RESUMOS APROVADOS

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PI0102 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

Equivalência semântica de um instrumento que avalia crenças, comportamentos e barreiras ao cuidado bucal de mães sobre a cárie em seus filhos
Souza KSC, Clementino LC, Perazzo MF, Heaton B, Garcia R, Paiva SM, Martins-Júnior PA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi realizar a equivalência semântica de um instrumento que avalia as crenças, conhecimentos, comportamentos e barreiras ao cuidado bucal das mães sobre a cárie da primeira infância em seus filhos de 0 a 5 anos de idade na língua portuguesa do Brasil. O instrumento incorpora várias teorias de comportamento em saúde para explicar a probabilidade de os indivíduos se envolverem em comportamentos positivos de saúde bucal, e avalia quais fatores influenciam as mães a comparecerem às consultas odontológicas dos seus filhos. A equivalência semântica envolveu as seguintes etapas: (1) traduções do instrumento para o Português Brasileiro, realizadas por dois tradutores independentes (ambos brasileiros e fluentes no Inglês); (2) unificação das duas traduções; (3) duas retrotraduções feitas de forma independente por dois tradutores (que tem o Inglês como língua materna e são fluentes no Português Brasileiro); (4) unificação das duas retrotraduções; (5) envio da versão unificada para os autores do instrumento original para avaliação; (6) revisão das traduções e retrotraduções de acordo com as considerações dos autores originais e de um grupo de especialistas; (7) pré teste em um grupo de mães brasileiras com filhos de 0 a 5 anos; (8) produção do instrumento final no Português Brasileiro.
As traduções e retrotraduções avaliadas pelos autores originais e por especialistas e a incorporação de sugestões da população-alvo, permitiu o desenvolvimento de uma versão do instrumento em Português Brasileiro semanticamente equivalente ao instrumento original.
(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  FAPEMIG)
PI0103 - Painel Iniciante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

Aplicabilidade da Teleortodontia na era pós-COVID-19 na perspectiva dos pacientes ortodônticos
Fagundes G, Laury D, Feres M, Matias M, Nahás ACR, Patel MP, Frigo L, Maltagliati LA
UNIVERSIDADE GUARULHOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo dessa pesquisa foi entender a perspectiva dos pacientes com relação às novas modalidades de assistência clínica, mediante as mudanças comportamentais provocadas pelo novo Coronavírus. Após aprovação pelo Comitê de Ética, um questionário foi enviado para pacientes ortodônticos, com maioridade civil, por e-mail e redes sociais. A partir do aceite do termo de consentimento, o indivíduo foi direcionado ao questionário com questões de múltipla escolha, compreendendo dados demográficos e sobre a teleortodontia e o comportamento dos pacientes quanto ao atendimento remoto no período de pandemia. Foi realizada estatística descritiva para o cálculo de percentual e medidas de associação (teste Qui-quadrado). Foram 109 respostas, sendo 70,6% dos respondentes do sexo feminino, 41% com idades entre 18 e 30 anos e 45,9% em tratamento ortodôntico pela 2a vez. Os resultados revelaram que a teleortodontia ainda é desconhecida da maioria dos respondentes (64,2%). Confiariam em um diagnóstico remoto se realizado por especialista (53,2%). O atendimento presencial é o preferido, mas são receptivos a teleconferências intervaladas. Sobre vendas de aparelho diretamente ao consumidor, a maioria (62,4%) afirmou acreditar que não funciona e 38,5% não comprariam sem um ortodontista. Não houve correlação entre a faixa etária ou conhecimento sobre teleortodontia e a sua aceitabilidade.
Pacientes são receptivos à assistência remota, desde que acompanhados por um especialista, independente de idade e conhecimento sobre teleortodontia
PI0104 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

Ausência de dados registrados em prontuários clínicos de procedimentos restauradores: um estudo retrospectivo
Souza-Oliveira AC, Paschoal MAB, Martins-Pfeifer CC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a frequência de dados ausentes ou não preenchidos em fichas clínicas de crianças atendidas na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (FAOUFMG). Este estudo retrospectivo incluiu as fichas clínicas de crianças de 3 a 12 anos atendidas na FAOUFMG dos últimos 10 anos, com pelo menos um dente restaurado. Coleta foi realizada por um examinador treinado para a coleta de dados (CAAE #12457519.5.0000.5149). Os dados coletados foram tabulados no IBM SPSS Statistics 26, e realizada análise descritiva das variáveis. Oitenta e sete fichas foram analisadas, três excluídas e 84 fichas de crianças incluídas: 52,4% do sexo masculino, com idade média 6,8 anos (DP: 1.66). Destas, identificou-se 101 exames de rotina realizados em um intervalo de no mínimo 6 meses. Houve um grande percentual de exames de rotina ausentes: >40% do odontograma, 49,5% do índice de sangramento gengival (ISG), 42,6% do índice de placa visível (IPV) e 82,2% de diários dietéticos. Quarenta e sete crianças realizaram tratamento restaurador, resultando num total 144 procedimentos restauradores, sendo que destes, 9% não identificavam o material restaurador, a marca do material (59,7%), o tipo de isolamento usado (45,1%), uso de capeamento pulpar (77,1%).
O percentual de dados ausentes foi alto, mostrando que informações importantes não são registradas como dados dos procedimentos restauradores e dos exames de rotina.
(Apoio: CNPq  N° 146797/2020-5  |  PIBIC)
PI0105 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

