamento de implantes dentais, considerando como fatores de influência o protocolo de aquisição e a região anatômica avaliada. Mandíbulas humanas edêntulas secas foram preparadas recobrindo-as com silicone sanitário para simular tecidos moles, e estabelecendo pontos de referência na região anterior e posterior da arcada. As amostras foram escaneadas por dois métodos de imagem: 1) tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) e 2) ressonância magnética (RM), com diferentes protocolos de aquisição, ponderados em T1 e T2. Em seguida, as amostras foram digitalizadas por meio de scanner intra-oral e o planejamento digital de implantes dentais foi realizado por dois examinadores experientes. A determinação da exatidão foi avaliada pelo desvio angular do implante dental planejado em RM em relação à TCFC. A análise estatística foi realizada por meio dos testes ANOVA e Bonferroni considerando o nível de significância em α=0.05. O desvio angular médio (desvio padrão) foi de 7.61º (0.42) na região anterior e 6.01º (0.43) na região posterior. Não houve diferença estatística significante em implantes planejados na região anterior (p=0.63) e região posterior (p=0.27) com diferentes protocolos de aquisição.
A exatidão da ressonância magnética no planejamento de implantes dentais não foi influenciada pelo protocolo de aquisição ou região anatômica avaliada.
(Apoio: CAPES N° 001)
FC020 - Fórum Científico
Área: 7 - Patologia Oral
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Cerejeira
Avaliação da influência do microambiente tumoral ácido na resposta imune contra o carcinoma espinocelular oral
Rita de Kássia Souza, Natalia Koerich Laureano, Bianca de Bem Prunes, Leonardo Francisco Diel, Luiza Meurer Brand, Fernanda Visioli
Patologia Bucal UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Uma característica marcante do microambiente dos tumores sólidos é a acidificação do pH extracelular. O presente estudo investigou os efeitos do microambiente tumoral ácido sobre a resposta imune de células T contra células tumorais de câncer bucal SCC25. Foram realizados cultivos individuais e co-cultivo, em modelo 2D ou 3D das duas linhagens em meio neutro (pH 7.4) e ácido (pH 6.8), além de avaliação dos desfechos por meio de duplicação cumulativa da população, escala de densidade óptica, imunofluorescência, western blot, ELISA e citometria de fluxo. O meio ácido diminuiu a proliferação e viabilidade das células T (p<0.001), enquanto que aumentou a capacidade proliferativa das SCC25 (p<0.01). Observou-se alterações fenotípicas e morfológicas nas células tumorais, como aumento do marcador Vimentina, associado à transição epitelial-mesenquimal. A acidificação aumentou a resistência das células malignas à morte induzida pelas células T (p<0.001). Não foi observada diferença na expressão de PD-L1 nas células SCC25, enquanto houve uma diminuição discreta de PD-1 nas células imunes em pH 6.8. As esferas formadas pelas SCC25 em meio ácido inicialmente apresentaram menor tamanho e agregação, seguidos por estabilidade (p<0.001). A densidade óptica das esferas em meio ácido foi inicialmente mais alta (p<0.001) e diminuiu ao longo do tempo, em comparação às esferas em pH 7.4. No co-cultivo, houve maior secreção de interferon-gama (IFNy) em meio ácido (p>0.05), e a secreção de interleucina-2 (IL-2) pelas células tumorais aumentou em pH 6.8.
Os achados deste estudo destacam a influência exercida pela acidez do microambiente tumoral na evasão das células cancerígenas à resposta imune e na progressão do carcinoma espinocelular bucal.
(Apoio: CAPES N° 88887.804111/2023-00)
FC021 - Fórum Científico
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Cerejeira
Associação e fatores de risco entre as doença de Alzheimer, doença de Parkinson e periodontite: um estudo caso-controle
Nathália Alves Gusmão, Augusto Paixão Moraes Mateus, Adriana Conceição Moreira Costa, Amanda Almeida Costa, Rafael Paschoal Esteves Lima, Luís Otávio de Miranda Cota, Fernando de Oliveira Costa
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
As evidências científicas recentes vêm demonstrando uma possível associação entre periodontite (PE) e doenças neurodegenerativas (DN), entretanto necessitando de maiores esclarecimentos. Assim, o objetivo desse estudo caso-controle foi avaliar a aspectos clínicos e epidemiológicos da associação entre PE e DN [representadas neste estudo pela Doença de Alzheimer (DALZ) e a Doença de Parkinson (DPK)] e a influência de diversos fatores de risco envolvidos nessa associação. Um estudo caso-controle foi conduzido com 172 indivíduos, 86 indivíduos com DN (DALZ: n=40 e DPK: n=46) e 86 controles sem DN, idade ≥50 anos. Foram realizados exames periodontais completos, registrando índice de placa (IP), profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NCI) e sangramento à sondagem (SS) e coleta de variáveis biológicas e sócio-demográficas de interesse. A associação entre PE, DN e suas variáveis de risco foram testadas por meio de análise univariada e regressão logística multivariada. Foi observada alta prevalência de PE (OR; 95%IC) no grupo DN, DALZ e DPK, de respectivamente, 63.7% (4.27; 2.9-9.3; p<001), 58.2% (3.28; 2.1-8.6; p<0.01) e 69.3% (6.82; 3.3-14.32; p<0.001). Na análise multivariada de regressão logística os grupos casos (DN) foram associados com: PE (4.01; p<00.1), idade (2.93; p=0.021, menor número de dentes (1.98; <0.001), uso de antidepressivos (7.68, p<0.001) e de ansiolíticos (16.7; p<0.001) Foi observado um efeito protetor para as variáveis: não uso de álcool (0.19;p<0.001) e escolaridade acima de 8 anos (0.26; p<0.001).
