Avaliação da incidência de infecções ambulatoriais pós-operatórias em cirurgias odontológicas: aspectos epidemiológicos e clínicos
Duarte FAD, Souza JVBC, Almeida CIP, Alvarez-Leite ME
Icbs - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se avaliar a incidência de infecções pós-cirúrgicas em procedimentos invasivos em uma faculdade privada de Odontologia de Minas Gerais. A pesquisa foi avaliada através do acompanhamento de 42 cirurgias executadas nas disciplinas de Cirurgia e Implantodontia. Para se estabelecer as variáveis que poderiam interferir no processo, utilizou-se um protocolo de recomendações para prevenção de infecções de sítios cirúrgicos que incluiu informações sobre a medicação prescrita, as características da cirurgia, os métodos de prevenção contra possíveis intercorrências e as condições do paciente. Após o procedimento, a presença dos sinais e sintomas (edema persistente, febre, prostração e supuração) foi avaliada durante 30 dias, através de contato, por telefone ou pessoalmente, com os pacientes. Os resultados mostraram que em 69,1% das cirurgias não houve presença de sinais e sintomas. Dos 13 (30,9%) pacientes com marcadores de infecção presentes, nove relataram edema após 4 dias (69,2% deles), sendo que dois deles associados à prostração e quatro relataram prostração (30,7%); tais marcadores não podem ser, isoladamente, considerados indicativos de infecções. Somente um paciente apresentou abcesso com secreção purulenta (7,6%), único marcador que pode, isoladamente, indicar um possível caso de infecção. Os resultados preliminares e descritivos indicaram ausência de intercorrências em 69,1% dos pacientes (n=29) independentemente do gênero, do uso de antibiótico profilático, da técnica ou tempo de cirurgia.PI0213 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Efeito do geraniol associado a codeína na nocicepção orofacial induzida por formalina e glutamato
Araujo GR, Nunes APL, Alves DN, Monteiro AB, Santos AKFS, Andrade HHN, Almeida RN, Castro RD
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliou-se, a atividade antinociceptiva orofacial do geraniol (trans-3,7-dimetilocta-2,6-dien-1-ol) associado a codeína em camundongos. Os animais, divididos em 6 grupos (n= 6 por grupo) foram previamente tratados (intraperitoneal) com: Geraniol (50mg/kg); Geraniol/Codeína (50/30 mg/kg); Geraniol/Codeína (50/15 mg/kg); Geraniol/Codeína (50/7,5 mg/kg); Codeína (50 mg/kg) e controle (água). A indução da nocicepção foi realizada através de injeção de Glutamato (20 μL) e formalina (20 μL) no lábio superior do animal. A análise levou em consideração o tempo de face rubbing, em segundos. Esse estudo caracteriza-se por ser não clínico, randomizado, controlado e triplo-cego. No teste do Glutamato, as associações viabilizaram reduções entre 32,65% (p=0,0021) a 54,23% (p<0,0001) no tempo de nocicepção. O geraniol isolado também foi capaz de diminuir o tempo de face rubbing em 50,80% (p<0,0001). No teste da formalina que possui duas fases: a neurogênica e a inflamatória, foi possível observar que a associação Geraniol/codeína 50/30 mg/kg foi a que apresentou melhor efeito do ponto de vista estatístico tanto na fase neurogênica como também na fase inflamatória com redução no tempo de nocicepção de 86% (p<0,0001) e 49,5% (p=0,0026) respectivamente. Contudo na fase inflamatória o grupo tratado apenas com codeína 30mg, não apresentou redução no tempo de nocicepção (1,24%; p>0,05). Assim, o geraniol isolado e o associado a codeína inibiram nocicepção orofacial produzida por glutamato e formalina, com destaque para a associação de Geraniol/Codeína (50/30 mg/kg). (Apoio: CNPq)PI0214 - Painel Iniciante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Associação de características comportamentais e a decisão de tratamento de lesões de cárie em estudantes de odontologia
Zanatta M, Deon AC, Lopes MWP, Bizzi SS, Signor GR, Bervian J, Collares KF
Programa de Pós Graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar a associação entre características comportamentais e a decisão de tratamento operatório de lesões de cárie por estudantes de Odontologia do Norte do Estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa foi realizada em 3 unidades acadêmicas na cidade de Passo Fundo - RS, onde 247 estudantes de Odontologia foram convidados a participar. Um questionário contendo questões sociodemográficas, dois casos clínicos com questões objetivas de múltipla escolha para avaliar a escolha de tratamento invasivo em diferentes estágios de cárie dentária proximal e oclusal e dois instrumentos para aferir a proatividade em ambiente clínico e a participação dos estudantes em atividades extraclasses foram aplicados. 