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PN0736 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

Caminhos entre Religiosidade e Autopercepção de Saúde Bucal em Adultos Mais Velhos e Idosos do Brasil
Menegazzo GR, Amaral-Júnior OL, Vasconcellos NBT, Fagundes MLB, Giordani JMA
Estomatologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo transversal foi avaliar os caminhos diretos e indiretos entre religiosidade e autopercepção de saúde bucal de adultos mais velhos e idosos brasileiros. Para isto, foram utilizados dados da linha de base do "Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros" (ELSI-Brasil) realizado entre os anos de 2015 e 2016 e com uma amostra representativa de adultos brasileiros com 50 anos ou mais. Variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais, de saúde bucal autorrelatada, autopercepção de saúde bucal, religiosidade, espiritualidade e suporte social foram coletadas através de perguntas contidas em questionários. Além de análise descritiva, os caminhos entre religiosidade e o desfecho foram analisados através de modelos de equações estruturais. No total, foram avaliados 9.365 indivíduos. Observou-se que o hábito de fumar foi mediador da relação significativa entre menor religiosidade e autopercepção de saúde bucal ruim, por meio do menor apoio social, de forma direta e via condições de saúde bucal (menor perda dentária e maior percepção de sangramento gengival). Higiene bucal precária também mediou esta relação, por meio da menor espiritualidade, via condições de saúde bucal. Além disso, a menor religiosidade influenciou diretamente a autopercepção de saúde bucal ruim.
Sugere-se com estes resultados que a religiosidade tem efeito positivo sobre a autopercepção de saúde bucal. Ressalta-se a importância de que as políticas públicas de saúde levem em consideração a religiosidade no combate aos impactos negativos das doenças bucais.
(Apoio: CNPq  N° 160261/2020-1)
PN0737 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

Associação entre qualidade de vida relacionada à saúde bucal e sintomas depressivos em adultos mais velhos no Brasil
Fagundes MLB, Amaral-Júnior OL, Menegazzo GR, Giordani JMA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Verificar a associação entre qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) e sintomas depressivos em adultos mais velhos brasileiros. Trata-se de um estudo transversal com dados da linha de base do "Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros" (ELSI-Brasil) realizado entre os anos de 2015 e 2016, com uma amostra representativa de indivíduos com 50 anos ou mais. A variável desfecho foi o auto relato de sintomas depressivos avaliado através do questionário do Centro de Estudos Epidemiológicos para Depressão (CES-8), composto por oito questões. A variável de exposição principal foi o impacto da saúde bucal sobre as atividades diárias, avaliado pelo questionário Oral Impacts on Daily Performances (OIDP), o qual avalia questões sobre comer, falar, higiene bucal, relaxamento, sorriso, estudo ou trabalho, contato social e sono. As análises foram realizadas no software Stata 14. Foram estimadas as razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas por fatores socioeconômicos, psicossociais, comportamentais e de saúde bucal através de regressão de Poisson, considerando o peso amostral devido ao plano amostral complexo. Após o ajuste por todas as variáveis, aqueles que apresentaram pelo menos um impacto no OIDP tiveram uma maior prevalência de sintomas depressivos (RP: 1,42; Intervalo de confiança de 95%: 1,30- 1,56) do que os que relataram não ter impacto.
Adultos mais velhos que referem pior QVRSB podem ser mais propensos a apresentar sintomas depressivos. Ressalta-se a importância da saúde bucal para a saúde e bem-estar geral dessa população.
(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0738 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

Análise quantitativa de biópsias em tecidos moles da boca durante a pandemia da COVID-19 no estado do Rio de Janeiro
Cassab MTF, Silvério BDB, Siqueira BSPP, Caetano RM, Wogel H, Mafra LPV
Curso de Odontologia - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DA ESCOLA DE ODONTOLOGIA DE VOLTA REDONDA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo objetivou analisar o número de biópsias de tecidos moles em cavidade bucal realizadas no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2019 e 2020 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter descritivo com a coleta do número total de biópsias de tecidos moles em cavidade bucal realizadas nos anos de 2019 e 2020, através do SIA-SUS, Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS, no estado do Rio de Janeiro e em suas regiões. Os dados coletados foram tabulados e a análise estatística foi realizada através do programa Bioestat 5.3, utilizando os testes não-paramétricos Mann Whitney e Binomial p-unilateral, considerando resultados p<0,05 significativos. Analisando todo o Estado do Rio de Janeiro, não foi encontrada diferença estatística(p=0,41). Quando analisadas separadamente, apenas na região Metropolitana II (p=0,0003), que houve um decréscimo de 86,5% e a região Serrana (p=0,03) com um aumento de 42,3%, apresentaram diferenças significativas.
O estado do Rio de Janeiro não apresentou queda no número de biópsias realizadas em tecidos moles de cavidade oral no Sistema Único de Saúde no ano de 2020, do início da pandemia por COVID-19 no Brasil, quando comparado ao ano anterior.
PN0739 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

