RESUMOS APRESENTADOS
Veja o Cronograma de Apresentação Completo2769 Resumo encontrados. Mostrando de 1241 a 1250
PNd0668 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Percepção da dor utilizando técnicas anestésicas na instrumentação periodontal não cirúrgica: estudo clínico randomizado paralelo
Gabriel Andreani Cabral, Shelon Cristina Souza Pinto, Fábio Alexandre Reffatti, Gustavo Simão Moraes, Luise Adrieli Bochenek da Silva, Leomar Emanuel Almeida Mecca, Fábio André Santos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foram randomizados 76 voluntários para avaliar a percepção de dor durante a instrumentação periodontal não cirúrgica com anestesia computadorizada (Morpheus®, MeibachTech, São Paulo, Brasil, 2012) e anestesia não invasiva com gel desenvolvido para uso odontológico de lidocaína e prilocaína 2,5% (Oraqix ®, Dentsply, York, PA, Estados Unidos). A avaliação incluiu a Escala Modificada de Ansiedade Dentária (MDAS), parâmetros dentários, periodontais e hemodinâmicos. A percepção dolorosa foi medida com a Escala Numérica de 11 pontos (NRS-11) após aplicação das técnicas anestésicas. O número de complementações foi registrado. Não houve diferenças significativas em relação à idade, gênero e ansiedade entre os grupos. A gravidade da doença periodontal foi mais prevalente no grupo submetido à técnica anestésica invasiva. O número de complementações anestésicas foi significativamente menor no grupo com anestesia computadorizada (p<0,001). Pressão arterial, saturação de oxigênio e frequência cardíaca não tiveram diferenças antes e após a anestesia.
Os resultados mostraram que ambas as técnicas são capazes de controlar a percepção de dor durante a instrumentação periodontal, sendo ambas indicadas para pacientes com ansiedade.
(Apoio: CAPES)
PNd0669 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Aplicação do método de Nicodemo et al. (1974) para exame de estimativa da idade dental
Verena Paula Stern Netto, Raquel Porto Alegre Valente, Lorenna Keren Gomes Lima, Ademir Franco do Rosário Junior, Walbert de Andrade Vieira, Juliano Martins Bueno, Luiz Renato Paranhos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo teve como objetivo analisar o método de Nicodemo 50 anos após sua publicação para testar seu desempenho em 3271 radiografias de crianças e adolescentes brasileiros. Trata-se de um estudo observacional analítico, de caráter transversal. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética local e, seu reporte seguiu as diretrizes STROBE. Foram utilizadas 3271 radiografias panorâmicas, com idades entre 6 e 22,9 anos. As radiografias foram avaliadas por dois pesquisadores, que classificaram o desenvolvimento dental de acordo com os estágios previstos no método de Nicodemo. A idade estimada a partir do método foi comparada com a idade cronológica de cada indivíduo. Os dados foram submetidos a análises estatísticas para avaliar a concordância entre as idades estimadas e cronológicas. Os resultados indicaram que o método teve precisão geral de 22,5%, sem diferenças estatisticamente significativas em relação ao sexo (p > 0,05). A acurácia do método foi maior em indivíduos mais jovens, na faixa dos 6 a 6,99 anos (90%), mas diminuiu progressivamente até os 11 a 11,9 anos (18,2%). Após os 12 anos, o método não classificou corretamente os indivíduos dentro de suas idades cronológicas.
Apesar de popular na prática pericial brasileira, os resultados indicam que o método de Nicodemo possui acurácia limitada, não sendo recomendado para estimativa de idade dental na prática forense atual.