245 (99,2%) estudantes participaram do estudo. Através de modelos de regressão de Poisson multivariados, as variáveis de proatividade e de participação em atividades extracurriculares não apresentaram associação com a escolha de tratamento invasivo para lesões de cárie entre estudantes. Por outro lado, estudantes do sexo feminino e que cursaram menor número de semestres acadêmicos em disciplinas clínicas escolheram um tratamento invasivo em estágios mais avançados da lesão de cárie. A mesma relação foi observada comparando as escolas. Portanto não houve uma influência de questões comportamentais como a proatividade dos estudantes e a participação em atividades acadêmicas na escolha do tratamento invasivo de lesões de cárie proximais e oclusais. No entanto é perceptível a influência das escolas, do sexo e da experiência clínica durante o curso de odontologia. (Apoio: CNPq)PI0215 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Polifarmácia em diabéticos sob acompanhamento periodontal: estudo transversal
Bastos Silveira B, Mattos MCO, Naiff PF, Grisi DC, Damé-Teixeira N, Guimarães MCM, Lia EN
Odontologia - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A polifarmácia é comum entre pacientes diabéticos e deve receber atenção do cirurgião-dentista, uma vez que predispõe a interações medicamentosas. O objetivo deste estudo foi conhecer a prevalência do uso de medicamentos por pacientes diabéticos sob tratamento periodontal e identificar suas interações com fármacos indicados em Odontologia. Foi realizado levantamento a partir de prontuários de pacientes diabéticos sob tratamento periodontal na Unidade de Saúde Bucal do Hospital Universitário de Brasília, no período de novembro de 2005 a fevereiro de 2020. Foram coletados dados sociodemográficos, de saúde geral e bucal. A pesquisa de interações medicamentosas foi realizada por meio da base de dados Dynamed. Ao total, 94 prontuários foram analisados; a maioria dos pacientes eram mulheres (69%), com idade média de 55±14 anos. A glicemia de jejum média foi 147 ±70,1mg/dL, hemoglobina glicada média 8±2% e o nível médio de triglicerídeos igual a 180,9±113,4mg/dL. O número médio de dentes perdidos foi 11±7, o índice de placa foi 39,3±26,3% e o índice de sangramento gengival foi 35±25,9%. O número médio de medicamentos utilizados foi 5±3. Os medicamentos mais utilizados foram os hipoglicemiantes (85%) e anti-hipertensivos (56%). Antiinflamatórios não esteroidais apresentaram interações moderadas com anti-hipertensivos e interações maiores com diuréticos. O cirurgião-dentista deve considerar interações medicamentosas em diabéticos no momento da prescrição de fármacos de uso indicado em Odontologia. (Apoio: CNPq)PI0216 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação da pentoxifilina e tocoferol em modelo de osteonecrose dos maxilares induzida por bifosfonatos em ratos
Maia TAC, Ferreira BSP, Gusmão JNFM, Viana KF, Sousa LM, Costa ACF, Gondim DV
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O uso da pentoxifilina (P) e tocoferol (T) foram avaliados na osteonecrose dos maxilares induzida por bifosfonatos (OMIB) em ratos. Para isso, os animais receberam ácido zoledrônico (AZ; dias 0, 7, 14 e 49) em 2 protocolos experimentais. No primeiro, os animais foram divididos nos grupos de pré-tratamento: Controle (C), AZ+ exodontia (EX), AZ+EX+P, AZ+EX+T e AZ+EX+PT. No segundo, os grupos experimentais foram: C; AZ+EX; AZ+EX+PT pré-tratamento; AZ+EX+PT pós-tratamento. No 42º dia, foi realizada exodontia do primeiro molar inferior esquerdo. Os animais pós-tratados receberam PT a partir do dia 43. A eutanásia ocorreu no dia 70. Foram realizadas análises histopatológicas, dosagens séricas de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina (FAO) e análise de toxicidade hepática e renal. O pré-tratamento com PT apresentou significativa melhora na condição óssea quando comparado ao grupo com OMIB, entretanto na comparação da associação dos fármacos, o grupo pós-tratamento apresentou significativo aumento do número de osteócitos viáveis e redução do número de lacunas vazias. No pré-tratamento, quando comparados aos animais com OMIB, os que receberam somente T apresentaram significativo aumento nos níveis de FAO e os que receberam P, maiores níveis de fósforo sérico. A associação da PT não produziu aumento significativo nos níveis de enzimas hepáticas e reduziu os níveis de malondialdeído hepático. Nossos resultados sugerem que a associação dos fármacos melhora a condição óssea local no sítio da exodontia e não apresenta toxicidade sistêmica em ratos com OMIB.PI0217 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Análise antifúngica de flavonoides extraídos da planta piper montealegranum yuncker sobre cepas de Candida spp.
