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PIa0042 - Painel Iniciante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

O efeito protetivo dos anti-inflamatórios não esteroidais nas reabsorções dentárias de origem ortodôntica
Mylena Ferraro Torres, Samanta Oliveira, Bruno Calsa, Milton Santamaria-Jr
Departamento de Odontologia Social e Clí INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Fármacos podem interferir nos mecanismos da movimentação ortodôntica e consequentemente causar efeitos indesejáveis como as reabsorções dentárias. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) na movimentação dentária ortodôntica (05/2023-CEUA). Trinta ratos da linhagem Wistar, com 300g foram divididos em três grupos. Grupo movimento ortodôntico (Mov): animais submetidos somente à movimentação dentária; Grupo Experimental Acetominofeno (Mov+ACF): animais com aplicação diária de acetominofeno e movimentação dentária; Grupo Experimental Ácido Acetilsalicílico (Mov+AAS): animais com administração diária de ácido acetilsalicílico e movimentação dentária. Para todos os grupos foram avaliados dois períodos experimentais de 5 e 9 dias, observando os efeitos no ligamento periodontal e na superfície da raiz distovestibular do 1º molar superior, através de análises histomorfométricas, realizadas no terço cervical, onde os fenômenos inflamatórios e de reabsorção óssea são encontrados com maior exuberância, afim de se quantificar vasos sanguíneos, área hialina e reabsorções radiculares (% de área). A estatística foi realizada através da análise de variância (ANOVA) e pós-teste de Tukey, adotando-se nível de significância de 5%. Em 5 dias houve diminuição significativa de vasos no grupo Mov+ACF (p<0,05) e não houve diferença na presença de área hialina no ligamento periodontal (p>0,05). Por outro lado, houve menor reabsorção radicular nos grupos Mov+AAS e Mov+ACF em 5 e 9 dias (p<0,05).

Pode-se concluir que os anti-inflamatórios estudados, nos períodos de movimentação dentária aplicados, podem exercer efeito protetivo contra a reabsorção dentária ortodôntica.

(Apoio: CNPq  N° 9593)
PIa0043 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Caracterização da hipomineralização de molares decíduos e hipomineralização de molares e incisivos em pacientes com fissura orofacial
Amanda Pereira Melo, Aline Leite de Farias, Diego Fernando Rojas-gualdron, Manuel Restrepo, Karina Gottardello Zecchin, Kasandra Verónica Yupanqui Barrios, Diego Girotto Bussaneli, Lourdes Santos-pinto
Departamento de morfologia e clínica inf UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Pacientes fissurados são mais suscetíveis aos defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDE), principalmente às hipoplasias e hipomineralizações. Este trabalho tem a finalidade de identificar e caracterizar a hipomineralização de molares decíduos (HMD) e a hipomineralização de molares e incisivos (HMI), bem como outros DDE em pacientes fissurados dependendo da dentição, tipo de dente, fenótipo e lateralidade das fissuras. Neste estudo transversal foram avaliados 6432 dentes decíduos e permanentes de pacientes fissurados com idade entre 3 e 14 anos em um hospital referência no tratamento, utilizando fotografias intraorais. A classificação da hipomineralização demarcada foi realizada por um examinador calibrado utilizando o índice HMI. Análises estatísticas foram realizadas usando modelo linear generalizado binomial. Os molares decíduos e permanentes foram mais afetados pela HMD e HMI, enquanto incisivos e caninos foram mais afetados pelas hipoplasias, sendo o arco superior o mais afetados pelos DDE. Os fenótipos de fissuras envolvendo o palato foram associados à HMD (OR = 31; IC 95%: 1,0 - 59,3) e à HMI (OR = 31,6; IC 95%: 0,6 - 53,2).