(Apoio: CNPq | FAPEMIG | CAPES)
PNd0670 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Retratamentos endodônticos não-cirúrgicos nos serviços odontológicos públicos do Brasil entre 2008 e 2022
Daiane Ricardo Santos da Silva, Guibson da Silva Litaiff, Ricardo Barbosa Lima, Aluisio Eustáquio de Freitas Miranda Filho, Paulo Nelson Filho, Léa Assed Bezerra da Silva, Raquel Assed Bezerra Segato
ODONTOPEDIATRIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi analisar a realização de retratamentos endodônticos não-cirúrgicos (RENCs) nos serviços odontológicos públicos do Brasil entre 2008 e 2022. Foi construída uma série temporal e os números anuais de RENC foram obtidos do Sistema de Informações Ambulatoriais do Brasil e ajustados a cada 100.000 habitantes para obter a incidência. A comparação da incidência entre tipos de dentes, a estimativa da tendência temporal e a avaliação dos impactos relacionados à pandemia da COVID-19 foram realizadas com um nível de significância de 5%. Neste período, foram realizados 1.270.182 RENCs. Foi observada uma incidência maior entre os dentes unirradiculares (328/100.000) quando comparados aos dentes birradiculares (183/100.000) e com três ou mais raízes (112/100.000) (p <0,05). As incidências anuais apresentaram uma tendência significativamente decrescente nos últimos 15 anos para todos os tipos de dentes (p <0,05), além de exibirem um padrão altamente correlacionado de variação temporal (p <0,05). Ademais, não houve influência nesse resultado ao remover o período entre 2020 e 2022 (todas as tendências temporais permaneceram decrescentes).
No entanto, a incidência mensal foi significativamente menor no primeiro, segundo e terceiro ano após o início da pandemia de COVID-19 (p <0,05). A provisão de RENCs nos serviços odontológicos públicos do Brasil experimentou uma queda dramática nos últimos 15 anos, incluindo após a pandemia da COVID-19.
(Apoio: CAPES N° 001)
PNd0671 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Fluido Gengival: a importância dos testes salivares na incidência e controle da lesão de cárie
Carla Alves de Siqueira Alciati, Driany Tamami Yamashita de Carvalho, Heide Mendonça Moreira de Souza, Priscila Helena de Assis, Caio Paulino Laporta, Cristina Lucia Feijo Ortolani
UNIVERSIDADE PAULISTA - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A cárie dentária é uma das doenças bucais mais prevalentes no mundo, afetando indivíduos de todas as idades. A saliva desempenha papel significativo na saúde bucal, estando envolvida na remineralização do esmalte dentário e na neutralização de ácidos causadores de cáries, estando associada também à avaliação de outras condições de saúde. Compreender as relações entre testes salivares, índices de cárie e outras doenças é fundamental para a prevenção e tratamento eficazes. Esta revisão integrativa busca analisar e sintetizar a literatura sobre essa associação. Realizou-se busca nas bases de dados PubMed e Scielo, com as palavras-chave "cárie dentária", "saliva", "testes salivares" e "índices de cáries", tanto em português quanto traduzidos para o inglês. Foram incluídos estudos publicados entre 2018 e 2023, em português ou inglês. Os critérios de exclusão foram: artigos anteriores a 2018; artigos não relacionados ao tema. Vinte artigos foram localizados, e dez foram revisados após as exclusões. Resultados preliminares indicam forte associação entre parâmetros salivares e cárie. Níveis baixos de pH e capacidade tampão salivares correlacionam-se com maior risco de cárie. Proteínas salivares como lisozima e lactoferrina parecem ter papel protetor contra cárie, sugerindo potencial como biomarcadores para avaliação do risco.
Apesar disso, há grande heterogeneidade nos estudos, o que pode influenciar conclusões, considerando diferenças populacionais, métodos de coleta e análise salivar, e variações nos índices de cárie. Futuros estudos devem focar em padronizar protocolos de avaliação salivar e investigar biomarcadores específicos para enfrentar a cárie dentária com precisão.
