Avaliação do perfil transcriptômico do A. actinomycetemcomitans na doença periodontal
Paz HES, Lopes MP, Carvalho LM, Stolf CS, Noronha MF, Casati MZ, Casarin RCV, Monteiro MF
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Conhecer o perfil funcional dos patógenos associados a doença periodontal é de suma importância para entender a patogênese e os diferentes fenótipos periodontais. Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil transcricional do A. actinomycetemcomitans em pacientes com diferentes fenótipos periodontais. Três pacientes com periodontite grau A e três com periodontite grau C (indivíduos jovens com rápida progressão de doença) foram selecionados e biofilme subgengival foi coletado de sítios doentes. RNA do biofilme foi extraído, sequenciado com a plataforma Illumina Miseq e analisados com ferramentas de bioinformática. Os dados do transcriptoma foram mapeados contra um genoma de referência do A. actinomycetemcomitans utilizando a ferramenta HISAT2. A montagem do genoma foi realizada pelo programa Stringtie e a quantificação dos transcritos pelo Kallisto. Análise de expressão diferencial foi realizada com a ferramenta Sleuth. Foi observado uma maior expressão do gene associado ao transporte de ferro na periodontite grau C quando comparado ao grau A (p<0.05), enquanto a expressão dos demais transcritos permaneceu inalterada. Dentre os transcritos mais expressos em ambas as condições se destacam os associados ao processo de tradução, transporte de substâncias, metabolismo e no processo de oxirredução. Em conclusão, em um ambiente associado a maior severidade de doença, como a periodontite grau C, o A. actinomycetemcomitans apresenta maior expressão de gene associado ao transporte de ferro, condição que pode estar associado com sua patogenicidade.PN0879 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Associação entre periodontite e aumento nos níveis séricos de ferritina em pacientes sob terapia de hemodiálise
Palmeira RV, Schöffer C, Oliveira LM, Bortolaso RV, Zanatta FB, Antoniazzi RP
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo transversal teve como objetivo avaliar a associação entre periodontite e os níveis séricos de ferritina em pacientes com estágio final de doença renal crônica. 167 pacientes adultos em regime hemodialítico regular, foram avaliados. Os pacientes foram submetidos a exame periodontal completo, realizado por examinadores calibrados, e classificados em saudáveis, periodontite estágio I, II, III e IV. Amostras sanguíneas foram coletadas da extremidade arterial do acesso vascular e analisadas quanto aos níveis de ferritina. Modelo de regressão logística foi utilizado para testar a associação entre periodontite e ferritina. Os níveis médios séricos de ferritina foram significativamente maiores em pacientes com periodontite estágio III ou IV generalizada comparados aos saudáveis/periodontite estágio I ou II localizada (362,84±222,76 x 271,52±235,30 ng/ml). Os pacientes com maiores estágios de periodontite generalizada tiveram aproximadamente 4 vezes mais chance de apresentarem níveis séricos de ferritina superiores a 300 ng/ml, após o ajuste para possíveis fatores confundidores. Pode-se concluir que estágios mais avançados de periodontites generalizadas estão associadas a níveis séricos de ferritina elevados em adultos com estágio final de doença renal crônica.PN0880 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Desfechos periodontais em indivíduos de transplante de células tronco hematopoiéticas, fígado e rim: um estudo transversal comparativo
Galdino TM, Limeira FIR, Oliveira CS, Abreu MHNG, Moreira AN, Magalhães CS
Odr - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse estudo transversal comparativo avaliou parâmetros clínicos periodontais, índice gengival modificado (IGM), índice de placa visível (IPV), crescimento gengival induzido por drogas (CGID), volume e fluxo do fluido crevicular gengival (FCG) e perda dentária em pacientes pré e pós-transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH), fígado (TX-fígado), rim (Tx-rim), comparados a indivíduos sem doença sistêmica diagnosticada. Pacientes de transplante foram recrutados em clínica universitária e registrados: IGM, IPV, profundidade à sondagem (PS), sangramento à sondagem (SS), nível de inserção clínico (NIC), recessão gengival (RG), CGID, fluxo e volume do FCG e número de dentes presentes. O controle foi pareado por sexo e idade. Testes de Wilcoxon, Mann Whitney, Kruskal-Wallis e Dunn-Bonferroni foram usados. Modelos de regressão logística binária condicional estimaram Odds-Ratio, sendo o desfecho presença de periodontite (SPSS versão 25). O diagnóstico mais frequentemente foi periodontite estágio I localizada. Medianas de IPV, PS, NIC, volume e fluxo do FCG foram maiores em pacientes de transplante que no controle (p<0,05). Tx-fígado mostrou menor número de dentes presentes que Tx-rim (p=0,027). No modelo ajustado final, nenhuma variável foi associada com presença de periodontite (p>0,05). Concluiu-se, que as frequências de periodontite foram maiores em pacientes de transplante, na fase pré e em Tx-fígado. A periodontite estágio I localizada foi o diagnóstico mais frequente. A condição de transplante não afetou a presença de periodontite.PN0881 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
O paradoxo das consequências em saúde relacionadas ao consumo de álcool se aplica na prevalência de doenças periodontais