Pacientes fissurados apresentaram alta prevalência de HMD e HMI no arco superior e foram associados aos fenótipos mais severos das fissuras

PIa0044 - Painel Iniciante
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Associação de arginina com uma fonte solúvel de cálcio e flúor: efeito anticárie e antibiofilme em dentina
Giovanna da Cunha Mendonça, Karina Borges Salomão, Fernanda Lourenção Brighenti, Gabriel Pereira Nunes, Alberto Carlos Botazzo Delbem, Marcelle Danelon
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cárie é uma doença multifatorial, mediada pelo hospedeiro e modulada pelo biofilme e pela dieta. Sua alta prevalência mundial demanda o desenvolvimento de medidas preventivas eficazes. A arginina tem mostrado bons resultados em tratamento de cárie em esmalte, e sua associação com fontes de fluoreto e cálcio pode intensificar seu efeito preventivo. Esse trabalho avaliou o potencial anticárie e antibiofilme da associação in vitro de arginina (Arg), fluoreto (F) e glicerofosfato de cálcio (CaGP) em dentina radicular bovina. Foi mimetizado o biofilme formado in vivo em blocos de dentina radicular bovina (n=10). As variáveis analisadas foram a acidogenicidade dos biofilmes, viabilidade bacteriana, microdureza de superfície, concentração de polissacarídeos extracelulares solúveis em álcali e conteúdo mineral da dentina (gHap.cm-3). Os dados foram analisados com o programa IBM SPSS Statistics 22 (α=0,05). A associação Arg+F+CaGP manteve maior microdureza de superfície e conteúdo mineral comparado ao tratamento F (p<0,05). Grupos tratados com a arginina apresentaram menor acidogenidade do biofilme. Não houve diferença estatística entre os tratamentos para as variáveis viabilidade microbiana e concentração de polissacarídeos.

Conclui-se que uso de associações como a proposta deste trabalho pode ser alternativa ao tratamento convencional com fluoreto, atuando na modulação da acidogenicidade do biofilme e do processo de desmineralização da dentina radicular.

(Apoio: FAPESP  N° 2019/08375-0)
PIa0045 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação da habilidade de formação de biofilme em dentina por Candida albicans e sua correlação com a hidrofobicidade fúngica
Luis Felipe Tost, Tatiana Teixeira de Miranda
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Candida albicans é a espécie fúngica mais frequentemente isolada em infecções endodônticas. A formação de biofilme na dentina dificulta a resolução dessas infecções sendo considerada um importante fator de virulência microbiano. O presente estudo teve por objetivo medir a hidrofobicidade celular e avaliar a habilidade de formação de biofilme em dentina entre isolados de C. albicans obtidos de canais radiculares necróticos e do dorso lingual. A hidrofobicidade da superfície celular foi determinada pelo método de adesão microbiana a hidrocarbonetos, também chamado teste de partição em duas fases. O ensaio de redução do XTT (2,3-bis(2-metoxilo-4-nitro-5-sulfo-fenil)-2H-tetrazólio-5-carboxanilida) foi utilizado para medir a atividade metabólica nos biofilmes. Apesar de terem sido evidenciadas variações intra-específicas na hidrofobicidade microbiana, a maioria das amostras de C. albicans foi caracterizada por uma hidrofibicidade moderada, independente do sítio de isolamento. Os isolados provenientes tanto do dorso lingual como do canal radicular necrótico demonstraram uma habilidade mediana de formação de biofilme no substrato dentinário. A análise de correlação de Spearman entre a formação de biofilme na dentina e a hidrofobicidade dos isolados indicou uma relação inversamente proporcional entre os dois parâmetros.

Conclui-se que a capacidade de formação de biofilme é uma característica putativa das leveduras C. albicans e que a medida da hidrofobicidade celular pode ser utilizada como um fator preditor dessa capacidade.