PNd0672 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Perfil do indivíduo com fissura orofacial não sindrômica ingressante em um serviço de reabilitação de referência
Lorraynne Dos Santos Lara, Brunna Almeida Guerreiro, Ivan Onone Gialain, Carolina Silvano Vilarinho da Silva, Alexandre Meireles Borba, Cristhiane Almeida Leite da Silva, Andreza Maria Fábio Aranha, Luiz Evaristo Ricci Volpato
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Fissuras orofaciais são anomalias congênitas comuns e ocorrem principalmente na forma não sindrômica (FONS). O Serviço de Reabilitação de Fissuras Labiopalatinas do Hospital Geral (SRFL-HG) em Cuiabá, Mato Grosso (MT), foi criado para atender uma demanda reprimida de pessoas sem acesso ao atendimento adequado. O presente estudo foi realizado com o objetivo de analisar o perfil dos pacientes ingressantes no SRFL-HG. Trata-se de um estudo retrospectivo observacional que analisou os pacientes com FONS atendidos no SRFL-HG entre 2005-2023. Foram considerados idade, sexo, tipo de fissura, data de ingresso no serviço, município de procedência e realização de cirurgias corretivas antes do ingresso no serviço. Foram analisadas 1.460 prontuários de pacientes. Desses, 1.417 atenderam aos critérios de inclusão e foram analisadas de forma descritiva e inferencial (p < 0,05). A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com fissura lábio-palatina, provenientes de municípios do interior de MT, residentes na zona urbana e sem histórico de cirurgia prévia. Houve mudanças no perfil do paciente ao longo do período estudado. Nos primeiros anos do serviço, prevaleciam os pacientes mais velhos e que já haviam realizado cirurgia. Nos anos mais recentes, o perfil do paciente ingressante passou a ser mais jovem e sem cirurgia prévia.
As alterações observadas evidenciam a importância e o impacto significativo do SRFL-HG. Este serviço proporcionou assistência a indivíduos com FONS que anteriormente eram negligenciados em MT. O acesso precoce aos serviços é crucial para atender às necessidades do fissurado, destacando a relevância do SRFL-HG e a necessidade contínua de serviços similares para atender às populações com FONS no Brasil.
PNd0673 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Implementação do MonitoraSB nos serviços de saúde bucal na APS: facilitadores e barreiras na perspectiva dos usuários da inovação
Elisa Lopes Pinheiro, Maria Edileusa Santos, Camilla Aparecida Silva de Oliveira, Renata Maria Mendes de Oliveira, Maria Inês Barreiros Senna, Viviane Elisângela Gomes, João Henrique Lara Amaral, Raquel Conceição Ferreira
DOSP UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Conhecer facilitadores e barreiras da implementação do MonitoraSB, proposta para o monitoramento dos serviços de saúde bucal na Atenção Primária à Saúde (APS), a partir da percepção dos usuários da inovação quanto a aceitabilidade, adequabilidade e viabilidade. Estudo qualitativo que faz parte da pesquisa de implementação do MonitoraSB em 13 municípios mineiros. Foram realizados três grupos focais online com 29 profissionais, que atuam como líderes da implementação (gestores e cirurgiões-dentistas da APS). O roteiro norteador baseou-se nas definições de aceitabilidade, adequabilidade e viabilidade de Proctor et al (2011). Os grupos foram gravados e transcritos. A análise de conteúdo resultou em 12 categorias e 9 subcategorias agrupadas em três temas: potenciais impactos do MonitoraSB; determinantes da implementação nos serviços; estratégias para implementar e avaliar o MonitoraSB. Emergiram como facilitadores: potencial da inovação para qualificar a gestão, o processo de trabalho e a assistência, capacidade de ampliar o controle social e revelar problemas de registro dos dados no Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica; a compatibilidade do monitoramento com o processo de trabalho existente e estratégias locais para viabilizar a implementação. Como barreiras identificou-se: falta de compreensão dos profissionais sobre os sistemas de informação, modelo biomédico predominante, condições desfavoráveis de trabalho e concepção de monitoramento como fiscalização.
Os profissionais reconhecem os potenciais do MonitoraSB para qualificar os serviços de saúde bucal revelando aceitabilidade, adequabilidade e viabilidade, mas consideram necessário superar as barreiras por meio de estratégias de implementação.