Oliveira LM, Palmeira RV, Santi SS, Zanatta FB
Estomatologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e ocorrência de doenças periodontais é controversa e incerta se analisada sob a ótica do paradoxo das consequências em saúde relacionadas ao álcool. Os objetivos do presente estudo transversal foram avaliar a associação entre consumo de risco de álcool e prevalência de doenças periodontais e testar a hipótese de que indivíduos com piores condições socioeconômicas apresentam maior magnitude nessa associação. 6421 indivíduos de idade maior ou igual a 50 anos foram avaliados individualmente entre 2015 e 2016. O consumo de bebidas alcoólicas foi mensurado conforme a frequência e volume de ingestão, enquanto a ocorrência de doenças periodontais foi avaliada por auto reporte. Modelos de regressão de Poisson multivariados foram usados para estimar a relação entre consumo de risco de bebidas alcoólicas e doenças periodontais e o Excesso de Risco Relativo Devido à Interação (RERI) foi calculado para verificar o acréscimo na magnitude do efeito da exposição naqueles indivíduos de pior condição socioeconômica. A prevalência de doenças periodontais foi 41% maior nos indivíduos que reportaram consumo alcoólico de risco e o RERI indicou uma modificação de efeito super aditiva de acordo com a renda individual. Nossos achados indicam que as inequidades socioeconômicas influenciam a relação entre consumo de risco de bebidas alcoólicas e doenças periodontais. Portanto, o paradoxo das consequências em saúde relacionadas ao consumo de álcool se aplica na prevalência de doenças periodontais. (Apoio: CNPq N° 160262/2020-8)PN0882 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Polimorfismos nos genes CCR5, CCL5 e HLA-G em indivíduos com periodontite com e sem diabetes mellitus tipo 2 de uma população do Brasil
Alencar LPM, Souza CA, Vajgel BCF, Dias RSAM, Cimões R
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo investigou se polimorfismos nos genes CCR5, CCL5 e HLA-G influenciam na periodontite (P) em indivíduos com e sem diabetes melitus tipo 2 (DM2), de uma população do Nordeste brasileiro. Para isso, 285 indivíduos, 111 com DM2+P, 102 com apenas P e 72 controles saudáveis. Foram estudados 4 polimorfismos: 2 SNPs em CCL5 (rs1800825 e rs2107538), uma deleção em CCR5 (CCR5Δ32) e um indel em HLA-G (14pb indel). As genotipagens foram realizadas por PCR convencional (CCR5 e HLA-G) e PCR em tempo real, com sondas alelo específicas (CCL5). Observou-se diferenças significativas entres os grupos quanto às variantes clínico-epidemiológicas (sexo, idade, renda, tabagismo, escolaridade, número de dentes, profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, índice de sangramento e índice de placa). Em relação às variantes genéticas, apenas o SNP rs1800825, em CCL5, foi associado com uma maior susceptibilidade de desenvolvimento de DM2 em indivíduos com P. Variantes em HLA-G (indel 14pb) foram relacionadas a uma maior susceptibilidade de desenvolvimento de DM2 e P associadas, com um maior grau e extensão da P e, ainda, à uma maior chance de ter menos que vinte dentes e um maior índice de placa visível. Fatores ambientais e genéticos estão implicados no contexto da periodontite, com ou sem a presença do DM2. As análises apresentaram evidências inéditas para o contexto da DM2 e P em relação às variantes genéticas CCL5 e HLA-G, despertando a necessidade de um maior aprofundamento dos estudos de variantes genéticas nestes genes, na Periodontite e no Diabetes Mellitus tipo 2.PN0878 - Painel Efetivo
Área:
8 - Periodontia
Perfil imuno-inflamatório de indivíduos com periodontite com ou sem síndrome de Down
Nuernberg MAA, Monteiro MF, Petrilli PH, Casarin RCV, Garcia VG, Theodoro LH
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar e comparar os níveis de biomarcadores imuno-inflamatórios de indivíduos com síndrome de Down e periodontite com indivíduos sem a síndrome, com e sem periodontite. Foram recrutados: 15 pacientes com periodontite e síndrome de Down (Grupo SD), 15 pacientes com periodontite estágio III ou IV grau C sem a síndrome (Grupo P) e 15 pacientes sem periodontite e sem a síndrome (Grupo C). Alíquotas do fluido gengival foram coletadas de dois sítios de cada indivíduo e submetidas a análises para detecção de IL-1β, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-a e INF-g pela tecnologia Luminex/MAGpix. Os dados foram submetidos a comparação entre grupos e análises multivariadas de cluster hierárquico e análise de componentes principais (PCA). Houve diferença significativa na expressão de INF-g, IL-10 e IL-4 entre os grupos SD e P. Seis diferentes clusters relacionados ao padrão de liberação de citocinas foram identificados, sendo os clusters 2 e 3 (baixas concentrações de citocinas) característicos do grupo C, enquanto o 4 e 5 (altos níveis de IL-10, TH2, TNF-a e INF-g/ IL-4) descritivos do grupo P. Grupo SD apresentou alta variabilidade de perfis, com a maior agregação de indivíduos nos clusters 1 e 5 e predominância de altas concentrações de IL-1β, IL-6, TNF-a TH-1, TH1/TH2 e IL- 1/IL-10. A análise de PCA revelou grande heterogeneidade no padrão de resposta apresentado por SD. Os resultados apontam que indivíduos com síndrome de Down apresentam grande variabilidade no padrão de resposta inflamatória, exibindo um perfil pró-inflamatório quando comparado aos demais grupos.