PIa0046 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Indicadores de saúde bucal e de assistência odontológica em pacientes hospitalizados com COVID-19
Guilherme Silva Carvalho, Thais Withiney Serejo de Jesus, Mirtes Maria Ferreira Corrêa, Natália De Castro Corrêa, Matheus Moreira Lima Costa, Samuel Fernandes Sousa Júnior, Vandilson Pinheiro Rodrigues, Rosana Costa Casanovas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho é relatar e quantificar indicadores de qualidade na assistência odontológica em pacientes internados com Covid-19 em um Hospital de Alta Complexidade em São Luís, Maranhão. Um estudo retrospectivo foi conduzido com dados de 295 pacientes hospitalizados por pelo menos 10 dias. Foram coletadas variáveis relacionadas à condição de saúde geral, demográficas, sinais e sintomas da COVID-19, evolução hospitalar e dados sobre saúde bucal. A análise estatística incluiu as medidas descritivas das variáveis categóricas e numéricas. O teste Mann-Whitney foi utilizado na análise comparativa, adotando o nível de significância de 5%. A amostra foi composta por 58,3% de homens e 41,7% de mulheres com média de idade de 60,8 ±17,4 anos. A média de dias sob internação hospitalar foi de 19,9 ±10,3 dias. Apenas 47,5% apresentava alguma avaliação de saúde bucal na admissão e 58% realizavam higiene bucal durante o período de internação. Entre os avaliados quanto ao fluxo salivar, 46,9% tinham xerostomia/hipossalivação. Os pacientes com alteração de mucosa bucal apresentavam níveis de saturação de oxigênio mais baixos que os pacientes com mucosa normal (73,1 ±2,8 versus 94,9 ±3,7; P = 0,006).

Os achados sugerem que há necessidade de incrementar a frequência de avaliações odontológicas na admissão hospitalar a fim de melhorar os indicadores de saúde bucal e sistêmica dos pacientes internados.

PIa0047 - Painel Iniciante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Incidência de perda dentária em populações indígenas remotas da Amazônia: uma coorte de 13 anos antes e depois da hidrelétrica de Belo Monte
Lucca Sicilia Brasileiro, Renata Travassos da Rosa Moreira Bastos, Eduardo Oliveira da Costa, David Normando
Faculde de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta coorte foi analisar a incidência de perda dentária em duas populações indígenas da Amazônia. Foram avaliados 47 indígenas em dentição permanente de duas aldeias de diferentes etnias, Arara (n=28) e Assurini (n=19). Idade, sexo e perdas dentárias foram avaliados em T0 (baseline) e após 13 anos (T1), antes e depois da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que ocasionou um contato mais próximo com a população não indígena. Um modelo de regressão de Poisson multinível foi utilizado para avaliar a influência da aldeia, sexo e idade na incidência de perda dentária. Em T0, os indígenas possuíam todos os dentes permanentes. Quarenta e dois indígenas perderam ao menos um dente (89%), totalizando 172 dentes perdidos em T1, uma incidência de 97% no sexo feminino e 76% no masculino. Não houve influência da etnia na perda dentária (p=1,000). Um menor risco de perda dentária foi associado ao sexo masculino (β=-0,50, p<0,05), mas não à idade. No sexo feminino, a maior incidência de dentes perdidos foi de segundos molares inferiores (22/46,8%) e primeiros molares superiores e inferiores (17/36,2%). Entre o sexo masculino, a maior incidência foi de segundos molares inferiores (11/23,4%) e primeiros e segundos molares superiores (6/12,8%).

Foi observada uma alta incidência de perda dentária em populações indígenas remotas da Amazônia. O risco foi maior entre as mulheres e não houve influência da idade e da aldeia. Os primeiros e segundos molares foram os dentes mais afetados. Esses achados sugerem um aumento na perda dentária pelo contato próximo entre as populações indígenas e urbanas e destacam a necessidade de ações preventivas e curativas eficazes para evitar a perda dentária em populações indígenas, especialmente entre as mulheres.

