Alterações radiográficas craniofaciais e uso de bisfosfonato na osteogênese imperfeita: um estudo caso-controle
Mesquita LV, Marçal FF, Ribeiro EM, Costa FWG, Silva PGB, Chaves Júnior CM, Fonteles CSR, Ribeiro TR
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse trabalho foi analisar em pacientes com osteogênese imperfeita (OI) alterações radiográficas craniofaciais e sua prevalência em pacientes em uso de bisfosfonato. A amostra foi composta por 26 pacientes com diagnóstico de OI e 52 pacientes saudáveis pareados por sexo e idade. Nas telerradiografias laterais, foram avaliadas as características craniofaciais, sendo as análises cefalométricas realizadas através do Software Radiocef Studio 2.0®. Os dados sobre o uso de bisfosfonatos foram coletados através dos prontuários médicos. Observou-se que os pacientes com OI possuiam neurocrânio e faces reduzidas em dimensões sagitais e horizontais (p<0,05). Indivíduos com OI tipo 4 comparados a indivíduos com OI tipo 1 apresentaram reduzidos: neurocrânio anterior (p=0,031), altura occipital (p=0,040) e ângulo da base do crânio (p=0,001). O paciente com OI tipo 4 apresentou redução significante: altura de face inferior (p=0,045) e superior posterior (p=0,012), SNA (p=0,001) e ângulo do plano palatino (p=0,022). Neurocrânio posterior (p=0,002) e comprimento palatino (p=0,048) reduzidos foram mais prevalentes em pacientes com OI que faziam uso de bisfosfonatos. Além disso, o seu tempo de uso apresentou correlação inversa moderada com ANB (r=-0537, p=0,032), e correlação direta forte com a diferença esquelética de Harvold (r=0,724, p=0,002). Em conclusão, pacientes com OI, principalmente tipo 4, possuem alterações craniofaciais com medidas em sua maioria reduzidas em relação ao grupo controle e mais comuns em pacientes que fazem uso de bisfosfonatos.PN1174 - Painel Aspirante
Área:
4 - Odontopediatria
Cadernos de atenção básica e a saúde bucal de bebês e crianças: há consistência nas recomendações?
Couto FM, Andrade MS, Fidalgo TKS, Santos APP, Barja-Fidalgo F
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo visou analisar a consistência das informações disponíveis nos Cadernos de Atenção Básica (CAB) sobre as recomendações de cuidado em saúde bucal de bebês e crianças de 0 a 9 anos. A busca foi realizada em dezembro de 2020 no acervo da biblioteca virtual da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Foram considerados elegíveis os CAB disponibilizados pelo Ministério da Saúde, atualizados e com recomendações em saúde bucal para bebês e crianças. Os três CAB incluídos foram: n.17 - Saúde Bucal, 2006 (C17); n.23 - Aleitamento Materno, 2015 (C23) e n.33 - Saúde da Criança: Crescimento e desenvolvimento, 2012 (C33). Um avaliador (MSA) fez a extração dos dados para uma planilha de Excel. O C33 indica que a 1ª consulta odontológica ocorra entre a erupção do primeiro dente e um ano. Todos indicam a higienização das gengivas de bebês com gaze ou fralda embebidas em diferentes soluções. A escovação dentária é indicada a partir da erupção do primeiro dente decíduo no C17 e a partir da erupção dos molares decíduos nos C23 e C33. O uso de dentifrício fluoretado na quantidade de um grão de arroz é indicado até 2 (C17), 4(C23) ou 6 (C33) anos, e o seu uso é contraindicado antes do aparecimento dos primeiros molares decíduos (C17) e para crianças de até 3 anos que não saibam cuspir (C33). O C23 indica o uso de dentifrício fluoretado desde a erupção do primeiro dente. Conclui-se que as recomendações fornecidas pelos CAB para profissionais de saúde da atenção básica apresentam inconsistências nas informações e orientações a respeito dos cuidados de saúde bucal de bebês e crianças. (Apoio: CAPES N° 88887.504375/2020-00)PN1175 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Influência da autoestima e da qualidade de vida na percepção da severidade da maloclusão
Guimarães MS, Squeff LR, Marañón-Vásquez G, Nojima MCG
Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar a influência da autoestima e da qualidade de vida sobre a autopercepção do indivíduo quanto à severidade da maloclusão existente. Discentes da graduação em Odontologia (n=200) foram examinados e as maloclusões classificadas conforme proposto pelo Index of Orthodontic Treatment Need (IOTN). Questionários foram aplicados aos participantes da pesquisa para avaliar a percepção quanto à própria oclusão, a qualidade de vida em relação à saúde bucal (versão brasileira reduzida do Oral Health Impact Profile, denominada OHIP-14) e a autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg). Na análise dos resultados, as Correlações de Spearman e Pearson foram empregadas para avaliar, respectivamente, as relações entre as necessidades de tratamento ortodôntico (NTO) avaliada e autopercebida; e