(Apoio: CAPES N° 88887804054/2023-00 | FAPEMIG N° 00763-20 | CNPq N° 445286/2023-7)
PNd0674 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Recursos e motivações familiares que favorecem a saúde bucal de crianças em situação de vulnerabilidade social
Luana Mendonça Curvelo Lacerda, Maíra Pontes Coelho Dos Santos, Andréa Neiva da Silva
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo qualitativo objetivou analisar, à luz da teoria salutogênica, os recursos e as motivações da família que favorecem a saúde bucal de crianças em situação de vulnerabilidade social. Participaram do estudo 20 cuidadores e respectivas crianças (06 a 12 anos) cujas famílias eram beneficiárias do programa Bolsa Família e estavam cadastradas em uma unidade municipal de saúde localizada no bairro de Ramos (Rio de Janeiro, RJ). Através de entrevistas semiestruturadas (gravadas e transcritas) com os cuidadores cujas crianças apresentavam prevalência muito baixa de cárie foram investigados dados sociodemográficos familiares, recursos e motivações para os cuidados bucais. Os componentes do senso de coerência (capacidade de compreensão, de manejo e de conferir sentido emocional) foram as categorias pré-definidas para a análise temática empregada na qual emergiram três temas: 1) compreensão da relação de causa-efeito que incluiu as categorias conhecimento de hábitos saudáveis desde a primeira infância refletindo a capacidade de compreensão materna; 2) Apoio recebido, dedicação e determinação que abrangeu as categorias apoio social e institucional, cuidados maternos, autonomia da criança, autoestima e autocuidado maternos refletindo a capacidade de manejo; e 3) experiências dentárias pregressas da mãe e significados da boca que refletiram as motivações e a capacidade de conferir sentido emocional.
Bom letramento em saúde bucal materno, apoio social e institucional, fatores psicossociais individuais, dedicação aos cuidados bucais, experiências dentárias anteriores maternas e percepção materna sobre as funções sociais e estéticas da boca favoreceram a saúde bucal de crianças em situação de vulnerabilidade social.
PNd0675 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Mães de crianças com autismo: percepção sobre o diagnóstico do filho e desdobramentos na rotina diária
Mariana Laís Silva Celestino, Gabriela Lopes Angelo Dornas, Francine Eduarda Pereira Lima, Camilla Vieira Rodrigues, Heloisa Vieira Prado, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Ana Cristina Borges-Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou analisar a percepção de um grupo de mães com filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) acerca do momento de descoberta do diagnóstico do filho e os desdobramentos na rotina do dia a dia. Foi desenvolvido um estudo qualitativo com 15 mães de crianças com TEA na faixa etária de seis a 12 anos, atendidas na Faculdade de Odontologia da UFMG, em Belo Horizonte -MG. As mães participaram de uma entrevista online. As falas foram analisadas a partir da análise de conteúdo. Foram identificados dois núcleos temáticos: diagnóstico do autismo e rotina diária. Os resultados mostraram que o diagnóstico de um filho com TEA ocasionou significativas mudanças na vida da família. De acordo com as falas houve um aumento da sobrecarga das mães, que passaram a desempenhar diversas funções em prol do bem-estar e tratamento do filho com TEA. As entrevistadas sinalizaram que o envolvimento paterno tende a ser ausente ou limitado. O cuidado diário da criança com autismo normalmente é restrito as mães, que se sentem isoladas pela família e como únicas responsáveis pelos seus filhos.
O diagnóstico de um filho com TEA promove um grande impacto na rotina das famílias, sobretudo das mães, que são em sua grande maioria a principal cuidadora dessas crianças.