Araújo RCRM, Alves DN, Santos BVO, Abílio GMF, Gurgel ESC, Castro RD
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo propôs a avaliação antifúngica de uma mistura de dois flavonoides provenientes do extrato bruto dos ramos de Piper montealegreanum Yuncker frente cepas de Candida spp. Foram determinados a concentração inibitória mínima (CIM); a concentração fungicida mínima (CFM); a ação sobre a parede fúngica e sobre a membrana celular fúngica, de acordo com protocolo proposto pela CLSI (2002). O resultado da CIM frente às cepas de Candida albicans ATCC 90028 e Candida Tropicalis CBS 94 foi equivalente a 62,5 µg/mL para ambas, mesmo resultado obtido para a CFM das duas cepas. Considerando-se que a amostra apresentou boa bioatividade antifúngica (CIM entre 26 - 125µg/mL) foram realizados os testes de mecanismo de ação, através da técnica da microdiluição (CLSI, 2002). O teste de ação sobre a parede celular mostrou que a CIM da substância não foi alterada na presença do sorbitol. Entretanto, o teste sobre a membrana celular na presença do ergosterol demostrou um resultado de CIM igual a 1000 µg/mL para Candida albicans, e igual a 500 µg/mL para Candida tropicalis. A mistura de flavonoides provenientes do extrato bruto dos ramos de Piper montealegreanum Yuncker apresentaram boa bioatividade antifúngica sobre as cepas testadas de Candida albicans e Candida tropicalis, com mecanismo de ação relacionado a viabilidade das membranas plasmáticas. (Apoio: UFPB)PI0218 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Controle de qualidade físico-químico da emulsão à base de óleo de copaíba como biomodificador na adesão dentinária
Cavalcante LS, Brasil GRL, Moraes BF, Hanan SA, Conde NCO, Vasconcellos MC, Bandeira MFCL, Toda C
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O controle de qualidade da emulsão à base de óleo de copaíba (EMC), usada como biomodificador dentinário, visa assegurar qualidade, segurança, eficácia e estabilidade, e suas atividades antibacteriana, anti-inflamatória e antiproteolítica. O estudo realizou o controle de qualidade de duas EMCs (EA e EB), armazenadas em diferentes ambientes e tempos. As EMCs foram armazenadas em estufa, temperatura ambiente, temperatura ambiente ao abrigo da luz, ambiente com ar-condicionado, geladeira e no freezer. A EA foi analisada nos tempos de 18 e 24 meses e a EB nos tempos de 0, 6 e 12 meses, por meio do teste de centrifugação, pH, densidade, avaliação microbiológica, propriedade organoléptica e atividade antibacteriana. Na EA, em todos os tempos, houve alteração organoléptica, não apresentando contaminação nos ambientes freezer, estufa e em temperatura ambiente com exposição à luz, e apresentou atividade bactericida e bacteriostática nos ambientes freezer, ar-condicionado e temperatura ambiente com exposição à luz, no tempo de 18 meses. A EB não apresentou separação de fases no teste de centrifugação em 0 e 6 meses; em 12 meses houve separação em todos os ambientes, exceto em geladeira. No teste de pH, os ambientes freezer e geladeira obtiveram menor variação (p<0,005); na geladeira, não ocorreu contaminação e variação organoléptica. As atividades bactericida e bacteriostática foram encontradas em todos os ambientes. O melhor local de armazenamento das EMCs é a geladeira no tempo de até 12 meses. Palavras chaves: controle de qualidade; fitoterapia; materiais dentários.