Alterações oclusais na amelogênse imperfeita
Carvalho JLR, Cançado RH, Lanza LD, Avelar FM, Lanza CRM
Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológ. - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A amelogênese imperfeita (AI) é uma alteração genética rara que afeta o esmalte dentário e a dentina de ambas dentições com ampla variabilidade fenotípica. Essa alteração estrutural provoca problemas oclusais, periodontais, na fonética e na autoestima, podendo acarretar alterações no sistema estomatognático onde requer tratamento complexo e multidisciplinar. Este estudo observacional de caráter descritivo avaliou as alterações oclusais decorrentes da AI em uma amostra por conveniência formada pelos pacientes com AI atendidos em um projeto de extensão universitário. A coleta dos dados foi feita pela análise oclusal estática clínica e da documentação ortodôntica obtidos nos prontuários dos pacientes e comparados à normalidade por fase de dentadura. Sete pacientes foram incluídos no estudo (9 a 22 anos), 03 na dentadura mista e 04 na dentadura permanente, sendo 05 do sexo feminino e 02 do sexo masculino. Todos os pacientes avaliados apresentaram alterações oclusais, sendo encontrados 24 diferentes tipos, sendo as mais prevalentes: classe II bilateral, diastemas, deficiência transversal, perda de dimensão vertical, impactação de dentes permanentes, retenção prolongada de decíduos e alteração gengival. A amelogênense imperfeita pode estar associada a alterações que causam má-formação, tanto dentária quanto esquelética, que tendem a se agravar com o tempo. O diagnóstico precoce da AI, somada a uma intervenção é de fundamental importância para monitoramento, prevenção e tratamento de problemas oclusais comuns nessa doença.PI0136 - Painel Iniciante
Área:
6 - Oclusão / ATM
Prevalência de disfunção temporomandibular e fatores associados em uma população idosa da comunidade
Godeiro RLC, Pinheiro NCG, Monteiro ACC, Costa LBB, Holanda VCD, Pessoa PSS, Freitas YNL, Lima KC
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo objetivou investigar a prevalência da Disfunção Temporomandibular (DTM) e fatores associados em idosos da comunidade. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte. Portanto, 209 idosos foram investigados no município de Macaíba/RN. Para a coleta dos dados foi utilizado o Questionário Simplificado para Triagem de pacientes com Disfunção Temporomandibular (QST/DTM), além de instrumentos que serviram para avaliação da condição socioeconômica e demográfica, do uso de serviços odontológicos, condição de saúde bucal e capacidade funcional dos indivíduos investigados. A análise dos dados se deu a partir do teste do qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5% e regressão logística. Como medida de magnitude da associação, calculou-se a Odds Ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% . A amostra foi composta por indivíduos em sua maioria do sexo feminino (66,5%), com média de idade de 75,19 (±8,14) anos. Observou-se 25% (19%-31%) de prevalência para a DTM. Houve associação significativa entre DTM e estado civil (p= 0,012), posse de cuidador (p<0,001) e capacidade funcional (p<0,001). Após a regressão logística, considerando as associações com p<0,20 na análise bivariada, permaneceram associados ao desfecho: não ter companheiro [OR=2,07 (1,02-4,18)], ter cuidador [OR=3,22 (1,60-6,47)] e ser independente funcionalmente [OR=0,35 (0,18-0,70)]. Confirma-se, portanto, o caráter multifatorial desse agravo de saúde bucal, o qual exige uma abordagem multiprofissional em seu tratamento.PI0137 - Painel Iniciante
Área:
6 - Oclusão / ATM
Laserterapia na DTM Dolorosa Crônica: Aplicação em Pontos de Dor versus Pontos Pré-Determinados