Este estudo demonstrou uma forte associação de risco entre as doenças Alzheimer, Parkinson e periodontite.
FC022 - Fórum Científico
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Cerejeira
Avaliação de um teste rápido de proteína total salivar como diagnóstico auxiliar de inflamação gengival em pacientes com e sem comorbidades
Nathalya Maria Vilela Moura, Glauce Lunardelli Trevisan, Karine Figueredo da Costa, Denise Souza de Freitas, Mario Taba Jr
Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
As doenças periodontais (DP) possuem relação bidirecional com condições sistêmicas como Diabetes Mellitus (DM) e Artrite Reumatoide (AR). Assim, a detecção precoce da periodontite pode auxiliar na prevenção ou progressão dessas doenças. Assim, a saliva é um potencial material por sua composição incluir biomarcadores relacionados à DP, contribuindo para diagnósticos de inflamações, além de ser um fluido fisiológico de fácil coleta, indolor, de baixo custo e seguro. Portanto, o presente estudo propõe a avaliação de um protótipo de kit salivar para teste da proteína total (PT), como exame clínico complementar, para diagnóstico e monitoração do tratamento periodontal básico (TPB). Os pacientes (n=57) foram divididos em seis grupos: saúde periodontal (S, n=14), DP (DP, n=11), S e DM (DM+S, n=5), DP e DM (DM+DP, n=10), S e AR (AR+S, n=5) e DP e AR (AR+DP, n=12). Foram realizados avaliação clínica, coleta de saliva, instrução de higiene oral e TPB nos dias 0 e 45 dias. Clinicamente foram registrados sangramento gengival marginal (SGM), índice de placa, profundidade de sondagem, sangramento à sondagem (SS) e nível clínico de inserção. Com relação à PT, houve melhora em todos os grupos, menos nos grupos S e AR+S, mas essa diferença foi significativa apenas no grupo DP (p<0,05). Ao se avaliar a correlação das diferenças obtidas com o teste salivar, SS e SGM, a variação do SGM (Pearson's r=−0.431) foi detectada pelo teste salivar (p<0,05).
Assim, o teste apresentou potencial de auxiliar na personalização da abordagem terapêutica, como exame clínico complementar não invasivo do SGM, servindo como amostra visual para o paciente perceber sua evolução no tratamento e validar a melhora dos parâmetros clínicos de forma quantitativa, prática e acessível.
(Apoio: CNPq N° 432141/2018-9 | CNPq N° 304606/2021-9)
FC023 - Fórum Científico
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Cerejeira
O uso da fibrina rica em plaquetas injetável como terapia adjuvante à raspagem periodontal: Estudo clínico, controlado e randomizado
Roberta de Oliveira Alves, Rubens Spin Neto, David Normando, Priscilla Barbosa Ferreira Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito clínico da fibrina rica em plaquestas injetável (i-PRF) como terapia adjuvante a raspagem e alisamento radicular (RAR) em pacientes com periodontite. Neste estudo com boca dividida, 24 pacientes com dois pares de dentes contralaterais com profundidade de sondagem ≥5mm foram selecionados. Os lados foram divididos em dois grupos: Grupo Controle (Control) (n=24): RAR + Solução salina; e Grupo Teste (i-PRF) (n=24): RAR + i-PRF. Foram avaliados os parâmetros clínicos periodontais: profundidade de sondagem (PS), margem gengem (MG), nível de inserção clínica (NIC), sangramento a sondagem (SS), mobilidade (M), envolvimento de furca (F), índice de placa (IP) em baseline, 45 e 90 dias após o tratamento. As análises de PS, NIC foram analisadas por ANOVA medidas repetidas seguido pelo teste Tukey (α=5%). Para MG foi usado o teste Wilcoxon. Os resultados revelaram que o grupo i-PRF teve valores significativamente menores de PS e NIC que o grupo control em 45 dias (p<0,01). Para MG não houve diferença significativa entre os grupos em 45 dias (p>0,05). Não foram encontrada diferenças estatisticamente significativa entre os grupos em 90 dias (p>0,05) para PS, MG e NIC em nenhum parâmetro periodontal analisado.