entre a qualidade de vida em relação à saúde bucal (QVRSB) e autoestima, com correção de Bonferroni. Constatou-se significativa correlação positiva entre as NTO avaliada e autopercebida (rho=0,56; p<0,001) e correlação negativa entre QVRSB e autoestima (r=-0,481; p<0,001). Indivíduos com menores NTO demonstraram maiores escores na análise da QVRSB (p<0,001) e na avaliação da autoestima (p=0,027). Conclui-se que a autoestima interfere na qualidade de vida, e ambas são influenciadas pela percepção do indivíduo quanto à severidade da maloclusão.PN1176 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Efeito do procedimento odontológico sobre marcadores biológicos em pacientes com e sem paralisia cerebral
Mânica MFM, Souza MDB, Tomasin MFM, Hoshi AT, Busato MCA, Sant´´anna GR, Duarte DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A ansiedade associada ao tratamento odontológico pode afetar certos marcadores biológicos. Este estudo transversal in vivo analisou o efeito do tratamento (raspagem coronária e polimento dentário) sobre a pressão arterial sistólica e diastólica (mm Hg), frequência cardíaca (BPM) e saturação de oxigênio (%) aferidos antes e logo após o tratamento. A amostra constituiu-se de 38 crianças (22-feminino e 16-masculino) entre 7 e 12 anos distribuídas em 2 grupos: controle sem paralisia cerebral (n=20) e com paralisia cerebral (n=18). Os resultados de pressão sistólica, diastólica, frequência cardíaca [média (dp)] e saturação de oxigênio [mediana (intervalo interquartil)] foram, respectivamente: a) paralisia/antes: 109,0 (8,0); 70,7 (8,8); 89 (13,1); 98 (96-99), b) paralisia/depois: 104,2 (11,5); 67,0 (7,4); 89,8 (13,7); 98 (97- 99); c) sem paralisia/antes: 96,9 (18,3); 64,8 (14,2); 102 (21,5); 98 (96-99) e d) sem paralisia/depois: 102,2 (15,1); 68,3 (13,0); 103 (26,6); 99 (97-99). Não houve diferença estatística para todas as variáveis analisadas antes e depois do tratamento nos grupo paralisia. Não houve diferença estatística entre os grupos paralisia e sem paralisia para todas as variáveis analisadas depois. Concluiu-se que tratamento odontológico não afetou a pressão arterial, a frequência cardíaca e a saturação de oxigênio nos pacientes com e sem paralisia cerebral.PN1177 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Comparação da recessão gengival de pacientes Classe III tratados ortodonticamente de forma compensatória e cirúrgica
Fialho T, Saab FJ, Cotrin P, Freitas KMS, Valarelli FP
Ortodontia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi comparar a recessão gengival em dentes anteroinferiores em pacientes portadores da má oclusão de Classe III, tratados ortodonticamente, de forma compensatória ou cirúrgica. A amostra foi composta por 40 pacientes com má oclusão de Classe III, divididos em 2 grupos: G1, 20 pacientes tratados de forma compensatória, com idade inicial média de 20,26 anos (d.p.=7,44), idade final média de 23,07 anos (d.p.=7,32) e tempo de tratamento médio de 2,81 anos (d.p.=0,84). G2, submetidos a tratamento ortodôntico-cirúrgico, com idade inicial média de 23,08 anos (d.p.=5,48), idade final média de 25,43 anos (d.p.=5,12) e tempo de tratamento médio de 2,35 anos (d.p.=1,56). Foram utilizadas as fotografias intrabucais realizadas antes e após a remoção do aparelho ortodôntica fixo, para mensuração da recessão gengival, da cervical dos incisivos inferiores do ponto mais cervical da margem gengival até a linha cemento-esmalte. Nas telerradiografias inicias e finais, foi medida a posição dos incisivos inferiores. A comparação intergrupos foi realizada pelo teste t independente. Os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante na recessão gengival ao início, ao final e das alterações com o tratamento entre os grupos compensatório e cirúrgico. Concluiu-se que os tratamentos ortodôntico compensatório e cirúrgico da má oclusão de Classe III mostraram resultados similares quanto a recessão gengival dos incisivos inferiores.PN1178 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Avaliação dos perfis de influenciadores digitais em Odontopediatria no Instagram®: Estudo piloto
Lisboa SO, Assunção CM, Paiva SM, Ferreira FM