Furquim LR, Barbosa AFS, Olivato OP, Silva-Sousa YTC, Leite-Panissi CRA, Magri LV
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi comparar a efetividade da aplicação da laserterapia de baixa intensidade (LBI) em pontos de dor nos músculos mastigatórios e articulações temporomandibulares (localizados pelo exame de palpação) versus a aplicação em pontos pré-determinados em mulheres com disfunção temporomandibular (DTM) dolorosa. Para tanto, uma amostra preliminar de nove mulheres, com idade entre 18-60 anos e diagnóstico de DTM estabelecido pelo DC/TMD, foi aleatoriamente randomizada de acordo com o protocolo de aplicação de LBI: em pontos pré-determinados (G1, n = 5) ou em pontos de dor (G2, n = 4). Foram realizadas quatro aplicações do laser diodo As-Ga-Al, 780 nm, com 30 J/cm2, sendo uma sessão por semana, totalizando um mês de terapia. Foram realizadas as seguintes avaliações: T0 - DC/TMD, Inventário Breve de Dor (BPI), Questionário McGill - Versão Reduzida (SF-MPQ), Escala Visual Analógica (EVA); L1, L2, L3 e L4 / T1- BPI, SF-MPQ e EVA. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Após a finalização da LBI, comparando-se G1 e G2, as voluntárias tratadas com LBI aplicado nos pontos de dor apresentaram menor intensidade de dor (geral e no momento da avaliação), além de maior redução da escores relativos à interferência da dor nas atividades de vida diária (BPI), do que aquelas que receberam LBI em pontos pré-determinados. Em conclusão, a partir destes resultados preliminares, foi possível inferir que protocolo de LBI para DTM dolorosa com aplicação em pontos de dor resultou em maior efetividade clínica, com redução expressiva dos índices de dor. (Apoio: CNPq N° 139403/2020-5)PI0138 - Painel Iniciante
Área:
6 - Oclusão / ATM
Prevalência de sinais clínicos e diagnósticos de disfunção temporomandibular em adultos com deficiência intelectual
Alves AK, Reis GES, Sydney PBH, Dezanetti JMP, Ventura R, Bonotto D, Pupo YM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo transversal com grupo de comparação foi conduzido com o objetivo de avaliar sinais clínicos e diagnósticos de disfunção temporomandibular (DTM) em adultos com deficiência intelectual (DI) e em um grupo de comparação de pessoas sem DI. Para o diagnóstico de DTM, foi aplicado o instrumento RDC/TMD, eixo I. O exame clínico avaliou a dor muscular e articular, o padrão de abertura bucal, a extensão do movimento mandibular e os ruídos articulares. Para a análise estatística foram utilizados os testes Qui-quadrado, teste de Fisher e o pós-teste de Bonferroni, com um nível de significância de 5%, através do software SPSS (versão 2.1.0). Foram incluídos 97 indivíduos no grupo de pessoas com DI e 96 participantes no grupo de comparação. Os grupos eram homogeneos para o sexo (p=0,08) e idade (p=0,419). Não foi observada diferença significativa entre os grupos para sinais de DTM (p>0,05). O grupo de comparação teve significativamente mais deslocamento do disco com redução (p=0,011). Em geral, as mulheres do grupo de comparação tiveram uma maior prevalência para os diagnósticos de DTM (p<0,05), mas estas diferenças não foram encontradas para o grupo de indivíduos com DI (p>0,05). O grupo de comparação apresentou uma associação significativa de indivíduos mais velhos com o diagnóstico de dor miofascial com abertura limitada (p=0,009). Em geral, os adultos com DI possuem prevalência semelhante de sinais clínicos e diagnóstico de DTM quando comparados com os adultos sem DI. As diferenças de gênero nos diagnósticos de DTM não foram significativas para o grupo com DI.PI0139 - Painel Iniciante
Área:
6 - Oclusão / ATM
