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PLN001 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Desenvolvimento de biotintas de gelatina metacrilada funcionalizada com nanopartículas de óxidos bioativos
Lígia Espoliar Corrêa, Ester Alves Ferreira Bordini, Vitor de Toledo Stuani, Erika Soares Bronze-uhle, Carlos Alberto de Souza Costa, Diana Gabriela Soares
Dentística UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se o desenvolvimento de biotintas de gelatina metacrilada (GelMA) funcionalizada com óxidos de magnésio (MgO) e silício (SiO) aplicada a engenharia do tecido ósseo. Biotintas de GelMA a 15% incorporadas ou não com 0,025 ou 0,05% (p/v) dos óxidos (<50 nm) foram preparadas, sendo testado o intumescimento e degradabilidade (massa), liberação dos óxidos (espectroscopia), composição química (FTIR), topografia de superfície e porosidade (MEV). Pré-osteoblastos (MC3T3) foram semeados sobre as biotintas, sendo a viabilidade (live/dead), proliferação (alamar blue) e deposição de matriz mineralizada (alizarin red) avaliados em até 14 dias. A injetabilidade (massa) e printabilidade (rodamina B) foi testada em bioimpressora de extrusão, sendo a migração, adesão e espalhamento (F-actina) das células nos scaffolds bioimpressos avaliada em sistema on-a-chip em biorreator de perfusão. As biotintas apresentaram tumidez e degradabilidade similares (p>0,05). Aglomerados dos óxidos dispersos foram observados em MEV, os quais não interferiram no grau de porosidade (p>0,05). A análise em FTIR confirmou a presença dos óxidos, os quais foram liberados de forma controlada. As formulações foram citocompatíveis, havendo bioestimulação na proliferação e deposição de matriz mineralizada na presença de 0,05% dos óxidos (p<0,05). A incorporação de óxidos não causou alteração nas características de injeção e bioimpressão do GelMA, sendo obtidos scaffolds porosos com arquitetura organizada, os quais permitiram maior infiltração celular in vitro.

Concluiu-se que a incorporação de MgO e SiO a 0,05% em biotintas de GelMA apresenta-se como uma estratégia para aumentar a bioatividade de scaffolds bioimpressos para regeneração óssea.

(Apoio: FAPESP  N° 2023/08880-1)
PLN002 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Desenvolvimento, caracterização e citoxicidade de um scaffold de GelMA para terapia regenerativa pulpar: estudo in vitro
Larissa Moreira Pinto, Gabriela Cardoso Ferreira, Fabiana Soares Grecca, Juliana Silva Ribeiro de Andrade, Daiana Elisabeth Böttcher
Pós-graduação PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo visou desenvolver, caracterizar e avaliar a citotoxicidade de um scaffold de GelMA para aplicação em terapias regenerativas da polpa. O GelMa foi produzido nas concentrações de 15%, 17,5% e 20% e caracterizado através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Cada concentração foi avaliada quanto à sorção (t0, 24h e pós-liofilização), taxa de degradação e citotoxicidade (MTT) em Fibroblastos 3T3. Todos resultados foram analisados estatisticamente quanto a sua homoscedasticidade e aderência à curva normal com o teste de Shapiro-Wilk. Após, os resultados foram submetidos aos testes estatísticos apropriados com nível de significância de 95%. Na análise por MEV, não houve diferença estatística entre as concentrações (Kruskall wallis: p>0,05). Com relação à sorção, quando avaliadas diferentes concentrações, no mesmo tempo, não houve diferença estatística (ANOVA 1 via: p>0,05). Todavia, analisando o mesmo grupo em tempos diferentes, o scaffold pós-liofilização apresentou a menor sorção (ANOVA medidas repetidas: p<0,05) com relação a t0 e 24horas. Os tempos t0 e 24 horas não diferiram entre si. GelMA a 20% apresentou menor degradação até o período de 9 horas (Fridmann: p<0,05). A partir de 9h, houve diferença estatística em comparação com t0 para os grupos 15% e 17,5% (Fridmann: p<0,05). Todos os grupos se comportaram de maneira semelhante no teste de MTT (ANOVA 1 via: p>0,05).