Possível bruxismo do sono e qualidade do sono em universitários brasileiros durante a pandemia da COVID-19
Moreira-Santos LF, Serra-Negra JMC, Prado IM, Perazzo MF, Abreu LG, Granville-Garcia AF, Paiva SM, Pordeus IA
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal avaliou a associação entre possível bruxismo do sono (PBS) e qualidade do sono em universitários brasileiros durante a pandemia da COVID-19. Participaram do estudo alunos de graduação e pós-graduação, matriculados em universidades públicas e privadas brasileiras, que responderam a um questionário on-line na plataforma Google Forms. O relato de síndromes, desordens cognitivas e/ou uso de anticonvulsivantes foram critérios de exclusão. O questionário abordava informações sociodemográficas, acadêmicas e gravidade das atividades do PBS (ranger, thrusting e bracing), categorizado em ausente, leve, moderado e grave. Também foi respondida a versão brasileira do Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI-BR). Foram conduzidas estatística descritiva e regressão logística multinomial (p≤0,05). Participaram do estudo 547 universitários com média de idade de 24.9 (± 5.5) anos. Escores mais elevados do PSQI (distúrbio do sono) foram associados ao PBS (ranger grave) (OR = 2,098; IC 95% = 1,229 - 3,583).
Estudantes de pós-graduação foram mais propensos a relatar PBS (thrusting leve) (OR = 2,689; IC 95% = 1,455 - 4,968). Estudantes com idade >25 anos (OR = 1,063; IC 95% = 1,008 - 1,121), do sexo feminino (OR = 12,686; IC 95% = 1,693 - 95,070) e de instituições privadas (OR = 2,985; IC 95% = 1,145 - 7,751) foram mais propensos a relatar PBS (bracing grave).
(Apoio: CNPq  N° 405301/2016-2)
PN0740 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

A inserção de tecnologias nos tratamentos endodônticos nos Centros de Especialidades Odontológicas, efeitos no 2º ciclo do PMAQ-CEO
Silva RO, Araújo ECF, Ishigame RTP, Cavalcanti YW, Lucena EHG
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo verificou se o uso de equipamento rotatório e localizador apical nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) interfere no tempo de espera e no número de sessões para tratamentos endodônticos. Realizou-se um estudo transversal, a partir dos microdados das entrevistas com os gestores no segundo ciclo da avaliação externa do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos CEO (PMAQ-CEO), realizado no ano de 2018. Foram analisadas as variáveis referentes ao tempo de espera e o número de sessões necessárias para os tratamentos endodônticos nos casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Utilizou-se o teste de Mann-whitney para detectar o efeito da inserção de tecnologias entre os grupos (p<0,05). Dos 1042 CEO, 482 possuem rotatório e localizador (46,3%). O tempo médio de espera foi de 82 dias para os CEO que possuem rotatório e localizador apical e de 83 dias para quando não há (p>0,05). O número de sessões para realizar uma biopulpectomia em dentes uni ou birradiculares em CEO com rotatório e localizador (x̄=1) é menor que os que realizam o tratamento convencional (x̄=2, p<0,01). Dentes multirradiculares tratados por bio ou necropulpectomia em CEO com rotatório e localizador apical realizam em menos sessões (x̄=2) quando comparado ao tratamento convencional (x̄=3, p<0,01).
Embora a inclusão de rotatório e localizador apical nos CEO para os tratamentos endodônticos não tenha reduzido o tempo de espera, reduz o número de sessões, sendo possível tratar mais pacientes em um mesmo período de tempo.
(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0741 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