(Apoio: CAPES  N° 88887.494063/2020-00)
PIa0048 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Influência do exame radiográfico na detecção da lesão de cárie e na tomada de decisão em dentes decíduos por estudantes de Odontologia
Celso Santos Junior, Caroline Santos Ribeiro, Renata Oliveira Guaré, Tatiane Fernandes Novaes, Cristiane Tomaz Rocha, Michele Baffi Diniz
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi avaliar a influência do exame radiográfico complementar na detecção da lesão de cárie em dentes decíduos e na tomada de decisão clínica por estudantes de Odontologia. Participaram deste estudo transversal 160 estudantes regularmente matriculados entre o 5º e o 8º semestre do curso de Odontologia em uma Universidade privada em São Paulo-SP. Foi aplicado um questionário eletrônico (previamente validado) através do Google Forms apresentando 3 casos com fotografias clínicas de lesões de cárie (proximal e oclusal) em dentes decíduos e seus respectivos exames radiográficos. As respostas dos estudantes sobre a extensão da lesão de cárie e necessidade de tratamento, antes e após a análise da imagem radiográfica, foram analisadas pelo teste Qui-quadrado (α=5%). A maioria dos estudantes tinha entre 21 e 23 anos de idade (35,0%), sexo feminino (80,6%), cursando o 6º semestre do curso (43,7%) e com matrícula no período noturno (55,0%). Houve associação estatisticamente significativa entre a necessidade de visualização do exame radiográfico complementar e a mudança de opinião quanto ao tratamento para os casos clínicos apresentados (p<0,05). Para lesão de cárie proximal, observou-se maior número de sobrediagnóstico e sobretratamento após o exame radiográfico (p<0,05). Para lesão de cárie oclusal, após o exame radiográfico, houve uma interpretação de lesão com menor severidade e indicação de tratamento mais conservador (p<0,05).

O exame radiográfico influenciou na detecção da lesão de cárie e subsequente tomada de decisão clínica em dentes decíduos pelos estudantes de Odontologia, que propuseram abordagens mais invasivas para lesão de cárie proximal e menos invasivas para lesão de cárie oclusal.

(Apoio: PIBIC/Voluntário (Universidade Cruzeiro do Sul))
PIa0049 - Painel Iniciante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Efeito da combinação de neovestitol e vestitol no modelo de biofilme subgengival multiespécie já formado
Nathália Rohwedder Dos Santos, Larissa Matias Malavazi, Ursula Modesto Sandi, Gustavo Quilles Vargas, Lucas Daylor Aguiar da Silva, Aline Paim de Abreu Paulo Gomes, Luciene Cristina de Figueiredo, Bruno Bueno-Silva
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi avaliar o efeito da combinação dos compostos neovestitol-vestitol (CNV) obtidos da própolis vermelha brasileira sobre o biofilme subgengival multiespécie maduro. O biofilme com 33 espécies bacterianas associadas à periodontite foi formado durante 7 dias usando um dispositivo Calgary. O tratamento com CNV (1600, 800 e 400 μg/mL), amoxicilina (54 μg/mL) e controle-veículo foi realizado por 24h no último dia de formação de biofilme. Foram realizados ensaios de atividade metabólica do biofilme e de hibridização DNA-DNA. A análise estatística foi realizada por ANOVA seguida do post-hoc de Tukey (p≤0.05) para atividade metabólica e Kruskal-Wallis seguida de teste post-hoc de Dunn (p ≤ 0,05) para hibridização DNA-DNA. A atividade metabólica foi reduzida em 79, 68, 62 e 65% pelos tratamentos com CNV 1600, 800, 400 e amoxicilina, respectivamente (p≤0,05). Os grupos tratados com CNV 1600 e amoxicilina reduziram 25 e 13 espécies, respectivamente, em comparação com o tratamento com veículo (p≤0,05), ambos reduziram Porphyromonas gingivalis, enquanto apenas a CNV reduziu Tannerella forsythia.

Ao comparar os dados dos dois tratamentos (CNV E AMOXI), foi observada uma diferença estatisticamente significante em 13 espécies (p≤0,05), particularmente membros do complexo laranja de Socransky. A CNV a 1600 μg/mL mostrou a melhor redução da atividade metabólica do biofilme e diminuiu os níveis de espécies associadas à doença periodontal, como a T. forsythia, mostrando uma melhor redução do que a amoxicilina. Portanto, a CNV parece ser uma alternativa promissora para erradicar biofilmes e reduzir sua patogenicidade.