Avaliação dos sinais e sintomas da disfunção temporomandibular em praticantes e não praticantes de CrossFit®
Cardoso RLF, Miarka B, Martins APVB, D'Arce MBF, Castro MAA, Badaró MM
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi comparar os sinais e sintomas da disfunção temporomandibular (DTM) em praticantes de CrossFit® e sedentários, diagnosticados ou não com DTM. A amostra foi composta por 77 voluntários alocados em 04 grupos: G1: sedentários sem DTM (n = 16), G2: sedentários com DTM (n = 16), G3: praticantes com DTM (n = 25) e G4: praticantes sem DTM (n = 20). O questionário RDC/TMD eixo I foi aplicado para o diagnóstico de DTM e verificação dos sinais e sintomas relacionados. Os dados foram processados pelos testes Qui-quadrado, post hoc de Dunn, análise de variância e Kruskal-Wallis. O nível de significância foi de 5% (p < 0,05). G2 relatou maior queixa de dor na face em ambos os lados (p = 0,002). G1 e G4 obtiveram menor queixa de dor durante os movimentos excursivos (p= 0,004). G2 demonstrou maior dor na palpação do músculo temporal anterior direito e esquerdo (p= 0,004 e p≤ 0,001, nesta ordem) e G3 no corpo do músculo masseter bilateralmente (p ≤ 0,001). G2, G3 e G4 apresentaram maior queixa de dor para palpação na origem do músculo masseter bilateral (p≤ 0,001 para ambos os lados). G2 e G3 foram iguais, tendo maior relato de dor no músculo masseter profundo bilateral (p≤ 0,001, para os dois lados) e na inserção do músculo masseter direito e esquerdo (p = 0,012 e p≤ 0,001, nesta ordem). Após palpação lateral e posterior da ATM, G3 demonstrou maior queixa de dor (p≤ 0,001). Por fim, concluiu-se que houve grande similaridade dos sinais e sintomas entre sedentários e praticantes com DTM, principalmente na resposta dolorosa de sítios musculares e durante a realização de movimentos mandibulares.PI0140 - Painel Iniciante
Área:
6 - Oclusão / ATM
Correlação entre percepção de dor orofacial e qualidade de vida em pacientes após tratamento para disfunção temporomandibular
Dallanora AF, Dallanora LMF, Anrain BC, Martini GR, Calliari BE, Grasel CE, Ávila LFA
Odontologia - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A disfunção temporomandibular (DTM) causa alterações na limitação de abertura e movimentação mandibular e, é uma das principais causas de dor orofacial de origem não-odontogênica. Devido a alta prevalência de DTM e sua associação a sintomas depressivos e desequilíbrio ao bem-estar físico é relevante estudá-la sob uma perspectiva que considere aspectos psicossociais além da sintomatologia física. O estudo teve o objetivo avaliar a qualidade de vida (QV) e a percepção da dor em pacientes antes e após tratamento de DTM. A amostra foi constituída de 31 pacientes, de ambos os sexos, com idades entre 22 a 69 anos. Com o intuito de mensurar a dor e QV, foram aplicadas, antes e após o tratamento: a) a Escala Visual Analógica (EVA) para avaliar a dor e; b) o questionário SF-12 (short-form health survey) para avaliar a QV, considerando os dois domínios: componente físico (PCS) e mental (MCS).Foi observada uma correlação fraca (r=0,16, p<0,05) entre o SF-12 e a EVAf. Não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre os sexos quanto a percepção da dor (p=0,68), e aos domínios PCS(p=0,67) e, MCS (p=0,16). A QV foi mais afetada no domínio mental (MCS). Entre EVA inicial e final o estudo apresentou uma melhora de 78,19% na percepção da dor após o tratamento em ambos os sexos. Entre os pacientes do sexo masculino, houve uma melhora de 73,91%. Já entre os pacientes do sexo feminino, houve uma melhora de 80,79% Neste estudo, a QV foi mais afetada no domínio mental, que o tratamento da dor foi efetivo para ambos os sexos, apresentando resultados mais positivos no sexo feminino.