Dentro das limitações deste estudo, conclui-se, que a i-PRF pode contribuir para melhora dos parâmetros clínicos periodontais quando usado como adjuvante a RAR.
(Apoio: CAPES N° 001 | FAPEMIG | CNPq N° INCT Saúde Oral e Odontologia (406840/2022-9))
FC024 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Cerejeira
Como as experiências adversas na infância influenciam na cárie dentária? Evidências a partir da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015
Letícia Regina Morello Sartori, Sarah Ruth Baker, Joseph Murray, Flavio Fernando Demarco, Marcos Britto Corrêa
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se avaliar como as experiências adversas na infância, Adverse Childhood Experiences (ACEs), influenciam na ocorrência de cárie dentária na infância, vida adulta e intergeracionalmente. Este estudo de coorte de nascimentos acompanhou os indivíduos nascidos em Pelotas em 2015 (n=3,645) e suas mães, desde a gestação (n=2,480). Foram considerados dois desfechos: (1) o número de dentes cariados na vida adulta materna e, (2) o número de dentes decíduos cariados, perdidos e obturados (cpo-d) aos quatro anos. Exposições foram os ACEs maternos e infantis, considerando experiências de maus-tratos infantis e disfunção domiciliar. Análises de associação e interação foram realizadas, bem como análise de equações estruturais (MEE) com foco em potenciais mediadores: nível socioeconômico e saúde mental maternos e comportamentos em saúde bucal. ACEs maternos e infantis foram associados com maior prevalência de cárie dentária nas crianças e nas mães (p<0.005). Na primeira infância, notou-se que ACEs tiveram um papel mitigador sobre o efeito protetor da renda familiar elevada ao nascer sobre a cárie dentária, principalmente no domínio de maus-tratos. Considerando a vida adulta das mães e a transmissão intergeracional de efeito, em MEE, o nível educacional materno, os sintomas depressivos maternos e os comportamentos relacionados à saúde bucal materna e infantil mediaram o efeito indireto dos ACEs maternos sobre cárie dentária materna e infantil.
Em conclusão, ACEs, através de fatores socioeconômicos, psicossociais e comportamentais, influenciaram na cárie dentária ao longo do ciclo vital e entre gerações. Estes achados ressaltam a necessidade de estratégias para prevenção e redução dos danos associados à exposição aos ACEs.
(Apoio: CAPES N° 001 | Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil (FAPERGS/CNPq) N° 07/2022)
FC025 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Cerejeira
Redes Complexas de Doenças Não Transmissíveis nos 1000 dias e na Adolescência: uma visão de integralidade em saúde
Silas Alves-Costa, Bruno Souza Feres, Lorena Lúcia Costa Ladeira, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz, Cláudia Maria Coêlho Alves, Rosângela Fernandes Lucena Batista, Cecilia Claudia Costa Ribeiro
Programa de Pós-graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Existe complexidade nas interconexões entre doenças não transmissíveis (DNT) bucais e sistêmicas desde o início da vida. As Análises de Redes Complexas emergem como uma ferramenta para compreender as relações deste sistema não linear. Investigamos as relações complexas entre as DNT bucais e sistêmicas e seus fatores de risco nos 1os 1000 dias de vida e em adolescentes. Analisamos dados da Coorte BRISA (N=731) em três momentos: 25ª semana de gestação, nascimento e segundo ano de vida, e dados do Consórcio Coortes RPS, seguimento 18-19 anos (N=2515), em São Luís. Estes dados foram analisados por Redes Complexas no R Software. Foram considerados como nós da rede: riscos socioeconômicos, comportamentais e metabólicos, DNT bucais e sistêmicas, tais como hipertensão, diabetes, anemia, depressão, asma e outras, e como as arestas, as coocorrências entre os nós. Foram extraídas medidas de centralidade (degree, betweeness, eigenvector) e medidas de caracterização da rede. O consumo de ultraprocessados pela gestante (4485 conexões) foi o hub, elemento central na rede, seguida pela baixa classe socioeconômica (4379) e consumo de açúcares pela criança (3141). Dentre as DNT, a obesidade pré-gestacional (2873) e a cárie na gestante (2636) tiveram as maiores centralidades, e na criança, obesidade (2149), alergias (1980) e asma (1801). Nos adolescentes, o hub foi o consumo de açúcares > 5% das calorias/dia (24963), seguido placa visível > 15% (18982) e TyG elevado, marcador da resistência insulínica (17231).