Não houve alterações morfológicas entre as 3 concentrações testadas. O perfil de absorção de água foi semelhante entre as concentrações, exceto após a liofilização. O grupo de 20% degradou mais lentamente. A viabilidade celular foi mantida em todas as concentrações.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PLN003 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Interação de Biomateriais Odontológicos com o Periósteo: Explorando Novas Fronteiras
Valdeci Ferreira de Lima, Larissa Slivka Moreira, Luciane Portas Capelo
CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O periósteo é uma membrana celularizada que recobre a porção mineralizada dos ossos. É responsável pelo crescimento ósseo aposicional e pela regeneração de fraturas ósseas. Biomateriais membranosos têm sido usados na clínica odontológica para proteção, regeneração e formação de tecido ósseo por diferentes mecanismos. O objetivo deste estudo foi avaliar histologicamente a interação do periósteo com biomateriais comerciais. Camundongos C57B6 (CEUA 8801141221) foram alojados adequadamente e submetidos à cirurgia para criação de lesões ósseas calvariais. As lesões foram realizadas com uso de ponta diamantada (2mm) para preservar o periósteo adjacente. Os animais foram distribuídos em 3 grupos: Grupo 1:controle; Grupo 2: Membrana de Colágeno (Critéria); Grupo 3: Membrana de Polipropileno (Bone Heal). Após 7 e 35 dias, os animais foram eutanasiados, suas calotas cranianas coletadas e mantidas em paraformaldeído a 4% ou freezer, sendo então processadas para avaliação histológica e tomografia computadorizada (Skyscan). Os resultados da microtomografia após 35 dias indicam lesão completa das calotas e sinais de regeneração no grupo Controle. Achados histológicos sugerem preservação do periósteo na borda da lesão. Ambas as membranas implantadas podem ser visualizadas aos 7 dias. A membrana de polipropileno sofreu avulcionamento durante o processamento, estando presente também aos 35 dias. No mesmo grupo observa-se coágulo sanguíneo e espessamento do periosteal com neutrófilos detectáveis.

Conclui-se que as membranas de colágeno e a de polipropileno demonstraram interações distintas com o periósteo. Se faz agora necessária a caracterização molecular dos processos envolvidos nessas interações.

PLN004 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Blenda polimérica PTMC/PLGA com associação de cerâmica bifásica: in vivo e in vitro estudo
Ely Edson Paiva Barbosa, Isabella Ferreira Nardi Barbosa, Pedro Giorgetti Montagner, Lucas Novaes Teixeira, Lexie Shanon Holliday, Elizabeth Ferreira Martinez
Biologia Celular e Tecidual FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo avaliou as propriedades físicas e biológicas de uma membrana obtida por eletrofiação de uma blenda polimérica (70:30) de poliácido lático-co-glicólico (PLGA) e poli-trimetileno carbonato (PTMC) em 2 espessuras diferentes, 300 µm e 600 µm, incorporadas ou não com partículas de cerâmica bifásica contendo 60% hidroxiapatita (HA) e 40% de β-tricálcio fosfato (TCP). Foram avaliados os seguintes parâmetros: i) caracterização ultraestrutural das membranas obtidas, ii) mensuração da área superficial e volume total de poros, iii) tensão de ruptura, iv) avaliação do pH de dissolução, v) ensaio de degradação, vi) avaliação in vivo do potencial de neoformação óssea em defeitos críticos realizados em calvária de ratos. Os espécimes foram divididos nos seguintes grupos amostrais: G1 = 300 µm, G2 = 300 µm + HA/TCP, G3 = 600 µm, G4 = 600 µm + HA/TCP. Os resultados evidenciaram estrutura fibrilar em diversas orientações em todos os grupos, com presença dispersa de HA/TCP quando incorporado na eletrofiação. Quanto à área superficial, volume total dos poros e avaliação de pH de dissolução, observou-se maiores valores quando incorporado HA/TCP (G2 e G4), comparado às membranas sem incorporação (G1 e G3) (p<0,05). A tensão de ruptura foi maior para membranas mais espessas (G3 e G4) e levemente menor nas incorporadas com HA/TCP (G2 e G4), sendo observada maior neoformação óssea aos 30 dias para G4 quando comparado aos demais grupos.

Os resultados deste estudo indicam que a blenda polimérica de PLGA e PTMC, especialmente quando adicionada com HA/TCP, podem ser promissoras como membranas para uso em procedimentos clínicos de ROG, representando uma alternativa aloplástica viável em relação aos produtos atualmente disponíveis.