(Apoio: FAPESP  N° 2019/19691-0  |  CNPq  N° 428984/2018-5)
PIa0050 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Atividade metabólica e contagem total de biofilme multiespécie tratado com fibrina rica em plaquetas (líquido)
Ursula Modesto Sandi, Fabio Uyeda, Larissa Matias Malavazi, Manuela Rocha Dos Santos, Tatiane Tiemi Macedo, Gustavo Quilles Vargas, Jamil Awad Shibli, Bruno Bueno-Silva
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A fibrina rica em plaquetas em sua forma líquida (iPRF) apresentou atividade antibacteriana contra bactérias planctônicas, mas existem poucos dados para biofilmes multiespécie. O objetivo é avaliar a ação da iPRF sobre a atividade metabólica (AM) e contagem total (CT) do biofilme subgengival multiespécie. O biofilme de 33 espécies relacionadas à periodontite foi formado por 7 dias no dispositivo de Calgary. As porções profunda e superficial da iPRF, preparadas por dois protocolos de centrifugação: 1600 rpm e com velocidade progressiva, foram adicionadas ao mesmo tempo que o inóculo bacteriano. Após 3 dias, houve troca de meio de cultura e após 7 dias, a AM foi avaliada por reação colorimétrica e realizada a hibridização DNA-DNA. A análise estatística foi realizada por ANOVA seguida do post-hoc de Tukey (p≤0.05). Os biofilmes foram tratados com os grupos: porção profunda de iPRF obtida por centrifugação a 1600 rpms/5 min (LP-1600); porção superficial de iPRF do mesmo protocolo de centrifugação (LS-1600); e porções profunda e superficial de iPRF preparadas por centrifugação com aceleração progressiva (grupos LP-PROG e LS-PROG, respectivamente). Os biofilmes tratados com LP-1600 e LS-1600 não diferiram dos biofilmes não tratados (p≥0,05) mas os tratamentos com LP-PROG e LS-PROG reduziram 20% da AM em comparação ao controle (p≤0,05). O tratamento com LP-PROG reduziu a CT em 40% em comparação ao controle (p≤0,05) mas o grupo LS-PROG não diferiu de nenhum outro grupo (p≥0,05).

Conclui- se que a iPRF preparada com protocolo de velocidade progressiva apresentou redução na AM e na contagem total do biofilme subgengival multiespécie. Estudos futuros devem avaliar a composição do iPRF preparados por diferentes protocolos.

PIa0051 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Arginina impede o desenvolvimento de biofilme de Streptococcus mutans por inibir o crescimento e a construção de matriz extracelular
Pedro Canto Bueno, Vinícius Sampaio Alves de Figueiredo, Marlise Inêz Klein
Diagnóstico Oral FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Cárie é uma doença mediada por biofilme e modulada por açúcares da dieta, particularmente a sacarose. Os microrganismos no biofilme (e.g., S. mutans) fermentam os açúcares em ácidos que ficam presos no biofilme pela ação da matriz extracelular, levando à desmineralização dos dentes. Prebióticos são substâncias que poderiam interferir na formação do biofilme cariogênico. Assim, avaliou-se o efeito antibiofilme de putativos prebióticos. Biofilmes de S. mutans UA159 foram formados em discos de hidroxiapatita com película, em meio de cultura com 1% sacarose com ou sem adição de prebióticos putativos (37°C/10% CO2). Utilizou-se 6 grupos: 1) aminoaçúcar (N-acetil-glicosamina), 2) arginina (controle positivo prebiótico em produtos de higiene oral), 3) prolina, 4) nitrato de sódio, 5) ureia e 6) sem suplemento (controle negativo). Trocou-se o meio 2 vezes por dia e aferiu-se o pH do meio gasto. Após 67 h, analisou-se a população bacteriana cultivável, a biomassa e os componentes da matriz, exopolissacarídeos solúveis e insolúveis em água. Ainda, avaliou-se a arquitetura 3D dos biofilmes via microscopia confocal (INFABIC). Ocorreu menor quantidade de biomassa, população e exopolissacarídeos solúveis e insolúveis para o grupo 2 (arginina) versus todos os outros grupos. Ainda, a arquitetura dos biofilmes variou entre os grupos quanto ao tamanho das microcolônias (aglomerados de células imersas em exopolissacarídeos) para 5 grupos, mas o grupo 2 apresentou apenas pequenos arranjos de células bacterianas, com pouquíssima formação de exopolissacarídeos.

Logo, a arginina impediu o desenvolvimento do biofilme e as outras substâncias não funcionaram como prebióticos.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2022/15038-2  |  CNPq  N° 305305/2023-9)