Recomendações para profissionais sobre o uso do diamino fluoreto de prata disponibilizadas por associações de odontopediatria
Sousa FSO, Couto FM, Soares CF, Vicente GC, Faria MR, Barja-Fidalgo F, Santos APP
Odontologia Preventiva e Comunitária - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi identificar recomendações disponibilizadas aos profissionais por Associações de Odontopediatria (AO) sobre diamino fluoreto de prata (DFP). Foram consideradas AO do país mais populoso de cada continente com idioma oficial português, espanhol ou inglês, assim como AO regionais. As buscas pelas AO foram realizadas por dois pesquisadores no site da Internacional Association of Pediatric Dentistry e no GoogleT, nos 3 idiomas, usando os termos odontopediatria + (associação ou sociedade) + (nome do continente ou país). Buscamos as recomendações nos sites oficiais das 15 AO incluídas. Dessas, 4 (26%) disponibilizavam recomendações em 11 documentos que foram incluídos para análise. Destes, 5 (45%) eram específicos sobre DFP (3 textos e 2 vídeos), 6 (54%) publicados em 2020, 10 (91%) indicavam o DFP para o tratamento da cárie e 3 (27%) para tratamento e prevenção. Quatro (36%) descreveram o método de aplicação e indicaram a não remoção do tecido cariado, isolamento relativo, proteção da pele e tempo mínimo de aplicação de 1 min. Acompanhamento de acordo com o risco de cárie foi orientado em 4 (36%). Nenhuma recomendação indicou se o tratamento poderia ser feito no campo ou em consultório. Escurecimento do dente foi citado em todas as recomendações (6, 54%) que relataram efeitos adversos. Três documentos relataram qualidade de evidência baixa considerando o risco de viés dos estudos. Embora não haja contradições, poucas AO disponibilizam o passo-a-passo para a prática clínica ou recomendações profissionais sobre o DFP em suas seções de acesso livre. (Apoio: CAPES)PN1204 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Propriedades psicométricas da versão brasileira curta do instrumento Adolescent Resilience Questionnaire (B-ARQ)
Gatti-Reis L, Perazzo MF, Gomes GB, Gartland D, Paiva SM, Pordeus IA
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do presente estudo foi avaliar a validade de construto estrutural da versão curta do Adolescent Resilience Questionnaire (B-ARQ) em adolescentes brasileiros. O ARQ mensura a capacidade do jovem enfrentar, com sucesso, os desafios da vida. Foi realizado um estudo transversal com a versão longa do ARQ (88 itens) em amostra de 210 adolescentes de 12 a 14 anos de idade de escolas públicas e privadas de Dom Pedrito, RS, Brasil. Três modelos foram testados por equações estruturais para avaliação do melhor ajuste da versão curta do B-ARQ (49 itens): (a) um modelo de primeira ordem com 12 fatores; (b) um modelo com três fatores na segunda ordem (Individual, Família e Escola) e 12 fatores na primeira ordem; e (c) um modelo de primeira ordem com apenas 3 fatores. Os seguintes parâmetros determinaram o grau de ajuste dos modelos (estimador=DWLS): Índice de Ajuste Comparativo (IAC); Raiz do Erro Quadrático Médio de Aproximação (REQMA); Raiz Quadrada Média Residual Padronizada (RMRP). Os modelos com ajuste adequado deveriam apresentar valores de IAC >0,90, REQMA <0,06, e RMRP <0,10; enquanto os com ajuste excelente deveriam possuir IAC >0,95, REQMA <0,06, e RMRP <0,08. O modelo que apresentou o melhor ajuste foi o de primeira ordem com 12 fatores [CFI=0,99; REQM =0,014, 90% IC= 0,024−0,000; RMRP= 0,07], enquanto o de primeira ordem com apenas três fatores apresentou o pior ajuste [CFI = 0,87; REQMA= 0,048, IC= 0,053−0,044; RMRP= 0,09]. A versão curta do B-ARQ com estrutural fatorial de primeira ordem com 12 fatores é psicometricamente sólida para uso em adolescentes brasileiros.PN1205 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Associação entre fatores sociodemográficos e utilização de serviços de saúde bucal por adolescentes
Silva AVMV, Gomes GB, Perazzo MF, Paiva SM, Pordeus IA
Ppgo Ufmg - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo objetivou avaliar os fatores sociodemográficos relacionados a utilização de serviços de saúde bucal. Foi realizado um estudo transversal de base populacional com 210 adolescentes de 12 a 14 anos de idade, ambos os sexos de escolas públicas e privadas cidade de Dom Pedrito, RS, Brasil. Foram excluídos do estudo os participantes com deficiência física ou dificuldades cognitivas. A coleta das informações sociodemográficas e utilização de serviços odontológicos foi realizada através de um questionário direcionado aos adolescentes e seus responsáveis legais abordando questões referentes aos responsáveis (número de filhos, estado civil, renda, escolaridade, local de residência) e aos adolescentes (sexo, visita ao dentista nos últimos dois anos). Dessa