Senso de Coerência materno no período puerpério imediato: associação com fatores socioeconômicos e de saúde
Silva VMM, Bendo CB, Cruz PV, Occhi-Alexandre IGP, Martins-Pfeifer CC, Paiva SM, Pordeus IA
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O Senso de Coerência é a maneira como os indivíduos lidam com as situações adversas da vida. Esse estudo têm o objetivo de verificar a associação do Senso de Coerência materno no período puerpério imediato com fatores socioeconômicos e de saúde. Estudo transversal realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais com 182 mães de recém-nascidos. A escala Senso de Coerência (SOC-13) foi auto aplicada às mães. As variáveis relacionadas aos fatores socioeconômicos e de saúde foram obtidas através de prontuários médicos e questionário respondido pelas mães. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE #65057617.7.0000.5149). Regressão de Poisson com variância robusta foi usada para análise multivariada dos dados (p<0,05). Mães de classe socioeconômica mais alta tiveram 1,05 vezes maior Senso de Coerência (95%IC:1,01-1,09) do que aquelas que pertenciam a classe socioeconômica mais baixa. Faixas etárias mais altas (RP:1,09; 95%IC: 1,02-1,16), presença de parceiro fixo (RP:1,07; 95%IC: 1,01-1,14), ausência de traumas ou complicações durante o parto (RP:1,14; 95%IC: 1,05-1,24) e instruções de higiene bucal para o recém-nascido recebidas durante o pré-natal (RP:1,05; 95%IC: 1,0-1,09) foram associados a um melhor senso de coerência materno.
Conclui-se que mães de classe socioeconômica mais alta, maior faixa etária, com parceiro fixo, com ausência de traumas ou complicações durante o parto e orientadas quanto a higiene bucal do filho apresentam maior capacidade de lidar com as situações adversas no período puerpério imediato.
(Apoio: PIBIC/CNPq/PRPq/UFMG  N° edital 03/2020 UFMG  |  CAPES  |  FAPEMIG)
PI0106 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

O relato de uso de antibiótico na primeira infância tem associação com a presença de hipomineralização molar-incisivo?
Góes G, Botelho FM, Brancher GP, Cardoso M, Bolan M, Evangelista ME, Santana CM
Odt - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Determinar se o relato do uso de antibiótico na primeira infância está associado com a presença de HMI. Estudo transversal realizado com crianças de 8-10 anos de idade matriculadas em escolas públicas de Florianópolis (Brasil) as quais foram examinadas por quatro examinadores calibrados (K>0,07). Os exames foram individuais em local reservado e o diagnóstico da HMI baseado na classificação da Academia Européia de Odontopediatria (EAPD). Os dados relativos aos fatores etiológicos, coletados através de entrevista aos responsáveis, foram os relacionados ao uso de antibiótico na gestação, problemas médicos na gravidez, necessidade de incubadora, gravidez gemelar e administração de antibiótico e problemas médicos entre 0 a 4 anos de idade da criança.
1050 crianças foram examinadas e a prevalência de HMI foi de 9,71%. Das crianças avaliadas, 39,3% utilizaram antibiótico até os 4 anos, e destas, 12,1% apresentaram HMI. O uso de antibiótico até os 4 anos de idade demostrou associação (p=0,0466) e aumentou a frequência de HMI em 48,3%. As demais variáveis investigadas não apresentaram associação estatisticamente significante com a HMI. Houve associação do relato de uso de antibiótico nos primeiros 4 anos de vida da criança com a presença da HMI.
PI0107 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

