RESUMOS APROVADOS

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PN0774 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 21

Associação entre mitos sobre saúde bucal e a ocorrência de cárie em gestantes
Campos MLR, Azevedo TCS, Martins RFM, Costa EM, Azevedo JAP, Alves CMC, Thomaz EBAF
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se analisar a associação entre os mitos sobre saúde bucal na gestação (MSBG) e a ocorrência de cárie dentária em gestantes. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva, que envolveu uma amostra de conveniência de 202 gestantes recrutadas no momento das consultas pré-natais na maternidade de um Hospital Universitário. Informações sobre MSBG foram coletadas em entrevistas, utilizando questionário estruturado previamente testado. A prevalência de cárie foi avaliada por exame clínico, utilizando o ICDAS II. Comparações entre o número de dentes cariados nas gestantes segundo MSBG foram efetuadas pelo teste Mann-Whitney (alpha=5%). A idade média das gestantes foi de 25,6 (±6,0) anos, variando de 13 a 44 anos. A média de dentes cariados foi de 5,9 (±4,0), com mediana igual a 4,0 (±5,0). Muitas gestantes acreditavam ser normal desenvolver cárie (47,7%) e gengivite (17%) neste período; e quanto mais filhos, mais cárie (25,8%) e doença periodontal - DP (25,4%) teriam. 21,1% acreditavam que gestantes não poderiam receber tratamentos odontológicos, especialmente procedimentos com anestesia dentária (75,6%), extração dentária (78,8%) e até mesmo fluorterapia (7%). O número de dentes cariados foi semelhante entre gestantes, independentemente dos MSBG.
Conclui-se que as gestantes não tinham um conhecimento adequado sobre a saúde bucal e cuidados odontológicos durante a gravidez. No entanto, tais crenças não foram fatores determinantes para a ocorrência de cárie na gestação.
(Apoio: CNPq  |  FAPEMA)
PN0776 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 21

Mudanças no consumo de tabaco durante a pandemia de covid-19: uma pesquisa nacional no Brasil
Leonel ACLS, Souza MLM, Ribeiro ILA, Martelli Júnior H, Kaminagakura E, Pontual MLA, Bonan PRF, Perez DEC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da COVID-19 na taxa de iniciação e cessação do tabagismo na população brasileira. Foi realizado um estudo transversal por meio de um questionário online que abordou questões demográficas e relacionadas ao tabagismo, bem como fatores que poderiam influenciar esse comportamento. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. No total, 1.515 brasileiros adultos participaram do estudo, destes 1120 (73,9%) eram do sexo feminino, com média de idade de 31,8 anos. Antes da pandemia, 1371 (90,5) se declararam não-fumantes e 144 eram fumantes (9,5%). Durante a pandemia, de 144 fumantes, 43 (29,8%) relataram ter abandonado o tabagismo. Ao contrário, de 1371 não-fumantes, 10 (0,7%) adquiriram o hábito durante a pandemia. Avaliando apenas fumantes atuais antes da pandemia, 12 (11,9%) relataram fumar acima de 10 cigarros/dia e 52 (51,5%) entre 1 e 10 cigarros/dia. Durante a pandemia, 30 (29,7%) pessoas relataram fumar acima de 10 cigarros e 36 (35,6%) entre 1 e 10 cigarros/dia (p <0,001). Aposentados (p=0,002) e pessoas que se alimentavam de uma dieta saudável (p=0,003) apresentavam maiores chances de parar de fumar durante a pandemia. Mulheres (p<0,001) e pessoas que estavam até 2kg acima do seu peso normal (p=0,004) apresentaram menos chances de parar de fumar durante a pandemia.
Os achados do presente estudo apontam para mudanças no comportamento da população brasileira em relação ao tabagismo durante a pandemia. Essas mudanças poderão ter impacto na prevalência de doenças bucais causadas pelo tabaco.
PN0777 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 21

Consequências clínicas de dentes cariados não tratados em crianças e adolescentes de Madagascar, África: um estudo descritivo
Gervásio AM, Oliveira LB
Odontologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo descritivo retrospectivo foi avaliar as consequências clínicas de dentes cariados não tratados em crianças e adolescentes do Distrito de Ambovombe no Sul da ilha de Madagascar, África. Foram incluídos nesta pesquisa 417 prontuários provenientes dos atendimentos odontológicos realizados por dentistas voluntários em crianças e adolescentes nos anos de 2018 e 2019 no Consultório Odontológico do Centro de Acolhimento da Organização Humanitária Fraternidade Sem Fronteiras. Foram coletados os seguintes dados: sexo, faixa etária, dados do índice PUFA (dentes com envolvimento pulpar, ulceração, fístula e abscesso) e de necessidades de tratamento de acordo com os critérios de Martens et al. (2018). Observou-se que 58,0% dos participantes da pesquisa eram do sexo feminino e 42,0% do sexo masculino, com idades variando de 3 a 19 anos, média de 9,1 anos. A prevalência de cárie e dor devido à cárie foi de 78,9% e 75,5%, respectivamente. Adicionalmente, 14,9% das crianças e adolescentes apresentou fístula, 11,5% polpa exposta, 5,5% abscessos e 3,1% ulceração em tecido mole causada pela presença de raízes residuais. Todas as crianças e adolescentes necessitam de tratamento odontológico, sendo 92,3% atendimentos de urgências odontológicas.
Pode-se concluir que as consequências clínicas de dentes cariados não tratados representam um problema de saúde pública para a população estudada. Foram observadas as altas taxas de prevalência de cárie e dor devido à cárie. As consequências clínicas mais prevalentes foram a presença de polpa exposta e fístulas.
PN0778 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 21