PLN005 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Efeito da incorporação de genisteína ao Biogran® e Bio-Oss® através da sonoquímica em defeitos peri-implantares de ratas ovariectomizadas
Nathália Dantas Duarte, Marcelly Braga Gomes, Fábio Roberto de-Souza-Batista, Paula Buzo Frigério, Ana Cláudia Ervolino da Silva, Paulo Roberto Botacin, Paulo Noronha Lisboa Filho, Roberta Okamoto
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O intuito do presente estudo é avaliar o desempenho da biomolécula genisteína incorporada ao Biogran® (BG) e Bio-Oss® (BO), através da rota sonoquímica, no processo de reparo ósseo em defeitos peri-implantares de ratas ovariectomizadas. Para tal, 50 ratas randomizadas e ovariectomizadas foram divididas em 5 grupos: 'CLOT' grupo coágulo, sem biomaterial; 'BGN' Biogran® in natura; 'BG+GEN' Biogran® funcionalizado com genisteína; 'BON' Bio-Oss® in natura; 'BO+GEN' Bio-Oss® funcionalizado com genisteína. 30 dias após a ovariectomia, foi confeccionado o defeito peri-implantar (3 mm) e cada animal recebeu um implante (2x2 mm) na metáfise tibial. A eutanásia dos animais ocorreu 28 dias pós-operatório. As análises biomecânica (contra-torque) e microtomográfica (BV/TV, Tb.Th, Tb.N, Tb.Sp, IS), foram realizadas. Através do torque de remoção, os maiores valores foram nos grupos BON (8.9 N.cm), BO+GEN (7.9 N.cm) e BG+GEN (6.9 N.cm), superiores ao grupo CLOT. Estatisticamente, foi aplicado ANOVA one way e pós teste de Tukey, houve diferença estatística entre os grupos CLOT vs BG+GEN e BON vs BO+GEN (p<0,05). A respeito da análise microtomográfica, para os parâmetros BV/TV, Tb.Th, Tb.N, Tb.Sp foi aplicado ANOVA two way considerando os seguintes fatores: a presença ou não da funcionalização por genisteína e cada biomaterial testado, com o objetivo de verificar a interferência da biomolécula incorporada aos biomateriais, no qual houve diferença estatística entre os grupos BG e BO. Para o parâmetro IS, não houve diferença estatística entre os grupos.

Com base nos resultados obtidos foi possível concluir que a genisteína associada ao Biogran® e ao Bio-Oss® em ratas com deficiência de estrógeno otimizou o processo de reparo ósseo peri-implantar.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2022/07158-8)
PLN006 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Influência da colagenase sobre a liberação de ácido zoledrônico em matriz óssea e efeito sobre osteoblastos humanos
Isabela Massaro Ribeiro, Taisa Nogueira Pansani, Ana Carolina Chagas, Carlos Alberto de Souza Costa, Fernanda Gonçalves Basso
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O uso de ácido zoledrônico (AZ) tem sido associado a atrasos no reparo e remodelação óssea. Este efeito pode estar relacionado ao aumento da expressão de mediadores pró-inflamatórios. Este estudo avaliou a influência da colagenase tipo I sobre a liberação de AZ da matriz óssea e o efeito desta liberação sobre osteoblastos humanos. Para isso, matrizes ósseas bovinas foram incubadas por 24h (37oC) em DMEM contendo 30 mM de AZ. A seguir, estas matrizes foram incubadas por 24h com colagenase tipo I (3 mg/mL). Então, uma alíquota do meio de cultura foi coletado e submetido a análise de absorbância a 210 nm para determinar a concentração de AZ liberada. Outra alíquota do meio de cultura contendo AZ foi transferido para a placa de cultura, onde osteoblastos humanos (SaOs-2) haviam sido previamente semeados. Após 24h de contato, as células foram avaliadas quanto a viabilidade e síntese de TNF-. Os dados foram analisados por ANOVA/Tukey (=0,05). A absorbância do meio de cultura foi maior para os grupos matriz+AZ+colagenase, seguido do grupo matriz+AZ e matriz. As células em contato com o meio contendo AZ apresentaram redução significativa da viabilidade celular (65%), enquanto as células expostas ao meio referente ao grupo matriz +AZ+ colagenase apresentaram apenas 20% de viabilidade. A síntese TNF- foi maior para o grupo matriz+AZ+ colagenase.

A presença da colagenase estimulou a liberação de AZ da matriz óssea, o que aumentou a expressão de TNF- e causou maior efeito citotóxico sobre osteoblastos.