forma, foram realizadas análises descritivas, seguida de regressão logística binária não-ajustada e ajustada (α=5%). A maior parte da amostra foi composta por mulheres (53,3%). Mais da metade dos pais (57,6%) tinham até 12 anos de escolaridade e 49,1% relataram renda familiar acima de 3 salários-mínimos brasileiros. Um total de 17% dos adolescentes não visitou o dentista nos últimos dois anos. No modelo final adolescentes com pais não casados (OR = 3,56; IC 95%: 1,65-7,70) e de renda familiar mensal maior que três salários-mínimos (OR= 2,62; IC 95%: 1,18-5,83) apresentaram mais chance de realizar a visitar ao dentista. Conclui-se que fatores demográficos e socioeconômicos são determinantes para a utilização dos serviços odontológicos pela população de adolescentes. (Apoio: CNPq N° 130103/2021-7)PN1206 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Avaliação comparativa da força de resistência ao cisalhamento em braquetes ortodônticos com e sem retenção adicional
Silva MAA, Suzuki H, Campos GS, Costa ABS, Segundo ASG, Suzuki SS
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A colagem do braquete no esmalte é uma questão crítica na Ortodontia. Este estudo avaliou a resistência de união de braquetes com e sem retenção adicional em pré-molares inferiores humanos. Foram utilizados 100 braquetes (n=20/grupo) distribuídos aleatoriamente sem retenção G1 Ovation; G2 Roth Max; G3 Biomax; com retenção G4 Biomax Perfurado e G5 Premium Modificado Perfurado. Foram produzidos com as retenções adicionais, uma única perfuração, medindo 0,6 mm na canaleta e 1,0 mm em suas bases. A colagem foi realizada pela técnica direta, seguindo-se as instruções do fabricante (Transbond-3M). Foram utilizados corpos de prova individuais, cada dente incluído dentro de um cano de PVC (2,5cm x 2,5cm) preenchido com resina acrílica incolor (JET). Tais procedimentos foram realizados igualmente em todos os dentes e por um único operador, foram mantidos em solução fisiológica a 0,9%, em estufa a 37º por 24h, submetidos a teste de cisalhamento numa máquina de ensaios EMIC/DL2000, velocidade de 0,5mm/min até descolagem completa. Foram submetidos à Análise de Variância e ao teste de Tukey (p<0,05). Feita a análise do Índice de Remanescente Adesivo na base dos braquetes. Testes estatísticos foram realizados com nível de significância 5%. Mostraram que, em média, os valores da resistência ao cisalhamento, o G4 foram similares em comparação ao G1 e G2 (p>0,05) e superiores em relação ao G3 (p<0,05) O G5 obteve valores intermediários de força de retenção, apresentando maior valor mínimo comparado aos outros. Não foram observadas diferenças no escore do IRA entre os grupos estudados.PN1207 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Avaliação da eficiência dos dispositivos de ancoragem na ortodontia: Revisão Integrativa
Tesoni CP, Narimatsu DMS, Borbolla RR, Delgado IF, Yasuda GM, Almeida KR, Silva LA, Ortolani CLF
Pós Graduação - UNIVERSIDADE PAULISTA - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Atualmente o uso de miniimplantes ou miniplacas são grandes aliados na ancoragem esquelética, reduzindo os efeitos indesejados dentoalveolares nos movimentos ortodônticos, melhorando o efeito ortopédico em pacientes em crescimento sendo uma alternativa para reduzir a necessidade de intervenções cirúrgicas para o tratamento compensatório dos pacientes. O presente estudo desta revisão integrativa tem como objetivo avaliar a eficiência dos dispositivos de ancoragem ortodôntica. Foi realizado uma estratégia de busca com as normas do PRISMA no período de 2016 a 2021. Os bancos de dados realizados foram através do PubMed, Lilacs e Scielo. O termo utilizado foi "Effectiveness AND orthodontic anchorage procedures" e foram encontrados 392 artigos nesses termos na pesquisa combinada. Sendo que 56 foram eliminados por apresentarem duplicidade. Através da leitura dos resumos excluímos mais 195 por divergência no assunto. Em seguida, 53 artigos não apresentaram o texto completo em português e/ou inglês. Apenas 88 artigos atenderam os critérios de inclusão. Como conclusão, podemos observar que o uso de miniimplantes e miniplacas apresentaram uma boa alternativa de ancoragem esquelética, sendo mais eficaz quando utilizados em maxila.PN1208 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Avaliação da percepção estética do ângulo nasolabial entre negros e brancos
Trotta MFMA, Lacerda-Santos R, Paranhos LR, Tanaka OM, Maia LC, Coqueiro RS, Pithon MM