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Grande parte da população busca por informações de saúde em mídias sociais e a comunicação digital se tornou ainda mais importante na pandemia de COVID-19. Este estudo piloto avaliou o perfil de influenciadores digitais em odontopediatria no Instagram. Foram incluídos perfis pessoais, com tema Odontopediatria, mais de 10 mil seguidores e em idioma português brasileiro. Cada perfil (n=26) foi avaliado quanto ao número de seguidores e postagens no mês de março de 2021. As postagens (n=482) foram classificadas quanto ao formato (foto, vídeo ou foto e vídeo), origem (primária ou repostagem) e tema (informação em saúde, publicidade, vida pessoal) e avaliadas quanto a interação dos seguidores (número de comentários). Na análise estatística usou-se o teste qui-quadrado. Os perfis tinham em média 16 mil (10-40 mil) seguidores e 18 (8-48) postagens com 103 (12-235) comentários. A maioria das postagens eram fotos (65-100%). De 40 a 100% das postagens eram primárias. Houve grande heterogeneidade quanto ao tema, em média 35% (0-70%) dos conteúdos eram informações em saúde e 8% (0-39%) publicidade. Dos 26 perfis avaliados, 15 não continham publicidade, 2 não continham informações de saúde e apenas 14 tinham 100% de postagens primárias. As repostagens totalizaram 10,2% e destas 71,4% eram postagens de informações em saúde. Mais interação ocorreu em postagens sobre vida pessoal, primárias e no formato "foto e vídeo" (p<0,01). Conclui-se que perfis de influenciadores digitais em Odontopediatria no Instagram® são muito diversos, indo além de informações em saúde. (Apoio: CAPES)PN1179 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Associação entre depressão e polimorfismo no gene COMT (rs174675), sensação de felicidade e qualidade de vida relacionada a saúde bucal
Baldiotti ALP, Freitas GA, Barbosa MCF, Moreira PR, Scariot R, Martins RC, Paiva SM, Ferreira FM
Saúde Bucal da Criança e Adolescente - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A adolescência é um período do desenvolvimento humano em que ocorrem grandes mudanças que predispõe ao aparecimento de alterações emocionais, como a depressão. O objetivo deste estudo foi investigar a associação de depressão com o polimorfismo do gene COMT (rs174675), sensação de felicidade e qualidade de vida relacionada a saúde bucal (QVRSB), em adolescentes brasileiros. Este estudo transversal foi realizado com adolescentes (n=90), de 13 a 18 anos, que frequentavam a clínica odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Os sinais de depressão foram avaliados com o eixo II do RDC/TMD. Os adolescentes responderam às versões brasileiras da Escala Subjetiva de Felicidade para avaliar a sensação de felicidade e o OHIP-14, para avaliação do QVRSB. Amostras de saliva foram coletadas para extração de DNA genômico e foi realizada a genotipagem do polimorfismo no gene COMT (rs174675) pela técnica da PCR em tempo real. Os dados foram submetidos à análise estatística com um nível de significância de 5%. O modelo de regressão logística múltipla demonstrou que a depressão foi associada a sensação de felicidade (p=0,032) e ao polimorfismo rs174675 (p=0,040) no gene COMT. Contudo, não esteve associada a QVRSB (p=0.097) em adolescentes. Conclui-se que existe associação entre depressão e polimorfismo no gene COMT e sensação de felicidade em adolescentes brasileiros, sendo que a chance de apresentar depressão foi maior entre os adolescentes que se consideraram menos felizes que seus colegas. A QVRSB não impactou na depressão.PN1180 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Efeitos do tratamento da mordida aberta anterior com aparelho T4K do sistema trainer e esporões linguais
Freitas RR, Degan VV, Menezes CC, Godoi APT, Custodio W, Venezian GC
Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos do tratamento da mordida aberta anterior com aparelhos T4K e esporões linguais nas medidas cefalométricas e dentárias e na percepção do paciente sobre o uso dos aparelhos. Estudo clínico foi desenvolvido com 21 crianças entre 7 e 11 anos, de ambos os sexos, que apresentavam mordida aberta anterior. A amostra foi dividida aleatoriamente em dois grupos, para uso de esporões linguais (n=11) ou T4K (n=10). As crianças foram avaliadas por meio das medidas cefalométricas ENA-Me e o Ângulo Nasolabial e medida interincisal em modelos de gesso, antes e após 6 meses de uso dos aparelhos. Utilizou-se um questionário semi-estruturado para avaliar a percepção dos pais e crianças quanto ao conforto e efeitos do tratamento. Os dados foram analisados estimando-se modelos lineares generalizados para medidas repetidas no tempo (α= 5%). Verificou-se que apenas o grupo tratado com esporões linguais apresentou diminuição significativa da distância interincisal (p<0,05). Ambos os grupos não mostraram alterações significativas nas medidas cefalométricas (p>0,05). 50% de ambos os grupos avaliaram os aparelhos como desconfortáveis e 60% das crianças que usaram T4K relataram dificuldade de uso noturno. 72% das crianças tratadas com esporões linguais perceberam alterações na posição dos dentes, enquanto 10% das tratadas com T4K notaram esta alteração. O uso por 6 meses dos esporões linguais foi mais efetivo para a diminuição da distância interincisal que o TK4. O relato de desconforto durante o uso foi semelhante em ambos os aparelhos.