PLN007 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação histológica do desempenho da hidroxiapatita porcina em fragmentos de enxertos: resultados preliminares
Tatiana Teixeira de Miranda, Juliana dos Santos Neves, Alexsander Ribeiro Pedrosa
Microbiologia e Imunologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Defeitos ósseos residuais gerados pela doença periodontal representam um grande desafio para o implantodontista. Nesse contexto, a hidroxiapatita de origem porcina emerge como uma nova alternativa para superar as limitações dos enxertos autógenos. O presente estudo teve por objetivo avaliar preliminarmente o desempenho da hidroxiapatita porcina em fragmentos de enxertos. Os cortes foram corados pelo picrosirius red e analisados sob microscopia de campo claro e polarização quanto aos aspectos histológicos qualitativos do fragmento coletado. Para a análise da porcentagem de volume do tecido ósseo formado na região foi utilizado o software Image pro-plus, no qual uma grade quadriculada de 100x100 µm foi posicionada sobre as imagens do fragmento obtidas com aumento final de 250x e as intersecções coincidentes com a matriz óssea foram contadas e calculadas como uma porcentagem do número total de intersecções presentes na grade. Após 8 meses, observou-se ausência de infiltrado inflamatório e a presença de osso lamelar na superfície das partículas e nas bordas do fragmento, incluindo a presença de sistemas de Havers na região mais profunda deste. Em algumas partículas foram observadas uma camada de osteoblastos na sua superfície sem a presença de matriz óssea, evidenciando que o processo de síntese de matriz óssea ainda está ativo neste período de reparo. À microscopia de luz polarizada observou-se a presença de osso maduro/lamelar de coloração amarelo-avermelhado evidenciando a organização das fibras colágenas do tipo I na matriz. A porcentagem de volume médio de osso formado no fragmento aos 8 meses de reparo foi de 40% (±1,9).

O material apresentou características de biocompatibilidade, osteocondução e osteoindução.

PLN008 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Campo eletromagnético pulsado como tecnologia promissora no controle de infecções peri-implantares
Khalila Chequer Cotrim, Fabio Rodrigues de Azevedo, Jamil Awad Shibli, Valentim Adelino Ricardo Barão, Luciene Cristina de Figueiredo, Raphael Cavalcante Costa, Maria Helena Rossy Borges, João Gabriel Silva Souza
Doutorado Implantodontia UNIVERSIDADE GUARULHOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Infecções polimicrobianas são a principal causa de falha no tratamento com implantes dentais. No entanto, embora seja uma condição prevalente, não existe consenso quanto ao melhor tratamento. A tecnologia de campo eletromagnético pulsado foi introduzida como uma modalidade segura e eficaz para aprimorar respostas biológicas. Porém, seu efeito na modulação microbiana de infecções relacionadas a implantes ainda não foi investigado, sendo testado no presente estudo. Cicatrizadores contendo tal tecnologia miniaturizada foram testados. Avaliou-se os efeitos do pulso nas propriedades de superfície do dispositivo e no seu comportamento eletroquímico. Modelos in vitro e in situ foram utilizados para avaliar o efeito do campo eletromagnético pulsado na adesão e modulação do biofilme polimicrobiano. A ativação do pulso não alterou a composição química, rugosidade superficial, molhabilidade e comportamento eletroquímico do cicatrizador. A tecnologia melhorou a adsorção de proteínas salivares humanas. A análise microbiológica revelou que o pulso controlou efetivamente o acúmulo microbiano in vitro, reduzindo os níveis de 25 espécies bacterianas. No estudo in situ, os dispositivos foram inseridos nas cavidades orais dos pacientes. A análise de sequenciamento de RNA 16S evidenciou uma redução de cinco vezes em 35 espécies bacterianas para o pulso, incluindo patógenos fortemente associados a infecções peri-implantares. O campo eletromagnético pulsado alterou as interações bacterianas e promoveu vias bacterianas específicas, mostrando um mecanismo de sobrevivência dos microrganismos.

A tecnologia de campo eletromagnético pulsado apresentou resultados promissores no controle e tratamento das infecções peri-implantares.