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do presente estudo foi avaliar a percepção estética de leigos negros e brancos brasileiros quanto diferentes valores de ângulo nasolabial. Para tal imagens de quatro indivíduos brasileiros (homem branco, homem negro, mulher branca, mulher negra), de perfil foram modificadas para criar seis diferentes tipos faciais com seis diferentes ângulos nasolabiais (90º, 94º, 98º, 102º, 106º e 110º). Obtido as imagens essas foram dispostas a 200 avaliadores leigos, brancos e negros. Para avaliar o grau de estética, foi utilizada uma escala de atratividade, no qual uma pontuação de 0 representaria ''pouco atraente'', 5 ''atraente'' e 10 ''muito atraente.'' Os resultados demonstraram que a imagem A (90º de ângulo nasolabial) foi pontuada como a menos atrativa, independentemente da etnia do paciente, sendo observada uma clara tendência linear de aumento da atratividade com o aumento do ângulo nasolabial. A imagem F (110º de ângulo nasolabial) foi pontuada como a mais atrativa. Conclui-se com o estudo que o valor do ângulo nasolabial mais atrativo para negros e brancos brasileiros foi de 110º podendo, portanto, ser utilizado como referência para o tratamento ortodôntico desta população. (Apoio: CNPq N° 309800/2019-6)PN1209 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Fatores associados ao ceod de crianças da CliBin-UFRJ sem experiência odontológica prévia
Vollú AL, Cardoso JB, Rodrigues GF, Barja-Fidalgo F, Fonseca-Gonçalves A
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliaram-se fatores associados ao ceod>0 em crianças sem experiência odontológica prévia, que buscaram a CliBin-UFRJ entre 04/2017 e 11/2019. Analisaram-se 191 prontuários, dos quais 87 foram incluídos. Coletaram-se dados demográficos, socioeconômicos, história de presença de cárie atual ou passada da mãe (PCM), orientação prévia sobre cárie, frequência de escovação, uso de dentifrício fluoretado, dieta e índice ceod. Análises descritivas e uma regressão logística binária simples foram realizadas para investigar quais variáveis prediziam um ceod>0. No modelo hierárquico múltiplo entraram consumo de doces/biscoitos, perfil socioeconômico, PCM e orientação prévia. Das crianças (idade média: 2,69±1,18), a maioria apresentava ceod>0 (67,8%, média=3,78±3,82), sendo 50,6% meninas e 73,3% da classe baixa. A maioria das mães tinha 12 anos de estudos completos (56,5%), PCM (78,6%) e receberam orientação prévia (52,9%). A maior parte escova os dentes pelo menos 2X ao dia (80,6%), utiliza dentifrício fluoretado (75,9%) e consome líquidos açucarados (90,8%), além de doces/biscoitos (86,9%) entre as refeições. Pertencer à classe baixa aumentou em 7X a chance de apresentar ceod>0 (OR=7,354; IC 95%=1,951-27,723), a PCM em 4X (OR=4,131; IC 95%=1,042-16,369) e o consumo de doces/biscoitos em quase 2X (OR=1,786; IC 95%=1,072-2,976). Classe econômica baixa, presença de cárie atual ou passada da mãe e consumo de doces/biscoitos entre refeições mostraram-se fatores associados ao ceod>0 nos pacientes da CliBin-UFRJ sem experiência prévia odontológica. (Apoio: FAPERJ N° (E-26/202.766/2019))PN1210 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Avaliação quantitativa do movimento dentário ortodôntico associado ao uso de fármaco antidepressivo: estudo piloto em ratos
Silver KJCMP, Marañón-Vásquez G, Santos EO, Silva PC, Lopes RT, Castro ACR
Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A ação anti-inflamatória secundária de fármacos psicoativos tem apresentado amplo interesse científico devido a possível associação entre o tratamento de doenças como a depressão e a redução da inflamação nas células cerebrais. Visto que o movimento dentário ortodôntico (MDO) depende de eventos inflamatórios controlados e localizados, o objetivo deste estudo foi avaliar, quantitativamente, o MDO em ratos submetidos ao uso de fármaco antidepressivo (Clonazepam). Ratos machos Wistar (± 300 g) foram aleatoriamente divididos em dois grupos: placebo (GP; n=4) e experimental (GE; n=4); e receberam, durante 28 dias, injeções intraperitoneais contendo solução salina e Clonazepam (0,5 mg/kg), respectivamente. Sete dias após o início das injeções, molas ortodônticas fechadas de NiTi (Morelli®) foram instaladas entre os primeiros molares esquerdos (ME) e incisivos centrais (IC) superiores de cada animal; e ativadas em 60 gF. As medidas do MDO foram tomadas do ponto central da face distal dos IC ao ponto mais mesial da face mesial dos ME, em triplicata, pelo mesmo operador, nos tempos inicial (T0) e 21 dias após a ativação (T1), com paquímetro digital (Starret®). Os dados foram submetidos ao teste de Mann-Whitney (α =0,05). A diferença entre as médias de MDO (T0 - T1) entre os grupos foi de 0,25 ± 0,38 mm (GP: 1,17 ± 0,64 mm) e (GE: 1,42 ± 0,42 mm) (p=0.686). Os resultados preliminares indicam que o uso de fármaco antidepressivo não influenciou significativamente o MDO. Sugere-se, portanto, a investigação da ação destes fármacos na densidade mineral e remodelação óssea alveolares. (Apoio: CAPES N° 001 | FAPERJ N° E-26/211.217/2019)