O impacto da pandemia do COVID-19 no exercício da profissão odontológica
Rejaili JA, Saliba TA, Moimaz SAS
Odontologia Preventiva e Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo neste estudo foi verificar as condutas e adversidades vivenciadas pelos cirurgiões-dentistas, relacionadas à pandemia COVID-19. Realizou-se uma pesquisa descritiva, tipo inquérito, com 1811 cirurgiões-dentistas, que trabalham no estado de São Paulo, Brasil. O inquérito foi realizado em 2020, por meio digital, pelo aplicativo Google Forms, com variáveis sociodemográficas e aspectos relacionados à prática profissional durante a pandemia do COVID-19. Aceitaram participar 473 profissionais. A idade média era de 40,36+13,44 anos; 52,22 do gênero feminino e 73,36% atuavam como autônomos. Do total, 78,01% apresentaram redução na renda mensal e 35,48% do número médio de pacientes atendidos diariamente, não possuía outra renda financeira além da odontologia 70,61%; 30,44% apontaram dificuldades com o uso dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI; 3,59% contraíram COVID-19 e 53,03% optaram em adiar o atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de COVID-19, mesmo em situações de urgência/emergência. O nível de atenção à pandemia foi alto ou muito alto para 90,70% e 90,49% mudaram o seu processo de trabalho. O uso da alta rotação foi relatado pela maioria dos profissionais (n=428; 90,48%).
Conclui-se que os cirurgiões-dentistas estão utilizando os EPI e atribuíram níveis de atenção muito alto ou alto com relação à pandemia COVID-19, contudo com o aumento dos custos operacionais, mudanças no processo de trabalho e diminuição dos atendimentos a pacientes, houve redução da renda mensal obtida com a profissão.
PN0779 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 21

Nutrição e a Saúde Bucal da Criança
Ramirez GTV, Saliba TA, Moimaz SAS, Okamoto AC
Odontologia Preventiva e Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo teve como objetivo verificar a associação de aspectos microbiológicos, comportamentais e hábitos alimentares que afetam a saúde bucal de pré-escolares. Trata-se de um corte transversal de um estudo longitudinal, com uma amostra de 42 pré-escolares aos 30 meses de idade. Foi realizada visita domiciliar para realização de entrevista sobre aspectos da amamentação, desmame precoce, hábitos de higiene bucal da criança, como frequência e hábitos de escovação, compartilhamento de escovas de dente e utensílios de cozinha e recordatório alimentar 24 horas do pré-escolar. Foi coletado 0,5 ml de saliva do assoalho oral da mãe e do pré-escolar por meio de pipetas descartáveis estéreis para cultura em placa de Petri. Observou-se que houve associação entre desmame precoce (p = 0,046) e uso de mamadeira (p = 0,018) com a presença de cárie; entretanto, não houve associação entre o consumo de alimentos açucarados entre as refeições (p = 0,302). A Unidade Formadora de Colônias (UFC) média / ml de S. mutans encontrada na saliva das mães foi 974421 e em pré-escolares foi 135341,9. O polímero extracelular foi encontrado nas UFC das amostras de 61,90% das mães e 09,52% dos pré-escolares.
Hábitos alimentares como desmame precoce e uso de mamadeira estiveram associados à presença de cárie. Não houve associação entre aspectos microbiológicos e comportamentais que afetam a saúde bucal e o consumo de alimentos açucarados entre as refeições com a presença de cárie em pré-escolares.
(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0780 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 21

Levantamento e análise de estudos em animais in vivo na pesquisa científica odontológica publicada nos últimos 5 anos
Barbosa ACS, Lopes CS, Fernandes CMS, Serra MC
Odontologia Social - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi levantar e analisar o perfil da pesquisa odontológica experimental em animais, presente em artigos científicos publicados nos últimos 5 anos. Foi realizado o levantamento dos estudos desenvolvidos com o emprego de animais in vivo, publicados nos 10 periódicos odontológicos com os maiores fatores de impacto, no período de 2015 a 2020. Do total de 1652 artigos levantados, 594 foram analisados. A maior porcentagem de publicações ocorreu em 2015 com diminuição em 2020. O rato foi a espécie mais utilizada e com maior média de animais por estudo; o furão, apesar de apresentar a menor porcentagem de publicações, apresentou a segunda maior média de animais por estudo. A periodontia foi a especialidade odontológica com maior número de publicações, enquanto que a Reabilitação Oral apresentou o menor número. Informações sobre aprovação da pesquisa por Comitê de Ética, tamanho amostral, anestesia e analgesia foram fornecidas em 93,10%, 83%, 70,54% e 23,74% dos artigos, respectivamente. Em 53% a eutanásia foi especificada, tendo a sobredose anestésica sido o método mais utilizado.
Concluiu-se que nos últimos 5 anos, houve uma tendência na redução estudos em animais in vivo, o rato foi a espécie mais utilizada e a periodontia foi a especialidade que mais utilizou este modelo experimental. Apesar de a maioria mencionar a aprovação do Comitê de Ética, a citação do tamanho amostral, anestesia e eutanásia foram negligenciadas em algumas publicações. A omissão de informações essenciais pode acender preocupações científicas e éticas.
(Apoio: CAPES  N° 001)