Análise da confiança do paciente e a intenção de retorno à consulta odontológica
Vogel MT, Dal'asta J, Haubert G, Rigo L
Odontologia - ATITUS EDUCAÇÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi analisar a confiança do paciente e a intenção de retornar ao atendimento odontológico e verificar os fatores associados. A pesquisa tem o delineamento transversal, cuja amostragem não probabilística avaliou 378 pacientes com idade igual ou superior a 15 anos, os quais foram submetidos a procedimentos odontológicos em serviços público e particular de um município do sul do Brasil. Para a coleta de dados foram analisadas questões referentes ao afeto e a cognição com o dentista, a confiança e a intenção de retornar, a satisfação com a sua vida e questões sociodemográficas. A variável desfecho foi a confiança do paciente e a sua intenção de retornar ao dentista que o atendeu no seu último procedimento. A média de idade dos indivíduos foi de 34,41 anos (± 13,83). Após análise estatística ajustada por meio de Regressão de Poisson, a qual estimou as razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC), os resultados mostraram que os pacientes que tinham maior afeto e cognição com o seu dentista tiveram mais confiança e maior intenção de retornar (RP=2,01; IC95%1,73-2,32), além de apresentarem mais satisfação com a sua vida (RP=1,11; IC95%1,00-1,23).
Foi possível concluir que os aspectos positivos de afeto e cognição influenciam na confiança e na intenção de retornar ao profissional. Ainda, estar satisfeito com a vida proporciona maiores chances de ter confiança e intenção de retornar.
PN0742 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

Aceitabilidade dos municípios a um sistema de informação de prescrições odontológicas de antibióticos em Minas Gerais, Brasil
Santos JS, Cruz AJS, Ruas CM, Pereira-Junior EA, Mattos FF, Abreu MHNG
Odontologia Social e Preventiva - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este trabalho objetivou avaliar a associação entre fatores socioeconômicos e de organização de serviços municipais e a aceitabilidade dos municípios a um sistema de informação de prescrições odontológicas em Minas Gerais, Brasil. Os dados foram obtidos do Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e foram referentes às dispensações de antibióticos prescritos por cirurgiões-dentistas ocorridas nos serviços públicos de saúde no ano de 2017. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e a técnica Classification And Regression Tree para identificar as variáveis municipais associadas ao desfecho. Foram pesquisadas 57.279 dispensações de antibióticos. Essas dispensações foram para 40.630 pessoas, sendo a maioria do sexo feminino (58,0%). A amoxicilina representou 84,5% das prescrições. Do total dos municípios de Minas Gerais, 49,4% (n=421) registraram dispensações. Fatores socioeconômicos municipais não estiveram associados à aceitabilidade a este sistema de informação. Municípios com maior cobertura populacional em saúde bucal (p=0,038) e sem Centro de Especialidades Odontológicas (p=0,034) mostraram maior participação no registro das dispensações de antibióticos prescritos por cirurgiões-dentistas.
Pode-se concluir que há necessidade de avanços na vigilância da prescrição de antibióticos nos serviços públicos de saúde bucal do estado de Minas Gerais e que fatores de organização de serviços estiveram associados à aceitabilidade dos municípios a este sistema.
(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 303772/2019-0  |  Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais  N° 001)
PN0743 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 19

HIV/AIDS e Hepatite B- Conhecimento e discriminação às faces da odontologia
Garbin CAS, Batista JA, Wakayama B, Saliba TA, Garbin AJI
Odontologia Infantil e Social - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se comparar o conhecimento, a presença e a manifestação de atos discriminatórios de cirurgiões-dentistas, auxiliares e acadêmicos de odontologia às representações sociais do HIV/AIDS e da hepatite B. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e quantitativo, conduzido com os cirurgiões-dentistas e auxiliares da Atenção Primária à Saúde de 40 municípios do estado de São Paulo, e acadêmicos de odontologia de uma universidade pública. Para análise dos dados foi utilizado o teste Z de proporção (p< 0,005) para comparação entre os grupos. Fizeram parte do estudo 550 sujeitos. Houve diferenças estatisticamente significantes em relação ao conhecimento sobre HIV/AIDS e hepatite B, com maior percentual de acerto pelos cirurgiões-dentistas (97,7%). Sobre o receio das doenças infecciosas, o HIV/AIDS foi representativo; já quanto ao risco de infectividade, a hepatite B foi mais mencionada. De modo geral, apenas 30,7% e 42,2% dos indivíduos aceitariam ser atendidos por um profissional com HIV/AIDS e hepatite B, respectivamente, com maiores proporções de recusas pelos auxiliares e acadêmicos. Foram identificadas também maiores proporções de auxiliares (47,4%) que acreditam ter distinções nas condutas clínicas no atendimento ao paciente portador do HIV e do VHB.
O conhecimento dos indivíduos sobre as doenças infecciosas ainda é inconsistente, principalmente pelos auxiliares e acadêmicos. Além disso, percebeu-se, ainda que de forma silenciada e oculta, a presença e manifestação de atitudes discriminatórias principalmente em relação ao HIV/AIDS.
(Apoio: CAPES)