Automedicação para dor de dente em crianças: estudo transversal
Baldacci LG, Tavares MG, Toledo LOA, Lia EN
Ciências da Saúde - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A automedicação sintomática da dor odontogênica em crianças levanta preocupações devido à vulnerabilidade a efeitos adversos e sobredosagem. O objetivo desse estudo foi caracterizar a automedicação para problemas bucais em crianças. Aplicou-se um questionário a pais e responsáveis por crianças sob atendimento odontológico em clínicas de ensino de duas instituições do Distrito Federal. O questionário foi composto por 12 questões sobre indicação, via de administração, dosagem e conhecimento sobre segurança referente ao uso de medicamentos. As frequências absolutas e relativas das variáveis categóricas foram calculadas por meio da estatística descritiva. Os dados quantitativos foram apresentados como média e desvio padrão. O teste do chi-quadrado foi utilizado para medir a associação entre as variáveis estudadas e a automedicação. Cento e cinco participantes foram entrevistados entre agosto de 2019 a novembro de 2020. A idade média dos participantes foi 37(±9) anos, a maioria foram mães das crianças (78%), e usuários do serviço público de saúde (94,2%). A renda familiar média foi de 1,88 salários mínimos e o nível educacional mais prevalente foi o ensino médio completo(40%).
A despeito do alto grau de conhecimento acerca da segurança do uso de medicamentos em crianças pelos entrevistados, a automedicação foi praticada em 50% dessas, em função de dor de dente, justificada pela dificuldade de acesso ao tratamento. A prática da automedicação foi associada à odontalgia, ao uso contínuo de medicamentos e a hábitos familiares de automedicação.
(Apoio: FAPs - Fapdf  N° 00193.00002054/2018-91)
PI0108 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

Qual presente a criança escolhe após exodontia de molar decíduo? Estudo transversal aninhado a ensaio clínico randomizado
Oliveira EV, Massignan C, Santos PS, Santana CM, Cardoso M, Bolan M
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar os fatores que influenciam na escolha do prêmio (neutro ou associado a um adjetivo - coragem/bom comportamento) após a exodontia de molar decíduo. Trata-se de um estudo transversal aninhado à um ensaio clínico randomizado com 77 crianças (4 a 10 anos). Independentemente do comportamento durante a exodontia todas puderam escolher entre adesivo (neutro), diploma de coragem e medalha de bom comportamento. O comportamento, a ansiedade e a dor das crianças foram avaliados com as escalas de Venham's Behavior Rating Scale (VBRS), Facial Image Scale (FIS) e Faces Pain Scale - Revised (FPS-R) respectivamente. Os responsáveis responderam qual presente achavam que a criança escolheria e um questionário socioeconômico. Análise descritiva e regressão logística multinomial ajustada foram usadas na análise dos dados (p<0,05). As crianças escolheram medalha (60; 77,9%) seguida de diploma (9; 11,7%) e adesivo (8; 10,4%). Metade dos responsáveis não acertou qual presente a criança escolheria (39; 50,6%). A cada ano a mais da criança, maior a chance de escolher diploma de coragem em relação ao adesivo (OR 3,16; IC: 1,12-8,92; p=0,02). Ser filho único diminuiu 94% a chance de escolher medalha de bom comportamento sobre adesivo em relação a ser filho mais novo (OR 0,06; IC: 0,00-0,72; p=0,02). As varáveis de ajuste foram sexo e dor autorreferida durante o uso do fórceps (p<0,20).
Concluiu-se que a maioria das crianças escolheu medalha de bom comportamento. A idade da criança e a ordem de nascimento influenciam na escolha do prêmio.
(Apoio: CAPES  N° 001)
PI0109 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 11

Prevalência de alterações dentárias de número e forma em crianças e adolescentes atendidos em 2019 na Clínica Infantil da FOUERJ
Vale EM, Vieira JCM, Letieri AS, Santos APP, Alexandria A, Campos V, Lenzi MM, Marsillac MWS
Odontologia Preventiva e Comunitária - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As alterações dentárias de número e de forma podem ocorrer devido a distúrbios na odontogênese. O objetivo desse estudo retrospectivo foi avaliar a prevalência das alterações dentárias de número e de forma registradas nos prontuários de crianças e adolescentes, entre 6 e 15 anos de idade, atendidos no período de março a dezembro de 2019 no Núcleo de Procedimentos Odontológicos Infanto-juvenil (NPOIJ) da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FOUERJ). Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto (nº 1.675.731). Os dados dos prontuários foram coletados e tabulados no editor de planilhas Microsoft Excel 16.0 e analisados descritivamente no programa SPSS 22.0. A amostra foi composta por 221 prontuários de pacientes com média de idade 9,3 (±1,7) onde 109 eram de pacientes do sexo masculino (49,3 %) e 112 do feminino (50,7 %). Foram encontrados registros de alteração de forma e/ou número em 19 prontuários (8,6%), dos quais 3 (15,8%) registraram essas duas alterações simultaneamente. A alteração de número mais prevalente foi a hipodontia (n= 6, 27,3%), enquanto dentre as alterações de forma foram os dentes conoides e as cúspides acessórias, ambas com 13,6% (n=3).
Conclui-se que a prevalência das alterações de número e forma na amostra analisada foi relativamente baixa. Apesar disso, destaca-se a importância da sua identificação, uma vez que essas alterações podem afetar o bem-estar do paciente esteticamente e/ou levar a repercussões funcionais nas arcadas dentárias.