PLN009 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação da microarquitetura do tecido ósseo reparacional frente a utilização de diferentes proporções de hidrogéis de DNA
Tatiany Aparecida de Castro, Naara Gabriela Monteiro, Ana Cláudia Ervolino da Silva, Gabriela Morais Julião, Karina Midori Mori Carneiro, Roberta Okamoto
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O DNA emergiu como um dos biomateriais mais promissores na engenharia de tecidos. Uma de suas funções é recrutar cátions inorgânicos, como cálcio, que interagem com seu esqueleto aniônico orientando a cristalização, sendo seu uso como "scaffold" interessante para reconstruções ósseas. Este estudo avaliou o potencial regenerativo de hidrogéis de DNA nas proporções 1:3 (degradação mais rápida) e 1:1,5 (degradação mais lenta) com o controle negativo (Buffer), em defeitos ósseos de tamanho crítico em calvárias de ratos, através da análise microtomográfica. Após a aprovação do Comitê de Ética, 18 ratos Wistar, foram divididos em 3 grupos: Buffer, DNA 1:3 e DNA 1:1,5 e subdivididos de acordo com o período de eutanásia. No tempo zero, os animais foram submetidos a cirurgia para obtenção do defeito ósseo e a inserção do biomaterial. A eutanásia foi feita 28 e 60 dias após a cirurgia, por sobredosagem anestésica. Os dados obtidos foram submetidos a estatística com nível de significância de 5%. Em Bv.Tv o grupo DNA 1:1,5 obteve maiores valores em ambos os períodos de eutanásia, com diferença estatística entre Buffer e DNA 1:3, Buffer e DNA 1:1,5 (28 dias) e entre Buffer e DNA 1:1,5 (60 dias). Em Tb.Th destacou-se o grupo DNA 1:3 no período 28 dias e em 60 dias o grupo Buffer, sem diferenças estatísticas. O grupo DNA 1:1,5 obteve destaque em Tb.N em ambos os períodos com diferenças estatísticas entre Buffer e DNA 1:3, Buffer e DNA 1:1,5 60 dias. Em Tb.Sp no período de 28 dias foram obtidos maiores valores em DNA 1:3 e em 60 dias no grupo Buffer, sem diferenças estatísticas.

A utilização de hidrogéis de DNA promoveu melhora na microarquitetura e dinâmica da biomineralização, porém, mais estudos são necessários para melhor caracterizar seus efeitos no sítio reparacional.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/08734-5)
PLN010 - Painel Prêmio Plenum de Inovação Tecnológica em Biomateriais
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Revestimento fotocatalítico: nova abordagem para a reabilitação com implantes dentários - da osseointegração ao controle de infecção
Bruna Egumi Nagay, Raphael Cavalcante Costa, Maria Helena Rossy Borges, Caroline Dini, Luciano Tavares Angelo Cintra, Leonardo Perez Faverani, Jeroen Van Den Beucken, Valentim Adelino Ricardo Barão
Prótese e Periodontia FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Apesar do aumento da perda de implantes dentários devido a falhas na osseointegração e infecções, ainda não há uma solução eficaz para abordar esses desafios simultaneamente. Assim, objetivou-se desenvolver um revestimento inteligente, multifuncional e responsivo à luz visível, composto por dióxido de titânio e bismuto (Bi/TiO2), utilizando a tecnologia de plasma eletrolítico de oxidação, para potencializar o reparo ósseo e controlar infecções peri-implantares. Caracterizações físico-químicas, mecânicas, antimicrobianas (in vitro e in situ), de citocompatibilidade (fibroblasto e pré-osteoblasto) e imunológicas (plaquetas e macrófagos) foram realizadas. Testes in vivo em ratos foram conduzidos para confirmar a eficácia antimicrobiana e anti-inflamatória do revestimento (modelo subcutâneo), bem como sua capacidade de osseointegração (modelo em tíbia). Como resultados, Bi/TiO2 apresentou resistência ao desgaste, citocompatibilidade, bioatividade e efeito antimicrobiano intrínseco. Devido à capacidade fotocatalítica, a irradiação do revestimento potencializou a redução do biofilme e alterou sua composição para um perfil menos patogênico. Além disso, o Bi/TiO2 favoreceu a polarização de macrófagos para o fenótipo M2. Os dados in vivo demonstraram modulação da resposta inflamatória e reparo tecidual subcutâneo, bem como maior neoformação óssea e expressão de marcadores osteogênicos na tíbia.

O revestimento fotocatalítico desenvolvido parece promissor para a reabilitação com implantes, pois integra em um único biomaterial, propriedades osteogênicas, imunomoduladoras, antimicrobianas e fotocatalíticas, abrangendo desde a fase inicial de osseointegração até a prevenção e tratamento de infecções.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 19/17238-6  |  CAPES  N° 001  |  FAPs - FAPESP  N° 22/16267-5)