PNd0677 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Utilização de serviços de saúde bucal por adultos de comunidades rurais ribeirinhas da Amazônia
Marilia Gabriela Silva Marinho, Adrielly Carvalho Guedes, Fernando Jose Herkrath, Diego dos Santos Cordeiro, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath
Faculdade de Odontologia - FAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi descrever as características de utilização dos serviços de saúde bucal por adultos residentes em localidades rurais ribeirinhas do rio Negro, Manaus, Amazonas. Foi realizado estudo transversal, de base domiciliar, envolvendo dois territórios de abrangência de uma equipe da Estratégia Saúde da Família Fluvial. Os dados foram coletados diretamente nos domicílios por meio de um questionário eletrônico, utilizando o aplicativo Research Electronic Data Capture, instalado em smartphone, incluindo a caracterização demográfica e socioeconômica, a morbidade bucal autorreferida, autopercepção da saúde bucal e utilização dos serviços de saúde bucal. O banco foi exportado para o programa Stata MP, versão 15.0, sendo realizada a análise descritiva dos dados. O inquérito incluiu 157 adultos, sendo a maioria do sexo feminino (61%). A idade média dos participantes foi 43,2 anos (±DP=16,6), variando de 18 a 80 anos. O número médio de dentes perdidos foi 11,0 e 15,9% eram edêntulos totais. Percebiam a saúde bucal como regular ou ruim 33,8% dos participantes e 26,1% relataram dor dentária nos seis meses anteriores à entrevista. Aproximadamente 46% haviam buscado atendimento no último ano e sido atendidos. Apesar da grande dependência do serviço público (70,1%), 26,6% haviam realizado a última consulta no serviço particular, em um local fora da comunidade. Os principais motivos da última consulta foram procedimentos preventivos ou de rotina (33,8%), extração (24,8%) e tratamento dentário (14%).
Os resultados sugerem a existência de barreiras à utilização dos serviços de saúde bucal pela população de estudo, bem como de condições de morbidade autorreferidas de saúde bucal insatisfatórias.
(Apoio: CAPES | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) | Programa Fiocruz Inova Amazônia (Edital 004/2022))
PNd0678 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Análise das disparidades sócio-geográficas do aconselhamento genético no Brasil
Lais Mota Jaime, Irene Plaza Pinto, Aparecido Divino da Cruz, Rafael Aiello Bomfim, Pedro Paulo Chaves de Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A região orofacial, área de atuação do cirurgião-dentista, manifesta cerca de 40% dos fenótipos associados a síndromes genéticas. A identificação destas manifestações e o encaminhamento para o serviço especializado em aconselhamento genético (AG) é essencial para a melhoria da qualidade de vida destes pacientes e suas famílias. Porém Os serviços de AG enfrentam desafios de acesso e implementação eficazes. Esse estudo visa investigar a distribuição do serviço de AG prestado pelo SUS, entre jan/23 a dez/23, utilizando o banco de dados SIASUS para coletar informações de diferentes regiões do Brasil. Foram lançados no SIASUS 14.613 atendimentos de AG em 15 cidades, sendo que houve necessidade de deslocamento entre estados em 300 (2,05%) atendimentos. A região que mais atendeu pacientes no AG foi a Sul com 6.436 (44,04%), Nordeste com 4.367 (29,88%), Sudeste com 2.858 (19,56%), Centro-Oeste com 947 (6,48%) e Norte com 5 (0,03%). Dos profissionais que prestaram o AG, a maioria foram médicos geneticistas com 14.270 (97,65%) atendimentos, seguido por biomédicos com 263 (1,70%), biólogos com 75 (0,51%) e farmacêuticos com 5 (0,03%). Em relação à idade dos pacientes, 7.581 (51,88%) tinham até 11 anos e 7.032 (48,12%) eram maiores de 11 anos. Em relação à etnia, 7.435 (50,88%) eram brancos, 6.324 (43,28%) pardos, 653 (4,47%) pretos, 157 (1,07%) amarelos é 16 (0,11%) indígenas. Em relação ao sexo, foram atendidas 7.513 (51,41%) do sexo feminino e 7.100 (48,59%) do sexo masculino.
Os resultados sugerem disparidades no atendimento do AG no Brasil. Dessa forma, capacitar os cirurgiões-dentistas para a realização de AG no serviço público do Brasil pode minimizar desigualdades regionais e raciais, contribuindo para a equidade e fortalecimento do SUS.