Resumos Aprovados

Para utilização de microesferas (MPS) de ácido polilático co-glicólico (PLGA) incorporando sinvastatina (SIN) em estratégias de reparação óssea in vivo é necessário um método de esterilização eficaz que permita a manutenção das características do biomaterial. Objetivando avaliar as interferências da esterilização por óxido de etileno (OE) nas características físico-químicas e biológicas do biomaterial, as MPS foram sintetizadas pelo método de emulsão de óleo em água (O/A) e evaporação do solvente, com e sem a adição de SIN na proporção de 2% (PLGA+2%SIN) entre fármaco e polímero (m/m). Parte das amostras foi submetida a esterilização por OE a 55 ^oC durante 180 min e a outra parte permaneceu sem esterilização. A morfologia das MPS foi analisada por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e seu tamanho médio foi mensurado por ImageJ. A caracterização química foi realizada por espectroscopia por energia dispersiva (EDS) e por infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). A fase do material foi determinada por difração de raio X (DRX) e o comportamento biológico foi avaliado pelo teste colorimétrico MTT. As imagens da MEV revelaram MPS com formato esférico e livre de porosidades, o tamanho e a forma não foram alterados pela incorporação da SIN ou pela esterilização. A análise da composição química demonstrou aumento do elemento químico carbono e variação na transmitância associado a possível presença de resíduo. O FTIR certificou a incorporação da SIN ao PLGA.

O objetivo do presente estudo foi avaliar a morfologia de primeiros pré-molares inferiores (PMI) utilizando radiografias convencionais e tomografia computadorizada, comparando os resultados obtidos. Um total de 117 PMI extraídos foram avaliadas a olho nu, em radiografias e em imagem tomográfica. Características como número de raízes, fusão ou bifurcação radicular, forames, canais e presença de sulcos radiculares foram considerados. As radiografias e tomografias foram analisadas e os canais foram classificados de acordo com a classificação de Vertucci. Todos os dentes da amostra possuíam apenas uma raiz. Em quatro casos (3,41%) observou-se bifurcação radicular. A presença de canal radicular único foi de 98,3% quando analisados radiograficamente e 82% quando analisados na tomografia. Em 81,2% estava presente somente um forame. Para a classificação de Vertucci foram consideradas apenas as imagens tomográficas, e a morfologia mais encontrada foi a do Tipo I (96 dentes - 82,1%), seguido da do Tipo V (17 dentes - 14,5%), do Tipo III (3 dentes -2,5%), e em apenas um caso (0,9%) foi detectado o Tipo IV. Após a aplicação do teste estatístico de KrusKal-Wallis observou-se diferença estatisticamente significante entre os dentes classificados Tipo I com os dentes do Tipo II, III e IV (p<0.001); nos demais grupos não houve diferença relevante. Os sulcos radiculares estavam presentes em 14,5% dos dentes estudados.

Avaliou-se o desempenho clínico de duas resinas compostas fluidas à base de metacrilato e outra a base de Ormocer em lesões cervicais não cariosas (LCNCs). Cento e oitenta e três restaurações foram realizadas em LCNCs. Após aplicação do sistema adesivo universal no modo condicionamento seletivo do esmalte em todas as cavidades, elas foram restauradas com um dos três compósitos fluidos (n = 61): compósito à base de metacrilato de baixa viscosidade (BV), compósito à base de metacrilato de alta viscosidade (AV) e um compósito fluido à base de Ormocer (ORM). Após 24 meses de acompanhamento clínico, essas restaurações foram avaliadas usando os critérios FDI e USPHS. A análise de classificação de variância de Kruskall Wallis (α = 0,05) foi usada para análise estatística. Dezesseis restaurações foram perdidas após 24 meses de avaliação clínica (BV = 3, AV = 10, ORM = 3). As taxas de retenção em 24 meses (intervalo de confiança de 95%) foram de 95% para BV, 82,2% para AV e 95% para ORM, com diferenças estatísticas entre AV e BV, assim como AV e ORM (p < 0,05). Trinta e três restaurações (GF = 8, AV = 13, ORM = 12) apresentaram pequenas manchas marginais, setenta e uma restaurações (BV = 26, AV = 20, ORM = 25) apresentaram pequenos defeitos de adaptação marginal e uma restauração para AV apresentou recorrência de cárie.