Identificar os principais hubs das redes complexas de DNT bucais e sistêmicas desde o início da vida pode direcionar alvos para intervenções mais efetivas para prevenção de DNT que são interrelacionadas, numa visão de integralidade em saúde.
(Apoio: CAPES N° 001 | CAPES N° 88887.637402/2021-00 | CAPES N° 88881.719704/2022-01)
FC026 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Cerejeira
Predição de cárie dentária em adolescentes e adultos jovens de uma coorte brasileira: abordagem com machine learning
Elisa Miranda Costa, Nilviane Pires Silva, Maria Teresa Seabra Soares de Britto E. Alves, Cecilia Claudia Costa Ribeiro, Cláudia Maria Coêlho Alves, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo de determinantes sociais, hábitos não saudáveis e comorbidades como preditores de cárie dentária ainda representa um desafio à saúde pública. Apesar dos avanços nos modelos de aprendizagem de máquina (MAM), os estudos existentes ainda têm baixo poder preditivo. Este trabalho objetivou analisar variáveis preditivas (inputs), em MAM, para a ocorrência de cárie dentária (output). Este é um estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva do Consórcio RPS com 2.515 adolescentes brasileiros (18-19 anos). Foram considerados diferentes inputs: sexo, consumo de álcool, fumo, cor da pele, escolaridade, consumo de alimentos ultraprocessados (AUP), acesso à aplicação tópica de flúor, visita ao dentista, Índice de Placa Visível (IPV), Índice de Sangramento Gengival (ISG), hipomineralização molar-incisivo (HMI) e Índice de Massa Corporal (IMC). Foram testados os seguintes MAM: árvore de decisão, K-Nearest Neighbors (K-NN), Support Vector Machine e Polynomial Kernels, Random Forest. O modelo K-NN apresentou as melhores métricas: acurácia (64%), sensibilidade (60%), especificidade (70%) e área sobre a curva ROC (64%). Os inputs com maior percentual de predição foram: IPV (22%), ISG (20,2%), IMC (20%) e AUP (7,5%).
Independentemente das condições socioeconômicas, higiene, indicadores antropométricos e nutrição permanecem fortes preditores de cárie dentária, ratificando a importância de medidas equitativas e intersetoriais no Sistema Único de Saúde. MAM são soluções tecnológicas úteis à tomada de decisão em saúde bucal.
(Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 308917/2021-9 | Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão N° 20/2022)
FC027 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Cerejeira
Baixo peso ao nascer e sintomas de bruxismo em crianças brasileiras: uma coorte prospectiva do consórcio RPS
Magda Lyce Rodrigues Campos, Elisa Miranda Costa, Érica Martins Valois, Cecilia Claudia Costa Ribeiro, Cláudia Maria Coêlho Alves, Maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O bruxismo na infância apresenta etiologia mutifatorial. Entretanto, as evidências provêm de estudos com delineamento transversal e a relação entre este desfecho e condições adversas ao nascimento não é completamente conhecida. Portanto, este estudo teve por objetivo analisar a associação entre baixo peso ao nascer (BPN) e sintomas bruxismo, ajustada para situação socioeconômica (SES) e mediada pela amamentação materna exclusiva (AME), uso de chupeta e problemas de saúde mental (PSM) da criança. Trata-se de uma coorte prospectiva de nascidos vivos, com amostragem sistemática, na cidade de São Luís, MA, Brasil. Foram incluídas 673 crianças, avaliadas em dois momentos: ao nascimento (T0) e com 7-9 anos de idade (T1). BPN, abaixo de 2500g, foi a exposição principal. Sintomas de bruxismo na infância (apertar e/ou ranger os dentes), reportados por pais/responsáveis, foram o desfecho. As análises foram realizadas com modelagem de equações estruturais, estimando-se os coeficientes fatoriais padronizados (CFP) (alpha=5%). A prevalência de sintomas de bruxismo foi verificada em 29,74% da amostra. O BPN apresentou efeito total (CFP=0,199; p=0,045) e direto (CFP=0,207; p=0,037) sobre o bruxismo. Os caminhos indiretos estudados não foram significativos. Isso indica que, independente da SES, a prevalência de bruxismo foi maior entre crianças nascidas de baixo peso. Todavia, essa associação não foi explicada pelo AME, uso de chupeta, nem pelos PSM.
O BPN explicou parcialmente a ocorrência de bruxismo na infância. A prevenção de bruxismo na infância deve incluir o desenvolvimento de políticas públicas equitativas e o fortalecimento do pré-natal.
(Apoio: CAPES N° 001 | FAPEMA N° 20/2022 | CNPq N° 443834/2018-0 e 306592/2018-5)