Avaliou-se a influência da umidade da dentina na sensibilidade pós-operatória (SPO) em restaurações posteriores usando um adesivo convencional simplificado após 12 meses. Noventa restaurações foram inseridas em 45 pacientes para tratar lesões cariosas ou substituir restaurações posteriores existentes com profundidade ≥ 3 mm. Após o preparo cavitário, o adesivo convencional simplificado (Adper Single Bond 2) foi aplicado na dentina seca ou úmida, seguido de uma resina composta bulk-fill (Filtek Bulk Fill) sob isolamento absoluto. A SPO espontânea e estimulada do paciente foi avaliada no início e após 7 dias, 6 meses e 12 meses de avaliação clínica. Os parâmetros secundários (descoloração marginal, adaptação marginal, fratura e recorrência de cárie) foram avaliados pelos critérios FDI após 7 dias, 6 e 12 meses de avaliação clínica. Não foi observada SPO espontânea e estimulada significativa quando comparada a dentina seca e úmida (P>0,05). Um risco significativo e maior de SPO espontânea (18,6%; IC 95% 9,7 a 32,6) ocorreu até 48 horas após a colocação da restauração para ambos os grupos quando comparado a todos os tempos de avaliação (P < 0,03). No entanto, a intensidade do SPO foi leve em até 48 horas com diferença entre os grupos de dentina seca e úmida (P>0,79). Quando os parâmetros secundários foram avaliados, não foi observada diferença significativa entre os grupos (P>0,05).

O objetivo deste ensaio clínico randomizado, duplo-cego e boca dividida foi avaliar o desempenho clínico de um compósito termoviscoso de pré-aquecimento (TPA) em comparação com um sem aquecimento (TSA) em restaurações de lesões cervicais não cariosas (NCCLs) durante um período de 6 meses. 120 restaurações foram realizadas em LCNCs com dois materiais restauradores (n = 60). Um adesivo universal foi aplicado na estratégia de condicionamento seletivo do esmalte. Para o grupo TPA será realizado a 68°C utilizando uma bancada de aquecimento por 3 min. Por outro lado, para o grupo TSA, nenhum aquecimento foi aplicado. Ambos os materiais restauradores foram colocados no dispensador e inseridos nos LCNCs. Após 6 meses, o desempenho clínico das restaurações foi avaliado de acordo com todos os critérios do FDI. Três restaurações apenas no grupo TSA foram perdidas/fraturadas após seis meses de acompanhamento. As taxas de retenção (intervalo confidencial de 95%) por seis meses foram de 97,5% (88,6% - 99,0%) para o grupo TSA e 100% (93,9% - 100%) para o grupo TPA (p > 0,05). Vinte e duas restaurações (8 para TSA e 14 para TPA) apresentaram pequenos defeitos de adaptação marginal aos seis meses de seguimento (p > 0,05). Em relação a todos os outros parâmetros de FDI avaliados, todas as restaurações foram consideradas clinicamente aceitáveis.

A polidopamina (PD) é um potente adesivo natural, aplicado em diferentes materiais, e resulta em filmes adesivos finos e fortes. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o potencial adesivo da PD em superfícies de Poli-éter-cetona-cetona (PEKK) e compará-lo aos protocolos adesivos convencionais. Filmes de PD com diferentes concentrações (1, 2 e 4 mg/mL) foram aplicadas à superfície do PEKK por 7 e 14 horas. Grupo controle negativo (sem tratamento) e positivo (abrasão a ar com óxido de alumínio e/ou adesivo convencional (PEKKBond (AnaxDent)) foram usados para comparação (n=36 cada). A topografia morfológica foi analisada e cilindros de compósito gengival fluido (AnaxGum, Anaxdent) foram aderidos à superfície do PEKK. A resistência de união ao cisalhamento (SBS) foi avaliada em máquina de ensaio universal (MPa) após envelhecimento em água (37 ^o C, 24hs). Os dados foram analisados por ANOVA dois fatores seguida de Tukey (α=0,05). A PD reduziu a resistência de união do PEKK (P<0,001) para todas as concentrações e tempos de aplicação (P>0,05). Os maiores valores de SBS foram encontrados no grupo do adesivo convencional, independentemente da abrasão a ar prévia.

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